NU E PJ: O Ladrão De Raios escrita por The Amazing Spider Green


Capítulo 4
Vejo um touro com testosterona e velhos amigos!


Notas iniciais do capítulo

Pronto. Mais um Capítulo rápido. Espero que gostem



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TERCEIRA
PESSOA

Naruto fitava a estrada dominada de chuva pela janela ao seu lado, vendo ao mesmo tempo sua aparência: olhos vermelho-sangues com pupilas em forma de fendas, dentes caninos em forma de presas, riscos mais profundos em suas bochechas e ele olhou para suas mãos para ver que garras afiadas substituíam suas unhas.

Ele sabia que ainda não havia voltado ao normal porque ele e os outros estavam em perigo. Eram seus instintos de sobrevivência demoníacos. Ele só voltaria ao normal quando o perigo se fosse. Mas como ele voltaria, se nem ao menos sabia qual era o perigo?

Normalmente, quando ele fica em sua forma demoníaca, os cinco sentidos de seu corpo se aprofundavam. Sua visão, audição, paladar e tato. Ele podia sentir até o cheiro do medo das pessoas que estavam dentro do Camaro.

– Então, você e minha mãe... Se conhecem? – Perguntou Percy de repente. Ele estava no banco de trás ao lado esquerdo de Grover e Naruto estava no direito. O próprio garoto com cascos estava no meio.

Os olhos de Grover moveram-se rapidamente para o espelho retrovisor, embora não houvesse carro nenhum atrás deles.

– Não exatamente. – Disse ele. – Quer dizer, nunca nos encontramos pessoalmente. Mas ela sabia que eu estava observando você.

– Observando a mim?

– Estava de olho em você. Cuidando que estivesse bem. Mas eu não estava fingindo ser seu amigo. – Ele acrescentou rapidamente. – Eu sou seu amigo.

– Ahn... O que é você, exatamente? – Naruto balançou a cabeça de um modo que mostrava desapontamento em Percy. Como ele não sabia o que Grover era? Ele sabia o que Grover era.

– Isso não importa neste momento.

– Não importa? Da cintura para baixo, meu melhor amigo é um burro...

Grover soltou um agudo e gutural:

Bééééé!

Naruto riu muito, no que Percy disse. Percy, mesmo sem saber, conseguia aliviar a tensão em qualquer lugar.

– Bode! – Grover exclamou.

– O quê?

– Eu sou um bode da cintura para baixo.

– Você acaba de dizer que isso não importa.

– Te pegou, hein, Grover? – Naruto disse, sorrindo de um jeito maroto para o meio-bode. Grover o olhou com um instinto assassino, que Naruto considerou inapropriado para alguém que era aliado da paz. – Digo, digo... Percy, não fale isso de Grover. Ele é um sátiro, meio-humano e meio-bode, uma das criaturas mais majestosas do mundo, hê, hê!

– Opa. Espere. Sátiro? Você quer dizer como... Os mitos do Sr. Brunner?

– Você prestou atenção a isso? – Naruto perguntou parecendo genuinamente surpreso e chocado. – Vamos comemorar! Percy prestou atenção a alguma aula!

Percy olhou-o mortalmente. Naruto engoliu em seco.

– Puxa. Mas o que diabo é isso? O Dia Internacional de Olhares Mortais ao Ninja Gato e Gostoso de outra Dimensão? – Naruto questionou, irritado.

Grover revirou os olhos, mas disse:

– Aquelas velhas na banca de frutas eram um mito, Percy? A Sra. Dodds era um mito?

– Então você admite que havia uma Sra. Dodds!

Naruto bateu na própria testa.

– É sério, Percy, por mais que eu também esteja feliz em não estar louco, temos coisas mais importantes para nos preocupar.

– E sim, Percy. É claro que eu sabia que havia uma Sra. Dodds.

– Então por que...

– Quanto menos vocês soubessem, menos monstros atrairiam. – Disse Grover, como se aquilo fosse perfeitamente óbvio. – Nós pusemos a Névoa diante dos olhos humanos. Tínhamos esperança de que vocês achassem que a Benevolente era uma alucinação. Mas não adiantou. Vocês começaram a perceber quem vocês são.

– Quem nós... Espere um minuto, o que você quer dizer?

– Sim, eu também estou boiando aqui. – Naruto tinha os olhos vermelhos vazios, mostrando ainda mais sua fala.

O estranho rugido ergueu-se novamente em algum lugar atrás do grupo, mais perto do que antes. O que quer que estivesse os perseguindo ainda estava na cola deles.

– Percy, Naruto – disse Sally –, há muito a explicar e não temos tempo suficiente. Precisamos pôr vocês em segurança.

– Em segurança como? Quem está atrás de nós?

– Ah, nada demais. – Disse Grover, obviamente ainda ofendido com o comentário sobre o burro. – Apenas o Senhor dos Mortos e alguns dos seus asseclas mais sedentos de sangue.

