Fathers Eyes escrita por Giovanna Marc


Capítulo 34
O fim de uma vida ordinária.




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Boston.

Eve estava com os olhos fechados ouvindo tudo a sua volta. Ela ouvia pessoas ao seu redor conversando sobre ciência e outras coisas que ela não entendia. A ruiva não conseguia mais chorar naquele momento. Já haviam passado algumas horas desde conversou com Hammer. Ela havia perdido a noção do tempo. Ela não fazia ideia de quantas horas ou dias poderia estar ali. Quando ouviu a porta se abrir mais uma vez ela abriu seus olhos. Olhou naquela direção e viu cinco cientistas ali. Pelo menos eles se pareciam com um. Viu também Hammer, mas ele não estava mais com aquele jaleco. Agora ele usava um paletó e apenas observava os cientistas. Eve não gostava nem um pouco de vê-lo perto dela. Ela se sentia mal por aquilo. Teria pena de dele. Mas por saber que ele já tentou matar Tony, aquilo a fazia querer mata-lo. De alguma forma não conseguia mais ver sua vida sem Stark ou Pepper.

Eve continuou quieta ali na maca. Por alguma razão aquela sala começou a ficar fria. Ela não sabia o que queria dizer aquilo. Sentiu todos os pelos de seu corpo arrepiados por aquele frio. Um dos cientistas então foi até ela com uma seringa média nas mãos. Eve sentiu um medo surgir ali, mas preferiu não demonstrar aquilo. Os outros cientistas logo vieram atrás dele e fizeram uma roda em volta da ruiva. Ela começou a entrar em desespero dentro de si. Mas queria permanecer em expressão por fora. Logo Hammer se destacou ali no meio e encontrou o olhar dela com um sorriso cruel no rosto. Eve desviou de seu olhar e olhou para o homem que analisava a seringa. Ela viu que havia uma substância azul escura dentro do tubo. Ela não gostou nada daquilo. Outro cientista começou a verificar as cintas para ver se estavam bem fechadas. E quando viu que estavam em ótimo estado. Balançou a cabeça positivamente.

- Então vamos começar a experiência número 1. Vamos deixar que a substância X entre nos vasos sanguíneos da paciente e tente combater o soro supersoldado causando a reação de reativação no sistema dela. Vamos ativa-la.

Assim que o cientista terminou de falar. Rapidamente enfiou a agulha na veia do braço de Eve. A ruiva sentiu uma leve queimação ao sentir aquele liquido entrar em suas veias. Ficou com medo da reação. Todos os cientistas olhavam para ela apreensivos. Mas Eve não estava sentindo nada naquele momento. Ela demonstrava calma em seu rosto, mas por dentro estava com medo. Hammer analisava a expressão dela. Ele via que ela estava com medo, mas ela não queria expressa-la. Ele riu do quanto patético isso soava para ele.

- Você pode esconder o medo agora. Mas a dor não vai ser possível esconder.

