Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 8
Capítulo VII - Sanguinários.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, desculpa pelos dias que fiquei sem postar. Eu estava sem ideia nenhuma, mas agora tô com umas que vocês irão adorar. Ou talvez odiar. u-u
O final da fic vai surpreender todos. -q
Boa leitura.



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    Já eram 15:00 horas do dia seguinte.

  Eu estava sentada num sofá folheando um jornal que minha mãe assinava e não lia. A campainha sinistra que a casa, que era bem antiga tinha, tocou.

  Levantei-me e abri a porta de madeira da sala. Patch estava do outro lado, suas roupas ao estilo de sempre e sobre seus cachos negros, um boné surrado de beisebol, azul, uma cor que eu nunca vira ele usar.

  - Oi. – Disse enquanto pulava em seus braços ao mesmo tempo em que ele também foi ao meu encontro. Eu fiquei longe dele por um dia e já estava assim, morta de saudade.

   Patch me beijou e eu retribui com a mesma intensidade. Ele se separou de mim e deu um sorriso malicioso.

  - Da próxima vez eu fico fora por mais tempo. – Patch disse e eu respondi dando um soco em seu braço e o puxei para dentro da sala. Se sentindo em casa, ele se sentou no sofá e colocou os pés em cima da mesinha de centro, eu pulei sobre as mesmas e me sentei em seu colo. Patch passou os braços pela minha cintura, abraçando-me por trás.

   - Então... – Comecei antes que ele tentasse transformar aquele abraço em outra coisa. – O que aconteceu de tão importante para você sair da cidade?

   - Rixon e eu fomos investigar alguns nefilins, nada demais. – Sua voz mostrava indiferença, como se fosse verdade mesmo. Se era, então porque ele tinha me mandando não convidar ninguém para entrar na casa?

   - Ah, claro. – Disse numa voz fria e me joguei para o lado, ficando só com minhas pernas em seu colo.

  Patch se curvou e me deu um selinho, logo sua língua também pediu passagem e eu neguei me separando dele.

    - O que foi, anjo? – Ele ergueu as sobrancelhas, eu nunca tinha me distanciado no meio de um de seus beijos.

    Mordi o lábio e olhei para baixo. Não sabia ao certo que resposta queria conseguir dele, mas eu odiava ficar por fora e não saber o que ele tanto fazia fora da cidade. Eu era sua namorada, estava metida nessa luta entre anjos e nefilins, eu merecia saber.

    - Você não foi só procurar nefilins fora da cidade, Patch. – Quando disse, ele deu um longo suspiro e me olhou nos olhos.

    - Então, o que pensa que eu fui fazer?

    - Você sempre dá a mesma desculpa: investigar nefilins. Patch, eu mereço saber.

    - Não é nada com o que você tenha que se preocupar, ou ficar com isso na cabeça.

    - Mas Patch... – Eu comecei, mas ele me interrompeu com um beijo calmo e lento, como se aquilo me fizesse esquecer de tudo, e por mais incrível que pareça, fez.

     - Confie em mim, anjo. – Patch disse quando distanciou nossas bocas por milímetros e quando terminou, imediatamente voltou a me beijar. Uma de suas mãos estava em minha nuca fazendo-me aproximar mais dele e a outra em minha coxa.

      Voltei a me sentar em seu colo, agora de frente para ele. Patch passou a beijar meu pescoço, chupando ou passando a ponta de sua língua de leve.

       Eu tirei seu boné e o joguei em cima da mesa de centro, sem ele, pude me aproximar mais de Patch.

     O telefone da cozinha tocou, eu dei um suspiro pesado e baixei minhas mãos me preparando para levantar, mas Patch me prendeu pela cintura. Tocou mais uma vez, e eu me soltei dele indo até á cozinha e pegando o telefone branco do gancho, atendi:

       - Alô.

     A única coisa que eu ouvi foi um choro.

       - Alô? – Disse mais alto, só ai Talitha respondeu entre soluços.

       - Nora! O Scott... – Houve uma pausa, em que escutei a mesma assoando o nariz.

       - O que aconteceu com o Scott?!

      Outra pausa, ela ainda estava chorando.

        - Talitha!

        - Ele... Ele está no hospital.    

       Senti meus olhos se arregalarem e apertei o telefone contra minha orelha.

        - Hospital? Por que?!

        - É melhor você vir, ele quer te ver.

        - O.K, já estou indo.

       Bati o telefone contra o gancho e corri para á sala, Patch ainda estava sentado no sofá, mas tinha colocado o boné de volta.

         - O que aconteceu? – Ele perguntou, sua voz um tanto fria. Talvez por ter ouvido o nome “Scott”.

         - Scott está no hospital, e Talitha me pediu para ir para lá.

        Ele deu um leve aceno com a cabeça, se levantou do sofá e balançou as chaves do carro.

          - Eu te levo até lá.

         Sai apressada atrás dele enquanto vestia um casaco que tinha achado jogado pela sala. Patch dirigiu em sua velocidade de sempre até o único hospital. A cidade era pequena, então esse era a nossa única opção.

         Patch estacionou em umas das poucas vagas que tinha no estacionamento aberto, eu desci do carro, mas voltei quando vi que ele continuava sentado. Voltei e fiquei de frente para a sua janela.

          - Você não vem?

          - Melhor não, anjo. Vou te esperar aqui. – Assenti e fui até as portas duplas do hospital. Como sempre, estava lotado de gente. Parei no balcão, e perguntei á uma enfermeira de cara feia.

          - Estou aqui para ver Scott Parnell.

         A enfermeira carrancuda me olhou bem e bufou, olhou numa lista cheia de nomes e sem levantar a cabeça, disse:

          - Segundo andar, quarto 143.

          - Obrigada. – Disse já saindo, fui pelas escadas já que o elevador tinha uma maca e mais algumas pessoas apertadas.

          Cheguei ao segundo andar suando, pela velocidade em que subi. O quarto de Scott era a ultima porta do corredor principal, bati antes de entrar.

           Talitha estava sentada numa poltrona perto da cama, e a mãe de Scott, no sofá. Ela estava com um lenço cobrindo quase todo seu rosto, e não o tirou quando sua filha se levantou e correu ao meu encontro. Scott estava na cama com um curativo enorme no pescoço e outro na coxa. Uma bolsa de sangue estava numa bandeja ao seu lado, no criado mudo. A que estava ligada com sua veia já estava quase no fim.

           - O que aconteceu?

           - Foi um animal, ou pelo menos foi o que ele disse... Nora! – Ela se jogou em meus braços para começar a chorar outra vez. – Estavam todas abertas, as mordidas. Ele perdeu quase todo o sangue...

          Só ai parei para pensar direito. Ataque de animal? Feridas no pescoço e coxa?

           A cena de Eric passando a mão em minha coxa passou em minha mente e foi como se minha cabeça fizesse um estalo.

           - Eu tenho que ir, Talitha. Prometo que volto. – Eu, literalmente, sai correndo pelos corredores do hospital, tentando desviar de todos em meu caminho. Cheguei no estacionamento, e diminui a velocidade. Andei normalmente até o carro de Patch e pulei para dentro, tentando parecer normal.

           - Essa foi rápida. – O mesmo disse quando entrei, e eu mordi o lábio. Ele me levaria para casa, e de lá, eu faria uma visitinha á Eric. 


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Notas finais do capítulo

Reviews? Opiniões? u-u



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