– Grover!

– Desculpe, Sra. Jackson. Poderia dirigir mais depressa, por favor?

– Espere. Senhor dos Mortos? Quer dizer... Hades? – Naruto estava completamente confuso agora.

O chão sob o Camaro se remexeu como se um pequeno terremoto tivesse o atacado.

– Sim. Mas não recomendo dizer os nomes deles.

– Por quê?

Ele não respondeu.

– Ótimo. Continue ignorando o ninja de outra dimensão.

Sally fez uma curva fechada para a esquerda. O grupo desviou para uma estrada mais estreita, passando com velocidade por casas de fazenda às escuras, colinas cobertas de árvores e placas que diziam "COLHA SEUS PRÓPRIOS MORANGOS" sobre cercas brancas.

– Aonde estamos indo? – Percy perguntou.

– Para o acampamento de verão de que falei. – A voz de Sally estava tensa; para Percy, ela estava tentando não parecer assustada. – O lugar onde seu pai queria mandá-lo.

– O lugar para onde você não queria que eu fosse.

– Por favor, querido. – Implorou a mulher. – Isso já é bem difícil. Tente entender. Você está em perigo. Vocês dois estão em perigo.

– Porque umas velhas senhoras cortaram um fio de lã.

– Essa não! Se você realmente prestou atenção em alguma aula, quer dizer que estamos ferrados! Aquelas não eram velhas senhoras, Percy! Eram as Parcas! Quando elas estão por perto, quer dizer que alguém vai morrer!

– Exato. Você sabe o que isso significa, Percy... O fato de elas aparecerem na frente de vocês? Elas só fazem isso quando você está prestes a... Quando alguém está prestes a morrer.

– Epa! Você disse "você".

– Não, eu não disse. Eu disse "alguém".

– Isso ainda não é muito útil! – Naruto exclamou, desesperado.

– Você quer dizer "você". Ou seja, eu.

– Eu quis dizer você como quem diz "alguém". Não você, Percy, mas você, qualquer um.

– Isso não faz nenhum sentido! – O shinobi exclamou com desespero, mordendo as garras. – Eu espero que esse você, não seja eu ou você, Percy.

– Meninos! – Disse Sally.

Ela puxou o volante com força para a direita e os garotos no banco de trás tiveram um vislumbre de um vulto do qual ela se desviara – uma forma escura e ondulada, agora perdida na tempestade atrás deles.

Naruto franziu a testa. Com sua visão noturna, ele notou um corpo peludo e com chifres. Mas o que diabo aquilo queria dizer?

– O que foi aquilo? – Percy perguntou, desesperado.

– Estamos quase lá. – Disse Sally ignorando a pergunta. – Mais um quilômetro e meio. Por favor. Por favor. Por favor.

Naruto e Percy não sabiam onde era , porém eles se viram inclinando-se para a frente na expectativa, querendo que chegassem logo. Naruto não suportava mais ficar na sua forma demoníaca por tanto tempo.

Do lado de fora, nada além de chuva e escuridão – o tipo de campos vazios que se vê quando vai para o extremo de Long Island. O loiro e o moreno pensaram na Sra. Dodds e no momento em que ela se transformou naquela coisa com dentes pontiagudos e asas de couro. Os membros dos dois ficaram amortecidos com choque retardado. Ela realmente não era humana. E pretendia matá-los.

Então Percy pensaram no Sr. Brunner... E nas lâminas que ele jogara para Naruto e ele. Antes que ele pudesse perguntar a Grover sobre aquilo, os cabelos de sua nuca se arrepiaram. Os olhos vermelhos de Naruto se arregalaram de choque. Houve um clarão ofuscante, um Bum! de fazer bater o queixo, e o carro explodiu.

Naruto e Percy se sentiram sem peso, como se estivessem sendo esmagados, fritos e lavados com uma mangueira, tudo ao mesmo tempo.

Percy descolou sua testa do encosto do assento do motorista e disse:

– Ai.

– Percy! – Gritou Sally.

– Estou bem...

Naruto murmurou um:

– Viva – enquanto levantava o corpo que foi para o banco da frente, ao lado de Sally.

Percy tentou sair do estupor. Ele não estava morto. O carro não explodira de verdade. Eles tinham caído em uma vala. As portas do motorista estavam enfiadas na lama. O teto se abrira como uma casca de ovo e a chuva se derramava para dentro.

Relâmpago. Era a única explicação. Eles tinham voado pelos ares, para fora da estrada. Ao lado do moreno havia uma grande massa informe e imóvel.

– Grover!

Naruto virou sua cabeça rapidamente, seus olhos vermelhos mostrando uma preocupação enorme, enquanto suas presas podiam ser vistas pela boca aberta.

