Ciganos Vampiros escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeee
Super Mega Power Feliz
Obrigada kanny pela recomendação, me emocionei com suas palavras e sobre o que me perguntou, tenho alguns amigos ciganos e o resto é tudo da minha cabeça de melão kkkkkkkk
Capitulo dedicadíssimo a você flor



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Pov Emmet



Caraca velho essa foi por pouco, pensei que perderia minha Rose nessa luta fantasmagórica. Cruz credo.- fiz o sinal da cruz.



Vê-la deitada ali em minha cama; com o cabelos dourados espalhados em meu travesseiro, com certeza ia ficar o cheio dela. Não consigo nem contar a imensidão de noites que fiquei acordado imaginando ela nesse mesmo lugar. Quando foi resgatada tinha uma aparência frágil e delicada. Mas agora, sei bem a menina mulher que Rosalie é. Forte, determinada, de uma beleza rara e que aumentou ainda mais meu instinto protetor em relação a ela. Iria protegê-la contra todos que sonhassem se quer em aproximar-se dela.


Uma brisa gélida da manhã tremulou a cortina. Vi os pelos louros no braço dela eriçarem.


Fechei a janela e fui até a pequena lareira e coloquei alguns pedaços de lenha. Meu quarto era o único do castelo que tinha esse aquecedor natural. Desde adolescentes quando fomos visitar um reino aliado, ficamos num cômodo com lareira e quando voltamos pedi a meu pai para que construísse uma em meu quarto.


Em cima dela tinha uma foto minha e de Rose quando pequenos e depois que ela voltou escolhi mais duas para deixar ali. Sempre imaginei minha esposa e eu sentados em frente a lareira, com ela aconchegada em minhas pernas, numa noite fria como esta.


Tudo bem... isso soa meio mulherzinha, mas não me importo, meus pensamentos ninguém ia saber mesmo.


Mandei fazer um porta retrato em ouro cravejado com algumas pedras de brilhante, ao centro da lareira estava a foto da minha prometida. A foto tinha sido tirada duas semanas depois que chegou, ela estava distraída conversando com as irmãs próximas a fonte no jardim. Consegui focalizar o rosto delicado dela com perfeição. Seu sorriso radiante e seus cachos mesclavam impecavelmente com a moldura.



Pov Rosálie


– Tisc...tisc...- ouvi alguém dizer atrás de mim. Estava em pé amarrada com as mãos e pernas espaçadas; o lugar já me era conhecido e ainda mais a voz da maldita. – Sabe...não gostei do que aconteceu.


– Não sei do que está falando e não estou nem aí para o que você pensa! – gritei tentando em vão me soltar. Sabia que aquilo não era real. Era apenas um pesadelo só que infelizmente Carmem tinha sempre o controle dele.


– Ahhh...eu estava tão perto Rosalina... tão perto. – Minha vontade era de estapear aquela alma penada. Ela sabia que odiava quando me chamava assim. Se acalme Rose, já vai acordar...já vai acordar... – Poder sentir de novo o gosto do vinho em minhas veias, sentir o toque macio das roupas e claro... sentir o corpo másculo em cima de você. Emmet é um pedaço de mau caminho...- sorriu debochada e o sangue ardeu em minhas veias.


– Não. Mexa. Com. Ele. – pontuei e agora puxava com toda a força as cordas que me prendiam – Eu juro que acabo com você...Eu juro!!!- gritei.


– E vai fazer o quê? – puxou uma adaga vinda não sei de onde e alisou meu rosto com a ponta. – Eu controlo seu destino. Assim como o de suas irmãs também é controlado. - passou a lâmina varias vezes pelo meu rosto e vi o sangue espirrar manchando a roupa dela e a minha.


Sentia a profundidade de cada corte e comecei a chorar imaginando meu rosto deformado.


–Não....pare com isso...- pedi chorando.


– Emmet jamais vai querer uma mulher toda rasgada como você está agora. – afirmou sorrindo. Balancei a cabeça negando, não acreditava nela, era tudo um sonho e eu precisava acordar. - Aproveite enquanto pode. Breve a única vida que terá é essa. – seu corpo foi desaparecendo dando lugar ao espaço escuro e frio do limbo, onde almas se arrastavam pelo lamaçal.


Abri os olhos me sentindo um pouco exausta. Um zunido em meu ouvido seguido por fisgadas na cabeça. Uma voz ecoava na minha cabeça.


