Burn,let It All Burn To The Ashes escrita por iago90


Capítulo 32
Data log 0743204




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Nome do paciente: Ellen Whintersoul

Idade:25

Situação atual: Controlada e dócil

Tipo: Meta-humano

Classe: Elemental da Agua

Tipo de contenção: 1

“Eu devia já estar morta. Não. Eu estou morta...Não. Mas... por que eu não morri? ...Ah sim! Me lembro agora. Eu estava fugindo pela neve. Vocês não imaginam como é o Frio no Canadá. Anyway, eu estava fugindo de uma festa. Os garotos dela eram tão babacas e tarados. Eles queriam me fuder a qualquer custo. Tudo bem que eu tenho já 18 anos, mas eu fui la para me divertir, e não para ser prêmio de uma caçada louca de alguns imbecis. Isso veio a acontecer comigo recentemente. Quando eu era pequena, eu era a estranha da turma. Eu falava sozinha com a neve, e juro para vocês, ela me respondia. Mas isso me fez ficar isolada do mundo. Por anos e anos, eu fiquei sozinha na minha vida. Sem amigos, só inimigos. Todos querendo zoar da minha cara. Era engraçado para eles. Até que teve um dia em que eu sai correndo depois da escola. Corri muito. Mas eles vieram atrás de mim. Gritando nomes como: Louca da neve, a puta branca louca, dentre outros. Eu corri muito. Mas no fim, cai na neve, afundando na mesma. Eles vieram e ficaram chutando neve na minha cara. Não importava o quanto eu gritava para eles pararem. O quanto eu chorasse, eles continuaram. Naquele momento eu decidi me matar. Não tinha mais por que eu viver. Meus pais estavam agora separados e brigavam sempre. Eu não tinha amigos. 15 anos na porra da cara e nunca tinha tido um namorado. Sequer tinha beijado na boca. Então la eu preferi ficar. Sendo lentamente enterrada na neve. E então tudo se silenciou. Eu estava totalmente embaixo de neve. Foi a sensação mais horripilante e ao mesmo tempo maravilhosa que eu já tive. Eu fiquei la por não sei quanto tempo. Horas, talvez até dias. Mas ninguém foi me resgatar. Eu já não sentia meu corpo. A morte já estava próxima. Até que eu comecei a ouvir passos. Passos como que e alguém que estivesse procurando algo. Será que era eu? Alguém lembrou de mim. Mas os passos diminuíram da mesma forma que aumentaram, e sumiram da mesma forma que apareceram. Eu chorei. Chorei muito. Eu era tão desprezível assim? Tão descartável assim?

Mas os passos agora voltaram e mais altos que nunca. Foi quando uma voz gritou: Dama da Neve!!!

Dama da Neve? Quem diabos seria ela? Foi quando um pé pisou na minha barriga. A pessoa se assutou e caiu para o lado. A mesma começou a retirar neve e mais neve e mais neve, até que viu meu rosto. O garoto parecia ter a mesma idade que a minha. A pele era da cor de caramelo, os olhos eram verdes, que de alguma forma combinava perfeitamente com seu cabelo preto. Mas ele não era bonito. No máximo bonitinho arrumado.

‘Finalmente te encontrei!’ Eu nunca tinha o visto antes. Como ele poderia estar tão feliz em me encontrar? Em encontrar a louca da neve? Ele me tirou de fora da neve funda e correu comigo nas costas, afundando várias vezes até a coxa na mesma. Eu podia ver que ele estava exausto, mas seu sorriso aumentava cada vez que ele olhava para mim. E assim, fomos para a sua casa.

Chegando na mesma, ele cuidou de mim, e disse que a mãe dele estava trabalhando e que o pai era militar, logo iria demorar pra voltar para casa.

‘Obrigada, mas quem é você?

‘Eu? Hehe, meu nome é ***** Mazerati. Mas todo mundo me chama de Zenith. E o seu?

‘Pera, você me salvou, mas nem sabe quem eu sou?!

‘Eu sabia que você estava em apuros. E para mim, é tudo que me importa, minha dama da Neve

Não consegui evitar ficar vermelha quando ele disse aquilo. Era tão natural quando ele me chamava assim. Tão normal. Acho que eu to começando a gostar dele.

