Uma semana passou, Draco havia se tranquilizado depois de outra carta de sua mãe dizendo que as coisas se acalmaram temporariamente, mas ainda assim ela o preocupava... ela não, seu pai o preocupava, afinal o que ele poderia fazer com sua mãe? Se Voldemort pedisse, seu pai faria qualquer coisa. Draco tinha certeza.

Hermione estava mal a semana inteira, pela primeira vez havia procurado motivos para não ir as aulas, ela não estava falando com Harry, nem com Ron e nem com Draco, quem lhe restou foi apenas Gina, que não estava lhe dando muita atenção devido a seu namoro com Harry.

Você é uma idiota Hermione, uma idiota.

- Srta. Granger! Preste atenção! – Snape gritou assustando-a, nenhum professor nunca precisara chamar a atenção dela, até agora.

- Desculpe professor eu... eu estou um pouco mal.

- Não viesse para a aula então senhorita.

- Me desculpe... – ela sussurrou.

[...]

A aula se passou absurdamente devagar, com olhares de Draco e de Harry sobre ela, não havia como se sentir confortável.

- Hermione... – alguém a chamou.

Ela se virou para ver quem era e se deparou com um Harry cheio de culpa olhando para ela.

- O que foi?

- Me desculpe... eu não queria te magoar.

- Mas magoou.

- Eu fiquei com raiva, não queria você com Malfoy, não quero você com Malfoy, mas você é a sabe – tudo Granger – Harry riu – sabe o que faz...

- Ah Harry... – Hermione não aguentou, simplesmente o abraçou, não conseguiria ficar sem seu melhor amigo, nunca.

Draco via a cena de longe, algo dentro de si, um instinto louco, queria ir até lá e afastá-los, mas claro que não fariam isso, maldito orgulho que não o deixou falar com Hermione antes do Potter.

- Chega... – disse a si mesmo e saiu dali indo para o Salão Comunal Sonserino, não queria vê-los juntos.

Hermione permaneceu ali com Harry por vários minutos, minutos onde ele, se controlando, não perguntou nada sobre Draco por mais que quisesse, eles apenas conversaram e riram como faziam antes, amigos de novo.

[...]

Depois de procurar durante longos e cansativos minutos Hermione achou quem procurava, o loiro veio em sua direção, o corredor estava vazio.

- Draco...

- Fala logo o que você quer eu não tenho o dia todo.

Esta querendo enganar quem Malfoy? Tentando voltar a ser frio? Não adianta, porque você está sentindo uma enorme vontade de abraçá-la. – ele pensava.

- Por que toda essa frieza?

- Porque... eu não sei – suspirou se rendendo.

Hermione se aproximou lentamente, receosa.

- Sua mãe, ela está bem?

- Está tudo melhor, eu estou melhor inclusive.

- Isso é ótimo, e o seu pai?

- É com ele que me preocupo.

Houve um silêncio perturbador por alguns minutos e Draco falou.

- Não sei porque estou falando com você... não sei porque te contei tudo que contei sobre minha vida, eu fui um idiota.

- Não! Por que acha isso?

- Eu não acho, tenho certeza. Desculpe Hermione, mas tudo isso foi um erro, você foi um erro, eu e uma sangue- ruim? Aquilo foi diversão.

As palavras cortaram silenciosamente o peito de Hermione que se segurou para não chorar, não sabia o que responder, só uma pessoa a fazia ficar sem palavras e era Draco.

- O que você está querendo dizer? – a voz de Hermione já deixava a entender que ela iria chorar.

- Não me faça demorar mais do que o necessário, Granger. – ele a chamou pelo sobrenome... de novo – Eu não posso e nem quero mais você, chega.

Mais silêncio, só que dessa vez Draco também estava quebrado por dentro, por mais que não quisesse, ele não choraria, ele não demonstraria, o olhar frio voltou a seus olhos.

Hermione se virou e soltou um soluço antes das lágrimas começarem a cair de seu rosto, aquilo deixou Draco pior ainda, ela saiu andando, sem olhar pra trás, deixando um loiro frustrado para trás.

Ele não sabia porque fizera aquilo, não queria nem pensar no porque, no motivo de ele ser daquele jeito, perguntava-se se o problema era ele, Hermione não o machucara nunca e ele apenas quebrou seu coração sem dó, isso é cruel.

Eu nunca mais vou nem olhar para ela, chega.