Better Than Revenge. escrita por Juliana Silveira


Capítulo 9
Capítulo 9 - Meu jogo, minhas regras!


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é mais light.
Estou gostando de ver, minhas leitoras comentando
e esboçando opiniões :)
enfim, espero que gostem deste capítulo.
Beijo ♥



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Nós nos afastamos aos poucos, mas ele continuou com as mãos na minha cintura, senti meu rosto corar... Sabe quando você quer falar algo, mas não consegue? Seu celular tocou e eu me afastei um pouco.

–É a Priane - Ele disse surpreso.

–Atende. -Eu disse e foi o que ele fez.

–Oi.

....

–Ela tá comigo sim.

....

–Calma Pri. Conta o que houve?

...

–Estamos indo aí. Fica calma. -Ele desligou e me fitou.

–O que houve com a Priane? -Perguntei chocada.

–O Carlos foi atrás dela, e ela fica mal sempre que isso acontece.

–Você sabe dela e do Carlos? -Disse séria e ele riu.

–Sei, acabei virando amigo da Priane. Teu irmão queria que a gente ficasse e tal.

–Bom saber. -Ergui as sobrancelhas.

–Ciúmes? -Arthur disse se divertindo com a situação.

–Não. - Falei dando os ombros.

–Tá, vamos? - Disse ele me fitando.

–Sim. -Ele entrelaçou suas mãos nas minhas.


(...)


–Ei... -Eu disse apoiada sobre as minhas pernas e agachada enquanto Priane chorava com ás mãos no rosto, sentada em um sofá e o Arthur estará ao seu lado.

–Desculpa atrapalhar a noite de vocês. -Ela disse.

–Não se preocupe minha noite já está ganha. -Arthur disse e me fitou por alguns instantes com um sorriso na face.

–Eu não aguento mais isso! Parece que nunca vou ter paz, e o pior a Roberta não pode descobrir se não vai me matar. -Ela disse chorando.

–Erro feio, eu sempre te disse isso... -Arthur disse.

–Arthur. -O repreendi.

–Ele está certo. Eu me sinto uma vadia... Troquei uma provável amizade por um canalha!

– Ás vezes nós, fazemos escolhas erradas e isso nos ensina a crescer. Todo mundo te disse que ficar com ele era uma péssima ideia, mas você não acreditou. O que eu quero dizer é que ás vezes só enxergamos o que queremos e temos que quebrar á cara e enxergar com nossos próprios olhos. -Eu disse.

–Dorme aqui hoje Windy? -Priane disse.

–Claro. -Sorri.

Ficamos conversando mais um pouco e ela se acalmou, Arthur foi embora e assim que ele saiu, Priane pulou do sofá e se sentou mais perto de mim.

–Rolou algo entre vocês? -Ela perguntou e eu assenti. -Como assim? Conta.

–A gente se beijou. -Disse com um sorriso largo e sabia que tinha corado.

–Cuida bem dele hein. Ele é um amor. -Pri disse sorrindo.


(....)


Cheguei a minha casa e eram 08h24min. Tirei os saltos e entrei de fininho, mas uma luz se ascendeu e a minha mãe surgiu da escuridão com os cabelos bagunçados e com uma cara de sono.

–Chegando essa hora? - Ela perguntou e esfregou os olhos.

–Eu estava dormindo na casa da Priane. -Ela me fitou e deu uma gargalhada.

–Você acha que irei acreditar nisso? Mas tudo bem, o Arthur é um garoto de ouro.

–Ainda bem que você intende mãe. Bem, vou subir.

Subi as escadas e fui para o banho. Minha mãe não acredita em mim, que lindo isso. Deixei a água escorrer pelo meu corpo e minha mão tocou meus lábios.

Lembrei automaticamente do beijo, do seu corpo próximo ao meu, do seu sorriso hipnotizante e do seu perfume... Ah o seu perfume.

Saí do banho e passei hidratante pelo meu corpo e peguei um vestido florido no closet e uma sapatilha e coloquei. Desci as escadas e me sentei á mesa com o Dan e a minha mãe.

–Bom dia. -Eu disse sorrindo.

–Bom dia. -Dan respondeu. -E esse bom humor? -Ele perguntou.

–Está muito bem, obrigado. -Respondi e peguei um pedaço de bolo e um suco de laranja.

–A noite foi boa. -Minha mãe disse rindo.

–Mãe. - A repreendi.

–Dormiu em casa? -Dan perguntou.

–Não, na Priane.

–Ah sei... -Dan riu. -Arthur rapidinho.

–Dan. -Minha mãe o repreendeu com um tapa no braço.

–Eu não dormi com o Arthur. Pergunta pra ele para você ver. -Eu disse bufando.

