When You Find Me - Hiatus escrita por CGAA


Capítulo 2
Diálogos são a base de quase tudo




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– Maravilha então. Agora eu sou Dean Winchester e acabo de ser retirado do inferno pelo meu anjo Castiel – eu simplesmente não conseguia acreditar. Um anjo de verdade, aqui... Comigo?

– Bom Nessie, é Haniel – revirei os olhos.

– Não diga.

– Por que você é tão contra eu ser seu anjo da guarda?

– O problema não é você. É que você parece ser um tanto mais velho que eu, e eu não gosto muito da ideia de ter um homem de sei lá quantos anos no quarto de uma menina de 14. – dessa vez foi ele que revirou os olhos.

– Se você assiste tanto aquela série de televisão que se assemelha muito pouco à realidade, você deveria saber que isso é só uma “casca” – disse ele destacando a palavra ‘muito’. Se eu não estivesse vendo e conversando com ele frente a frente eu jamais acreditaria.

– E como você sabe que eu assisto Sobrenatural?

– Aah Nessie. Nós sabemos de inúmeras coisas. Você não tem ideia.

– Sim, sim. A “rádio celestial” – respondi fazendo aspas com dois dedos.

– Na verdade, não é bem assim. É um pouco mais... Ah sei lá. Eu não posso ficar te contando tudo isso.

– Mas... – me sentei na cama. – Por que você é o meu anjo da guarda?

– Bom – ele se sentou na “cadeira do computador” e se virou pra mim –, na realidade mesmo, eu não sou seu anjo. Sabe, nós somos divididos em categorias. Serafins, Querubins... Cada uma dela possui um príncipe. Seu anjo, Imamaiah, é da categoria das Virtudes, mas Deus disse que tem grandes planos pra você então...

Ele deu de ombros como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. Eu não conseguia acreditar. O “Príncipe das Virtudes” substituindo meu anjo de nome tosco? E ele era apenas um anjo... Anne diz que Deus sabe de tudo que se passa no meu coração. E se ele teve contato de alguma forma com o “Todo Poderoso”, eles devem ter tido uma conversa um pouco mais aprofundada sobre mim...

Era bem estranho saber que duas pessoas que eu nem tinha ideia que podiam ter contato comigo sabiam de praticamente tudo da minha vida. E algo interessante era que ele me conhecia. Pra mim ele era um perfeito estranho, mas ele me olhava como se eu o conhecesse também. Olhava nos meus olhos com seus olhos de um azul tão fino e puro como a água, de um jeito que era como se ele pudesse ver a minha alma. Ver quais eram os meus medos e dizer “Não se preocupe. Estou aqui pra te proteger”.

– Nossa. Que potência.

– Potências Nessie, é uma outra categoria. A minha é a das Virtudes lembra? – ele sorriu com a própria piada sem graça.

– Sim alteza – primeiro ele continuou sorrindo, mas depois franziu a testa.

            – Por que está sendo tão sarcástica comigo? – suspirei.

– Tem tanta coisa dando errado comigo, tanta coisa acontecendo rápido demais... Como você. E eu preciso de um tempo sabe...

– Vou deixar você descansar então e volto em outra hora – ganhei um beijo na testa e em seguida um susto. O que ele tinha contra desaparecer um pouco mais calmamente?

Eu não tinha reação. Ele chegava no meu quarto a noite do nada dizendo que era meu anjo da guarda, eu mal o conhecia e ele já vinha me dando beijo na testa? Qual era o próximo passo? Imprinting? Balancei a cabeça pra afastar esses pensamentos e aos poucos fui adormecendo.

Ainda meio sonolenta levantei-me da cama embalada pelo ‘maravilhoso’ som do meu despertador dizendo que era hora de ir pro inferno. Enquanto me arrumava percebi o quarto ainda meio escuro, que meu Crepúsculo estava fora do lugar e o que me deu um certo alivio na hora, Haniel não estava aqui. O tenso foi que bastou eu terminar de me arrumar e a criança feliz voltou a aparecer. A novidade? Me assustei. De novo.

– Você podia me avisar quando for aparecer assim do nada – ele riu.

– Seu coração é fraco de mais?

– Prefiro não confiar muito nele.