– “Mandei fazer um porta retrato em ouro cravejado com algumas pedras de brilhante, ao centro da lareira estava a foto da minha prometida...” ouvia a voz de Emmet. Falava alto com alguém. Uma dor muito forte na cabeça me deixou tonta.- “A foto tinha sido tirada duas semanas depois que chegou, ela estava distraída conversando com as irmãs próximas a fonte no jardim...” – Onde ele estava? Não conseguia enxergá-lo e nem a outra pessoa com quem ele falava. Virei um pouco a cabeça sentindo uma brisa quente ao meu lado esquerdo...- “Consegui focalizar o rosto delicado dela com perfeição. Seu sorriso radiante e seus cachos mesclavam impecavelmente com a moldura.”


– Emm...- chamei. Tentei sentar, mas não conseguia. A dor era muito intensa.


– Rose...- num piscar de olhos ele estava ao meu lado – estou aqui. Está sentindo alguma coisa? – perguntou me firmando para que sentasse; ele estava muito aflito. Tocou meu rosto e como num estalo sua voz agora estava bem mais alta, só que dentro da minha cabeça.


Por favor princesa diga alguma coisa, acho melhor pegar um remédio, não...melhor uma das poções das feiticeiras...e se ela estiver de novo com aquela assombração...não...não posso sair daqui...acho...”Um turbilhão de pensamentos me atingiu e minha cabeça começou a zunir de dor. Olhei para sua boca e estava cerrada não saia nenhum som dela.


Só podia ser isso então. Desde pequena ouvia vozes só que não faziam sentido. Além de não falarmos a língua dos nossos seqüestradores, as vozes não eram tão audíveis como agora. Havia muito tempo que isso não acontecia; porque teria voltado agora?


–Emm...por favor não pense. – pedi apertando com força os ouvidos.


– O quê? – indagou puxando minhas mãos. “O que está acontecendo com ela? Droga eu sabia, devia ter chamado Zafrina logo.” Peraí!!! Você disse por favor não pense... e sem sotaque? – “Agora está tudo embaralhado mesmo.”pensou.


– Não estou ouvindo...não estou ouvindo...- apertei com mais força as mãos cantarolando. – Não estou ouvindo...não estou ouvindo...


– Rose...amor...Rose... - Escutava sua voz longe embora seus pensamentos continuassem gritando pra mim. Parecia que estavam apertando um parafuso bem no centro da minha cabeça. Lá no fundo algo fez sentido...eu falava normalmente seu idioma. Suas grandes mãos puxavam delicadamente meus braços. – O que está sentindo, princesa...fale.


– Não estou ouvindo...não estou....- batidas na porta fizeram os pensamentos de Emmet cessarem.


– Emmet, sou eu Zafrina. – logo a porta foi escancarada. Eu continuava citando meu mantra temendo que as dores recomeçassem. – O que ela tem? – ouvi-a perguntar.


– Eu não sei, estou querendo saber. “Se nem você sabe, imagina eu.”– pensou irônico - Acha que...- parou pensativo. “Será que é a tal Carmem?”


– Não...não creio. – ouvi sua voz abafada. Ela sentou-se na cama ao meu lado. - Deixe-a comigo, seu pai quer vê-lo e parecia muito preocupado.


Sentia os olhos de Emm cravados em mim, ponderando se deveria sair.


– Já volto princesa. – disse por fim. Se abaixou e me deu um beijo demorado em minha cabeça – “Não vou demorar, volto logo.”


– Eu não estou ouvindo....– gritei quando a dor aumentou – Eu não estou ouvindo....


Porque tinha que doer tanto assim. Não iria suportar se toda vez que alguém pensasse, essa dor aparecesse.


– Menina. – Zafrina me chamou e por um instante pensei que fosse seus pensamentos, mas não senti dor. – Pode soltar as mãos.


– Minha cabeça vai doer. – choraminguei.


– Tudo bem, ele já foi.- sua voz era divertida – Emmet é um bom menino. Tudo o que ele fala é o que pensa. – Lentamente Zafrina puxou minhas mãos.


– Estava tão alto.- reclamei.


– É por causa da ligação de vocês. – tocou meu ombro – Ainda não conversei com a rainha sobre seus dons, mas sei que você assim como suas irmãs nasceram com verdadeiras dádivas. Ao que parece o seu é o da audição.