Grover estava caído de lado, com sangue escorrendo do canto da boca. Percy sacudiu seu quadril peludo, pensando:

Não! Mesmo que você seja metade animal de quintal, ainda é meu melhor amigo e não quero que você morra!

Então o sátiro gemeu:

– Comida – e Naruto estapeou a própria testa. Sim, ele ficaria bem.

– Percy, Naruto – disse Sally –, temos de... – Ela tibuteou.

Percy e Naruto olharam para trás. Num clarão de relâmpago, através do pára-brisa traseiro salpicado de lama, eles viram um vulto andando pesadamente na direção deles no acostamento da estrada. Aquela visão fez a pele dos dois formigar. Era a silhueta escura de um sujeito enorme, como um jogador de futebol americano, como Naruto ouviu falar de Percy. Parecua estar segurando uma manta por cima da cabeça. A metade superior dele era volumosa e indistinta. As mãos erguidas davam a impressão de que ele tinha chifres.

Naruto semicerrou os olhos, enquanto suas pupilas se retraíam, como as pupilas de um felino, e ele viu uma coisa que o fez se chocar em um nível que ele nunca sentiu antes.

Seus únicos pensamentos eram:

Não. Não pode ser. Ele não é real...

Percy engoliu em seco.

– Quem é...

– Meninos. – Disse Sally, extremamente séria. – Saiam do carro.

Ela se jogou contra a porta do lado do motorista. Estava emperrada na lama. Percy tentou a sua. Emperrada também. Naruto ficou arranhando com suas garras a porta, tentando abri-la, mas nada acontecia. Naruto, irritado, socou a porta, que estremeceu, mas continuou no mesmo lugar. Desesperado, Percy ergueu os olhos para o buraco no teto. Poderia ser uma saída, mas as bordas estavam chiando e fumegando.

– Meninos, saiam pelo lado do passageiro! – Disse Sally. – Percy, você tem de correr. Está vendo aquela árvore grande?

O quê?

Outro clarão de relâmpago e pelo buraco fumegante no teto os dois meninos viram a árvore a que ela se referia: um enorme pinheiro, do tamanho de um dos prédios mais altos de Konoha, no topo da colina mais próxima.

– Aquele é o limite da propriedade. – Disse Sally. – Passem daquela colina e verão uma grande casa de fazenda no fundo do vale. Corram e não olhem para trás. Gritem por ajuda. Não parem enquanto não chegarem à porta.

– Mamãe, você também vem.

O rosto dela estava pálido, os olhos tristes como quando ela olhava para o oceano.

– Não! – Percy gritou. – Você vem com a gente. Ajude-me a carregar o Grover.

– É isso mesmo! Na minha dimensão, eu vivia sob palavras que me foram ensinadas pelo meu sensei: "Aqueles que quebram as regras são considerados lixo... Mas, aqueles que abandonam seus amigos, são piores do que lixo!", e eu não estou disposto a deixar ninguém para trás, ouviu bem?

– Comida! – Gemeu Grover, um pouco mais alto.

Percy notou que o homem com a manta continuou indo na direção deles, grunhindo e bufando. Quando ele chegou mais perto, ele percebeu que não podia estar segurando uma manta acima da cabeça porque as mãos – enormes e carnudas – balançavam ao seu lado. Não havia manta nenhuma. O que queria dizer que a massa volumosa e indistinta que era grande demais para ser sua cabeça... Era sua cabeça. E as pontas que pareciam chifres...

– Ele não nos quer. – Disse Sally. – Ele quer vocês. Além disso, não posso ultrapassar o limite da propriedade.

– Mas...

– Não temos tempo, Percy, Naruto. Vão. Por favor.

Então os meninos ficaram zangados – zangados com Sally, com Grover, o bode, com a coisa chifruda que se movia pesadamente na sua direção, de modo lento e calculado como... Como um touro.

Naruto, farto daquilo, agarrou sua porta pelos lados dela e a arrancou de suas dobradiças, jogando-a para fora, enquanto o olhar em seu rosto ficava mais e mais selvagem a cada segundo.

– Nós vamos todos juntos, ouviu, Sra. Jackson? Juntos!

– Eu já disse...

– Mamãe! – Percy exclamou. – Eu não vou abandonar você. Ajude aqui com Grover.

Percy não esperou pela resposta dela. Ele se arrastou para fora do carro, puxando Grover com ele. Ele era surpreendentemente leve, mas ele não poderia tê-lo carregado para muito longe se Sally não tivesse ido lhe ajudar.

– Deixem-me carregá-lo. – Naruto ordenou, nem esperando uma resposta. Ele agarrou Grover e o jogou por cima do ombro, como se ele não fosse nada.

Eles começaram a subir a colina aos tropeções, com o capim molhado na altura da cintura.

