Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 9
Capítulo VIII - Autoridade.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. :c
E não parem de acompanhar. Tem gente que vai querer me bater no final, mas ok. -q
Beijos, beijos, amoras. :)



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    Fiz Patch me deixar sozinha em casa com a desculpa que precisava descansar depois do que tinha visto no hospital. Não contei á ele nada sobre o que tinha acontecido com Scott, e ele também não se mostrava interessado na história.

    O carro de Patch tinha saído da entrada de carros á mais de meia hora, eu só estava esperando um pouco para sair de casa. Se ele me visse saindo, com certeza me arrastaria de volta para casa.

    Olhei para o relógio, marcava 17:00, ainda estava claro lá fora, o céu estava limpo. A cidade vivia mudando de clima o tempo todo já que era perto da costa. Eu estava sentada no sofá, olhando impaciente dos ponteiros para á janela. Aquela altura, Patch já estaria bem longe daqui.

    Levantei-me num pulo e peguei o mesmo casaco que tinha levado até o hospital. Conferi se tinha trancado todas as postas ao sair.

    Meu carro, velho e gasto, rangeu quando abri a porta do motorista. O couro branco dos bancos estava caindo aos pedaços e mal dava para abrir as janelas, mas até eu conseguir um emprego, aquilo era o melhor que eu conseguira.

    Dirigi até o bar na maior velocidade que o carro conseguia. Eric estava em tudo que eu pensava ou olhava. Ele tinha feito aquilo. Daquilo eu tinha certeza. Mas aquele tinha sido o primeiro “ataque” que alguém tinha sofrido desde que eles chegaram, por que logo Scott tinha que ter sido o primeiro? Quase todo o sangue dele tinha sido drenado.

    As luzes do bar ainda estavam desligadas, e a porta da frente ainda fechada. Estacionei o carro bem na frente do toldo que ficava preso na parede e desci do carro. Marchei até a porta e bati com força.

    Nada.

    Bati de novo e dessa vez ouvi um movimento do lado de dentro, o barulho de saltos batendo no piso de madeira. A porta de metal se abriu um pouquinho e pela pequena fresta pude ver olhos castanhos escuros espiando.

     - O que você quer? O bar ainda não abriu. – Sua voz soava preocupada. Ela era humana, dava para ver, era bronzeada demais. Ela sabia que trabalhava para vampiros, não é?

     - Quero falar com Eric Northman.

   - Ele está... Ocupado. – A mulher ia fechar a porta na minha cara se, num momento de idiotice, eu não tivesse colocado a mão e a empurrado com força.

   A porta se escancarou e eu entrei. Pude ver melhor a mulher. Estava usando um top rosa e uma mini saia, que ganhava as de Marcie Millar. Mesmo sendo bronzeada demais, seu cabelo tinha mexas loiras e caia até a altura dos ombros.

   - Desculpe, preciso mesmo falar com ele. – Disse, encostei a porta depois que entrei e fiquei esperando de frente para ela. Já tinha sido mal educada demais.

   - Você é dele? – Ela mascava chiclete com a boca aberta, de repente, me olhando com admiração.

  Não tinha entendido a pergunta, então só fiz que não com a cabeça.

   - Volte à noite, ele terá o maior prazer em falar com você. – Ela abriu a porta de novo e gesticulou para que eu saísse.

    A raiva tomou conta de mim, de novo. Sai andando para o lado contrário, entrei na porta em que uma placa de néon indicava que era só para funcionários.

    - Eric! – Chamei quando entrei, mas me deparei apenas com um escritório cheio de papeis e placas por toda a parede. Tinha outra porta num dos cantos da sala, corri para lá antes que a mulher pudesse me pegar, dava numa escada. Desci com pressa e desta vez estava num porão.

     Escuro e com cheiro de mofo, tinha algumas correntes de prata penduradas nos canos de água que pareciam estar por todo lugar ali. No fundo do porão, tinha, pelo que a luz fraca me deixava ver, o que pareciam ser dois caixões. Andei decidida até lá, quando a mulher me alcançou e segurou meu braço com força.

    - Você é louca?! Não pode acordá-los! – Ela fez força para me puxar para trás.

