What Is Love? escrita por f3lton


Capítulo 28
Capítulo 28 - Ele voltou


Notas iniciais do capítulo

Vocês já devem ter percebido que sou pessimo para colocar nomes nos capitulos kkkkkkkkkk esse até que ficou grande... Espero que gostem e aproveitem por que o próximo capitulo é o epilogo!!



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Tentei levantar, mas senti alguém me segurando pela cintura. Estava prestes a gritas quando Cedrico sussurrou:

– Sou eu Mione – segurei sua mão – Não estou vendo Harry e...

– Não adianta se esconder Potter, vamos te achar mais cedo ou mais tarde – eu já ouvira essa voz antes, mas não me lembrava aonde..

– Rabichhho, tem maisss doiss – uma voz sibilante disse quase em um sussurro.

Rabicho! A primeira voz, era Pedro Pettigrew! Agora eu a reconhecia do terceiro ano! O que ele estava fazendo com a gente? E de quem era a outra voz? Ia me levantar para enfrentar Rabicho, mas Cedrico me deteve.

– Não faça isso, alguém está com ele – Cedrico sussurrou ainda mais baixo que da primeira vez, tão baixo que mal ouvi, mas pude notar o modo como disse “alguém”. Ele estava pensando o mesmo que eu, mas esse pensamento era tão assustador que eu me recusava a aceitá-lo.

– Mas não pode ser ele, quero dizer, não é possível! – Sussurrei de volta para Cedrico, ele me olhou e pude ver o medo em seu olhar.

– O troféu era uma Chave de portal. Você estava certa Mione, tudo foi uma enorme armação para Harry, qual seria o sentido disso tudo? Então sim, acredito que seja possível.

– Hmmmm, mais dois? Será fácil de achá-los quando toda essa neblina sair – pude ouvir Rabicho sacando a varinha e comecei a entrar em pânico.

Ele iria nos pegar. Ou melhor, eles iriam nos pegar. Não só a mim e a Cedrico, mas Harry também. Então Voldemort iria voltar e todo o mundo bruxo estaria condenado.

Queria me despedir de Cedrico pelo menos, mas Rabicho já lançara um feitiço e a neblina se esvaia rapidamente. Olhei para meu namorado com lágrimas nos olhos, sabendo que aquele seria nosso fim.

Olhei ao redor e consegui distinguir diversas estruturas de mármore espalhadas em todo o território. Eram túmulos. Um cemitério. Ótimo lugar para morrer.

– Ráaa, ai estão vocês! – Rabicho disse sorrindo. Olhei para a direita e Harry estava lá se arrastando no chão, tentando chegar a um tumulo próximo a ele, mas não fora rápido o suficiente. Isso me deu uma ideia. Era loucura, mas nossa única chance. – Andem, os três, levantem logo, não temos tempo para perder com essas bobagens, o Lorde das Trevas está prestes a retornar!

Aquilo fez meu corpo inteiro gelar. Cedrico apertou forte minha mão e beijou minha cabeça antes de se sentar e levantar. Logo depois ofereceu sua mão novamente para eu me levantar, aceitei a mão e não a soltei. Pelo canto do olho, vi Harry se levantar e se aproximar de nós.

– Mate os doissss, só deixxxxe o Potterrr – a voz sibilante falou novamente. A voz vinha de um emaranhado de lenço preto que Rabicho segurava no colo, como se fosse um bebê.

Rabicho segurou sua varinha e disfarçadamente segurei a minha que estava no bolso de meu casaco. Olhei para o chão, ao lado de Cedrico e sua varinha estava ali. Devia ter caído de seu bolso. Isso dificultaria um pouco as coisas.

Rabicho apontou sua varinha diretamente para Cedrico.

– Suas ultimas palavras? – Rabicho possuía um sorriso no rosto, o que me deixou enojada. Cedrico olhou para mim, pude ver uma lágrima caindo de seu rosto.

– Hermione Granger, eu te amo, e não importa o que aconteça sempre, sempre amarei você. – apertei ainda mais sua mão e enquanto uma lágrima caía de meus olhos me aproximei para beijá-lo.

