A Crise De 1929 escrita por July Carter


Capítulo 8
Capítulo sete.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, andei sumida, na verdade nem sei se tem alguém que ainda acompanha a fic, mas enfim... Ainda estou sem computador, aconteceu uns rolos e o meu notebook, ou melhor, o notebook invisível ainda não chegou em minha casa foi por isso que andei ausente aqui... Bom, vocês vão me odiar - ou não - por esse capítulo, dei uma mudada drástica na história, mas espero que gostem disso.



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– Então maninho, quem vai ser a primeira vítima de seu macarrão? - Alice sussurrou ao aparecer na cozinha. 

Edward e Bella estavam tão distraídos que não ouviram o barulho do carro dela ao estacionar em frente a casa.

Edward sorriu largamente ao ver a irmã e se levantou para puxá-la para um abraço. Alice encarava Isabella com um olhar raivoso. O que mais queria era pular sobre a garota e chutá-la para fora de sua casa, para longe de sua vida.

– Veio sozinha? - Edward a perguntou enquanto se virava para pegar mais um prato e talheres. 

– Vim com o motorista. - Alice deu de ombros sentando-se ao lado de Bella, as duas se olharam por alguns segundos, Alice deu um meio sorriso. - Fique longe do meu irmão. - disse baixo o suficiente apenas para que Bella escutasse.

Mais uma vez Bella se perguntou: Como dois irmãos podem ser tão diferentes? 

POV ISABELLA


Desconfiada. Traída. Sozinha. Ciumenta. Abandonada.

Todas essas palavras eram, infelizmente, mais que conhecidas por mim. Eu conseguia odiar tudo aquilo, mas não conseguia mudar tudo aquilo. Desconfiava de tudo, de todos. Sentia-me traída por todos que um dia me amou. Eu sei que sabia que acima de tudo não poderia contar com ninguém, eu estava sozinha, preza em um mundo que não pertencia a mim nem a ninguém. Eu sentia ciúmes de Alice por ela ter tudo, irmão, um pai amoroso, tinha ciúmes principalmente de Jasper. Ela tinha um amor, que apesar de não merecê-la, era um amor. Fui abandonada por meus pais, por toda minha família e principalmente por Edward, uma pessoa que eu acreditava que nunca me abandonaria, mesmo o conhecendo há pouco tempo.

Quinze dias se passaram desde o dia que ele foi gentil comigo. Malditos quinze dias desde que me senti amada depois de anos. Desde então não conseguia vê-lo olhar diretamente para mim. Seu olhar perfurava meu corpo, mas ao mesmo tempo não conseguia senti-lo presente. Ele olhava para vários lugares, não só para mim. Nunca só para mim.

Agora eu estava sentada em uma das cadeiras em frente à mesa da cozinha, cortava alguns legumes enquanto preparava o jantar. Edward adentrou na cozinha com seu uniforme de oficial, não consegui deixar de olhá-lo, mas tudo parecia que ele não conseguia me ver. Não me olhou por mais que alguns segundos, buscou um copo e o encheu de água. Eu continuava cortando os legumes sem sessar por algum segundo. Eu não conseguia me controlar, o desejo de olhá-lo era maior do que qualquer coisa.

- Ai! – sussurrei olhando para minha mão. Só um corte para me livrar do desejo de olhá-lo. Institivamente levei o meu dedo até meus lábios.

Senti o olhar de Edward me queimar, ele se aproximou de mim lentamente demais.

- Você está bem? – sorriu de lado puxando minha mão para poder observá-la. – Esse corte parece feio. – franziu a testa fingindo se importar em seguida suspirou.

- Está tudo bem. – me levantei da cadeira me dirigindo a torneira. Afundei minha mão na água e a senti queimar.

O sangue não estancava.

- Isabella, o corte foi profundo, não é uma simples água corrente que vai conseguir estancá-lo. – disse me olhando pacientemente. – Deixe essas coisas aí, mando alguém limpar tudo para você. Troque de roupa. – ordenou. – Irei levá-la para o hospital.

Ele fala comigo como se eu fosse uma escrava!

- Não precisa me levar para lugar algum. – peguei a toalha e a enrolei ao redor de meu dedo. – Consigo ir sozinha.