Eve tremeu de medo ao ouvir aquelas palavras. Ela não queria demonstrar medo. Ela queria ser forte. Mas parecia que não estava dando certo. Eve então sentiu uma forte dor em seu braço, o que fez ela se mexer pelo desconforto. Os cientistas então olharam para seu braço e viram algo extraordinário. Veias azuis claras criavam um caminho em sua pele. Estavam subindo em todo seu braço. Eve olhou para seu braço e se desesperou ao ver aquilo. Ela olhou para os cientistas que esperavam pelo efeito da substância. A ruiva então sentiu sua carne começar a queimar. Era como se estivessem queimando-a de dentro para fora por todo seu corpo. Ela queria não demonstrar a dor, mas então começou a ficar impossível. Eve soltou sua expressão de uma vez gritando o mais forte o possível como se aquilo pudesse amenizar sua dor. Os cientistas olhavam para ela sem fazer nada, apenas torcendo para que suas metas se tornassem cumpridas. Eve se debatia agora. A dor era muita. Ela preferia ter sua barriga aberta sem anestesia do que isso. Pelos gritos de dor e agonia dela, dava para perceber que a dor era a pior dor do mundo. As veias azuis começaram a aparecer por seu rosto. Hammer olhava magnificado com aquilo, era como uma obra de arte para ele. E os gritos dela era música para seus ouvidos. Ele tinha certeza que os gritos dela ecoavam pela indústria inteira. A voz de Eve então foi desaparecendo. Ela estava acabando com suas cordas vocais. A dor então começou a mudar de forma, aquela queimação estava indo embora e em seu lugar choques internos pairavam pelas veias dela. Eve tentou controlar-se, mas não conseguia. Ela estava desejando morrer ali. Ela estava rezando para que algo desse errado e seu coração parasse de bater ali mesmo. Pois sabia que essa era só a primeira parte de todo um processo. Quando a agora pensou que aquilo não poderia piorar, um choque contraiu em seu pulmão fazendo-o falhar. Eve puxou ar como se fosse a primeira vez que fosse respirar. Mas apenas aquela agonia de não conseguir respirar veio. Os cientistas se olharam entre si, firam que ela não estava conseguindo respirar. E aquilo poderia ser ruim. Todos então olharam para Hammer que assistia Eve agonizar com um sorriso.

- Senhor, ela não está respirando...

- Deixe acontecer, ela voltará. Acredite.

As palavras de Hammer eram tão convincentes que calou os cientistas. Então o que havia injetado a substancia nela ligou o monitor cardíaco a ela.  Assim que ele ligou o monitor mostrou seus batimentos cardíacos a 210 por minuto. Aquilo era demais para ela. Eve começou a ouvir aquele apito que o monitor fazia. Concentrou-se em apenas aquele apito. Seu coração estava acelerado demais. A sensação de estar sendo queimada viva havia cedido apenas aquele choque que sentia a cada dois segundos. Mas aquilo não contava quando ela estava prestes a morrer por falta de ar. Aquela agonia de não poder respirar a fez então se lembrar de algo. Seu sonho. Imagens de seu primeiro sonho com o irmão de Thor. Ele se passou diante de seus olhos como um filme. Aquela falta de ar em seu sonho que pareceu real demais. E então se viu de frente a ele, Loki. Aquilo foi como uma anestesia para ela. De repente ela não sentia mais aquela agonia. Ela simplesmente havia parado de lutar, parado de respirar. Sua visão ficou turva então ela fechou os olhos dando o lugar a uma imensa escuridão. Ela estava perdendo a noção de tudo naquele momento. Então, por uma ultima vez ela ouviu a voz dele dizendo seu nome como naquele sonho. E logo depois tudo ficou calmo. Ela foi perdendo sua consciência e a ultima coisa que ouviu foi o som do monitor anunciando seu coração parar.

Os cientistas olharam para o corpo da garota que estava ali deitada, sem vida. Hammer olhava para aquele corpo frágil com esperança nos olhos. As veias azuis pelo corpo da garota permaneciam ali. O barulho do monitor anunciando a morte da garota não o intimidava. Pois algo dizia para ele que ali ainda não era o fim dela.


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Notas finais do capítulo

Bom meus amores. Eu escrevi hoje mais cedo porque eu estou indo para São Paulo hoje de manhã (6:00) Então eu vou tentar dormir para não parecer um zombie no meio do centro de Sampa ok? KKKKKKKKKK
Obrigada todas vocês.
E minha mão já está melhor, maaas como eu vou voltar tarde de Sampa, TALVEZ eu não consiga escrever muito. Mas vou tentar..
enfim, O QUE ACHARAM? DICAS? OPINIÕES? PRECISO MELHORAR ALGO? pode dizer u-u não fiquem timidas, ninguém é perfeito né? muito menos eu e minha escritura K