Enfim, voltando para a festa e para o presente:

Por sorte meu amigo Zenith me tirou de lá. Enquanto ele me levava para casa nós fomos conversando sobre nosso dia, foi quando ele me beijou. Eu não sabia o que fazer. Meu rosto branco ficou vermelho. Nossa que beijo. Depois disso ele me deixou em casa e foi andando rua a baixo para a dele. Foi quando um grupo de caras vestidos com roupas pretas tentaram me agarrar, mas eu me soltei e corri. Zenith notou e foi atrás de mim. Ele se jogou em cima do homem que estava mais atrás. Mas ele o chutou para longe. Leonard caiu forte na neve, afundando na mesma. Mas ele se levantou rápido e foi atrás de mim. O que estava mais próximo de mim acelerou. E ao me virar para trás, eu não sei direito o que vi nos seus pés, mas algo negro estava os rodeando. Algo muito obscuro. Foi quando eu pensei. A neve estava alta e muito fofa, como é que eu estava correndo sem nem sequer afundar? Com medo, olhei para meus pés. Onde estavam meus sapatos, agora jaziam botas. Não qualquer botas. Botas de gelo maciço. Aquilo me deu um susto tão grande que eu cai no meio da Floresta. Mas ao cair, eu deslizei no chão, que mudou de neve para agua, diante dos meus olhos, e de repente, virou gelo novamente. Eu fui parar em uma arvore. Por sorte eu parei antes, também sem entender. Me levantei assustadoramente bem. O homem sorriu para mim. Um sorriso que eu posso afirmar com certeza, que o próprio Lúcifer teria medo. Foi quando eu olhei para o lado e vi onde eu estava. Esse tinha sido o local onde eu tinha sido enterrada viva quando era criança.

O Homem investiu contra mim. Acho que foi por instinto, pois eu me joguei para o lado, fazendo ele derrubar uma arvore com um soco. Ele socou o ar na minha direção e eu voei em direção arvore que estava atrás de mim. Eu bati com força nela. Algo então começou a me chamar na minha cabeça. Eu não conseguia entender bem o que era, ou quem era. Mas acho que era a neve falando comigo. O cara pulou muito alto. Mais alto que qualquer ser humano poderia pular. Eu estava congelada de medo. O que fazer, o que fazer.... LUTE! Foi o que a voz gritou na minha cabeça. Eu então levantei meus dois braços na direção do infeliz, e duas torres de gelo se ergueram da neve e prenderam a mão do homem. Eu abri os dedos e mais 2 torres pareceram, prendendo agora os pés dele. Ele riu novamente, e num passe de mágica, destruiu sua prisão.

‘O que foi hein vadia? Isso é tudo que você pode fazer é?!’

Ele me levantou usando eu não sei o que, talvez telecinese. Mas aquilo estava me enforcando. Eu ia morrer ali. Ah quem se importava não é?

‘Vamos garota, me mostre do que você é capaz!’ Gritou o homem me atirando contra o chão com força. Eu me levantei lentamente, mas só para ser jogada novamente para baixo por aquela força invisível. Eu tentei me levantar da neve, mas ele era muito forte. Forte demais. Eu era só uma garota indefesa. Foi quando eu ouvi a neve me chamar mais uma vez. Eu me forcei a ficar de pé, só para ser perfurada no peito por um projetil invisível, do tamanho de uma bala de Ak-47 eu acho.

‘Só morra de uma vez Okay?’

‘Não.’ Falei tão sério que nem eu me reconheci ‘Afinal, eu sou a Rainha da neve. A Dama de Branco!’ Após eu falar isso, uma forte nevasca começou cegando ele. Eu disparei na sua direção e soquei com força, arremessando-o em direção a uma arvore. Quando ele caiu no chão, eu me aproximei lentamente, deslizando pela neve. Ao ficar bem próximo ele, com um movimento de braços, eu o enterrei pouco a pouco.

‘Não por favor! Era só para ser uma brincadeira inofensiva.’

‘Você acha mesmo que eu não me lembro de você, Nico? Morra, do mesmo jeito que você quis me matar quando éramos crianças. Desapareça no meu reino!’ Falei rindo. Olhei para cima e fechei os olhos. Paz. Uma paz perturbadora, e ao mesmo tempo confortável. ‘Enterro da Realeza E assim, meu inferno tinha acabado, agora de vez. Nico iria morrer congelado e imóvel. Com certeza uma morte horrível. Bem não importa. Ele queria, e iria me matar se tivesse a chance. Bem agora, eu só quero me casar com meu noivo, do qual tenho que me acostumar a chamar de *****, e não Zenith. E então, finalmente poderei virar uma agente. Ao lado do meu Rei das aguas, eu serei sua Rainha da Neve"


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