- Não lhe perguntei nada Isabella. – ele se aproximou de mim. Queria me afastar. Eu não iria me afastar. – Recomendo que me obedeça. – Edward tocou em meu cabelo, próximo demais do meu rosto, segurou uma mecha com as pontas dos dedos e colocou atrás de minha orelha.

Bati em sua mão. Dei alguns passos para trás, respirei fundo e balancei a cabeça em negação. Não queria dever-lhe favores principalmente depois de tudo que aconteceu. Depois de tudo o que vi.

- Te obedecer? Edward, você é só o filho do amigo do meu pai, Carlisle sim teria algum poder sobre mim porque ele me ajuda apesar de não saber o que sua irmã faz e que o filho é um hipócrita porque a acoberta. A escravidão acabou.

- Sabe que sua ingratidão em relação à Alice e a mim vai lhe causar problemas... Não sabe? – ele sorriu de lado e se aproximou de novo.

- O que quer Edward? Brincar comigo fingindo se importar não bastou? Passar uma tarde todinha comigo, fazer com que eu me sinta amada e depois jogar na minha cara que tudo não passa de um jogo não satisfez seu desejo de adolescente mimado?

- Adolescente mimado? – riu. – Isabella, sou um dos primeiros no comando do exército americano, deveria ter mais respeito por mim, posso castigá-la perante a lei.

Meu corpo tremeu desejei para que minha voz não fraquejasse.

- Não preciso lhe dizer que só está nessa posição porque os verdadeiros heróis morreram em guerra, preciso?

Senti a mão pesada de Edward em meu rosto, andei para trás e gemi de dor.

- Nunca. N-U-N-C-A fale de minha capacidade. – rosnou. – Agora vá logo para a porra de um quarto e se arrume Isabella, irei te esperar por dez minutos. – sussurrou raivoso. – Mais do que isso irei até seu quarto e te tirarei de casa pelos cabelos como uma marginal.

Edward saiu da cozinha. De longe parecia o Edward carinhoso que conheci. Ele era ignorante, arrogante, egoísta exatamente igual à Alice, porém dez vezes pior do que ela. Era um monstro.

Andei rapidamente em direção ao meu quarto, abri o armário e vi algumas roupas “novas” para mim e velhas para Alice. Vesti um vestido tão rápido que não me dei conta do tempo. Joguei água em meu rosto e desenrolei a toalha de minha mão, ela estava encharcada. Puxei um pedaço de trapo de meu lençol e enrolei em meu dedo. Sai temerosa do quarto. Edward estava sentado no sofá com uma garrafa de whisky na mão e uma taça na outra. Ele bebia e não percebeu minha aproximação, ou pelo menos que eu tenha percebido.

- Sete minutos. Muito bem Isabella. – ele se levantou do sofá e colocou a taça e a garrafa em cima de mesa. – Acabei de receber a notícia de que Jasper poderá voltar conosco, reze para que esse seu dedo fique bom logo porque agora terá mais uma pessoa para cuidar. – fiquei calada encarando meus pés. – Entendeu Isabella? – Assenti lentamente.

Edward respirou fundo e segurou meu outro braço, me puxou para próximo de seu corpo e deu um meio sorriso.

- Talvez você sirva para alguma coisa. – sussurrou me puxando para fora de casa.

Não existem príncipes encantados apenas sapos que se vestem e agem como príncipes, pelo menos até cair do cavalo. 


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Notas finais do capítulo

Não me odeiem, não me odeiem. rs
Eu achei que o Edward bonzinho a fanfic todinha não daria certo porque eu mesma não consigo escrever sobre um homem que seja bom o tempo todo e não tenha decaídas, no caso do Edward, ele irá ser mal até perceber quem é Isabella. Uma mulher que não abaixa a cabeça, mesmo que nesse capítulo tenha "abaixado".
Acho que eles vão se bicar muito até se conhecerem de verdade. Sim, a história vai ser Beward, sempre vai ser, mas enfim, espero que tenham gostado da mudança dele. Nos vemos no próximo capítulo, infelizmente, não poderei garantir que será em breve por causa da falta de um computador, mas enfim, tentarei ser rápida. rs



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