– Não acho que isso seja um dom...é sim uma maldição.


– Não diga isso minha filha. – segurou minha mão entre as suas - O que você possui é um ótimo dom. Eu mesma já ajudei muitas ciganinhas a controlá-lo. – falou de forma carinhosa.


– Controlar? – eu perguntei curiosa.


– Sim. Por exemplo, esse tempo que eu estou aqui no quarto... – se levantou indo em direção a janela - você ouviu meus pensamentos? - era verdade, não a tinha ouvido mesmo.


– Não.


“É porque eu os bloqueio.” Seu pensamento fez com que eu me encolhesse quando uma nova pontada de dor me atingiu, só que com menos intensidade.


– Eu não entendo... além de agora poder falar o idioma de vocês corretamente, eu não conseguia ouvir tão nítido como assim. – disse me lembrando quando éramos reféns - Eu não ouvia sempre e também não sentia dores como agora.


– Isso se deve a Isabella. – explicou caminhando pelo quarto. - Quando foram resgatadas o rei me contou sobre um escudo que sua irmã levantou. Se eu estiver certa, esse escudo está sempre envolta dela. – sorriu se desculpando. – Fiz alguns testes , claro com autorização da rainha, e são poucas as ciganas que detém um dom como este. Se me recordo são apenas três e todas pertencem a Antares.


“- Viveram sempre juntas envolta desse escudo, só que não tão forte quanto o que ela projetou no momento de perigo. Por isso ouvia de vez em quando e as dores não lhe atingiam. Quando foram tomadas pelas semideusas, digamos que... aperfeiçoaram alguns sentidos em vocês como entendimento na linguagem e seus dons.”


– Você pode me ajudar...a controlar?


– Claro... não é a toa que sou a phuri, cigana chefe de Darting. Sabe algumas das ciganas que possuem esse dom fazem parte da equipe de combate. – sentou-se ao meu lado na cama.


– Não sabia que mulheres também iam às missões.- disse curiosa.


– Ah vão sim...só que infiltradas e mesmo assim designam um número especial de soldados para protegê-las. Se algum clã suspeitasse que elas vão, fariam de tudo para tê-las com eles. Geralmente vão quando tem uma festa, jantares ou reuniões com o intuito de ver a real intenção por trás dos suspeitos.


– Nossa!!! Quer dizer que eu posso ajudar o reino então. – disse já empolgada com a ideia. - Poderia ir com Emmet.


– Ele jamais deixaria que você fosse em alguma missão.- respondeu Zafrina como se ouvisse meu pensamento. – Ele não exporia você a tamanho perigo.


Olhou o travesseiro que eu estava deitada e pegou um fio cabelo caído. Tirou um dos vários cordões que usava.

– O que está fazendo – indaguei já preocupada com o recente silencio, tanto de vozes como de mentes.


Pegou o cordão feito de cipó de carvalho branco. Era muito simples, já tinha visto muitas vezes no tempo que ficamos na floresta. O pingente era uma espécie de pedra negra, mas assim que ela abriu, percebi que era algo mais. Havia um liquido em seu interior e Zafrina mergulhou o fio ali, fechando em seguida.


–Isso irá neutralizar seu dom por cinco dias. – mostrou o amuleto - Tempo para o casamento e depois começarmos a treinar.



– Talvez nem tempo para isso eu tenha. – sussurrei.


– Minha filha... você e suas irmãs estão muito amedrontadas. Alguma coisa as aflige, eu sei. Não contei ainda pra rainha porque eu vejo que é algo que terão que partir de vocês. Só assim poderemos ajudá-las. – abriu minha mão colocando o cordão no centro - A rainha já as tem como verdadeiras filhas.


– Nós não temos medo. – O que era verdade, não temíamos que elas pudessem fazer mal a nós.


– Medo que façam mal a eles? – indagou.



– Você também lê pensamentos? – perguntei... tinha que tomar cuidado com o que pensasse agora.


– Não...mas vejo. Não se preocupe, os reis e os príncipes são mais fortes do que parecem. Confiem nela e verão que o bicho não é tão cabeludo como parece.- sorriu.


Acabei rindo com ela. Zafrina me ensinou algumas formas para bloquear momentaneamente a “super audição” e diminuir a intensidade da dor, mas não consegui êxito.


Prometeu que treinaríamos todos os dias, após o casamento.


