Ciganos Vampiros escrita por Titina Swan Cullen


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

POR FAVOR...LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Oieeeeeeeee
Lindonas como estão?
Amei esse cap, está tenso.... se preparem



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Pov Alice


– Eu não posso demorar. – ouvi uma voz conhecida ao meu lado – Ande Alice, abra os olhos. – pediu urgente.


A primeira coisa que vi foi o céu negro acima de mim. Ouvia ao longe vozes angustiadas implorando por socorro. O limbo. Era o lugar onde Bianca e as outras estavam aprisionadas.


– Levante Alice, não temos tempo. – Era ela que falava comigo. Me puxou com força fazendo-me sentar no chão. A olhei incrédula. O que ela fazia ali? Será que estava de novo no meu corpo.Tinha desaparecido, eu me lembro...segundos antes de desmaiar...Zafrina a tinha mandado embora. Fechei os olhos.



–Não pode estar aqui, - disse com as mãos na cabeça tampando o ouvido com força para que acordasse logo desse pesadelo. – Não pode... não pode.


– Pare com isso e me escute. – ordenou puxando minhas mãos para que a ouvisse. – Ele vai tentar nos trazer de volta com a ajuda de uma pessoa daqui do castelo.


– Por favor, me deixe em paz – comecei a chorar, não agüentava mais viver dessa forma. Desde que fomos obrigadas a participar daquele ritual, de tempos em tempos, nós sempre tínhamos sonhos, ou melhor, pesadelos onde elas apareciam e nos ameaçavam. Até que certa vez a tal Bianca resolveu parar com as ameaças e se dizia arrependida.


Mas não parecia arrependida quando se apossou de meu corpo.


– Sabe que eu não poderei impedi-las. Agora que Carmem e Nadja tiveram o gostinho de como a vida pode ser atraente, elas farão de tudo para voltar. Até mesmo oferecer uma vida de servidão eterna para quem nos trouxer.


– E o que quer que eu faça? – gritei – Veio zombar de nós pelo pouco tempo que nos resta? Já disseram que desde o nascimento nossos corpos não nos pertence. – as lagrimas agora caiam por todo meu rosto.- Eu sei que... que essa felicidade é passageira. - sorri com pesar.


– Alice ...-chamou - vai entregar sua vida tão fácil assim? Sem lutar?- indagou – Naquele dia, quando o bruxo terminou o feitiço, nossos espíritos ficaram presos ao desejo dele...por isso ele tem esse poder sobre a gente. Mas vocês...podem lutar...


– Eu não acredito em você. Não a vi lutar para não tomar meu corpo.- falei sarcasticamente.


– Não é uma escolha minha. – disse apreensiva olhando para os lados – Tenho que ir. Conte para a bruxa sobre essa pessoa...ela irá ajudá-las.


– Eu também pensei... mas olhe...- apontei dela para mim - aqui estamos nós.


–Fale com ela...- pediu e seu rosto foi desaparecendo – antes que seja tarde demais....- sua voz ecoou dentro de minha cabeça.




Senti minha cabeça latejar. Dores nas costas, braços, pernas; dores por dentro e por fora. Infelizmente lembranças ruins tomaram minha mente. Cada segundo em que Bianca esteve em meu corpo, eu estava junto dela. Como uma marionete sendo usada, sem forças para me mover, falar, sentir... apenas via tudo o que ela fazia.


Um cheiro de fumaça invadiu o ar, era um cheiro denso e citrico. Abri os olhos; estava deitada numa cama muito macia e reconheci o local. Era o quarto de Jasper. Embora estivesse com pouca luz, um movimento sutil chamou minha atenção.


Havia alguém deitado no sofá e Leah estava sentada ao seu lado. Desde quando chegamos, tivemos pouco contato. Não porque tentávamos mas ela sempre nos evitava. Passava a mão no ombro de Jasper, como se fizesse uma massagem. Espera aí, ela estava passando a mão em meu Jasper.


– O que está fazendo? – perguntei bruscamente me levantando. Com o movimento rápido minha cabeça doeu ainda mais, como se sinos batessem sem parar dentro dela.


– Ah... você acordou. – afirmou o obvio. – E falando...- deu um sorriso debochado.


A principio não entendi o que ela queria dizer mas as palavras começaram a fazer sentido. Realmente eu havia conseguido formular a frase sem dificuldades no idioma deles. Ela soprou o incenso que segurava e puxou a camisa de Jasper cobrindo-lhe o peito.