    - Me solta! – Apertei o braço da mesma e na hora ela me soltou, recuou para trás e andando de costas disse:

    - Eu não tenho nada a ver com isso, não me meta nisso! – Seus punhos estavam fechados e seus olhos semi-serrados como se estivesse esperando alguma coisa pular nela.

    Segui em direção aos caixões e optei em abrir o maior. Era preto, lustroso e tinha alguma escrita estanha na superfície. Então eles não podiam andar no sol. Eles não brilhavam ou coisa do tipo, não é? Porque sinceramente, seria muito mais “divertido” se queimassem. Já devia estar escuro lá fora, e eu tinha chegado até ali, não ia desistir agora.

    Peguei num puxador que tinha preso na lateral e com a maior força que pude fazer, puxei a tampa para cima.

    Os olhos de quem estava deitado, aparentemente imóvel lá dentro, abriu com rapidez. E na mesma velocidade eu me vi deitada no chão com Eric em cima de mim com as presas para fora. Ele não estava só me mantendo no chão, seu corpo roçava levemente contra o meu.

     - Nora. – Ele murmurou e suas presas voltaram ao tamanho normal. Soltei o ar que estava preso, mas não tirei os olhos dele, assim como ele não tirou os dele de mim.

     - Sai de cima de mim. – Disse tentando ser grossa. Empurrei seu peito com força, Eric não se mexeu um centímetro.

     Ele olhou para baixo, vendo nossos corpos quase colados ele deu um sorriso.

     - Gosto dessa posição. – Eric deu os ombros e permaneceu parado. Encolhi-me para sair de baixo dele, tentando não encostar em mais nenhuma parte de Eric sequer.

    - Não estou brincando! – Eu tinha lembrado porque estava ali. – O que fez com Scott?

    - Quem? – Eric se levantou do chão, ele ergueu as sobrancelhas. Seus olhos estavam um pouco fundos, assim como suas olheiras estavam mais fortes.

    - Scott Parnell. O garoto que você quase matou noite passada.

    - A, desculpe. Ele não me disse o nome dele. – Sua voz estava cheia de sarcasmo, senti minha pele arder e sem pensar, fui para cima dele.

    O tapa que dei fez um estalo. Seu rosto permaneceu imóvel, mas logo um sorriso brotou em seu rosto. Ele parecia estar gostando daquilo, se divertindo.

    - Por que fez aquilo com ele?! Poderia tê-lo matado!

    - Seu amigo? – Perguntou com uma voz calma e divertida.

    - Sim! – Bati o pé no chão. – Você não disse que queria ser discreto?

    - Não, eu disse que Pam queria ser discreta. – Outro sorriso apareceu em seu rosto.

    - Você é tão... – Parei no meio da frase e mordi minha língua para não continuar.

    - Tão...? – Odiava isso nele, ele tentava me provocar á todo custo. Me irritar.

   Controlei-me para não dar outro tapa naquele rostinho pálido dele.

    - Babaca, idiota, estúpido. Eu odeio você. – Tentei não falar nenhum palavrão, e consegui, á medida do possível.

   Eric riu. Uma risada rouca, que mostrou todos os seus dentes brancos. Sua mão fria afagou minha bochecha e eu a tirei dali com outro tapa.

     - Eu nem acredito que quis conhecer você.

     - Sou um vampiro. Esperava o que?

      - É, eu não sei o que eu esperava. – Dei as costas para ele, mas parei no meio do caminho. A mulher de antes descia as escadas com um ar desesperado.

       - Sr. Northman!

       - O que foi? – Eric disse numa voz, agora, entediada.

       - Tem um homem na porta, diz que representa uma tal de “Autoridade”.

     Virei para ver a reação de Eric, seus olhos ligeiramente arregalados. Ele passou por mim e pegou uma de minhas mãos, puxei-a de volta, ele me ignorou.

       - Tire Nora daqui, leve-a até a porta dos fundos. Entendeu? – Disse num tom alto e a mulher aos pés da escada se apressou para me puxar pela mão.

       Ao chegarmos no bar, Eric esperou que saíssemos pela porta dos fundos para abrir á porta da frente. Já estava escuro lá fora. A mulher me deixou perto de meu carro e correu para dentro de novo. Entrei no carro e peguei a estrada de volta para casa. Quem era essa “Autoridade”? E porque Eric tinha ficado assim? 


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Notas finais do capítulo

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