Ao olharem de relance para trás, os meninos tiveram sua primeira visão clara do monstro. Tinha, fácil, mais de dois metros, e os braços e pernas pareciam algo saído da capa da revista Músculos – bíceps e tríceps saltados e mais um monte de outros ceps, todos estufados como bolas de beisebol embaixo de uma pele cheia de veias. Ele não usava roupas, a não ser cuecas – branquíssimas, da marca Fruit of the Loom –, o que teria sido engraçado não fosse o fato de a parte superior de seu corpo ser tão assustadora. Pelos marrons e grossos começavam na altura do umbigo e iam ficando mais espessos à medidade que chegavam aos ombros.

Seu pescoço era uma massa de músculos e pelos que levavam à enorme cabeça, que tinha um focinho tão comprido quanto uma katana, narinas ranhentas com um reluzente anel de bronze, olhos pretos cruéis e chifres – enormes chifres preto e branco com pontas que você não conseguiria fazer para uma kunai.

Percy reconheceu o monstro muito bem. Tinha sido uma das primeiras histórias que o Sr. Brunner lhes contara. Mas ele não podia ser real.

– Caramba! Nunca vi um touro tão grande assim! – Naruto gritou, alarmado. – Eu não acredito! Um touro com testosterona!

Percy piscou os olhos para desviar a chuva.

– Aquele é...

– O filho de Pasífae. – Disse Sally. – Gostaria de ter sabido antes o quanto desejam matar você.

– Mas ele é o Min...

– Não pronuncie o nome dele. – Disse Sally. – Os nomes têm poder.

O pinheiro ainda estava longe demais – pelo menos cem metros colina acima.

Os meninos deram outra olhada para trás.

O homem-touro se curvou por cima do carro, olhando pelas janelas – ou não exatamente olhando. Era mais como farejar, fuçar. Percy não sabia muito bem por que ele se dava a esse trabalho, já que eles estavam a apenas quinze metros de distância.

– Comida? – Gemeu Grover.

– Shhh. – Fez Percy. – Mamãe, o que ele está fazendo? Não está nos vendo?

– O brutamontes só tem o olfato como sentido. A visão e audição dele são uma porcaria. – Naruto explicou. – Ou seja, ele está sentindo nosso cheiro no carro, para ver se ainda estamos dentro dele.

– Exato. – Concordou Sally. – Ele se orienta pelo cheiro. Mas vai perceber onde estamos logo, logo.

Como que na deixa, o homem-touro bramiu de raiva. Ele agarrou o Camaro de Gabe pela capota rasgada, o chassis rangia e gemia. Ergueu o carro acima da cabeça e atirou-o na estrada. Aquilo se chocou contra o asfalto molhado e deslizou em meio a um chuveiro de fagulhas por cerca de quinhentos metros antes de parar. O tanque de gasolina explodiu.

– Há, há, há, há! – Naruto ria descontroladamente, enquanto colocava uma das mãos na barriga, enquanto a outra ainda segurava Grover.

– O que foi? – Sally perguntou, confusa.

– É que me lembrei de Gabe dizendo: Nem um arranhão. Há, há, há, há, há, há!

– Oops. – Percy murmurou inocente e divertidamente.

– Meninos. – Disse Sally. – Quando ele nos vir, vai atacar. Esperem até o último segundo, depois saiam do caminho. Ele não consegue mudar de direção muito bem quando já está atacando. Vocês entenderam?

– Como sabe tudo isso? – Perguntou Percy.

– Estou preocupada com um ataque há muito tempo. Devia ter esperado por isso. Fui egoísta, mantendo você perto de mim. – Disse ela com tristeza?

– Mantendo-me perto de você? Mas...

– Sra. Jackson, não se culpe. Não se pode mudar o passado. Além disso, como uma boa mãe, você tem esse instinto. – Naruto disse, sorrindo para ela, um sorriso que, mesmo sendo ligeiramente assustador por causa de seus olhos vermelhos e presas afiadas, foi o suficiente para Sally sorrir de volta.

Outro bramido de raiva e o homem-touro com testosterona começou a subir pesadamente a colina.

A coisa tinha os farejado.

– Ótimo! – Exclamou Naruto, em pânico.

O pinheiro estava a apenas mais alguns metros, mas a colina era cada vez mais íngreme e escorregadia, e Grover ficava mais pesado. Naruto sentia seus olhos pesarem em cansaço, mas ele logo balançou a cabeça, mantendo-se acordado.

O homem-touro se aproximava. Mais alguns segundos e estaria em cima deles.

Sally devia estar exausta, porém continuava correndo.

– Vão, meninos! Vão sozinhos! Lembrem-se do que eu disse. Naruto, entregue-me Grover.

Naruto, relutante, entregou o sátiro para Sally, enquanto a fitava com um olhar sério.