Caminhei devagar em sua direção e o ar me faltou. Meu Jasper ali imóvel, sua camisa estava manchada de sangue. Me ajoelhei e Leah se afastou.


– Ele agora vai ficar bem. – disse tampando um pequeno vidro.


– O que aconteceu com ele?- perguntei passando a mão em seus rosto. Estava quente, com febre. Talvez no jardim do castelo encontrasse a erva para baixar a temperatura.



– Ele levou um tiro.


– Um tiro? –sussurrei com assombro.


– Esme já o medicou, pediu só para passar a pomada para cicatrizar mais rápido. O melhor seria o sangue da prometida mas como você estava repousando...- sorriu - Sabe...desde que chegaram aqui só trouxeram discórdia. As invasões ficaram mais freqüentes, os príncipes sempre brigam com os empregados, a rainha sempre discute com o rei e até Jacob e eu que tínhamos nosso ninho de amor, estamos dormindo separados. – disse e algo em sua voz soava estranho.


– Eu não tenho visto essas brigas todas que me diz.- examinei o ferimento e não estava nada bom.


– Claro que não...vocês não falavam nossa língua. E os príncipes nos proibiram de falar isso com vocês. Aliás você vai manter essa nossa conversa só entre nós não é mesmo? Ou quer que tenhamos mais brigas por causa de vocês? – olhei pra Jasper e neguei, não queria que eles brigassem mais. -Essa bala que ele levou era pra você.- minha respiração tornou-se acelerada- enquanto a maldita semideusa te controlava as outras atiraram nele. É isso que você quer, a morte dele?


Não...não podia ser verdade, eu sabia que se elas matassem uma pessoa perderiam os poderes. Bianca já tinha me dito isso, ou será que ela é que estava mentindo?


– O que você quer afinal? – perguntei num fio de voz. 



– Ora querida cunhadinha, faça-nos um favor. Se querem vê-los bem liberte-os do enlace. Esme já deve ter lhes falado que apenas o cigano do casal pode liberar seu vampiro. – sentou no chão ficando em minha frente – eu mesma conheço moças que poderão escolher para eles.- segurou minhas mãos.- Eu sei que a gente não se deu muito bem no inicio mas o que estou falando é porque no fundo, gosto de vocês. Mas vamos admitir, não foram feitas para viver aqui, são da mata, bichinhos do mato e os príncipes logo cansarão de vocês e verão que estão apenas forçados a ficar com vocês por causa desse enlace.


Enquanto dizia as palavras Leah me olhava atentamente. Eu juro que não queria chorar, mas era impossível. Ela estava certa, não passávamos de lixo, era assim que me sentia até que Jasper me resgatou e a forma que ele me tratava me fazia sentir como uma princesa.


Seus carinhos, sua voz, tudo nele era adorável. Não merecia uma pessoa como eu, que vivi minha vida naquela imundice, vestida com trapos e que mal sabia falar sua língua. E agora, quando ele precisou do meu sangue, lá estava eu desacordada, fraca sem poder ajudá-lo. Leah ainda com os olhos fixos em mim se aproximou e beijou minha testa.


– Pense nisso. – sorriu de um modo acolhedor- Fale com as outras, vocês vão ver que será melhor para todos.


Não vi quando ela saiu, meu choro mudo misturado as lagrimas me cegaram. Jasper continuava imóvel, seu semblante era tão calmo. Leah sequer imaginava como tinha razão. Iriamos partir antes que ela pudesse sonhar. Não porque queríamos, mas porque não conseguiríamos lutar contra os fantasmas daquelas.


Precisava falar com minhas irmãs. Essa pessoa que nos sequestrou não descansaria até que nos encontrasse. Não poderíamos colocar todo esse reino em perigo. Antes de partirmos precisávamos libertá-los; procurar uma nova companheira para eles. E como me doía imaginar meu doce Jasper com outra. Tinha que ser forte para fazer isso.


Ouvi um gemido doloroso. A testa de Jasper estava franzida como se sentisse muita dor.


– Frio...- sussurrou. Toquei seu rosto quente. A febre não estava baixando. – Corri até a cama e puxei a colcha que estava dobrada. O cobri para que se aquecesse um pouco mais.- Alice... – me chamou. Meu coração se aqueceu na mesma hora. Mesmo inconsciente ele chamava por mim.