– O amor é tão lindo – Rabicho falou com uma voz melosa, extremamente medonha – Seria um prazer acabar com ele – disse ele com sua voz normal e um sorriso malicioso no rosto. Eu estava começando a entrar em pânico, e se eu não conseguisse lançar o feitiço antes que Rabicho mate Cedrico? Não conseguiria viver sem ele – Avada Ke... – Antes que ele conseguisse acabar de pronunciar o feitiço que certamente mataria meu namorado, saquei minha varinha:

– Estupefaça! – gritei apontando diretamente para o peito de Rabicho, que voou longe, derrubando o emaranhado de lenços, no qual estava, de algum modo, Voldemort.

Cedrico me encarava boquiaberto. Empurrei-o levemente enquanto via Rabicho tentando levantar.

– Corra! – gritei, tanto para Ced quanto para Harry.

Cedrico entendeu o recado, segurou minha mão e estávamos indo de encontro a Harry, para aparatarmos, mas ele estava muito longe e Rabicho estava quase de pé. Não daria tempo.

– Se esconda! – gritei para Harry enquanto eu e Cedrico corríamos para trás de um grande tumulo que estava próximo.

Infelizmente Harry demorou para entender o que eu quis dizer, e quando ele se virou para se esconder atrás de um tumulo próximo a ele, Rabicho já estava de pé, segurando Voldemort e apontando a varinha diretamente para Harry.

– Já chega! – Rabicho gritou irritado – Nem pense em mexer um só músculo Potter! É o seguinte Granger, se você não sair de seu esconderijo nesse momento eu vou...

– Essssqueça a ssssangue ruim Rabicccccho, vamoss direto ao ponto – Rabicho sorriu sadicamente.

– Como o senhor quiser, Lorde.

Tudo o que aconteceu depois disso foi horrível demais, não aguentarei contar tudo exatamente igual. Só me lembro de ouvir Rabicho falar alguma coisa sobre sangue e depois ouvir um grito de Harry. Sempre que Harry gritava eu tentava levantar para ajudá-lo, para parar Rabicho, mas Cedrico sempre me impedia, me segurando fortemente.

– Se você for lá ele vai te matar Mione – ele sempre sussurrava para mim e sempre funcionava. Até Harry gritar novamente.

Observei chocada Rabicho, após pegar um osso que estava enterrado no cemitério, cortar seu próprio braço e finalizar o feitiço. Uma forte luz inundou o cemitério e pouco tempo depois o luz se extinguiu. Um vulto negro estava parado na frente de Rabicho, que o olhava com admiração.

– Se-senhor?

O vulto se virou e pude distinguir alguns traços. Era completamente branco e careca. Quase não possuía lábios de tão finos que eram, e no lugar do nariz tinha duas fendas.

– Como é bom ter um corpo inteiro depois de todo esse tempo. – Voldemort disse se aproximando de Rabicho – você cumpriu seu serviço correta e fielmente, e certamente será recompensado por isso – logo após isso Voldemort arrancou a varinha da mão de Rabicho e usou-a para criar um novo braço para seu comensal. Não era um braço normal, era  cristalino, como se fosse água.

– Mu-muito obrigado, mestre – Rabicho disse tremendo, enquanto se abaixava para beijar a mão de Voldemort, que o olhava com certo desprezo antes de utilizar a mão de Rabicho beijava para empurrar o mesmo.

Voldemort deu um leve sorriso enquanto olhava Rabicho tentando se levantar. Mas logo um gemido de Harry chamou sua atenção.

– Ohh, olha quem está aqui. O famoso Harry Potter – ele praticamente cuspiu o nome de Harry – Assim como o planejado – com outro sorriso Voldemort se aproximou de Harry e tocou sua cicatriz com o dedo. Harry automaticamente começou a gritar de dor. Tentei levantar novamente, mas mesmo em estado de choque Cedrico ainda me segurava fortemente, impedindo que eu me movesse – Seu sangue ajudou a formar o meu corpo Harry, isso significa que agora posso tocá-lo sem nada acontecer a mim. – com um aceno de varinha Voldemort libertou Harry, que estava preso numa espécie de cruz. – vou dar a chance de você lutar comigo garoto. Obvio que eu vou vencer, mas que tipo de vilão eu seria se não te desse pelo menos um pouco de esperança para depois destruí-la totalmente? Ande, pegue sua varinha, tenho certeza que já te ensinaram a duelar em Hogwarts não é?

Harry correu e se posicionou de frente para Voldemort, com a varinha em mãos. Estava bem perto do tumulo onde eu e Cedrico estávamos escondidos.

