Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 7
Capítulo VI - Entrevista com um vampiro, talvez.


Notas iniciais do capítulo

Oi, desculpa por não postar, eu andei meio dodoi. ç-ç
Boa leitura, espero que gostem.



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     A aula foi chata, e o dia foi chato. Patch tinha faltado, segundo ele, tinha que resolver alguns assuntos em outra cidade. Então, Patch foi deixando ordens claras para mim:

     - Vá para a escola e volte para a casa. Fique aqui. Chame Vee se quiser, Rixon deve estar falando com ela sobre isso agora. – Rixon ainda não tinha contado toda á história sobre Anjos para Vee, então ela só o via como um namorado protetor.

     - Mais alguma coisa? – Perguntei com sarcasmo, Patch sabia muito bem que eu detestava ser tratada daquele jeito. Ele só queria me proteger, eu sei, mas não precisava tanto.

     - Sim. – Patch fez uma pausa antes de terminar a frase. – Não convide ninguém para entrar.

     - Como assim?

   Do que ele estava falando agora? Perguntei-me e minha mente me levou direto á palavra “Vampiros”. Ah, qual é? Essa regra existia mesmo?

     - Só não convide ninguém. Entendeu, Nora?

    Então parece que eu ia receber meu convidado de hoje na varanda.

     - Claro. – Respondi rápido e Patch sorriu.

     - Ótimo. – Ele me puxou para um abraço e me deu um leve selinho. – Prometo que volto logo.

   E assim, ele saiu me deixando sozinha em casa.

    Agora, eu entrava dentro de casa depois do péssimo dia de aula. A chuva estava forte lá fora e não parecia que ia parar até á noite.

    Tirei minha capa totalmente encharcada e pendurei no cabide perto da porta. A sala já estava organizada, o chão brilhando e os móveis todos em seus lugares. Dorothea já devia ter ido á horas, agora que seus netos tinham vindo morar com ela, a mesma saia á tarde e não à noite.

    Patch vinha todos os dias me fazer companhia, ou saiamos para algum lugar com Vee e Rixon. Mas esse dias notei, que ele e seu amigo andavam ocupados demais. Vee também tinha notado isso, eles quase sempre davam á desculpa que tinham que investigar, ou procurar alguém. E Patch, por mais que eu pedisse, não queria falar o que estava acontecendo.

    Então, resumindo, a única coisa que me restava era dormir. E ás horas passaram mais rápido assim, quando acordei, o relógio já marcava 21:00.

    Olhei pela janela de meu quarto e continuava á chover. Um vento forte e frio balançava ás árvores mais próximas. 

     - Ótimo. – Murmurei e ao sair do quarto, puxei meu cobertor comigo.

    O ar frio bateu em meu rosto ao abrir á porta da frente. Acendi as luzes e sentei em uma das cadeiras de dois lugares da varanda, encolhi as pernas e me cobri.

    A névoa, como sempre, tomava conta de todo o gramado, o que bloqueava toda a minha visão da rua. Coloquei o cobertor sobre á cabeça também e fiquei em silêncio por alguns minutos.

     Do nada, uma mão agarrou meu braço com força e eu gritei o mais alto que pude, o cobertor caiu e eu vi Eric colocar á mão sobre minha boca.

     - Dá para fazer menos barulho? – Ele rosnou e soltou meu braço. 

    Sentei-me direito e coloquei o cobertor só em minhas pernas. Eric se sentou ao meu lado, ele tinha uma expressão brava e irritada e não olhava para mim.

     - O que aconteceu? – Perguntei e me encolhi contra a outra ponta do banco em que estávamos sentados.

     - Não é da sua conta. – Ele respondeu no mesmo tom de antes e de repente ele pareceu achar as árvores muito interessantes.

     - Se eu vou te dar meu sangue, é sim. – Tomei coragem e disse numa voz mais alta e clara.

    Eric sorriu e finalmente, olhou para mim. Seus olhos estavam meio avermelhados, mas não nas pupilas, mas como se fossem lágrimas. Elas sumiram rapidamente e se levantou.

     - Não vai me convidar para entrar?

    E agora eu tinha certeza que Patch sabia sobre eles. E como já tinha desobedecido muita coisa...

     - Não. – Respondi ainda sentada, fitando ele.

     - Que falta de educação, Nora. Vamos ter que conversar aqui fora mesmo? – E voltou a se sentar á meu lado.

    Mordi meu lábio, perguntando-me o que eu queria saber dele. Eu devia estar louca quando propus isso.

     - OK... Eu não sei por onde começar. – Desabafei, e me ajeitei de baixo do cobertor.

     Ele riu.

