Apenas aquele dia eles se permitiram ser felizes por vários instantes. Mas no dia seguinte eles tinham seus compromissos tinham as suas vidas para seguir em frente, mas os problemas começariam a partir de hoje.

                Hoje, começo de semana Alice já se encontrava em Seattle já se aprontando no camarim improvisado em um canto perto do parque botânico. Ela já estava trajando as roupas para o ensaio fotográfico desta vez para uma revista bem sucedida mundialmente, essa era a sua grande chance para o sucesso. Ela também teria a chance de uma entrevista para a mesma, todos voltados para o ramo de moda estavam curiosos para saber um pouco mais sobre a vida dessa mais nova modelo, que portava uma beleza inimaginável, o que impressionou a muitos ali. Queriam saber mais de sua vida e estariam dispostos a intrometerem em sua privacidade para poderem saber cada vez mais.

                Já em Forks, Jasper estava nervoso em saber que teria que almoçar com Maria justamente hoje e sem rodeios falaram logo para ela sobre o ocorrido com Alice e que tudo entre eles estava acabado. Sabia desde o princípio que esta conversa não terminaria muito bem amigável, mas pior do que isso era ter que passar tanto tempo longe de Alice e seus filhos. Queria somente agora era conseguir uma transferência  para algum hospital de Seattle, Carlisle estava disposto a ajudar, indicaria o amigo para poder trabalhar em um hospital no qual ele também já trabalhou. Ele se considerava como pai de Alice e faria de tudo para vê-la feliz e claro ajudaria Jasper com este pequeno problema.

                A reconciliação deles havia sido aceita por todos de bom grado, até mesmo Derek havia aceitado, sabia há muito tempo que o coração de Alice tinha olhos somente para Jasper e mais ninguém, talvez o que ele sentisse não fosse um amor profundo e sim uma atração, mas gostava de Alice e também das crianças, mas ainda seriam grandes amigos.

                Emmett e Rosalie foram viajar para aproveitar a lua de mel, Emmett deixou o escritório de advocacia nas mãos de seu sócio que era bem confiável e Rosalie deixou sua loja de roupas nas mãos de sua subordinada mais confiável. Edward já tinha seu escritório de arquitetura e Bella trabalhava em um escritório de jornalismo.

                Alice estava linda, uma verdadeira mulher de classe os fotógrafos estavam amontoados em um canto com esperança de conseguir capturar uma imagem dela durante a entrevista, o ensaio fotográfico já havia sido feito e as fotos ficaram estupendas. Ela ainda não se acostumava de jeito algum com tantos fleches e atenções voltadas somente para si naquele momento.

                Quando o entrevistador e escritor colunista da revista quinzenal na qual Alice iria dar entrevista chegou logo a cumprimentou e começaram com a entrevistas, começaram com as perguntas clássicas para poder começar a notícia bem, perguntou sua idade de onde era suas origens, estava gravando tudo em um gravador profissional que ele tinha para poder depois saber o que escrever.

                Alice tomaria cuidado com o que falaria já tinha sido guiada por sua empresária e logicamente iria seguir suas ordens. Ele perguntava mais sobre os sonhos de Alice em sua adolescência e o que ela pretendia fazer no futuro, lógico entrou no assunto que para Alice era completamente proibido, seus pais, ela apenas disse a verdade breve e pediu que ele não tocasse mais nesse assunto, seus filhos também não escaparam dos holofotes teve que falar um pouco sobre seus pequenos que tanto amava. E quando a entrevista finalmente acabou ela sentiu-se inteiramente aliviada por finalmente poder descansar em paz.

                Voltou para casa e atendeu algumas ligações de Alexia sobre o desfile que teria que fazer hoje à noite e depois com um pouco de sossego conversou um pouco com Jasper.

                Em Forks a hora do almoço infelizmente chegou para Jasper e felizmente para vários outros que já estavam cansados de suas rotinas de trabalho, Maria já lhe esperava na cantina do hospital para poder almoçar com ele, já que Jasper não podia sair dali de jeito maneira, tinha pacientes que precisavam de suas visitas constantes e não poderia atrasar.