– Jasper querido...eu vou fazer passar....prometo. – Eu até poderia procurar outra companheira para ele mas no momento eu era sua prometida e era o meu sangue que ele precisava. Me aproximei de seu rosto e pude sentir a respiração quente. Juntei nossos lábios uma... duas... quatro vezes.


Apertei o pulso com força na quina da mesinha. Com o corte o sangue brotou rápido, começando a pingar. Bastou aproximar dos lábios de Jasper que ele tomou meu pulso sugando fortemente. Seus olhos se abriram e ele me encarou ainda bebendo do meu sangue. Suas mãos macias seguraram meu braço e ele passou a língua lentamente lambendo o corte para cicatriza-lo.


– Oi doçura.- disse com sua voz aveludada ainda segurando meu braço. Não sei o que aconteceu comigo, se foi a tensão porque passava misturado ao medo de deixá-lo, mas comecei a chorar. Soluçava descontroladamente.


Tão rápido, Jasper já estava comigo sentada em seu colo no apertado espaço do sofá. Me senti tão segura, protegida que afundei minha cabeça ainda mais em seu peito.


– Doçura...eu lhe machuquei?- disse passando suavemente as mãos em minha costa – Me perdoe...me perdoe. – pediu.


– Não...não é isso – disse em meio aos soluços – só preciso que me abrace, por favor... só isso.


Seus braços se apertaram ainda mais ao meu redor. Sentia seus beijos suaves em meu cabelo mas não me atrevi a me mover um milímetro sequer. Ali eu estava segura e protegida.


Não sei quanto tempo ficamos assim até que ouvi a voz de Jasper próxima a minha orelha.


– Quer conversar?- perguntou afrouxando um pouco o abraço. Neguei com a cabeça e me apertei mais ainda em seu peito. – Bom... então eu poderia fazer uma pergunta? – sua voz tinha um leve tom divertido.


Levantei um pouco a cabeça para olhá-lo melhor. Seu rosto estava mais corado e minhas mãos em contato com sua pele dos braços, não sentiam mais a quentura da febre. Seus olhos me examinaram e seus lábios curvaram levemente pra cima.


– Desde quando você fala tão bem minha língua? – perguntou me fazendo cócegas.


– Eu...eu não sei...pare... – sorria tentando segurar suas mãos ágeis. Ele parou com as cócegas e levantou meu corpo para que sentasse com uma perna de cada lado de seu corpo. Passou a mão em minha testa jogando minha franja para trás. Seu olhar era tão severo que confesso, senti medo.


– Olhe pra mim.- disse quando viu meus olhos fixos na mancha em sua blusa.


– Eu não tenho ideia do porque de seu choro. – tentei desviar de seus olhos. Ele segurou meu queixo. – Olhe pra mim. – pediu - Quem quer que a tenha feito chorar, irá pagar muito caro. É uma promessa.


Ele me olhava com tanto carinho e devoção que provavelmente fiquei com a maior cara de boba, babando por ele ali. Jamais teria forças suficientes para deixá-lo.


Lentamente aproximei meus lábios aos de Jasper e fechei os olhos. Minha mão repousada em seu peito sentia as batidas frenéticas de seu coração misturadas as minhas.


Ele encurtou a distância e senti sua boca urgente na minha. Um beijo quente e ardente, sempre era assim quando ele me beijava. Dessa vez havia um misto de algo diferente. Passei os braços ao redor de seu pescoço e ele agora segurava minha nuca aprofundando ainda mais o beijo.


Não pensei nas conseqüências que isso me traria depois. Apenas queria naquele momento ser inteiramente dele. Quando já me falava o ar, me afastei um pouco e os lábios de Jasper desceram por meu pescoço.


– Vamos... parar por aqui. – disse com a voz rouca. Fingi que não ouvi e procurei novamente por seus lábios. Jasper segurou meus ombros com suavidade, me afastando.- Não Alice, não podemos.


Mordi meus lábios com força já a beira do choro. Ao mesmo tempo que me sentia muito quente de desejo por ele, tinha medo de perdê-lo de uma hora pra outra. Talvez por isso a dor da rejeição tenha sido tão intensa.

– Por favor... por favor, não me rejeite – pedi num fio de voz.


– Te rejeitar?- perguntou surpreso – Está sendo absurda. Não imagina o quanto te desejo, o quanto quero te fazer minha. – tirou os fios de meu rosto, penteando-os para trás com os dedos.


– Mas então... – dei um beijo calmo em seus lábios – me faça sua...me torne... sua mulher. – Não acredito que fui capaz de dizer isso.


