Imponente Carvalho escrita por Lúcia Hill


Capítulo 14
Capítulo - Wrongly Accused




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Amy estava na sala ajudando Eileen com os serviços domésticos, a moura costumava lhe dar apenas as tarefas mais leves e naquele dia constituía de passar um pano nos móveis para limpá-los.

Sentia-se aliviada por estar cuidando do seu serviço dentro da casa e não fora dela, pois ainda lembrava-se do que havia passado com Gavin.

Distraída com seus pensamentos, não notou o barulho de Lord Oliver chegando, percebendo apenas quando ele entrou batendo a porta violentamente parecendo que havia visto o diabo.

Enxergou fúrias brilhando em seus olhos quando ele veio em sua direção retirando um papel do bolso e entregando-lhe.

- Pode me dizer o que significa isso? - perguntou de maneira rude.

Com as mãos trêmulas, Amy começou a ler o que tinha escrito ali e ficou sem fala, apavorada com tamanha mentira de Lord Gavin.

- Eu não sei, isso não é verdade! - choramingou, jamais havia pensado que pudessem existir pessoas tão sórdidas naquele mundo. - Foi ele que veio aqui e tentou me agarrar, milorde!

- Já chega de suas desculpas, estou cansado delas. Sua cara de santa já não me comove mais, pois sei que é uma promíscua! Gavin não tentaria nada se você não o tivesse incentivado, pois é um homem de respeito, sua vagabunda! - falou agarrando Amy pelo braço e atirando-a contra o sofá.

Durante todo o caminho viera pensando na lição que daria naquela garota para que nunca mais se intrometesse em seus negócios.

Retirou a cinta que lhe prendia a calça e começou a surrar a pobre garota que se encolhia contra o sofá.

- Não! Por favor, Pare! - Amy implorava e tentava se esquivar dos golpes, mas Oliver descontava toda a sua fúria com aquele cinto em sua mão.

Eileen ouviu a gritaria e correu para tentar impedir.

- Por favor, milorde, não faça isso com a menina! - a moura implorou com lágrimas nos olhos, mas era inútil, pois quanto mais ela implorava mais o ódio lhe subia a cabeça e mais forte ele batia nos braços, pernas e tronco da jovem.

Mais do que a dor, o que mais machucava Amy era a humilhação pela qual estava passando, apanhando daquele homem que sequer era de sua família e por uma coisa que ela não fez.

Quando Oliver parou a garota já exibia enormes marcas avermelhadas pelo corpo, os olhos e lábios também estavam vermelhos e inchados por causa do choro embora ele não tivesse desferido nenhum golpe contra seu rosto.

Por um momento aquela visão quase o comoveu, jamais havia agredido uma mulher assim antes e sentiu uma ponta de arrependimento, mas não demonstrou, precisava ser firme e não se deixar mais enganar por alguém como Amy Morgan.

- Saia da minha frente e arrume suas coisas, hoje mesmo você vai voltar pra sua casa. - disse com palavras rudes e retirou-se dali, servindo-se de um copo de conhaque depois de ter agredido a moça.

Amy levantou-se com o último resquício de dignididade que sentia, sentindo o corpo doloridoe voltou-se para Oliver mais uma vez, teve medo de que ele voltasse a lhe bater pelo que iria dizer, mas não pôde deixar de falar aquilo que agora sentia em relação ao Mclachlan.

- Arrumarei minhas coisas e partirei com o maior prazer, espero nunca mais vê-lo na minha vida, Lord Oliver e que eu nunca mais venha a conhecer nenhum monstro feito você. - disse e Eileen a puxou para longe dali antes que a fúria do patrão se voltasse contra Amy de novo.

Por algum motivo aquelas palavras penetraram no fundo da alma de Oliver e ele teve a impressão de que jamais se esqueceria daqueles olhos e da expressão naquele rosto quando ela lhe disse aquilo, pois foi um olhar de mágoa como jamais havia visto antes.

- Maldita! - praguejou virando o copo de bebida.

Eileen não sabia o que dizer para consolar Amy enquanto ela arrumava suas malas pegando de volta todas as suas roupas, com excessão das que haviam sido compradas por Oliver. 

A jovem não queria levar nenhuma lembrança daquele lugar.

- Ele vai se arrepender do que fez, Amy. Voltará atrás, foi apenas mais uma vítima das mentiras de Lord Gavin. - disse a moura.

- Não quero saber, Eileen, isso que ele me fez jamais poderei perdoar. Em pensar que cheguei a sentir alguma coisa or aquele monstro! Falei sério quando disse que nunca mais quero vê-lo. - disse Amy.

- Ah menina, vou sentir sua falta. - falou a moura.

Amy aproximou-se de Eileen e a abraçou.

- Eu também, Eileen. - disse e em seguida secou as lágrimas com o lenço.

A carruagem já a aguardava do lado de fora com o mouro que a levaria de volta para a Casa de seus pais, de onde Amy achava que nunca deveria ter saído.

No caminho lágrimas rolaram por seus olhos, pois sabia que agora seu futuro estava ameaçado, jamais conseguiria um casamento depois do que aconteceu e cada vez que lembrava do ódio de Oliver quando lhe dera aquela surra acusando-a injustamente, sentia um aperto no peito muito grande.


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