– Por que diz isso?

– Err... – me deitei na cama fitado o teto por alguns instantes. – Não sei ao certo – suspirei. – Só acho que se você veio pra ajudar chegou um pouco tarde de mais – não sei o que ele viu de engraçado.

– Pelo contrário Nessie. Eu cheguei no momento certo – uma olhada no relógio da mesinha... – E pelo que eu sei você tem uns 15 minutos pra tomar seu café da manhã e não chegar atrasada.

– E é agora que você me fala? – ele riu. – Tá. A gente se vê.

A única coisa que pude ver antes de sair correndo do quarto era que ele ainda sorria.

Tomei apenas um café e não abri a boca pra falar uma palavra com meu pai. Se eu falasse qualquer coisa eu com certeza iria perder a paciência e não chegaria a tempo de ir pra aula que se eu pudesse eu passaria longe. Mas infelizmente, eu precisava ir.

Tudo que eu queria era ficar quieta no meu canto e ter apenas os meus pensamentos como companhia. Como sempre, a minha vontade era deixada de lado.

– Filha você confia em mim? – estranhei sua pergunta.

– Sim... Por quê?

– Você pode então, por favor, me dizer o que está acontecendo com você? O que eu e seu pai fizemos que te afastou tanto assim de nós? – não se trata do que vocês fizeram, mas sim do que não fizeram.

– Não sei mãe. Queria que a gente parasse de brigar toda hora e fôssemos uma família feliz e unida como todo mundo – uma expressão irônica que eu nunca havia visto nela ficou estampada em seu rosto.

– Sei que não somos os pais perfeitos e embora você não perceba, fazemos de tudo pra ser. E muitas vezes você também não faz a sua parte. Como você quer que sejamos uma “família feliz e unida” se quando Edward pelo menos tenta agir como deveria você solta o cavalo que tem dentro de você e saí dando patada até no vento?!

– Só cansei de ser forte mãe. Cansei de ver e aguentar calada o casamento de vocês estar por um fio quase todos os dias.

Acho que peguei pesado de mais. Lágrimas silenciosas caiam de seus olhos e pra melhorar ainda mais a situação, finalmente chegamos na escola.

– Vai logo filha. Pode se atrasar – ela limpava as lágrimas rapidamente como se não quisesse que eu visse.

Pela primeira vez antes de sair do carro, hesitei não porque não queria ir pra aula, mas sim porque eu não queria deixar minha mãe chorando por causa dos nossos problemas que eu julgo um tanto longe de se resolverem. Também pela primeira vez em uns nove anos, dei um abraço sincero nela. Ela retribuiu com uma intensidade, um... Carinho que eu não esperava dela.

– Eu sinto muito filha – as lágrimas continuavam, mas dessa vez um pouco mais fortes. – Eu tento a cada dia ser uma mãe melhor, mas... Eu realmente não faço ideia do que acontece pra você e seu pai perderem a paciência tão fácil. E... Você precisa muito dessa aula?

Eu precisava. Apesar de não gostar das aulas de modo nenhum, eu tinha uma grande facilidade pra entender as matérias. A questão era o novo professor de Física. O demônio passava trabalho em cima de trabalho, não explicava direito e dava cinco mil voltas pra chegar num mesmo lugar. Mas Anne era uma boa aluna – um tanto melhor que eu na verdade –, eu podia muito bem pegar a matéria com ela depois. Sem falar que Alice não se importaria de me dar uma ajudinha.

– Não mãe. Nem tanto assim não... – ela respirou fundo e começou.

– Sabe Renesmee, peço que me perdoe se não sou a mãe que deveria ser. Eu só... Quando fui morar em Forks, conheci Edward na escola de ensino médio.

E agora ela começava com aquele momento que o casal apaixonado conta para seu querido filho de onde surgiu tudo aquilo. Trilha sonora, lugares e toda aquela baboseira de todo casalzinho perfeito. Eu achava tudo isso ridículo, mas algo como seu tom de voz e a sinceridade que aquelas lágrimas transmitiam, diziam que não era só aquilo. Se a história fosse perfeita, ela teria me contado ao lado de Edward e eu não mataria aula pra conhecer um pouco mais do passado dos meus pais.