Percy não queria se separar, mas teve a sensação de que sua mãe estava certa – era a única chance deles. Naruto e Percy pularam para a esquerda, viraram-se e viram a criatura avançando em sua direção. Os olhos pretos brilhavam de ódio. Fedia a carne podre.

Ele inclinou a cabeça e atacou, aqueles chifres afiados como navalhas apontados diretamente para os peitos dos meninos.

O shinobi loiro, semicerrando os olhos vermelhos, esperou o tempo correto para pular, enquanto permitia seus cinco sentidos ficarem mais fortes. Ele ficou parado e, no último momento, pulou para o lado, com Percy em seu encalço.

O homem-touro com testosterona passou por eles a toda como um trem de carga, depois bramiu de frustração e se virou, mas dessa vez não contra eles, mas contra Sally, que estava acomodando Grover sobre a grama.

Eles tinham chegado ao topo da colina. Embaixo, do outro lado, os meninos puderam ver um vale, bem como Sally dissera, e as luzes de uma casa de fazenda tremeluzinda tremeluzindo amarelas através da chuva. Mas estava a oitocentros metros de distância. Eles nunca conseguiriam chegar lá.

O homem-touro com testosterona roncou, escarvando o chão. Ficou olhando para Sally, que recuava lentamente colina abaixo, de volta para a estrada, tentando afastar o monstro de Grover.

– Corram, meninos! – Disse ela. – Não posso passar daqui. Corram!

Mas eles ficaram lá parados, paralisados de medo, enquanto o monstro a atacava. Ela tentou sair de lado, como lhes dissera para fazer, mas o monstro tinha aprendido a lição. Jogou a mão para a frente e agarrou-lhe o pescoço quando ela tentou escapar. Ele a ergueu enquanto ela lutava, chutando e dando murros no ar.

– Mamãe!/Sra. Jackson! – Gritaram os meninos, desesperados.

Então, com um rugido furioso, o monstro fechou os punhos em volta do pescoço de Sally e ela se dissolveu diante dos olhos dos garotos, fundindo-se em luz, uma forma dourada tremeluzente, como uma projeção holográfica. Um clarão ofuscante, e ela simplesmente... Se foi.

– Não! – Gritaram os dois.

A raiva substituiu o medo dos dois. Uma nova força ardeu em seus membros – a mesma onda de energia que lhes veio quando a Sra. Dodds mostrou as garras.

Naruto, de repente, engasgou de dor, enquanto se ajoelhava no chão, com as mãos na garganta, como se não conseguisse respirar, e ele realmente não conseguia. Ele engasgava, olhando para o chão com os olhos arregalados, sua íris estando a um tamanho absurdamente minúsculo.

Percy viu que uma substância aparentemente líquida e viscosa saía de dentro de seu amigo, com bolhas borbulhando nela. Ele também notou que ela tomava uma forma esquisita. Uma cauda longa e vermelha feita da substância – que Percy suspeitava ser o chakra da Kyuubi – estava por trás do traseiro de Naruto, enquanto em sua cabeça estavam longas orelhas vermelhas também do chakra demoníaco. O chakra que estava nas mãos e pés ficava com garras nas pontas. O cabelo arrepiado de Naruto agora estava eriçado.

Naruto levantou a cabeça em um gesto rápido e selvagem, revelando seu rosto pela primeira vez: se possível, ele estava ainda mais selvagem, com suas presas ainda mais longas e afiadas, alcançando seu queixo, e suas pupilas mais finas ainda, e com seus olhos e boca estando envoltos em uma linha nem muito grossa nem muito fina, parecia que ele estava usando maquiagens pretas. Seus riscos, que já estavam profundos, ficaram ainda mais profundos. (Pense no Naruto com o manto da raposa, mas com os olhos e os lábios parecidos com os da versão Shippuuden.)

Naruto havia lhe contado sobre isso uma vez. Ele disse que enquanto estava em Yancy, ele treinou seu chakra demoníaco e aprendeu a usar o que ele chamava de "O manto da Raposa".

Havia lhe dito também que ele também podia dominá-lo quando estivesse sob perigos ou estresses emocionais, e ele estava sendo alvo das duas opções naquele momento.

O homem-touro foi na direção de Grover, que estava ditado na grama, indefeso. O monstro se curvou, fungando o sátiro como se estivesse prestes a erguê-lo dali e fazê-lo se dissolver também.

Percy tirou a capa de chuva vermelha.

Naruto, notando o movimento de seu melhor amigo, sorriu um sorriso assustador e selvagem.

– Ei! – Gritou o moreno, agitando a capa e correndo para um lado do monstro.

Grrr... Ei! Aberração com testosterona! – Naruto berrou em uma voz mais grossa e grave.

– Raaaarrrrr! – O monstro virou-se para os dois garotos sacudindo seus punhos carnudos.

GROAAARRR! – Naruto devolveu o rugido, em uma posição curvada, com os olhos assassinos e assustadores fitando o monstro de um jeito que poderia fazer qualquer animal selvagem fugir e ganir de medo.