Pensei que fosse me afastar de vez e dizer pra esquecer; ao contrário, me beijou novamente com muito mais fúria, muito mais ardor. Fiquei tão perdida em meio as sensações que tomaram meu corpo, que não percebi quando minha camisola foi tirada. Sua boca quente tomou meu seio e suas mãos puxaram meu quadril pra mais perto.


Senti um volume nada discreto entre as calças de Jasper, cutucando minha intimidade. Um nervosismo inexplicável se apossou de mim. Esme já tinha conversado sobre isso; não tinha o que temer.


–Alice, não vou mais poder parar.- disse com sua voz transformada. Seus ombros largos estavam maiores e os músculos mais evidentes. Estava se transformando.


– Então não pare. – pedi. Jasper se levantou comigo e senti minha costa prensar contra o tecido do sofá. Soltou um gemido que facilmente seria confundido com o rugido de um leão quando nossas intimidades se tocaram. E ainda estávamos vestidos... bom eu ainda estava de calcinha. Jasper levantou os quadris e com um puxão tão rápido rasgou nossas roupas, voando trapos por todo o quarto. Apoiou os cotovelos no sofá sustentando o peso do corpo. Fechei os olhos esperando, mas nada aconteceu. Voltei a abrir os olhos, Jasper me encarava com um pedido mudo. Balancei a cabeça em sinal positivo.


– Eu te amo Alice....- deixou cair o peso de seu corpo e numa única investida, o gigante vampiro, meu Jasper, me fez sua mulher.


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– Um doce por seus pensamentos.- disse à Jasper num tom divertido.


– Se vai descobrir o que penso, vou cobrar beijos. – se aproximou me dando selinhos.


–Você está tão quieto. – sussurrei- Se arrependeu?-indaguei receosa – Estávamos deitados na cama, um de frente pro outro, cobertos com um fino lençol. A forma como nos amamos foi tão intensa que assim que senti seus caninos em meu pescoço, desfaleci. Lembro de ao longe ouvir sua voz de trovão me pedindo para beber de seu sangue. Provavelmente bebi, já que acordei com o gosto de sangue na boca.


– Deixe-me ver...- levantou os dedos enumerando – o vampiro que vive em mim te reconheceu como companheira, não te feri – me olhou duvidoso – feri?- balancei a cabeça negando –te fiz minha mulher e ainda por cima fizemos o laço final, só que sem a benção....hmmm...mesmo sabendo que minha mãe vai arrancar minha cabeça quando souber...não, não me arrependo de nada.


Sorri pra ele. Era mesmo muito bobo o meu amor. Também não me arrependia de nada; não sabia quanto tempo isso duraria e se perdesse esses momentos com ele...acho que morreria.


– Você precisa comer alguma coisa, doçura. – tocou meu nariz.


– Também acho, mas aqui está tão bom que estou com preguiça. – disse puxando o lenço para cobrir meu rosto.


– Ahh... tenho um excelente remédio pra preguiça. – senti uma ondulação no colchão e em seguida meu corpo ser suspenso. Soltei um gritinho de surpresa – Calma doçura, é só um banho na banheira. – beijou meu pescoço - Temos que batizá-la.

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Já no corredor que dava acesso a cozinha fomos assaltados por um delicioso cheiro. Meu estômago trovejou e duvido que qualquer pessoa a dez metros não tenha ouvido.


Rosalie e Emmet já estavam lá com algumas cozinheiras. Emmet atacava uma travessa inteira de frango assado e Rosalie assim que me viu fez sinal para que sentasse ao seu lado.


– Prove isso, está uma delicia. – enfiou um treco em minha boca. Sabia que ela estava tentando achar um jeito de não chamar a atenção. Ela olhou para Jasper que falava alguma coisa com o irmão. Minhas bochechas estavam enormes com a massaroca doce que não conseguia engolir. – Sonhei com aquela maldi da Carmem.


– Você também?- perguntei com a boca cheia.- O que ela disse?


– Aproveite enquanto pode...- Rosalie a imitava com fúria - Breve a única vida que terá é essa. E apontou para aquela prisão sombria. Eu juro Lice, que se pudesse botar minhas mãos nela...- voltou a olhar Emmet - Eu faria picadinho dela. – ameaçou em tom baixo.


– Precisamos falar com Esme sobre esses sonhos. – peguei um copo de suco pra desentalar – Já devíamos ter falado.