     - A maioria pergunta quantos anos eu tenho. – Sua voz era cheia de ironia, ignorei.

     - Então... Qual seu nome?

     - Sério? – Ele disse entre um sorriso de deboche.

     - Você não pode se chamar só “Eric”.

     - Eric Northman.

 Então “Northman” era o sobrenome dele? Definitivamente era antigo.

     - E quantos anos você tem?

  Ele olhou para mim.

      - Mais de mil. É só o que precisa saber.

  Demorei alguns segundos para absorver aquilo, ele realmente teria mais de mil anos? Tive que me controlar para meu queixo não cair.

      - Tudo bem... E você se mudou para cá agora, não é?

  Eric confirmou com um aceno.

      - Faz quanto tempo?   

      - Algumas semanas... Pam estava querendo ser discreta, pelo menos até abrirmos o bar.

  “Algumas semanas “ á algumas semanas Patch vinha agindo daquele jeito, fiquei tentada á perguntar se Eric sabia sobre os anjos que também viviam ali.

      - E de onde você veio?

      - Bon Temps. Um pouco longe.

   Eu nem sabia onde a cidade ficava, mas continuei:

      - Porque você saiu de lá?

    Eric encostou-se ao banco e seu braço ficou bem próximo do meu. Eu estava com dois casacos e ele só com uma camisa.

     Ele suspirou, mas não respondeu minha pergunta. O nome que causava tanta reação nele veio em minha mete de novo.

       - Foi por causa dessa tal Sookie?

       - Também, fiz muitas idiotices por causa dela, já estava ferrado com os vampiros do ministério.

       - OK. Duas perguntas. O que ela fez? E... Que ministério?

       - Vamos parar de falar dela. Que se foda a Sookie. – Sua voz estava quase como um rosnado de novo.

       - Nunca falar da Sookie, entendi. Mas... E sobre esse ministério?

       - Nada que você tenha que se preocupar.

       - Tudo bem...

    Pensei um pouco no que mais eu tinha em mente.

        - Existem muitos vampiros?

    Seu sorriso me fez perceber que era uma pergunta boba á se fazer.

        - Muitos, mas só eu e Pam nessa cidade.

     Não sei porque, mas foi um alivio ouvir aquilo, talvez estivesse com medo de que um exercito de vampiros acabasse com a cidade ou coisa do tipo.

     Soltei a próxima pergunta sem ao menos pensar, eu estava ficando mais á vontade ao lado de Eric.

        - E a Pam?

        - O que tem ela?  - Ele ergueu uma sobrancelha e esticou os braços colocando o esquerdo perto de meus ombros.

        - Ela é sua... Namorada?

    Eric soltou uma risada rouca e se voltou para mim.

        - Por que a pergunta?

        - Vocês parecem bem próximos. – Tentei explicar rápido, o que só o fez rir mais.

        - Eu sou o criador dela.

        - Criador? Como assim? – Agora o assunto me interessara mesmo, eu me aproximei um pouco mais ainda me afastando um pouquinho de seu braço.

        - Eu a transformei em vampira, portanto, sempre vamos ter uma ligação.

     Eu senti meus olhos ligeiramente arregalados e eu dei um sorriso.

        - E como alguém se transforma em vampiro?

     Era naquilo que eu queria chegar. Podia ser uma idiotice, mas se eu me transformasse, não que eu estivesse querendo, eu ia poder ficar com Patch e não ia envelhecer nem mais um dia.

        - Esse “alguém” seria você? – Eric mantinha os olhos em meu rosto, e seus dedos agora se enrolavam em meus cachos. Afastei-me um pouquinho mais.

        - Não, não. Eu só queria saber... – Antes de eu terminar a frase, um telefone tocou. Apalpei meu bolso e não era o meu. Eric tirou um do bolso de trás de sua calça e atendeu.

         - Pam. É bom ser importante, estou ocupado.

      Um silêncio se seguiu e ele ficou com uma cara séria. Ele disse quase num sussurro:

         - Bill? Tem certeza?

       Mais alguns segundos de silêncio.

         - Já estou indo. – Ele desligou e se levantou. Levantei-me com ele e ficamos frente á frente.

     Ele era bem mais alto que eu, quem não era?

         - Vou ter que ir, vai ficar me devendo sangue.

         - Pago minha divida na próxima vez que você vir.

         - Próxima vez? Está me convidando para sair, Nora Grey? – Seu sorriso de deboche tinha voltado. Então com a voz mais fria que consegui fazer, disse:

         - Não, não estou. – Eric riu e como  fez da primeira vez que nos vimos, sumiu do nada, me deixando olhando para o vazio.


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Notas finais do capítulo

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