Uma esfera espiral de cor violeta formou-se acima da palma da mão de Naruto, que sorria mais largamente a cada momento que ela se formava. Logo, o Rasengan estava pronto para atingir o monstro.

– Tome isso! RASENGAN! – Ele se lançou contra o monstro, atingindo o abdôme com seu golpe, que o fez cair no chão, segurando o lugar atingido. – Percy, rápido! Agarre um dos chifres!

Percy, atordoado com o que acabara de ver, balançou a cabeça, tentando limpar sua mente, e se viu correndo na direção de seu melhor amigo e do homem-touro com testosterona. Ele agarrou um dos chifres e o puxou com toda sua força. O monstro se retesou, soltou um grunhido de surpresa, e então... Pléc!

O homem-touro berrou e atirou Percy pelos ares. Ele aterrissou de costas na grama. Sua cabeça bateu contra uma pedra. Quando o moreno se sentou, sua visão ficou embaçada, mas ele tinha um chifre nas mãos, um osso partido do tamanho de uma faca.

Naruto, com suas mãos borbulhantes, agarrou o chifre com as duas mãos e puxou o chifre com toda a força. Logo, ele se viu segurando um chifre igualzinho ao de Percy, porém, o seu era ligeiramente maior.

Naruto fez um back-flip que o fez chegar ao lado de Percy.

O monstro se levantou com dificuldade, fitando os dois meninos com fúria nos olhos pretos.

– O coração, Percy! O coração! – Naruto berrou, enquanto corria na direção do monstro, e Percy, não vendo alternativa, o seguiu. Logo, ambos se viram enfiando seus chifres no homem-touro. Naruto no coração, e Percy bem na lateral de seu corpo, logo abaixo da caixa torácica peluda.

O homem-touro urrou em agonia. Debateu-se, rasgando o peito com suas garras, e depois começou a se desintegrar – não como Sally, em um clarão dourado, mas como areia se esfalerando, carregada pelo vento aos pedaços para longe, do mesmo modo como a Sra. Dodds se desintegrara.

O monstro se fora.

A chuva tinha parado. A tempestade ainda rugia, mas somente a distância. Os meninos cheiravam a gado e seus joelhos tremiam. Eles sentiam como se suas cabeças fossem se partir ao meio. Estavam fracos, assustados e tremiam de tristeza. Percy acabara de ver sua mãe desvanecer. Ele queria se deitar e chorar, mas ele então lembrou-se de Naruto e Grover, e notou Naruto – com o manto da Raposa desaparecido, porém ainda com as características demoníacas – pegando Grover e jogando-o novamente por cima do ombro, mas Percy podia ver que ele estava exausto.

Naruto sabia que sua transformação acabaria daqui um minuto, pois o perigo em que eles antes estavam havia desaparecido, e que ele desmaiaria assim que voltasse ao normal, então ele agarrou o Percy quase inconsicente e também o jogou por cima do ombro, e correu o mais rápido que pôde na direção do vale em direção às luzes da casa. Ele notou Percy chorando, chamando sua mãe. Ele não poderia culpá-lo. Estaria tão infeliz quanto ele.

Ugh... Eu estou ficando mole. Não luto faz tempo.

Naruto parou de correr numa varanda de madeira com um ventilador de teto que girava acima deles e mariposas voando em volta de uma luz amarela. Ele deixou seus amigos caírem enquanto sentava-se no chão, os olhos vermelhos voltando ao azul-celeste, enquanto suas pupilas em forma de fendas tomavam uma forma circular, e os riscos em sua bochecha voltarem a ser apenas três riscos, e suas presas voltando a ser dentes caninos normais, e suas garras voltando a ser unhas.

Percy teve uma ligeira lembrança de ter visto as expressões austeras e familiares de um homem barbudo e uma menina bonita, com cabelos loiros encaracolados como os de uma princesa. Os dois olharam para os meninos e a menina disse:

– Um deles tem de ser ele. Tem de ser.

– Silêncio, Annabeth. – Disse o homem. – Eles ainda estão conscientes. Traga-os para dentro.

– Sim... Isso seria bom. – Naruto murmurou, surpreendendo ambos. – Ah, e eu quero dizer: olá, meu nome é Naruto Uzumaki, e estou prestes a perder a consciência.

E seus olhos se fecharam e ele desmaiou.

– Esses garotos nunca deixam de me surpreender. – Naruto lembrou a voz do homem dizer. – E Naruto é um ótimo lutador. Mas isso não me surpreende, desde que sei de onde ele vem.

– De onde? – Ele ouviu a voz da menina, curiosa.

– Você descobrirá.

E por fim ele desmaiou oficialmente.

* * *


N
A
R
U
T
O

Para quem nunca lutou contra um monstro doidão com testosterona, aqui vai o meu aviso: isso te cança a beça.