Tivemos que interromper a conversa; Emmet puxou a cadeira sentando do lado de Rosalie e Jasper ao meu.


– Temos vinho, querem? – Emmet já ia derramar a bebida em uma taça para mim quando Jasper o interrompeu.


– Não...nem pensar. – disse Jasper tampando com a mão a boca da taça – não quero minha noiva alcoolizada por ai. - Alcoolizada? Achei um pouco de exagero dele, na verdade já tínhamos experimentado durante uma das aulas de Esme, tinha um sabor muito agradável mas hoje se ele não queria, faria sua vontade. Só me importava ficar bem ali com ele.


– Não.- disse a Emmet – Prefiro o suco.


Emmet encheu a taça de Rosálie e brindaram, me recostei no peito de Jasper e ficamos os quatro com contos divertidos sobre seus trabalhos e historias de infância. Vezes ou outras as cozinheiras sentavam na mesa completando algumas das grandes aventuras deles.


Não parecia que estavam num ambiente de brigas como Leah falou. Agora eu conseguia entender tudo e nada pareceu desbalancear o equilíbrio perfeito que eles tinham entre si.



Mais um casal entrou na cozinha. Ainda bem que o espaço era grande. Edward cumprimentou as cozinheiras puxando Bella. Ela como sempre estava corada. Provavelmente algo em meu rosto me denunciou. Bella e eu sempre fomos assim. Não sei porque nossa conexão sempre foi algo além, sempre que uma passava por um perigo ou estivéssemos aflitas com algo, a outra sabia...e não foi diferente agora.


Ela se aproximou tão rápido que quase tropeçou na cadeira que Edward puxou para ela.


– Bella. – Rose e eu dissemos juntas. Pensava no que ela poderia estar sentindo. Aflita? Sim eu estava e muito. Perturbada?- sim por causa daquela Leah-cunhada-cobra. Quente, ardente e amando loucamente? Sim, sim sim e mil vezes sim. Eram tantas sensações que passavam por todo meu corpo, que não sabia definir.


Peguei um copo de suco pra me acalmar, antes que entrasse em parafuso.


Eu e Jasper na cama, estávamos nos amando. Via cada gesto, cada toque como uma terceira pessoa ali. Três crianças com asas se aproximaram; eram anjos. A do meio trazia algo nas pequenas mãozinhas. De pé próximo a cama um homem muito alto olhava a cena imóvel. De repente uma força me puxou para longe dos braços de Jasper; eu gritava mas não ouvia minha voz. Os braços de Jasper tentavam me agarrar de volta; uma mulher conhecida ergueu uma espada em direção as crianças. Antes que pudesse tocá-las Jasper segurou a espada mas não tive forças e fui levada para longe do meu amor.



Pisquei os olhos...tinha sido uma visão... senti respingos em minha roupa.. Olhei Bella e estava da mesma forma que eu, aterrorizada. O que aquilo significava? Senti uma pontada em meu estômago, era só o que me faltava; visões. Desde que chegamos aqui, nunca mais Bella tinha tido visões do futuro. Tinha que falar com ela.


Jasper pegou da minha mão um guardanapo que nem sabia que segurava. Olhei a mesa e todos olhavam de mim para Bella. Pela cara de Rose ela tinha um milhão de perguntas pra fazer, mais ia ter que agüentar até mais tarde.


Emmet fez alguma gracinha e acabei rindo acompanhando os outros, mas confesso que nem sei do quê.



Não ficamos sozinhas um segundo sequer e por isso não tive chance de perguntar a Bella o que aquela visão significava. O jantar foi tranqüilo e muito divertido, os meninos vezes ou outra soltavam piadinhas e claro algumas com palavrões. Esme chegou a jogar uma azeitona na cabeça de Emmet para repreendê-lo.


Todos os homens beberam vinho e acho que já estavam ficando embriagados, inclusive o rei. Esme nos lançava um sorriso radiante e afetuoso, como se agradecesse-nos pela felicidade de sua família. Nós é que devíamos agradecer a todos por nos deixar fazer parte de uma família feliz e bela. Mesmo que por pouco tempo.


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Um lugar místico. Era assim que via a pequena cabana de Zafrina. A magia naquele lugar era tão intensa que tornava-se palpável. Esme e Carlisle tinham ido com ela falar algo sobre nossa proteção aqui no castelo. Não sabiam que estavam perdendo tempo com isso. Nada que fizessem daria jeito. Nosso destino estava traçado.


