Fathers Eyes escrita por Giovanna Marc


Capítulo 35
Roubando uma vida.




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Hammer estava ali junto a outros cientistas por duas horas. Eles olhavam para o corpo da garota sem vida esperando que ela acordasse a qualquer momento. Alguns dos cientistas pareciam não ter mais esperanças. Aquela sala permanecia em silencio absoluto. Justin estava quase perdendo as esperanças, ele sabia que se ela morresse, ele estaria morto. Ele sentia isso. Sua vida e seu sucesso estavam nas mãos dessa garota, e ele odiava depender disso. Enquanto o tempo passava rápido, a ansiedade de Hammer aumentava. Alguns cientistas já saiam daquela sala desistindo da garota. Justin se recusava a sair dali. Pois sabia que se sair dali sem uma resposta positiva, estava morto. Depois de quinze minutos sobrou Hammer e mais um cientista. Eles estavam parados a frente da maca esperando alguma reação. O cientista olhou para Hammer já com suas esperanças no limite.

- Creio que é o fim, Senhor. Ninguém sobrevive a essa situação.

O cientista falou com um pouco de medo da reação de Hammer. Mas ela foi bem quieta. Hammer apenas olhou para o cientista e assentiu com a cabeça. Ele não queria expressar nada. Pois se expressasse sairia tudo de uma vez, como uma explosão. Ele precisava se controlar. O cientista foi até o corpo de Eve e analisou ele. Aquelas veias azuis davam um pouco de medo sofre a pele pálida dela. Seus lábios estavam roxos, como se ela estivesse congelada. Ele percebeu que já era hora de desligar o monitor cardíaco. Então ele pegou na mão da garota. Instantaneamente com o toque de mão, uma onda de eletricidade passou por suas veias fazendo-o perder a consciência e cair no chão com tudo. Hammer ao ver aquela situação sorriu. Ele não se preocupou se o cientista estava vivo ou não. Sua esperança havia sido restaurada. Pois foi o corpo dela que fez aquilo. Justin então observou o corpo da garota. Ele deixou o silencio pairar naquela sala. Apenas a respiração dele podia ser ouvida. E segundos depois o monitor cardíaco anunciou o coração de Eve bater. Junto com essa reação veio Eve a procura de ar. Seus olhos se abriram rapidamente e aqueles olhos azuis brilharam como nunca. Hammer abriu um sorriso ainda maior. Ela estava viva. Era incrível isso.

Eve sentiu uma dor terrível passar pelas suas veias. Em seguida um grande alivio. Como a morfina fazendo efeito. Era bom aquilo. Eve sentiu uma força descomunal vir de dentro dela. Sentiu-se como se tivesse a força de duas pessoas grandes dentro de si. Ela tentou se levantar, mas viu que estava no mesmo lugar em que pensou que havia morrido e ainda estava amarrada. Ela olhou em sua volta e então viu Hammer sorrindo como se tivesse ganhado na loteria e observando-a. Ela então o ficou observando com desprezo no olhar. Ela não queria passar por aquilo de novo. Hammer então se deslocou até o lado dela.

- Parece que você é mais forte do que todos pensavam.

Hammer murmurou apontando para o outro lado do chão fazendo com que Eve seguisse a direção que ele apontava. Ela então viu um homem estirado no chão, ele parecia não respirar. Ela sentiu um desespero juntando aquelas palavras àquela situação. Ela havia feito aquilo com o homem? Eve tentou falar, mas sua garganta doeu. Fechou a boca e limpou sua garganta que parecia arranhada.

- Eu matei esse homem?

A voz dela saiu rouca, mas audível. Ela voltou o olhar para Hammer assustada. Ela temia a resposta de iria sair da boca dele. Mas parecia já ter a noção de que foi ela mesma. Ela sentia isso. Hammer tentou ficar sério, mas a alegria dele por tudo que estava acontecendo era demais. Ele não conseguia parar de sorrir, o que estava deixando a pequena Eve com raiva. Ele então tirou seus óculos e o guardou dentro de seu paletó. Ela apenas observava cada movimento dele como se esperasse a hora certa para dar o bote. Mas ela sabia que não podia fazer isso amarrada nessa maca.

- Você o matou com apenas um toque. E seu coração ainda estava parado! Imagine o que poderá fazer agora que está viva... De novo.

Eve olhou para ele chocada com aquilo e voltou a olhar para o corpo do homem caído no chão. Ela havia matado a primeira pessoa em sua vida. Com dezesseis anos. E não era esse fato que a assustava mais. Era o fato de querer fazer isso de novo, mesmo não sabendo como fazer. Queria fazer isso com Hammer. Ela queria mata-lo mais do que nunca. Era um instinto dentro dela que não parava de crescer. Ela se sentia muito mal por isso, mas uma parte dela se sentia totalmente bem. Eve se sentia diferente, de várias formas. A ruiva olhou para os lados mais uma vez e viu a porta entreaberta. A vontade de fugir dali era mais forte do que nunca. Eve então puxou uma de seu braço sem querer e ele bruscamente voltou para trás por causa da cinta. Hammer olhou para ela e riu daquela cena. O que fez Eve ficar ainda mais furiosa. A ruiva sentiu aquela força gritar dentro dela. E com o impacto daquilo ela levantou bruscamente seus dois braços fazendo toda a força que tinha ali, então as cintas se arrebentarem. Hammer que estava alegre passou para desesperado. Ele não acreditou no que viu. Aquela garotinha não podia fazer aquilo. Hammer deu alguns passos para trás vendo Eve arrancar as cintas dos pés também. Então ela se levantou daquela maca e olhou para ele com um olhar matador. Justin ia recuando a cada passo que ela dava em sua direção. Então Hammer lembrou que havia uma arma consigo. Ele então rapidamente a retirou de sua cintura e apontou para Eve. Mas aquela raiva era mais forte que qualquer medo dela, até mesmo a morte. Ela continuou a andar em sua direção até ver ele se chocar com a parede. Hammer não tendo saída percebeu que teria que atirar nela, mas não podia mata-la, pois ela era parte de seu sucesso. Ele então apontou para a barriga de Eve, ela estava perto demais agora. Então sem saída dali, ele atirou. Eve sentiu a bala perfurar sua pele, o impacto a fez recuar um passo e parar bem a frente dele. Hammer estava tão perto que a arma podia encostar em Eve. A ruiva sentiu o sangue escorrer de sua barriga. E a dor era algo com que a raiva e a nova força dela podia lhe dar. Eve não tinha noção do que aquela bala dentro dela podia lhe causar, mas a fúria que anestesiava sua dor não a deixava pensar em outra coisa a não ser vingança. Hammer ao ver que ela não parou aprontou-se para atirar de novo. Eve ao vê-lo levantando a arma deu um soco no braço dele que com o choque largou a arma. Eve alcançou-a no ar com a outra mão e em menos de dois segundos ela já apontava a arma na cabeça de Hammer que começou a rezar em seus pensamentos. Ele parecia clamar por sua vida. Eve sorriu ao ver o medo nos olhos dele. Pois agora ele sabia como era aquela sensação que ela sentiu há horas atrás. Eve olhou nos olhos marejados de Hammer e então apontou a arma para baixo e sem culpa atirou duas vezes seguidas no abdômen de Hammer que caiu no chão.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? :)