–Vou perguntar mesmo. Bem gostaria de continuar aqui falando a vida sexual da Windy, mas tenho aula então tchau. -Dan disse e saiu de casa.

–Se preveniu filha? -Minha mãe disse.

–Tchau mãe. -Ouvi o telefone tocar e era da universidade. Passei no vestibular e precisava ir até lá fazer a tal matricula.

(...)


–Só aguarde um segundo. -A mulher disse e se retirou, fiquei esperando ela voltar para saber quando começara minhas aulas.

Fiquei esperando no balcão, brincando com os meus dedos, virei e avistei o Ricardo ao meu lado.

–Ricardo. -Eu disse o fitando e sorrindo. Ele se virou e me fitou retribuindo o sorriso.

–Oi Windy. Milagre a gente não se esbarrar ou você atirar sorvete em mim... -Ele disse debochando.

–Ou você jogar cerveja em mim. -Bufei e ele riu. -Enfim... Preciso da tua ajuda, topa?

–Para matar quem? -Ele perguntou e eu sorri.

–Suas aulas começam dia primeiro de março. -A moça disse me entregando meus documentos e um papel que eu soquei na bolsa.

–Obrigada. -Disse para ela. -Te espero ali na rua ok? -Disse para o Ricardo que assentiu.

Confesso que eu não gostava muito dele, o seu jeito super cínico e irônico despertava uma fúria em mim. Em alguns momentos ele se parecia com o Rafael, mas sim eu precisava de sua ajuda.

–Windy?! -Uma voz atrás de mim soou rouca. Virei-me para fitá-lo e era o Rafael.

–Aff... Você. -Eu disse e revirei os olhos como uma reprovação.

–Quando vamos repetir a dose? -Ele sussurrou próximo ao meu pescoço.

–Nunca. -Virei-me de costas na esperança do mesmo me deixar em paz, mesmo sabendo que ele nunca faria isso. Rafael tinha o prazer de me torturar e me provocar. Respirei fundo, crente que ele havia saído de trás de mim.

–Windy. -Me virei já irritada com a situação.

–Vai pro infer... -Travei ao ver os olhos de Arthur e seu sorriso me fitando. Ele coçou a cabeça e eu sorri fraco.

–Achou que fosse quem? -Ele perguntou.

–Rafael. -Falei mais aliviada.

–Ele anda te perseguindo? -Arthur disse erguendo as suas sobrancelhas.

–Você acha que um dia ele vai me deixar em paz? -Perguntei.

–Quando ele te vê com algum outro alguém talvez a ficha caia. -Arthur disse colocando os seus braços em volta de minha cintura e me aproximando de seu corpo, dando um leve selinho nos meus lábios.

–Eu preciso entrar, aula e tudo mais. -Arthur disse fazendo biquinho.

–Tudo bem, vai lá. -Dei um selinho nele que logo saiu me deixando sozinha novamente.


(...)

–Qual o seu plano maligno Windy que de santa só tem a cara. -Ricardo disse irônico.

–Porque você acha que eu tenho um plano maligno? -Disse com as mãos na cintura.

–Você tem cara de má e tudo mais...

–Está bem, você é bom nessas coisas de computação, não é? -Perguntei.

–Claro, não sei se você lembra, mas estou aqui me matriculando para isso...

–É bom em montagens de fotos? -Perguntei.

–Sim, barbada. O que quer? -Tirei meu pen drive da bolsa e o meu tablet, liguei o mesmo e mostrei para ele a foto. Expliquei tudo para ele que sorriu satisfeito.

–Então eu saquei... Eu te ligo assim que estiver pronto e nós nos encontramos. -Ele sorriu enquanto brincava com o meu pen drive girando-o nos seus dedos.

–Tente fazer o mais rápido possível.

–Provavelmente amanhã estará pronto. -Sorri satisfeita e percebi que começará a chover, me despedi de Ricardo e entrei no carro. Ao chegar à minha casa, coloquei um casaco, pois havia esfriado. Desci até a cozinha e vi a Zilda fazendo algo.

–Está fazendo o que Zilda? -Perguntei sentindo o cheiro de biscoitos vindo diretamente de dentro do forno.

–Biscoitos assando, e bolo de cenoura com calda de chocolate. -Ela respondeu sorrindo.

–Posso ajudar? -Perguntei.

–Claro querida. Venha.


Priane.


Estava saindo da faculdade, peguei a chave do carro dentro da minha bolsa e ouvi alguém chamar-me. Virei-me e encarei todo o campus e logo meus olhos se fixaram no Cadu que andara sorrindo em minha direção.

