Heart Beats Harder escrita por luvfiction


Capítulo 6
A sedução e a Ladra.


Notas iniciais do capítulo

Que lindas as reviews, estou me apaixonando por vcs! Tá. Isso soou meio gay. haha. Então, já que estão me ajudando tanto eu queria perguntar uma coisa. Eu tenho muito vontade de ter um blog ou um tumblr, porque como vcs sabem eu adoro escrever. Queria escrever pequenos roteiros, escrever sobre filmes e séries... Mas sou um ANTA, JUMENTA IDIOTA, quando o assunto é html, ou personalização das paradinhas lá... Alguém aqui sabe mexer com isso e poderia me ajudar? Quem sabe até manter o blog atualizado comigo? Chamem no @mila_frade que estiver interessada, por favor *-* Beeeijos e BOA LEITURA!



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- Bem, querido Kaio, deu tudo certo até aqui. – Jass e Kate chegavam ao quarto que dividiam.

- Sim. E amanhã, logo cedo, o maior desafio da minha vida começa. – Kate disse nervosa, encarando as próprias mãos.

- Está com medo? – Jass perguntou, começando a trocar de roupa. O traje preto, com botas, capa, máscara, luvas e lenço de mesma cor, já estava preparado em cima da cama.

- Claro.

- Isso bom. É sinal de que não está tão louca. – Jass sorriu tirando o vestido longo.

- Ainda vai sair hoje? – Kate perguntou.

- Sim. Tenho que trazer a comida... - Ela disse, sem ânimo - Está ficando cada vez mais perigoso... Quando você fizer seu pedido ao Rei, ganhará o suficiente para ter o que todos aqui precisam. Os homens do Rei, geralmente se tornar homens de terras, bem... No seu caso, será uma mulher de terras. – Jass dizia sorrindo – E então eu poderei parar de fazer o que faço. – Ela colocou as luvas.

- E depois disso, fará o que?

- Não sei. Talvez eu possa tentar uma vaga da Guarda Real também. – Jass colocou seu lenço acima do nariz, deixando que de seu rosto, só os olhos aparecessem por entre a máscara de couro.

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Já se passava da hora de deitar, mas Claire gostara tanto do livro trazido por Isabel que decidiu buscar algo de beber. Não sabia exatamente onde ficava a cozinha, mas decidiu ir seguindo seus instintos. Encontrou no último andar uma porta dupla de madeira; a cozinha. Para a sua surpresa, ali havia uma garotinha sentada à mesa que brincava com uma boneca velha. Ao olhar para a Claire a criança não escondeu o susto.

- Ah, me desculpe. Não queria assustá-la... – Claire se apressou em dizer.

- Tudo bem. – A menina respondeu. Não devia ter mais que sete anos, tinha os cachinhos dourados do cabelo presos por um lenço encardido. Toda a sua roupinha tinha o mesmo tom de antigo e usado; uma saia rodada até os tornozelos, um sapatinho de boneca, meias longas gastas e uma blusa de manga com a gola relaxada.

- E qual é o seu nome? – Claire perguntou.

- Meu nome é... – Antes que respondesse, uma das empregadas da casa, que Claire reconheceu como uma das moças que ajudou a servir o almoço entrou dizendo:

- Maria! – A empregada olhou assustada para Claire – Me desculpe senhora, ela já devia ter ido dormir...

- Não se preocupe, não vejo problema algum que Maria queira brincar. – Claire se sentou ao lado de Maria na mesa. A mesa, mais rústica, tinha dois longos bancos de madeira pura em cada um dos lados – Maria é sua filha?

- Sim senhora...

- Por favor, me chame de Claire. – Disse sorrindo – É uma linda garotinha. – Claire passou a mão pelo cabelo de Maria com todo o carinho – Você gosta de bonecas Maria?

- Gosto. Eu só tenho essa. E eu gosto de histórias também. – A menina já ficava mais a vontade ao lado de Claire. A mãe da garota também voltava a respirar normalmente.

- Ah, eu também adoro histórias! Eu estou lendo este livro aqui. É muito bonito. – Claire mostrou o livro que estava lendo.

- A senhora sabe ler? – A mão da garota perguntou.

- Sim, eu sei que é raro encontrar uma mulher que saiba, mas meu pai me ensinou desde cedo. – Osolhos de Maria e de sua mãe se iluminavam enquanto Claire falava.

- Você pode ler pra mim? – A garotinha perguntou – Depois eu posso contar para as minha amigas!

- Você tem muitas amigas aqui?

- Tenho. Tem muita criança aqui.

- E onde elas então?

- Agora “tão” dormindo, mas elas moram aqui também.

- Que ótimo! Crianças deixam os lugares mais bonitos. – Claire pensou por um instante – Vou te contar essa história, mas depois quero conhecer todas as crianças! Você me apresenta?

- Claro! – Maria sorriu puramente. Quando Claire abriu o livro, Maria chegou mais perto e sua mãe se sentou ao seu lado, tão interessada quanto Maria.

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Em um dos escritórios do castelo, Julie mexia em algumas gavetas, começava a ler alguns papéis, claramente procurava por algo.

- Achou o que estava procurando? – O Rei entrou na sala, desconfiado de Julie.

- Não estou procurando nada... – Ela sorriu inocente – Eu gosto de ver figuras, mas aqui só tem palavras.