– E aí nós começamos a namorar... E seu avô Charlie tinha aquela coisa da religião sabe, casar virgem, namorar com o cara que você vai se casar, fora que Forks é uma cidade pequena dificultando mais ainda.

– E aí você não se casou virgem – meu tom de voz fez com que a frase parecesse uma acusação. Um pequeno e rápido sorriso se formou em seu rosto.

– Quando ele descobriu quase me colocou pra fora de casa. Tive que implorar pra ele esperar até eu terminar o ensino médio.

– Mas tudo isso porque você não se casou virgem?

– Na verdade Nessie, ninguém descobriria se eu não tivesse ficado grávida.

Eu a encarava pasma. Eu não conseguia acreditar que aquela arquiteta tão bem conceituada teria tido tamanha irresponsabilidade na adolescência. Agora eu finalmente podia entender o porquê de não ter tido a atenção que eu precisava. Agora o engraçado era que entender, não mudava muita coisa.

– E pra melhorar ainda mais a situação, tinha a questão da escola. Edward era um ano mais velho e já estava quase entrando na faculdade e por pouco eu não perco o ano – suspiramos. – Mas a parte que me matava era que... – as lágrimas voltavam a seus olhos. – Era como se Edward não me amasse o suficiente pra abrir mão da vida dele sem pensar duas vezes sabe? Ter de se acostumar com a vida de casado, cuidar de uma filha, enfrentar os desafios de uma faculdade de Direito e tudo aos 17 anos... Não era o futuro que ele tinha imaginado ter.

– Mas se vocês se casaram ele sentia alguma coisa não?

– No começo foi difícil. Ele me olhava como se eu fosse a única responsável pela vida dele ter “acabado”. Mas aí você nasceu. E aí ele começou a ver que você era o melhor presente que eu poderia ter dado a ele. Que a gente tinha um motivo pra se manter unido.

Eu não conseguia acreditar. Minha mãe havia passado por tantas dificuldades, e conseguiu superá-las um tanto bem. As pessoas que olhassem pra ela poderiam imaginar qualquer coisa sobre seu passado, menos o que havia acontecido realmente. Ela parecia tão responsável e certinha que ninguém poderia cogitar a possibilidade dela ter tido uma filha aos 15, 16 anos. Conseguir continuar com o cara que ela gostava, cuidar de uma filha e não abandonar os estudos... Eu pediria desculpas por atrapalhar tanto a vida deles, mas eu não pedi pra nascer. A irresponsabilidade foi deles e não minha.

– E depois que nos formamos o trabalho só aumentava e ficava cada vez mais difícil correr atrás do trabalho e conciliar a vida em família e o trabalho de casa. E mesmo que eu não costume demonstrar, eu sempre lutei pra que você tivesse tudo Nessie. E eu sempre te amei anjo. E sempre vou te amar.

Saber do seu passado foi bom, mas infelizmente não foi bom o suficiente pra me mudar. Eu deveria ter recebido esse carinho quando ainda era criança, quando os laços estão fáceis de fortalecer. Ou de afrouxar.

E se ela lutou tanto pra que eu tivesse tudo que quisesse, por que não me deu o que eu mais precisava? Eu precisava de uma mãe. De um pai.

Quando você trata bem um cavalo durante tempo suficiente para que ele se acostume e tenha confiança em você, ele te trata de um jeito diferente. Você o chama pelo nome e ele vem, aonde você for ele irá te seguir e se você começar a brincar com ele tenho certeza que não será ignorado. Mas a melhor coisa de manter essa “amizade” com um cavalo é que quando você olhar nos olhos dele, vai ver que é como se ele dissesse “eu preciso de você”. Vai ver aquele olhar de dependência que você não vê nos adultos. Você vê apenas nas crianças. Agora, eu não comparei as crianças com os cavalos porque ambos te tiram do sério algumas vezes. Comparei, pois ambos transmitem a mesma coisa no olhar. Aquele amor sincero, puro, que te faz feliz por saber “eu sou especial na vida de alguém, eu faço diferença”.

