Rachel Berry Academy escrita por R_Che


Capítulo 7
Guarda-lhe o sorriso


Notas iniciais do capítulo

Então...
Cá está o inicio oficial do ponto de viragem desta história.
Encontramo-nos lá em baixo.



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Rachel não se lembra de como é que chegou à porta da academia. Naquele momento, além dos gritos de Britt, tudo estava em câmara lenta, e a dificuldade de processar o panorama que se lhe apresentava à frente dos olhos era tanta que nem o barulho das sirenes ela conseguiu distinguir. O restaurante estava coberto de chamas, e além da grande explosão que tinham ouvido inicialmente, outras várias, mais pequenas, iam acontecendo. Conseguia-se perceber que estava uma pessoa a ser levada de ambulância para o hospital, mas os bombeiros estavam a tentar retirar mais gente do interior.

– O que é que aconteceu? Eles estão bem? – perguntou Britt a um bombeiro.

– Tenho de lhe pedir que se afaste do perímetro de segurança, estamos a tentar retirar três pessoas que estão ainda no interior. Mas tem de se afastar.

– Eu conheço. Eu conheço todos, são como família. A minha amiga... – apontou para Rachel- é mulher da dona do restaurante. Ela está em choque.

– Vou já falar com um paramédico para a assistir, mas mantem-se fora do perímetro.

Rachel começou a caminhar em direção ao restaurante, e Britt agarrou-a. E quando isso aconteceu, a morena começa a chorar compulsivamente. E quando estava quase a conseguir livrar-se dos braços da loira, umas mãos fortes e decididas puxam-na para si e abraçam-na pelas costas.

– Temos dois mortos e um ferido grave. Mas não conseguimos passar com eles para o exterior sem apoio. – diz um bombeiro a gritar da porta do restaurante.

O homem rapidamente recebe ajuda, e além de Rachel, também Britt começa num pranto desconsolado e abraça-se à morena e a Santana.

– Isto não pode estar a acontecer. – diz a latina em choque. E é nesse momento que percebe que o corpo de Rachel pesa mais do que quando a abraçou. Ela perdeu os sentidos.

O paramédico que o bombeiro prometeu a Britt, rapidamente as ajudou a deitá-la numa maca dentro de uma ambulância, e ela recuperou os sentidos devagarinho. A única coisa que Rachel conseguia dizer era “Quinn”. Santana deixou Britt a apoiar Rachel e saiu da ambulância na expectativa de saber mais informações.

– Temos um homem morto, sabemos ser um homem pela estrutura física, ele tem a cara desfigurada pelo fogo. E uma mulher, que também não está bem tratada, mas é uma mulher loira. – explica o bombeiro ao seu colega.

– E o ferido?

– Está desmaiado, mas perdeu uma perna. E se não conseguirmos tirá-lo, vai continuar a perder sangue.

– Eu preciso de saber quem são. – Diz a latina sem pudor. Ela estava a intrometer-se na conversa, sem nem sequer os bombeiros se terem apercebido de que ela estava a ouvir.

– Minha senhora, a senhora não...

– Não posso estar aqui, já sei isso. Mas essas pessoas são a minha família, e por isso, eu preciso de saber quem são! Vocês façam o vosso trabalho em vez de perder tempo comigo. – diz ela autoritária. Mas o aperto no estômago, a dor no coração e as lágrimas concentradas nos olhos, ninguém conseguia tirar-lhe.

Os bombeiros saíram com o corpo de um homem, e Santana rapidamente percebeu que não se tratava de Massimo. Nas calças do cadáver ela visualizou um logótipo de uma empresa que fornecia refrigerantes ao restaurante e quando olhou à volta viu estacionada a carrinha de distribuição. E contrariamente ao que estava previsto, ela levou as mãos à cara e chorou. Mas aquele choro de alivio, desvaneceu-se no momento em que ela reconheceu o corpo de Judy a sair do restaurante, e deu lugar a um choro doloroso. Estava morta. Aquela mulher, que fez parte de toda a sua vida, que ela considerava uma segunda mãe, estava morta à sua frente. Depois de tudo o que passou na vida, e agora que tinha encontrado a felicidade, não era admissível na cabeça de Santana que tudo isso lhe tivesse sido retirado desta maneira. Mas quase de uma maneira automática, a latina aproximou-se dos bombeiros que a traziam.

– A Quinn? Tem de haver uma mulher loira.

– Minha senhora, preciso que se...

– Não me afasto nada! Esta é a minha família e eu não estou a empatar ninguém. –disse ela revoltada. – Estou a perguntar pela Quinn, a filha dela. – E apontou para Judy com o coração pequenino.

– Não há mais nenhuma mulher no interior, só um homem. – disse o bombeiro solidário.

– É o Massimo. Ajudem-no por favor. – respondeu a latina.

– Refere-se a uma senhora mais jovem e com o cabelo loiro pelos ombros? – perguntou um paramédico. Santana engoliu em seco.

– Sim... – respondeu ela com medo.

– Foi levada para o hospital logo quando chegamos. Estava desmaiada muito perto da entrada, e tinha um traumatismo craniano. Devia estar a entrar na altura da explosão.

– Está viva. – respirou fundo Santana.

– Sim, pelo menos quando chegou ao hospital estava. Não tenho mais informações. Está no Hospital Central.

– Obrigada. E vão todos para lá?

– Sim, todos.

– A Judy... – e não conteve um soluço. – também?

– Sim minha senhora, todos. – disse o paramédico com cuidado.

Santana dirigiu-se imediatamente à ambulância onde estavam Rachel e Brittany.

– Diz de uma vez. – disse Rachel com um semblante impassível.

– O homem morto era um fornecedor. – Rachel conteve a respiração, ela sabia que o pior estava para vir. – A Judy não sobreviveu. – E o pranto foi geral. Não só a morena, como Britt e Santana não contiveram a dor. – O Massimo perdeu uma perna e estão a tentar tirá-lo do interior.

– A Quinn? – perguntou Rachel impaciente.

– Está no hospital, estava a chegar quando aconteceu a explosão, parece que não chegou a entrar. Mas com a explosão deve ter sido projetada e os paramédicos encontraram-na desmaiada e com um traumatismo craniano perto da porta. Foi logo levada para lá. Todos eles vão ser levados também.

– Eu preciso... – disse Rachel, mas Santana interrompeu logo.

– Vamos imediatamente. Eu tenho o carro mesmo aqui. Mas preciso de saber como te sentes?

– Eu estou bem, eu preciso de vê-la.

– Então vamos – disse Britt.

– E a Judy? Eu quero vê-la. – acrescentou Rachel.

– Rach, confias em mim? – perguntou a latina. Rachel acenou duvidosa. – Fica com a última recordação que tens dela, que eu tenho a certeza que é a sorrir. Ela estava feliz, e tu fizeste parte da felicidade dela nos últimos tempos. Guarda-a feliz.

– O corpo dela...

– Guarda-lhe o sorriso. – disse Santana antes de abraçar.


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Notas finais do capítulo

E agora?
É porque agora começa uma nova etapa.
É lógico o que aí vem, a questão é... como é que vem?!
Obrigada pelos comentários, por não terem abandonado a história. Espero que continuem a dar-me o vosso feedback.
**



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