Desliguei meu celular e tentei dormir, sem sucesso. Eu estava tão nervosa pensando em minha mãe, em minha irmã e meu padrasto que não consegui dormir de jeito nenhum.

Cheguei no Texas no meio da madrugada, então fui dormir na casa dos meus avós e pela tarde do dia seguinte eu iria para o hospital. 

Eu não sei como, mas mesmo com toda a agitação que eu estava eu consegui dormir as quatro da manhã e acordei as onze.

Comi um pouco do café da manhã que minha avó fizera que ainda estava na cama e resolvi ir para o hospital.

- Você já vai, Sel? - Minha avó perguntou, me seguindo.

- Vou sim. - Sorri. 

- Ok. Eu vou mais tarde. Juízo. - Ela me deu um beijo na testa enquanto eu saía.

Minha prima me emprestou o carro dela que estava na garagem, então eu o peguei e fui direto para o hospital. Ao chegar lá fui para o quarto em que minha mãe estava.

Minha mãe estava deitada na cama com a aparência cansada, pálida e cheia de olheiras. Brian estava sentado ao lado da cama fazendo carinho na mão de minha mãe.

Depois de limpar uma lágrima que escorria pela minha bochecha, fui praticamente correndo abraçar a minha mãe.

- Como você está, hein? - Perguntei.

- Estou bem, Sel. - Ela sorriu, mas não com aquele sorriso lindo que ela tem, e sim com um sorriso torto e cansado. - Só estou um pouco triste.

- Tudo vai ficar bem. - Brian disse, sorrindo. - Scarlett vai estar nos olhando lá de cima. 

- Eu sei. - Minha mãe assentiu com a cabeça. - Mas me dá um vazio ao pensar que minha bebê não está mais aqui...

Eu abracei minha mãe e ficamos ali abraçadas por um bom tempo.

- Oi... - Justin entrou no quarto. 

- Justin, você já chegou? - Perguntei levantando.

- Olha, eu acho que estou aqui. - Justin disse, olhando para si mesmo.

- Idiota. - Dei um tapinha em seu ombro, enquanto íamos para o corredor. - Obrigada por vir, de verdade.

- Eu não ia deixar você sozinha. Não agora. - Ele sorriu, me chamando para um abraço. 

Abracei Justin e me derrubei em lágrimas. Ele ficou fazendo carinho em meus cabelos enquanto eu escondia meu rosto em seu ombro.

- Vai passar, você vai ver. - Ele deu um beijo em minha testa.

- Eu sei. - Sorri, balançando a cabeça.

Quando eu voltei para L.A, eu ainda estava meio abatida, mas sabia que Scarlett agora era meu anjinho da guarda. As pessoas não estavam tão maldosas assim comigo, claro que um paparazzi ou outro falaram coisas absurdas, mas a maioria me apoiou e respeitou minha privacidade. Em relação as fãs de Justin, a maioria me apoiou e desejou força. Claro que tinham algumas infelizes comentando bobagens e comemorando o fato da minha irmã ter morrido, e desejando a minha morte. Mas sobre essas pessoas, eu sabia de uma coisa: Tudo que elas desejavam de mal para as pessoas, voltaria em dobro para elas.