Acho que dormi várias horas, mas me deem um tempo. Eu merecia esse descanço. Eu havia acabado de lutar contra o Minotauro, um dos monstros mais conhecidos de toda a Grécia. Gostei de ter lutado, acreditem, mas isso ainda é exaustivo.

Depois de várias horas dormindo, finalmente me vi acordando, enquanto esfregava meus olhos. Por um momento pensei que tudo o que havia acontecido fosse um sonho, até que ouvi um grito assustado de menina, fazendo-me virar na direção de onde veio o grito, para ver a bela loira que havia sido minha última visão antes de desmaiar.

Era uma garota que aparentava minha idade, talvez uns dois metros mais alta. Parecia bastante atlética, também. Possuía um bronzeado intenso e cabelos loiros cacheados, e eu ouvi de Percy que essa é a aparência de uma típica garota da Califórnia, mas eu não ouvi que elas tinham olhos... Cinzentos, como nuvens de tempestade. Bonitos, de certa forma, mas ainda assim intimidadores. Parecia que ela estava calculando a melhor forma de me derrubar em uma briga. Seu nome era... Anniebell, eu acho. Não, Annabeth.

– Você não devia estar acordado! – Ela exclamou, parecendo surpresa.

– É, ninguém gosta de acordar cedo, e eu também não queria acordar, mas meu cérebro me obrigou. – Resmunguei, enquanto me espreguiçava. Até que senti alguma coisa com peso e dura na minha palma. Olhei para minha mão e vi o mesmo chifre que havia arrancado, que estava salpicado de sangue. – Então aquela merda toda que aconteceu não foi um sonho?

– Não. – Respondeu ela, balançando a cabeça, fazendo-me baixar a cabeça. Cara, quando Percy descobrisse o que aconteceu com a Sra. Jackson, ele ficaria arrasado. Não. Ficaria desolado. Estava na cara que ele amava a mãe. – Ainda estou surpresa que você e seu amigo derrotaram aquele monstro.

– É, eu também não acredito que derrotamos o Touro Doidão com Testosterona. – Vi que a menina chamada Annabeth me olhava confusa. – Como não podemos chamá-los pelos seus nomes, eu dei um apelido para o monstro.

Annabeth me olhava tão profundamente que até fiquei desconcertado, mas depois vi que ela deu um sorrisinho pequeno, o que, admito, me fez ter vontade de sorrir também.

– Ora, vejo que nosso hóspede já está acordado. – O mesmo homem barbudo que eu vi antes de desmaiar havia chegado em sua cadeira de rodas. – Como se sente, Naruto?

– Faz tempo, não é, velhote?

Annabeth parecia estar prestes a me dizer algo, como se eu tivesse cometido um erro que me levaria à morte, mas o Sr. Brunner apenas riu e disse:

– Lamento dizer que aqui eu sou conhecido como Quíron, Naruto.

Devo ter ficado com um olhar realmente engraçado, porque Annabeth estava dando um risinho pequeno.

Então lancei-lhe um sorrisinho e disse:

– Então onde está a sua bunda de cavalo?

Annabeth me mandou um olhar sujo, como se dissesse: "Nunca mais diga isso na minha frente, ou então vou te dar um choque com meus olhos parecidos com nuvens de tempestade! ", mas Quíron apenas deu uma longa gargalhada.

– Há quanto tempo estou aqui? – Perguntei, confuso.

– Você veio aqui noite passada, por isso eu disse que ainda não deveria estar acordado. – Annabeth disse, ainda me dando o olhar do mal.

– Bem, perdoe-me desapontá-la. – Eu disse falsamente. – Mas eu tenho um processo de cura acelerado graças à Raposa.

Annabeth tinha um olhar vazio.

– O quê?

– Ah, vocês não sabem quem é a Raposa, não é?

– A Raposa deveria ser a Kyuubi? – Quíron perguntou.

Annabeth e eu lançamos a ele olhares confusos, e ele riu levemente.

– Sim, Naruto, eu sei de onde você veio.

– Mas... Como? – Perguntei, completamente aturdido.

– Sei de muitas coisas que você nem imagina, criança. Foi lá que o Senhor dos Mortos lançou seu filho, o Jyuubi. Ele estava prestes a destruir tudo em seu caminho, mas um homem poderoso, chamado Rikudou Sennin, o selou em si mesmo e dividiu o chakra do monstro, criando os nove Bijjus, e a Kyuubi é o mais forte. E eu soube também que pessoas eram obrigadas a carregá-los dentro de seus corpos, mas pensei que fosse uma lorota. Mas você carregá-la durante todo esse tempo é a prova que queríamos tanto.

– Ahn?

– Você saberá depois, mas eu vou apenas dizer que apenas pessoas como você podem carregar um Bijju dentro de si mesmas.