                - Oi meu amor. – Disse Maria tentando beijar Jasper, mas ele desviou. – Aconteceu alguma coisa?

                - Sim aconteceu. – Ele disse fazendo um jesto para que ela se sentasse. Olhou ao redor e logicamente percebeu que aquele lugar não era mais o apropriado para conversar mesmo não tendo muita gente assim, sabia que com a confissão Maria aprontaria algum tipo de barraco e todos ali presentes logicamente olhariam e falariam sobre aquilo. – É melhor conversarmos em minha sala.

                - Está bem então vamos. – Ela disse sorrindo mesmo sem saber o que estava acontecendo. Quando chegaram ao escritório de Jasper ele fechou a porta e ela continuou ali tentando abraçá-lo e beijá-lo, mas ele não permitia. – O que aconteceu com você meu amor?

                - Maria não sei bem como devo falar isso com você, mas não dá mais.

                - Do que você está falando Jasper?!

                - Já chega com essa farça, olha eu não te amo e nunca vou conseguir te amar como eu amo Alice entendeu? Deu errado na primeira vez e vai dar errado na segunda e na terceira em todas as vezes que tentarmos insistir.

                - Jasper você não pode...

                - Eu posso sim Maria, é minha vida, você está me deixando infeliz, eu fiquei com você porque todos estavam me julgando e agora vejo que não deveria ter feito isso.

                - Seu idiota, sempre deixando aquela coitada intrometer em nosso caminho.

                - Alice nunca intrometeu em nosso caminho Maria, sempre foi você que estava nos assombrando a cada dia. Ou você acha que eu não sei que tem um dedo seu nesta historia? Você sempre fez alguma coisa Maria, sempre extrapolou os limites das coisas.

                - Isso não vai ficar assim esta entendendo?

                - Maria chega de escândalos apenas aceite.

                - Eu nunca irei aceitar, você irá me pagar lembre-se dessas palavras. E se eu fosse você protegia seus queridinhos filhos. – Bastou essas palavras para Jasper perder a cabeça, partiu para cima de Maria e lhe agarrou ambos os braços com tanta força que poderia quebrá-los.

                - Em momento algum OUSE AMEAÇAR MEUS FILHOS OU ALICE ENTENDEU? – Jasper exaltou, gritando e sentindo uma raiva imensa. – Faça algo com eles e eu acabo com você. – Ele a empurrou fazendo com que ela caísse ao chão. – Agora saia daqui imediatamente.

                - Eu não vou te dar sossego Jasper. – Ela se levantou e saiu daquela sala, Jasper passou as mãos pelos cabelos para tentar organizá-los novamente. Apenas as ameaças de Maria ecoavam em sua mente, teria que ir rapidamente para Seattle para poder cuidar de sua família e somente assim ficaria tranqüilo. Decidiu então ir falar com Carlisle para ver se o procedimento de transferência iria demorar. Quando abriu a porta assustou-se ao ver Carlisle parado ali em sua frente.

                - Eu ia te procurar exatamente agora.

                - Bem pelo visto não irá precisar mais. – Carlisle disse rindo, mas parou imediatamente quando viu a cara de espanto de Jasper. – Viu um fantasma?

                - Não pior, vi a Maria.

                - Ah claro já entendi o que aconteceu vocês discutiram.

                - Antes fosse somente à discussão, Carlisle ela teve a audácia de ameaçar meus filhos. – Disse Jasper ainda um pouco alterado.

                - Meu Deus Jasper, como ainda pode existir pessoas assim?

                - Maria é uma mulher sem coração, não sei onde estava com a cabeça quando comecei a namorar com ela.

                - Fique calmo Jasper, bem vim trazer boas notícias para você então, sua transferência para Seattle foi aceita, mas...

                - Sabia que estava indo tudo muito bem.

                - Você terá que esperar um prazo de uma semana.

                - Tudo bem, podia ser pior.

                - É verdade podia ser pior, tipo você ter que passar mais um ano com Maria. – Carlisle não conseguiu agüentar e riu.

                - Você é pior do que imaginava.

                - Ânimo Jasper só mais sete dias longe de Alice, pra quem ficou um ano sem vê-la isso são apenas segundos.