Pediu a uma das empregadas que me trouxesse um vestido, assim quando Emmet voltou, já estava devidamente de banho tomado e vestida. Ele me olhou meio desconfiado logo após se despedir da feiticeira.


Tentei mais uma vez me concentrar e bloquear o pensamento dele. Não deu certo, cheguei a me encolher assim que a dor me atingiu ao ouvir seus pensamentos gritantes se preocupando comigo.


– Você se sente melhor? – perguntou ainda da porta. Coloquei a mão na cabeça e respirei fundo tomando o controle. Coloquei rapidamente o colar. – Rose?


– Sim...estou melhor.- soltei um suspiro após constatar que não ouvia mais seus pensamentos. Estava dando certo.


– Você me preocupou...não sabia o que tinha e nem como poderia lhe ajudar.


– Eu sei e sinto muito, não foi minha intenção lhe preocupar.


– Quer me contar?- tocou meu ombro – O que você tem?- perguntou já agoniado.


– Vou lhe contar. – segurei sua mão e o levei até a cama. Nos sentamos lá e expliquei para Emm, sobre meu dom e como Zafrina iria me ajudar controlá-lo.


Ele me encarava boquiaberto e acho que fazia uma força ferrenha para não pensar em nada, a careta em seu rosto o denunciou, com medo que eu ainda pudesse ouvi-lo.


Emm era uma verdadeira graça. Um grande urso pelo tamanho e força mais um fofo pelo carinho e jeito de menino. Seus pensamentos eram tão claros que não precisava de dons para lê-los; mesmo assim, me permitiria um dia, ouvir um pouco deles. Só um pouco.


Passamos o resto do dia no quarto e Emm me serviu de cobaia nos treinamentos. Só que era muito difícil quando seus pensamentos iam um pouco além e me imaginava nua em sua cama, trocando caricias e beijos ardentes. Mesmo sentindo dor acabava retribuindo sem se quer ele me tocar.


Dali pra frente foi um pulo para pararmos na frente da lareira. Estavamos deitados no chão coberto com um carpete bem fofinho, um de frente para o outro. Emmet passavam despreocupadamente suas mãos pelas minhas costas. Era um silencio agradável; quebrado apenas quando sem querer, querendo, retribui outros de seus pensamentos.

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Minha mente, um pouco mais em ordem agora que já estava com o colar, voltou na conversa mais cedo com Zafrina, teríamos que contar pra eles o quanto antes. Tudo culpa daquela meretriz de uma figa.


Foi com esse pensamento após alguns minutos que descemos a cozinha; Emm disse que se pudesse comeria um boi inteiro e eu não duvidava disso.


Encontramos alguns empregados pelo caminho. Estavam limpando a bagunça deixada pelas semideusas. Apertei o pingente em meu cordão agradecendo por não escutar a raiva deles direcionada a mim. Se algum dia pudesse me vingar, Carmem pagaria muito caro por tudo isso.


Emmet segurou minha mão e entramos na cozinha. Uma das cozinheiras me serviu um pedaço de torta e Emmet atacou uma das travessas.


Logo Alice chegou e eu precisava muito falar com ela. Olhei para Emmet que estava distraído falando com Jasper. Assim que ela sentou-se ao me lado contei-lhe sobre o sonho. Ia falar o que Zafrina nos aconselhou mas os outros se aproximaram. Começamos a conversar e até bebi um pouco de vinho.


Um pouco depois chegou Bella. Quando ela viu Alice seu rosto pálido ficou mais branco ainda. Uma ficou encarando a outra numa conversa muda; sempre foi assim. Às vezes achava que a ligação delas era algo vindo de outras vidas.


Os olhos de Bella e Alice desfocaram, foram milésimos de segundo; tempo insuficiente para que alguém percebesse, mas não tinha duvidas, Isabella tinha tido uma visão. O que poderia ser dessa vez? Apertei novamente o pingente doida para tirá-lo e assim saber do que se tratava.


Minhas irmãs caçulas... acharia um jeito de protegê-las, nem que tivesse que entrar escondido para a equipe de combate.

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– Rose...você me deixa louco... – Emmet em meu ouvido, soltando um gemido. Estávamos na cabana de Zafrina. Minhas irmãs e seus companheiros pareciam tão envolvidos que acho que não ouviram.


– Emm, pare com isso. – disse sem graça mas só o som do seu gemido me deixou completamente acesa.