O problema dos cavalos é que se o maltratamos ou o ignoramos por um tempo, vai demorar um pouco pra reconquistar a confiança deles novamente. Se você forma um laço forte com os cães ou com as crianças, eles lhe darão carinho, amor e atenção, mesmo que você não faça o mesmo. No caso dos cães, a vida inteira. No das crianças? Até elas crescerem e perderem a inocência e o sentimento puro e sem malícia que existe tanto nos cães quanto nos cavalos. O meu caso foi mais ou menos assim. Eu crescia e amadurecia cada vez mais, e com isso, tive que aprender por mim mesma a ser mais independente. Meus pais contribuíram pra que eu fosse assim.

Ela desceu do carro comigo e disse para a Sra. Bianca que eu não estava me sentindo muito bem e que achou melhor eu vir no segundo horário. Quando minha mãe estava indo embora a abracei.

– Eu te amo mãe. Obrigado por tudo  – de certa forma eu estava sendo sincera. Eu não a odiava. O amor entre mãe e filha ainda estava presente, o porém era que presente. Mas em doses menores.

– Eu também te amo filha – através de seu sorriso e de seu olhar, era como se ela dissesse “ganhei meu dia”. E eu ainda conseguia me impressionar com o quanto gestos simples faziam uma mulher feliz.

Por pouco ela não foi pro carro dando pulinhos. Alice também tinha chegado atrasada. Ela era tão legal. Era a garota que tinha as roupas mais estilosas da escola. “A baixinha sabe mesmo como se vestir”, sempre dissera meu melhor amigo de “gangue” Embry. Alice era aquela garota popular, mas não aquelas metidas a riquinha madame que se acha superior a tudo e a todos. Alice estudava num período e no outro fazia as melhores festas que Seattle já viu. E foi numa dessas festas que ela conheceu o não tão famoso DJ Jasper Cullen, meu tio. Pelo que sei, eles só iriam esperar até ela terminar a faculdade pra oficializar de vez a relação.

– E aí tia? De boa? – ela revirou os olhos.

– Tia o caralho Renesmee. Tô muito nova pra ser tia de alguém. Mas você hein. Nem parece que tem problemas familiares.

– Ha ha ha Alice. Muito engraçado. – Houve uma pausa, o “final feliz” da minha mãe ocupava a minha mente. – Alice, se você ficasse grávida, você se casaria? – sua testa estava franzida.

– Ué... Eu acho que sim. Só estou esperando terminar a faculdade pra me casar com Jasper. Uma criança aceleraria as coisas, mas não quer dizer que eu teria uma só pra adiantar tudo não. – ela estreitou os olhos. – Mas por qual motivo, razão ou circunstância a minha pirralhinha preferida tá me perguntando isso? – ela refletiu por um minuto e respondeu sua pergunta. – Ah. Agora tá explicado. Exagerou na farra, esqueceu a camisinha e agora tá mimando a querida mãezinha pra não sê expulsa de casa. Bem espertinha você hein Nessie. E bem rapidinha também... – ela riu tão alto que nem parecia que era ela.

– Não Alice! Claro que não. Pelo amor de qualquer coisa, nem brinca. Sabe o que eu queria? Que a cegonha trouxesse meu priminho o quanto antes.

– Olha Nessie, se você não consegue se prevenir, o probleminha vai ser de quem? E agora que eu já sei bem o que eu vou fazer, uma criança não está nos planos, ou seja, eu não vou dar uma vacilada dessas né?! – o sinal tocou.

– Então... Até mais pirralhinha do 1° ano. – ela riu e bagunçou meu cabelo.

– Até mais tia.

Enquanto ela saia pude ouvi-la dizer baixinho: Pirralhos, pirralhos. Não mudam nunca.

Sorri e fui pra aula. Alice devia estar ficando era louca. Eu? Grávida? Só se fosse do Haniel, porque dos meninos daqui... Pelo amor de Deus. O que eu tô pensando? Tira esses pensamentos da cabeça Renesmee. Agora. Ao entrar na sala ignorei o povo da nossa gangue e fui logo atualizar Anne dos últimos acontecimentos.

– Oi Nessie. Fez o que eu te pedi?

– Sim Anne. Não posso sair de casa por uma semana, estou sem hipismo por um mês e um primo perdido do Damon Salvatore apareceu no meu quarto dizendo que é meu anjo da guarda. – primeiro ela arregalou os olhos, pôs a mão na boca, mas logo relaxou a expressão.

