A Crise De 1929 escrita por July Carter
Notas iniciais do capítulo
Demorei,mas aqui está o capítulo. Espero que ainda tenha alguém acompanhando a fanfic. Tentarei postar em breve.
– Sete minutos. Muito bem Isabella. – ele se levantou do sofá e colocou a taça e a garrafa em cima de mesa. – Acabei de receber a notícia de que Jasper poderá voltar conosco, reze para que esse seu dedo fique bom logo porque agora terá mais uma pessoa para cuidar. – fiquei calada encarando meus pés. – Entendeu Isabella? – Assenti lentamente.
Edward respirou fundo e segurou meu outro braço, me puxou para próximo de seu corpo e deu um meio sorriso.
– Talvez você sirva para alguma coisa. – sussurrou me puxando para fora de casa.
Não existem príncipes encantados apenas sapos que se vestem e agem como príncipes, pelo menos até cair do cavalo.
Minha mão estava dormente e eu estava sentada em uma maca sendo atendida por um médico que não parecia ser muito mais velho que eu.
Era a segunda vez que colocava o pé para fora daquela casa com um objetivo diferente de ir ao mercado, dessa vez não estava ludibriada com os cuidados de Edward e por isso consegui prestar atenção em todo o caminho. A cidade estava muito diferente da Nova Iorque que eu conhecia. Naquele momento a pobreza se alastrava por todos os lugares e eu me sentia feliz por ter um teto onde morar.
– Isabella, não é isso? – O médico sorriu para mim ao terminar de fazer os curativos. – O corte foi um pouco profundo e fico me perguntando o que uma dama como você deveria estar fazendo para conseguir um corte dessa dimensão.
– Minha prima tem o costume de querer sempre ajudar os empregados. – Edward não me deixou falar. – Eu e minha irmã já lhe dissermos inúmeras vezes que um dia isso aconteceria, mas ela não nos ouve. – Ele levou a mão até meu cabelo e o colocou atrás de minha orelha, senti nojo dele. – Ela acredita que estamos em uma situação difícil e temos que ajudar os outros independentemente do que iremos ter que fazer.
– Acho isso uma atitude muito nobre, Isabella. – O médico sorriu para mim e eu apenas assenti. – Mas espero que pelo menos dessa vez você fique algum tempo longe de facas. Tive que dar cinco pontos e você vai sentir dores por pelo menos quinze dias, recomendo que compre um antibiótico para o caso de inflamar e um analgésico para dores. – Ele anotava tudo aquilo em um papel e depois o estendeu para Edward.
– Pode deixar que cuidarei de tudo isso. – Ele deu um sorriso convincente. – Eu posso aproveitar que estou aqui para ver Jasper? Alice está muito preocupada com a situação do meu cunhado e creio que será bom para ele ver que estarei aqui para ajudá-los no que precisarem.
– Não vejo nenhum problema em ele receber a visita de vocês, talvez isso ajude. – O médico respondeu de forma pensativa. – Só não poderei levá-los até o quarto, o senhor como oficial deve saber que a situação na cidade não está boa.
– Ainda está havendo a entrada de muitos feridos? – Edward ergueu a sobrancelha e não pude deixar de pensar no quanto ele ficava bonito com a expressão de preocupado.
– Sim, quanto mais pobreza mais desespero. A maior parte das pessoas que dão entrada aqui estão desnutridas ou foram vítimas de assaltos. Vocês não fazem ideia de como tem sorte por terem um teto.
– Pode ter certeza que tenho, Sr. Campbell. – murmurei descendo da maca. – Obrigada pelo atendimento rápido. – forcei um sorriso.
– Não é mais que minha obrigação. – Ele se dirigiu a Edward e apertou sua mão e, por fim, nos deixou sozinhos.
PDV NARRADOR
Assim que o doutor deu as costas Edward caminhou até Isabella com um pequeno sorriso nos lábios, segurou-a pelo braço e a puxou em direção a um corredor vazio onde ficavam os pacientes que estavam com uma situação mais grave. Ela andou aos tropeços até uma porta no final do corredor, Edward a abriu e naquele momento ela ficou chocada com o que via.
Jasper era um poço de saúde. Sempre bem arrumado, com as roupas sempre impecáveis, seus cabelos eram sempre bem penteados e ele sempre a tratava muito bem, no entanto naquele momento seu rosto tinha profundos hematomas, onde deveria estar sua perna direita havia um curativo e ele estava dormindo. Bella mordeu o lábio com força tentando conter a vontade que tinha de chorar ao ver aquele homem naquele estado.
– Se meu pai não fosse tão caridoso com você, você estaria assim ou pior. – Edward sussurrou no ouvido da garota e finalmente a soltou.
Sem pensar muito ela se aproximou da cama e se curvou em direção a Jasper. Sua mão trêmula passou pelo cabelo do rapaz.
– O que realmente aconteceu? – Ela se virou para Edward exigindo uma explicação.
– O que? – Ele parecia confuso. – Não acha que eu fiz isso com o noivo da minha irmã, acha?
– De você não duvido nada.
– Jasper estava longe de mim e foi atingindo por estilhaços de uma granada. É um milagre ele está vivo.
Bella balançou a cabeça e respirou fundo.
– Quando ele vai para casa?
– Não acha que está muito preocupada com ele, Swan?
– Como você disse, ele será responsabilidade minha.
– E noivo da minha irmã. Não tente nenhuma gracinha.
Ela o encarou confusa e se aproximou dele.
– O que acha que eu sou?
– Uma mulher qualquer.
Isabella respirou fundo, porém não conseguiu se controlar. Sua mão foi de encontro com o rosto de Edward e naquele momento ela viu a marca dos seus dedos ficarem fixas no rosto do rapaz. Ele pegou seu braço com força e lhe levou para fora do quarto.
– O que você pensa que está fazendo, Isabella?
Naquele momento ela se decidiu que não iria mais abaixar a cabeça. Não iria abaixar a cabeça para Alice e muito menos para Edward, ela iria se impor.
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