Olhei para ele, sua boca foi se aproximando da minha e fechei os olhos saboreando aquele beijo que me arrepiava completamente. Droga esse jogo era muito perigoso; sabia que não podia ir muito além nisso.


Ele se inclinou contra mim e seu peso me desequilibrou. Caímos sobre as almofadas.


– Minha nossa! – Carlilse falou e Emmet voltou a se sentar me puxando de uma só vez. Alguém falava algo mas estava muito envergonhada para prestar atenção.


Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. Queria que um buraco se abrisse e me engolisse, embora isso não adiantaria muito. Respirei fundo umas três vezes para me recuperar e prestar atenção no que diziam.


– Um laço foi firmado...sem ser abençoado.- disse Zafrina. “Um laço foi firmado...laço...firmado...” as palavras ecoaram em minha mente. Olhei para Alice e Bella e as duas estavam catatônicas. Isso não podia ter acontecido elas sabiam ...fazia parte do acordo com as semideusas. Ia arrebentar esse cordão e saber quem foi, mas antes disso Esme desmaiou.





Pov Edward


– Eu juro que não sei o que faço com vocês. – disse minha mãe já recomposta. – Depois do tanto que falei, tanto cuidado que tomei... – suspirou - Vocês me decepcionaram.


– Mãe...- tentei falar mas logo fui interrompido


– Cale a boca! – gritou assustando Isabella. Por pouco não fui eu que fiz o enlace, não queria nem imaginar a fúria dela direcionada contra Emmet ou Jasper.


– Esme o jeito agora é conversar, não adian....- começou meu pai querendo ponderar mas foi interrompido.


– Conversar?- gritou – Três homens barbados que sabem de suas responsabilidades e fazem isso. Quero saber qual dos três fez isso.- nos olhou seriamente. – Elas não sabem a gravidade que isso pode trazer para a vida delas mas vocês...criados dentro de nossos costumes e tradições....Quem foi?- voltou a gritar.


– Eu firmei o enlace.- disse Jasper se levantando e dando passos para trás para longe de Esme.


A cabana ficou silenciosa e todos olhávamos atentos a hora que nossa mãe explodiria em fúria. O que não aconteceu. Ela respirou fundo duas vezes, passou a mão sobre o tecido do vestido como se o ajeitasse. Voltou a olhar Jasper e depois Alice. Em seus olhos não detectei a raiva e sim muita decepção.


– Muito bem...- disse por fim – sabe que Alice e você não poderão se casar com seus irmãos.


– Mãe..esse assunto não precisa sair daqui. – disse Emmet.


– Vocês não entendem não é mesmo? Não é uma simples questão de esconder um fato aqui ou ali...ao quebrar o laço inicial se fazendo íntimos antes do casamento permitiram que forças negativas fossem atraídas a vocês. Sabem da minha historia e como demorei a ser abençoada com filhos. E a falta de benção pode atingir tanto do lado da família, financeiro ou até mesmo...com a morte.


– Eu não permitirei... Jasper foi interrompido.


– Você não permite? – disse caminhando pra perto dele e ele dava mais passos para trás. Até que encostou na parede.- Você não passa de um moleque, Jasper. Não controlou isso que tem no meio das pernas e agora olha o que fez, pode ter acabado com sua vida e a dessa menina. Mas isso não vai ficar assim. - Pegou de novo a sandália batendo nas pernas e braços dele.


Emmet e eu nos levantamos para evitar que ele apanhasse que nem uma garotinha na frente da noiva mas Carlisle segurou nossos ombros.


– Deixem...deixem que ela está muito nervosa. – sussurrou - E além do quê ele agiu errado. 


A cada chinelada, Jasper se encolhia e nem tentava segurar suas mãos, o que seria pior. Era óbvio que poderia usar um pouco de sua força para imobilizá-la, mas não fez, principalmente porque sabia que merecia cada tapa.


– Me perdoe... mãe.


– Nerecuoscător copil (filho ingrato)

–...Seu...Seu... – pontuou com mais uma chinelada no ombro.


Parecendo cansada de bater, com a respiração cansada do esforço, parou e ficou olhando ele que continuava escolhido esperando pela nova surra.


Suas mãos seguravam com força a sandália e ainda o olhava com muita raiva, mas ela não se moveu mais. Aproveitando a brecha, Jasper se ajoelhou diante dela segurando suas mãos.