– E isso é ruim? Que eu saiba anjos da guarda não são coisas ruins.

– Sabe Anne, eu não estou preparada pra me acostumar com a ideia de um cara que fica fazendo piadinha sem graça o tempo inteiro grudado no meu pé.

– Então é até bom porque se você quiser fugir dele terá que ficar que ficar com seus pais, certo? Mas se ele é bonito, e é um anjo da guarda, ele vai te proteger, te dar carinho, te fazer rir por coisas idiotas... Fora que “meu anjo” soa super-romântico... – ela sorria como se fosse a historia de amor mais linda do mundo.

– Anne querida, entenda uma coisa: eu. Não. Vou. Me. Apaixonar. Pelo. Meu. Anjo. E pronto.

– Sei... Pensa bem meu anjo. Você pode se surpreender. – disse ela rindo.

Revirei os olhos. Como ela podia achar tudo àquilo tão normal?

Quando entrei no meu quarto achei um bilhete em cima da cama.

"Se eu entrar pela porta, por favor. Não se assuste.

Haniel"

Como assim “se eu entrar pela porta”? Ele não tinha amor a vida não? Se alguém visse ele aqui... A última coisa que eu faria antes de morrer seria matar ele junto. Imagina se o meu pai visse ele? Deus, não quero nem pensar na reação dele. Meu olhar quase que instantaneamente pousou na porta. Por que será?! Ao invés dele entrar imediatamente ele parou na soleira da porta me encarando com um sorriso e aqueles olhos que eu não podia negar: eram lindos. Corei abaixando o olhar.

– Você parece diferente agora. Parece mais... Animada, sei lá.

– Impressão sua. – quando bateu a realidade... – Seu louco, fecha já essa porta! – disse brincando, ele apenas alargou o sorriso.

– Ei, – disse ele fechando a porta devagar. – acha mesmo que eu te colocaria em risco? Seu pai ainda não voltou do trabalho e sua mãe está arrumando o escritório. Admita, eu sou seu anjo da guarda.

– Bom, acho que qualquer anjo da guarda faria isso não? – ele fez uma expressão de preocupado.

– Nossa. Brigado. E eu que pensei que estivesse sendo legal...

– Não está fazendo mais do que seu dever. – brinquei.

– Agora magoo. – pude ouvir o barulho de suas asas como no Sobrenatural e em seguida não o vi mais no meu quarto.

– Haniel? Haniel cadê você? Eu estava só brincando, aparece. Por favor. – disse baixo como de costume, mas dessa vez com um tom de súplica.

Um segundo depois...

– Pedindo desse jeito... – arrepiei com sua voz no meu ouvido.

– Então né... Vou ali almoçar. Já volto.

– Estou te esperando.

Anne poderia até estar certa. Eu poderia começar a ver meu anjo com outros olhos, mas até ter certeza dos meus sentimentos sobre ele, eu preferia não pensar muito no assunto.

POV NARRADOR

– Posso usar esse cavalo?

– Acho que sim, parece que a dona dele não vai vir, ela não costuma atrasar... Vou ligar pra ela.

– Alô?

– Oi Nessie, como é que tá? Você vai vir hoje?

– Ah Sam. As coisas não andam muito bem não, meu pai me deixou de castigo e disse que vou ficar um mês sem poder ir.

– Sendo assim posso deixar um aluno novo montar o Dean? – Renesmee riu.

– Dean? Se ele der conta, tudo bem. Mande lembranças a Emily.

– Pode deixar. E saia logo desse castigo mocinha. – Renesmee riu novamente.

– Sim. – Sam desligou o telefone e voltou sua atenção para o aluno novo.

– Tudo bem. Você só tem que saber que ele é meio esquentado. Não vai com a cara de ninguém a não ser a dona dele.

– Fique tranquilo.

O aluno novo montou no belo cavalo preto, que protestou relinchando e erguendo as patas dianteiras.

– Tem certeza?

– Claro. Isso tudo é manha dele.

– Bom, vá pra pista e comece com trote elevado ao redor da pista Jacob. Logo irei também.


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