- Não sabe ler? – O Rei perguntou, chegando mais perto dela.

- Não.

- O que faz aqui a essa hora?  - O Rei ainda não estava convencido da inocência da convidada do filho, que acabara de conhecer durante o jantar.

- Eu quero ver algo pra ver se o sono chega. Não me acostumo com tudo isso... – Ela olhou o chão se fazendo de humilde.

- Logo irá se acostumar. – O Rei disse, mais calmo – É melhor ir para os seus aposentos. – O Rei foi até uma prateleira de livros, escolheu algum e entregou a ela – Esse deve prestar...

- Obrigada, meu Rei. – Ela fez a mesma referência desajeitada e inocente que sempre fazia – Tenha uma boa noite.

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Era tarde quando Louis ouviu alguém batendo na porta do quarto ao lado; o quarto de Claire. Para sua surpresa, quando ele abriu uma brecha da porta para espiar o que estava acontecendo, ele viu Claire com roupas de dormir horrorosas e amassadas batendo na porta do próprio quarto tentando fazer o menor barulho possível. Ela estava na porta dos pés, como uma criança. “De onde ela está vindo?” pensou Louis.

- Ah senhora, aonde foi? – Isabel cochichou alto o bastante para que Louis ouvisse.

- Você não faz ideia Isabel, conheci uma pessoa incrível... – Claire entrou no quarto animada e conversando com Isabel. Louis parou de ouvir quando a porta se fechou.

“Conheceu uma pessoa? O que? É a primeira noite dessa mulher aqui e ela já conheceu uma pessoa? De qualquer forma, espero que se apaixone por essa pessoa e, quem sabe assim, desista desse casamento...”.

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 Lili terminou sua dança e olhava para Harry usando somente um espartilho e lingerie.

- Pronto. Agora me faz o favor de desaparecer da minha vida. Senhor. – Ela disse procurando o robe e todo o resto.

Harry se forçou a voltar de um transe que incluía um autocontrole imenso para não mostrar o quanto desejava aquela mulher. No fim ele sorriu, vendo-a amarrar o laço do robe.

- Você é muito boa nisso.

- Eu gosto de dançar... – Ela terminou de prender o cabelo em um coque mal feito – Eu... Ah, porque eu estou falando com... Deixa pra lá.

- Espere... O que ia dizer? – Ele se levantou se colocando na frente dela.

- Ia dizer que eu só tenho a dança. Era isso que eu ia dizer... – Ela disse. E aquilo tocou Harry num lugar que ele esquecera que tinha. O coração. Ela saiu do quarto deixando um Harry mudo e imóvel para trás.

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Zayn estava em cima de uma árvore que ficava na única estrada que poderia levar até as fazendas plantadas do Reino. Ele fora sozinho, mas tinha homens protegendo todas as plantações. Caso ele falhasse – o que não aconteceria – o ladrão não teria sorte por muito mais tempo. O dardo com sonífero já estava preso à ponta de uma flecha que Zayn já apontava para a estrada.

E então o barulho de um cavalo começou a chegar mais perto. Como uma sombra, em poucos segundos o ladrão negro se colocaria exatamente no ponto mais perfeito para Zayn. Chegando nessa posição, o cavalo parou. Sentira o cheiro de Zayn? O Ladrão então desmontou do cavalo num salto. E em uma relinchada do cavalo, Zayn perdeu de vista o ladrão. O cavalo ficou imóvel. Zayn olhava para todos os cantos e nem sinal do ladrão.

Foi quando sentiu uma fonte pancada na cabeça e despencou de cima da árvore.

Sua visão era embaçada e confusa, mas Zayn conseguiu distinguir o vulto preto antes de desmaiar.

- Pancian, Sceadu. – Jass abraçou o cavalo, agradecida – Me salvou de mais uma amiga...

O cavalo parecia responder com tanto carinho quanto Jass.

Jass foi até Zayn e pegou a flecha que estava no arco.

- É sonífero. – Ela disse apenas pelo cheiro – Estão ficando mais preparados, vamos ter que tomar mais cuidado...

A jovem se agachou do lado de Zayn:

- E estão ficando mais lindos e jovens também... – A égua concordou. Jass reparava em cada traço do rosto bem estruturado de Zayn... – É melhor amarrá-lo, para que não siga nosso rastro quando acordar.

Jass começou a puxar o corpo desfalecido de Zayn até o tronco da árvore que ele usara como ponto de espionagem. Tirou uma corda da bolsa que levava no cavalo e deu várias voltas prendendo o corpo de Zayn a árvore.

Zayn começou a despertar, dizendo algumas coisas incompreensíveis. Jass, que por um minuto havia se esquecido de ir embora e deixar o lindo jovem amarrado, voltou a si. Apressou-se para montar no cavalo.

- Não! – Zayn juntou forças pra dizer – Você... Não pode me deixar aqui! Desça e lute... Lute como um homem!

Jass tirou o lenço do rosto, mas continuou com a máscara. Soltou os cabelos presos debaixo do chapéu e deixou que Zayn se surpreendesse com seus cabelos pretos, longos e ondulados.

- Acho que você irá concordar comigo quando digo que, mesmo querendo muito, não posso descer e lutar como um homem.  – Ela sorriu desafiadora antes de partir.

- Uma mulher... – Zayn não conseguia acreditar.


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Notas finais do capítulo

UMA MULHER?