                - É verdade, obrigado Carlisle.

                - Que isso não me agradeça torço pela felicidade dos dois. – Carlisle se levantou da cadeira e saiu da sala, Jasper estava preocupado demais com o que Maria disse, até teve a idéia de falar com Alice para fugir da cidade, mas lembrara de que estava falando de Alice Brandon, a mais nova modelo famosa de Seattle que está presente em várias capas de revistas, com jornalistas em sua cola, paparazzi toda hora invadindo sua privacidade. E homens dando em cima dela. Com este pensamento Jasper sentiu uma fincada de ciúmes lhe atingir. Homens bonitos dando em cima da sua mulher, não poderia aceitar isso de uma boa, mas também sabia que Alice odiava quando ele era ciumento. Seu único meio seria era guardar isso para si, até porque ele sabia que Alice nunca seria capaz de fazer algo do gênero.

                Resolveu então ligar para ela e lhe dar notícias do ocorrido, não sabia ainda se devia ou não contar para ela sobre a ameaça do jeito que Alice é preocupada surtaria de vez e não teria sossego nunca mais de sua vida, resolveu então cortar alguns trechos da conversa.

                - Oi meu amor como você está?

                - Um pouco perdida, mas e você?

                - Conversei com Maria tente imaginar como estou? – Ele riu ironicamente.

                - Ela deve ter passado um caminhão sobre você. – Ela fez uma careta ao deixar o lápis, o qual precisava para terminar seus desenhos, cair ao chão indo diretamente para debaixo de sua cama. – Droga. – Ela esbravejou.

                - O que houve?

                - Nada de tão preocupante, me diga sobre sua conversa com ela como foi?

                - Um horror, ela gritou, chorou, esbravejou me bateu...

                - Você está bem?

                - Sim não se preocupe sei me cuidar e também qualquer coisa já estava dentro do hospital... – Ele riu, mas Alice não achou graça do que ele disse. – Mas enfim, como estão nossos filhos?

                - Bem comportados, certo que Nic às vezes extrapola, mas tirando o fato dele ser inquieto como o pai tudo bem.

                - Daqui uns dias vou poder estar ai com vocês, poderei cuidar deles para você quando estiver fora do plantão.

                - Eles aceitaram sua transferência?

                - Sim, mas claro teve muitos dedinhos de Carlisle nessa história toda devo isso a ele.

                - Que ótimo meu amor e pra quando será isso?

                - Provavelmente no domingo eu já esteja aí. Não precisa ficar demonstrando que está com tantas saudades assim de mim.

                - Seu exibido, mas mesmo assim eu te amo.

                - Você não sabe o quão é gratificante ouvir essas palavras saindo de sua boca... Eu também te amo muito minha pequena. – Ele suspirou. – Eu queria estar aí com você agora.

                - Eu também queria Jazz, mas nossos trabalhos não permitem no momento. Olha só logo estaremos morando juntos, todos nós.

                - É isso que eu sempre quis. Quero que este fim de semana chegue logo.

                - Eu também. Jazz vou ter que desligar, tenho que ir me preparar para o desfile não posso atrasar, sinto muito.

                - Não sinta, sei bem o que é ter um trabalho tumultuado. Olha se cuida está bem?

                - Claro. Tchau, te amo.

                - Tchau, também te amo. – Os dois desligaram o telefone juntamente, Alice foi dar uma ultima olhada em seus filhos, desta vez eles ficariam em casa juntamente com Milena, que tinha as várias recomendações, o que parecia que Alice estava louca, mas para uma mãe nada disso é demais. Milena não poderia abrir a porta para ninguém que não Derek ou Alexia, o porteiro do prédio também foi bem avisado sobre o assunto, não queria que nada acontecesse com seus filhos apenas isso.

                Logo a família estaria reunida novamente, logo Jasper iria poder matar a vontade de ser pai e iria apreciar a sensação de poder estar ali com dois pequenos seres que foram sim gerados com muito amor em ambas as partes, eles poderiam agora receber também o carinho do pai, poderiam viver juntos novamente, mas será que Maria iria deixar isso tudo progredir como um mar de Rosas?