– Pessoas como eu? Mas...

– Olhe, você saberá de tudo depois, mas por enquanto, quero que venha comigo. Annabeth, importa-se de cuidar do nosso convidado?

– Claro que não, Quíron. – Respondeu ela, indo até Percy.

Dei de ombros e estava prestes a seguir Quíron até a porta, mas Annabeth me parou, oferecendo um copo com um líquido dourado suspeito. Peguei o copo e o olhei desconfiado com Quíron e Annabeth me olhando intensamente.

– O que é isso? – Perguntei por fim.

Ninguém respondeu.

– Ótimo...

E provei, não tendo muita escolha. Quando senti o gosto, meus olhos se arregalaram. Tinha gosto de... Tinha gosto de...

– Isso... ISSO TEM GOSTO DO RAMEN DO ICHIRAKU!

Annabeth recuou surpresa, mas eu ignorei, enquanto voltava a beber o líquido de um jeito vívido.

Ao terminar, eu segui Quíron até a porta, enquanto lançava um último olhar preocupado a Percy. Perdoe-me dizer, mas eu não gostava muito de Percy estar sob os cuidados de Annabeth.

– Percy será bem cuidado, Naruto. Não se preocupe. Annabeth é uma boa pessoa. – Quíron disse, parecendo notar meu desconforto.

– Certo... – Eu disse sem muita convicção.

– Enfim. Quero lhe mostrar os chalés. Annabeth mostrará a Percy e a você o resto mais tarde, quando ele acordar.

– O.k. – Eu disse, dando de ombros.

Caminhamos em silêncio. Eu não vi muito do lugar onde estava, apenas quando nós chegamos perto de um conjunto maluco de construções que formavam um U.

– Estes são os chalés? – Perguntei, curioso

– Sim.

– E por que me trouxe aqui? – Perguntei.

– Quando Percy acordar, você e ele irão para o Chalé 11.

Fiquei caminhando pelos chalés, curioso, até ouvir uma voz rouca dizer:

– Ora, ora! Um novato!

Me virei para ver uma das garotas mais feias que eu já vi. Me lembrava a Vadia Bobofit, mas tinha cabelos castanhos compridos e esticados, e era muito mais grandalhona. Vestia uma camiseta do ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE tamanho GGG por baixo de um casaco camuflado.

– E quem seria você? – Perguntei, paciente.

– Clarisse. – Ela respondeu, dando-me um olhar maldoso.

– Naruto Uzumaki. – Me apresentei, oferecendo minha mão.

– Bem, vejo que já está em boas mãos, Naruto. Esta é Clarisse, filha de Ares.

– Tipo... O deus da guerra?

– Sim. Algum problema com isso?

– Não. Acho que é bem legal.

Clarisse pareceu surpresa, mas voltou a ter o olhar maldoso.

– Clarisse, poderia cuidar de Naruto a partir de agora? – Quíron pediu.

– Claro, Quíron. – Respondeu ela, ainda me lançando um olhar maldoso.

– Ótimo. Seja bem-vindo, Naruto. – E Quíron saiu.

– Agora, com a iniciação. – Clarisse disse, e notei todos nos olhando com caretas e olhares de pena. Fiquei confuso, mas então me toquei o motivo, quando Clarisse tentou me agarrar pelo colarinho. Como eu disse antes, tentou. Antes que ela pudesse, eu me desviei e dei uma rasteira nela, fazendo-a cair no chão.

Notei todos os olhares sobre nós, mas não me importei. Apenas fiquei lá, em uma posição de luta.

– Então? Você não quer lutar? Venha lutar! – Eu dizia, enquanto me preparava para qualquer golpe vindo dela.

Grrr... Ora, seu! – Ela estava prestes a me pegar, mas eu me desviei e coloquei o meu chifre do Touro Doidão com Testosterona perto de seu pescoço, como uma lâmina. Eu poderia usar uma kunai, mas o chifre já estava na minha mão.

– Desiste? – Perguntei em seu ouvido, e dei um chute em seu traseiro, fazendo-a cair de cara no chão.

Ela se virou, chocada e confusa. E o olhar só aumentou ao me ver oferecendo a mão para ela.

– É um prazer conhecê-la, Clarisse. – Eu disse, enquanto ela pegou minha mão e a ajudei a se levantar.

– Talvez você seja um filho de Ares, afinal. – Ela disse com um sorriso.

– É... Espero que não. – Eu disse, fazendo seu sorriso sumir, e então eu me virei e fiquei vendo os chalés.

Teria continuado se não tivesse visto duas pessoas que nunca pensei em ver novamente, ainda mais conversando civilizadamente, como se fossem amigos há muito tempo.

– Sasuke? Sakura-Chan?



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Notas finais do capítulo

Pra quem gostou do Capítulo, MANDEM REVIEWS!