Em pouco tempo de luta Voldemort lança um Avada Kedavra em Harry, que defendeu o feitiço. Não sei explicar bem o que aconteceu, mas as duas varinhas se ligaram, os dois feitiços se uniram ficando metade vermelha e metade verde. Harry havia me contado que as varinhas dele e de Voldemort possuíam o mesmo núcleo. Priori Incantatem. Logo o eco dos últimos feitiços produzidos pelas varinhas começariam a aparecer.

Tive outra ideia. Mais louca do que a primeira, mas era a única coisa que conseguia pensar naquele momento.

– Accio taça tribruxo – sussurrei com a varinha em mãos.

– Mione, o que você ta fazendo? – perguntou Cedrico preocupado.

Voldemort e Harry estavam tão concentrados na luta que nem perceberam a taça voando para trás do tumulo onde estávamos.

– É uma Chave de portal, certo? – Cedrico assentiu com a cabeça – Então podemos voltar para Hogwarts através dela, não podemos? – perguntei esperançosa.

– E-eu acho que sim, podemos tentar, mas será muito arriscado, correremos perigo – Cedrico disse olhando para a taça.

– De qualquer jeito vamos correr perigo Ced, mas se tentarmos fazer isso, há uma pequena chance de conseguirmos nos salvar...

Cedrico olhou bem para mim e me deu um breve beijo. Um beijo apaixonado. E naquele momento tive certeza que eu o amava. E aquele pânico que senti quando Rabicho estava prestes a matá-lo voltou. Esse poderia ser nosso ultimo beijo.

– Ei, não se esqueça, não importa o que aconteça, eu te amo Cedrico – falei enquanto passava os braços ao redor dele e derramava algumas lágrimas.

– Eu também te amo Mione, muito, pra valer. E ainda vou cumprir minha promessa: eu não vou morrer nesse torneio, todos nós voltaremos a Hogwarts a salvo – Cedrico disse enquanto me abraçava de volta.

Soltei-me de seus braços e enxuguei meu rosto. Olhei para a luta que acontecia quase a nossa frente, Harry virou o rosto e encontrou meu olhar. Mostrei a taça para ele que compreendeu na hora o que estávamos planejando.

10 segundos depois eu e Cedrico saímos correndo de trás do tumulo em direção a Harry. Rabicho não podia fazer nada, pois Voldemort pegara sua varinha de volta. Pude ver o olhar surpreso dele quando nos viu. Harry parou com seu feitiço fazendo com que Voldemort cambaleasse para trás. Tivemos pouco tempo, mas foi o suficiente para que Harry conseguisse segurar uma das alças da taça.

Senti novamente como se eu estivesse sendo puxada para dentro de meu umbigo enquanto ouvia Voldemort gritando. Tive um breve vislumbre dele colocando a ponta da varinha sobre o braço. Depois disso lembro-me de cair sobre uma terra macia e ouvir uma multidão gritando.

Estávamos em Hogwarts novamente.

Ainda caídos no chão Cedrico achou minha mão, segurou-a fortemente enquanto passava seu braço livre ao meu redor, em um meio-abraço. Abracei-o de volta e enrolei meus dedos em seu cabelo.

– Conseguimos Mione, estamos a salvo! – Cedrico sussurrou para mim com um leve sorriso no rosto. Não pude deixar de sorrir de volta.

Consegui ver Dumbledore olhando para nós com um enorme ponto de interrogação no rosto. Estava prestes a falar alguma coisa quando consegui ouvir a voz de Harry no meio de todos os berros dos alunos nas arquibancadas.

– Ele voltou, Dumbledore. Voldemort está de volta.


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Notas finais do capítulo

Pensei em mil coisas pra fazer com o Cedrico (matá-lo nunca foi uma delas, não conseguiria fazer uma coisa dessas), pensei em fazer Voldemort sequestrá-lo e fazer uma segunda temporada onde a Hermione ia atrás dele para salvá-lo e tudo mais, mas to mesmo desanimado então resolvi deixar desse jeito mesmo.
No epilogo Hermione vai contar o que aconteceu depois disso tudo, contará como que cada personagem acabou e o que aconteceu em sua vida depois e durante a guerra. Tenho certeza que todos vão amar, e não se preocupem porque até domingo ele será postado!! : )