– Perdoe mamãe..perdoe seu filho. – afundou o rosto na saia de nossa mãe. – Eu sei que errei. – admitiu.


Ela nada respondeu ficando um tempo e silencio para que talvez recuperasse o controle. A rainha antes de tudo era nossa mãe e entendia que queria apenas o nosso bem.


– Levante-se.- pediu – Sente-se do lado de sua mulher.


Ainda de cabeça baixa, Jasper sentou-se ao lado de Alice que segurou sua mão. Esme se ajoelhou na frente deles e os abraçou.


– Meus filhos...que Santa Sara proteja muito vocês... que abençoe com o sal, com o pão e com o ouro! – Se afastou um pouco puxando um lenço vermelho de seu vestido. Amarrou-o na cabeça de Alice, indicando que já era uma mulher casada. - Seja bem vinda, minha filha. – minha mãe agora chorava.


– Levantem-se e dêem os parabéns aos noivos.- disse-nos limpado as lagrimas. Minha mãe temia que a má sorte pudesse cair sobre eles assim como caiu sobre ela e meu pai, mas não tinha muito o que fazer a não ser aceitar a situação e rezar para que tudo desse certo.


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Com tudo já acertado voltamos para o castelo.


– Rapazes.... – começou meu pai com um sorriso gigantesco na boca.- Temos uma grande festa para aprontar. - Embora o ocorrido com Jasper, ele estava muito feliz com todos os filhos por finalmente estarem com suas prometidas. Todos esses anos ele sofrera conosco cada dia, cada hora que passamos em busca delas. Por isso agora entendia o porque dele estar com esse sorriso.


– Terei que fazer algumas ligações, mas antes claro, tenho que cuidar de vocês. – Como não temos muito tempo, não conversamos sobre como seria a festa. Há algo que queiram perguntar ou gostariam de incluir?


– Eu...Não sei...- disse Rosalie olhando para Isabella.


– Na verdade – Isabella puxou Alice que estava som um semblante triste ao lado de Jasper – era Alice que sempre imaginava isso.


Com essa informação, Jasper também olhou pra Alice e seus lábios curvaram para baixo. Acho que se arrependeu; não por ter feito o enlace mas por não poder dar no momento, o casamento que Alice queria.



– Façamos o seguinte então. – Esme enlaçou a cintura de Alice e se virou para as outras – Vocês vão se aprontar para amanhã e Alice me ajuda com todos os detalhes.


– Sim! Seria maravilhoso! – respondeu Alice radiante batendo palmas. Ao nosso lado Jasper suspirou aliviado por ver sua esposa sorrindo de novo.



– E nós vamos ajudar em quê? – Isabella disse enquanto envolvi sua cintura num abraço dominante.


– Vocês apenas ficam quietinhas deixando que as outras cuidem de vocês.- disse beijando sua fronte.


–Ahh...- disseram ela e Rosálie ao mesmo tempo.


– Não se preocupe princesa. – disse Emmet envolvendo os ombros da noiva. – Providenciarei tudo para que este seja o casamento de seus sonhos.


Dona Esme lançou um olhar assassino contra nós e puxou-as para trás dela.

– Venham meninas, precisamos esclarecer apenas alguns detalhes. – Começaram a falar alguma coisa sobre preferência de cores, flores e tecidos cainhando em direção aos aposentos. A alegria delas começou a nos contagiar. Sabia que estava com a maior cara de bobo mas não conseguia sair do transe de olhar meus perfeitos olhos castanhos empolgados para nosso casamento.


– Meninos...a baba está escorrendo.- disse Carlilse mas acabou chamando a atenção de Esme. Antes que ela se virasse já estávamos correndo em sentido contrário. Apenas dei uma ultima olhada sobre o ombro, para o amor de minha vida e partimos para os afazeres.


Claro que minha mãe levou Rosalie e Isabella para bem longe da gente. Se quer imaginava em qual aposento estariam. Levou também Alice para ajudá-la. Embora fosse recém casado, minha mãe disse que Jasper teria que ajudar na arrumação, fora que já tinha curtido sua noite de núpcias.


Tinhamos que cuidar de mandar os convites, no caso, telefonemas e boca a boca pelo reino. Arrumar o jardim, onde seria a cerimônia, erguendo a grande tenda e distribuindo mesas e cadeiras para a ornamentação de pratos, talheres e arranjos florais. Mesmo contando com a ajuda de todos, era muito trabalho a ser feito em menos de 24 horas.