–Priane... -Ele disse parando em minha frente. -É que o Carlos veio perguntar se estamos juntos. -Ele colocou a mão na sua nuca, e eu fiquei roxa de vergonha.

–Desculpa... É que ele apareceu do nada lá em casa e eu... Eu só queria que ele me deixasse em paz. -Falei gaguejando e gesticulado, eu não deveria ter metido ele nessa situação.

–Só acho que se for pra fingir é melhor fazer bem feito. -Ele disse com um sorriso malicioso nos lábios e olhou de canto para o Carlos que andara de mãos dadas com a Roberta na nossa reta. Roberta falava algo para Carlos que nem estará prestando atenção e seus olhos, se manterá fixos em mim e no Cadu.

–Como assim? -Entortei os lábios.

–Assim... -Ele disse puxando-me pela cintura e juntando nossos lábios. Nós nos afastamos por falta de oxigênio e só então percebi que a Roberta nos observara.

–Mais um casal... Só falta o Thiago agora. -Roberta disse rindo e o Carlos bufou ao seu lado. Cadu me pressionou contra seu peito e abraçou-me.

–Como assim? E o Arthur? -Cadu perguntou confuso.

–Está digamos... "Enrolado" com a Windy. -Roberta falou se divertindo com a situação.

–Vamos? -Carlos disse meio irritado.

–Calma. Amor... -Roberta o respondeu.

–Vamos. Já vi o suficiente por hoje. - Carlos saiu e Roberta balançou a cabeça.

–Bem, então tchau. -Ela disse e correu até o Carlos, ela parecia que estava brigando com o mesmo. Soltei-me dos braços de Cadu e bufei.

–De nada. -Ele disse com as mãos no bolso.

–Tá maluco é? O que deu em você? -Disse e ele me fitou.

–Você que fica com um cara que tem namorada e eu que sou maluco. -Cadu disse.

–Vai me dar lição de moral agora? -Perguntei o fitando.

–Não mais você acha que o Carlos iria acreditar que estamos juntos sem nem ver nós juntos? -Cadu disse rindo.

–Não, ele não ia acreditar, mas... -Cadu me interrompeu.

–Mas nada, quem faz as regras sou eu... Você precisa de mim então só cumpra as mesmas. -Ele saiu com um sorriso vitorioso nos lábios que me causava enjoo.


(...)

A chuva caia, e eu saí da faculdade, direto para a casa da Windy.

–O que? Ele te beijou? -Windy disse com um sorriso completamente malicioso.

–Ai Windy para! Que ódio desse garoto. -Disse me jogando sobre sua cama.

–Ódio pode virar amor. -Ela disse.

–Se fosse verdade esse caso, você e o Rafael já estariam casados. -Disse sem pensar, e quando me toquei do que havia dito era tarde demais.

–É diferente. -Ela murmurou sem jeito, enquanto mexia em um urso que estará no seu colo.

–Desculpa. -Eu disse arrependida.

–Vocês irão fingir que estão juntos? -Perguntou-me mudando de assunto.

–Não sei... -Respondi com as mãos no rosto.

–Como assim? -Ela perguntou.

–Ele disse algo como: "Eu crio as regras e você segue." -Disse, imitando a sua voz que fez a Windy rir.

–Você está literalmente nas palmas das mãos dele. -Ela disse fazendo biquinho.

–Normal, um dia eles me matam... -Eu disse a fitando.

–Eles quem? -Windy ergueu as sobrancelhas.

–Os homens. -Respondi.

–Então imagine o que sobra para mim. -Ela disse sorrindo.

–Ah, não faz drama. Você está bem é só levar o Arthur a sério como ele te leva.

–E se eu não quiser levar a sério? -Ela perguntou e eu me levantei.

–Não... Não... Você não está pensando em não ficar com ele... Ou está? Devia ter pensado nisso antes de beijar ele e dar esperanças.

–Calma Priane. -Ela disse fazendo-me sentar novamente. -Eu gosto dele! -Ela disse e eu respirei fundo.

–Mas? -Eu perguntei.

–Acabei de voltar para o Brasil, acabei de terminar um namoro, acabei de fixar meus pés no chão... -Ela disse.

–Não está pensando em dar um fora nele? Você nunca vai achar alguém como ele Windy!

–Eu sei, e não estou pensando nisso. -Ela engoliu seco. -Não agora... É que eu estou com outros planos.

–Quais? -Eu disse e ela não respondeu. A porta se abriu e o Arthur a fitou com um sorriso bobo.

–Oi Arthur. -Nós falamos no mesmo tempo.

–Oi. -Ele respondeu olhando para a Windy.

–Bem, eu vou para casa. Beijo para vocês e juízo. -Eu disse e me retirei do quarto, segurar vela não é comigo.


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