– Não imagina como eu desejo você.- Jasper disse com a voz bem baixa em meu ouvido. Perto o bastante para que sentisse, embora levemente, o cheiro do vinho.– Não vejo a hora de subirmos e poder lhe tocar sem espectadores. – segurou minha mão apertando seu membro já muito excitado.

– Pare com isso, Jasper. Alguém pode ver.- pedi mas de alguma forma ele conseguiu me deixar em chamas.


–Minha nossa!- ouvi a voz de Carlisle e puxei rapidamente minha mão soltando a de Jasper. Meu rosto ficou muito quente e não tive coragem de levantar os olhos.


– Desse jeito teremos que apressar o casamento pra ontem.- ouvi a voz baixa de Zafrina. Ahhhhh que vergonha, que vergonha. Olhei de rabo de olho pra Jasper e o safado piscou um olho pra mim.


– Espero sair daqui já casado, Zafrina. – foi a vez de Emmet falar; ao meu lado Jasper suspirou.


– Não precisam ficar encabuladas minhas filhas.– disse Zafrina e notei pela sua voz que se divertia com a situação. – Sei com é isso.


Lentamente levantei os olhos e Zafrina se sentou ao meio. Carlisle e Esme sentaram atrás dela. Ele secava o suor no rosto e ela tinha um olhar bem sério direcionado aos filhos.


Era incrível que apesar do tamanho deles se sentissem intimidados pela rainha de um pouco mais 1,60m.


– Meus meninos não vêem a hora de fazer dessas meninas suas esposas. – afirmou Zafrina pegando cartas na mesinha. Eles deram um sorrisinho, mas de novo, o olhar de Esme os fez se calarem.


Era pra ser algo mais planejado mas as condições não nos permitem – disse e sua voz era séria.- Com o casamento, o enlace final estará completo e assim as semideusas não terão mais acesso a este mundo. Não pelo corpo de vocês.


Ela olhou atentamente os rostos de cada um ali, enquanto embaralhava as cartas. Acendeu dois incensos e mudou de posição três pedras na mesa. De uma hora pra outra meu coração começou a martelar em meu peito. Será que ela conseguiria ver que Jasper e eu tínhamos feito enlace?


Uma a uma, distribuiu as cartas na mesa.


– Hmmm....- disse depois de algum tempo – o casamento pode ser feito amanhã. – afirmou.


O rosto trazia um sorriso que transmitia alegria para todos que o olhassem. Como num passe de mágica as cartas começaram a se mover; uma tomando o lugar da outra. O rosto feliz tornou-se preocupado.


– Algo errado Zafrina? – questionou Esme já de pé ao lado dela.


– O futuro mudou. – disse encarando a dança das cartas - Decisões sendo tomadas num lugar muito longe daqui...duas serpentes rastejam pelo chão do castelo, veja rainha- apontou algo nas cartas – um laço foi firmado.. – ergueu seus olhos e encontraram diretamente os meus. – sem ser abençoado.


Jasper apertou minha mão tentando passar segurança mas não adiantou, sentia meu corpo gelar a cada instante e sabia que faltava pouco para desmaiar.




Antes que eu desfalecesse Esme caiu pra trás.






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Notas finais do capítulo

Aêêêêêê Aly, Anna Bia e todas as Alispers de plantão, capítulo dedicado a vocês... Vão dizer que não gostaram......eu amei rsrsrsrsrs.
Licinha com medo das ameaças de Bianca e Leah-cunhada-cobra(amei), decidiu não esperar e antes que partisse de vez se entregou ao seu grande amor.
Mas isso terá conseqüências.....algumas já reveladas pela visão de bellota.
Qual será o significado?
Ainnnnn não sei....tô super ansiosa rsrsrsrs
E pra quem duvidava, viram que Zafrina é poderosa, nada é escondido dela kkkkkkkkkk
Pobre Esme, criando seu filho tão puro e imaculado e vem licinha colocar o menino no mal caminho ;p
Agradeço de coração as reviews e infelizmente meu pc quebrou, tenho que digitar no note só que não sei o que acontece cada frase que digito metade pula de linha com o cursor e por isso demora mais.
E só mais uma coisinha... percebi que os capítulos quando tem cenas picantes tem menos comentários, queria saber então se preferem que estas cenas não sejam escritas. Se puderem deixar um coment falando como preferem eu agradeceria muito.
Alguém quer me recomendar? ;p
Bjão fofys e até o próximo fuuuuuuiiiiiiii.