Jasper e eu espalhávamos as mesas pelo jardim, enquanto Emmet martelava os pregos da tenda no chão junto com os outros.


– Finalmente. – disse Jacob entrando no jardim. – Resolveram se amarrar no tronco. – fez o som da chibata.

– Até onde sei o único escravo aqui é você que é casado com a senhora do engenho que não tem nem consideração de ajudar as irmãs do marido com o casamento. – disse Emmet dando uma forte martelada que quase enterrou de vez o prego.


– Ô pessoal, a Leah está um pouco indisposta, mas ela se arrepende muito do modo que tratou minhas irmãs no inicio.


– Sei...- disse tentando não prolongar o assunto.- Por que não vai pegando umas cadeiras e começa a ajudar seus cunhados.


– É pra já.- esfregou as mãos e saiu correndo em direção a imensa fileira de cadeiras.


– Jake...- chamou Jasper – Derê...derê...derêderêderê – cantarolou Jasper a musica dos escravos. Todos começaram a rir.


– Vai se fuder cunhado. – respondeu Jacob sem dar confiança. Ele era nota dez. Não entendia como Zafrina fez o enlace dele com Leah, uma menina mimada que se tornou uma vampira fútil que só pensava em seu próprio umbigo.



– Já arrumaram lá fora? – perguntou minha mãe muito calma entrando na cozinha. Tinhamos parado um pouco para descansar e claro beber um gole de vinho, afinal tínhamos que comemorar, era nosso casamento.


– Estamos indo pra lá agora. – respondeu meu pai enchendo mais uma caneca e correndo pro jardim. Jasper foi com ele temendo uma nova surra.


– Ei! Não bebam tanto. Ainda tem muito serviço a ser feito.- bateu palmas nos expulsando.


– Mãe...- chamei já na porta. - Como está Isabella?


– Dormindo que nem uma pedra. – falou seriamente.


– Mesmo? – ela parecia tão feliz. Será que estava cansada ou sentindo algo?


– Não querido...- sorriu- elas estão loucas, quase subindo pelas paredes porque queriam estar aqui ajudando. Não me surpreenderá que sejam as noivas com mais olheiras já vistas.



Minha mãe entrou em contato com dezenas das mulheres do reino para ajudarem a preparar as comidas que seriam servidas na festa. Em menos de meia hora, os corredores do castelo pareciam a grande praça em dia de feira. Hora passavam com grandes taças, hora com montes de pratos de comidas e doces.

Meu pai estava entrando em contato com toda a equipe de combate para fazer a segurança do local. Era improvável que viessem assim de ultima hora mas também tínhamos convidados governantes de outros clãs.

Mas era óbvio que nossa principal segurança ficaria ao redor de nossas prometidas.


Não conseguia acreditar que tudo aquilo era verdade e só quando cerca de vinte homens puxaram as cordas e eu segurei uma das amarras para prender a enorme tenda, foi que me dei conta de que... sim, eu ia me casar.


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Notas finais do capítulo

Gentéin...... e aí como estão?
Recebi varias mensagens pessoais pedindo pov de Rose e aí está, espero que tenham gostado e muito obrigada pelo carinho.
Agora vamos ao capitulo....
Rose também super poderosa... gostou né Relsanli? E ela também revelou que as ciganas tem um acordo com as semideusas que incluem se manter virgens até o enlace e agora???? Que acordo cabeludo é este???
Sei que algumas ficaram tristes porque licinha não vai se casar com as outras mas dentro das tradições ciganas existem certas regras e nesse mundo sobrenatural então, coisas terríveis podem acontecer; como disse o enlace não abençoado de Jasper e Alice trará conseqüências...
E Leah cobra coral nem imagina o que vem por aí (rsrsrsrs), só digo uma coisa, ela está alimentando o próprio inimigo. Vishiiiiiiii tenho até pena dela, vamos torcer para que se arrependa.
Novamente muito obrigada Kanny, amei suas palavras, muito....muuuuiiiiiiiiitttoooooooo obrigada pelo carinho.
Obrigada também a todas fofoletes que dão um tempinho e deixam um coment. Leio todos com muito carinho, vocês são D+++++++++++.
Um grande bjo no coração e intéééééé....



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