A Nightmare escrita por nsilvac


Capítulo 8
A Arena


Notas iniciais do capítulo

Outra fic com Myprerrogative: http://www.fanfiction.com.br/historia/249857/You_Got_Me



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POV Peeta


Depois que Katniss me contou de seu pesadelo, lembrei da minha mãe e uma coisa doeu dentro de mim. Sim, saudade. Por mais que ela fosse má comigo, ela era minha mãe e isso nunca vai deixar de ser.

– Você lembrou da sua mãe, não foi? – Katniss sentou em minha frente na cama.

– Sim. – disse decepcionado.

– Pensa assim, não importa o lugar que você estiver, ela vai estar com você aqui. – ela colocou o dedo no lugar onde fica meu coração e eu sorri pra ela.

– Obrigado Katniss.

– Obrigado pelo quê?

– Por ser minha amiga. – sorri de novo.

– De nada. – ela sorriu e me beijou.

Beijei Katniss com vontade, porque pela primeira vez, tive a sensação de querer algo mais do que um beijo. Fiz a mesma coisa do início. Parei de beijá-la, mas deixando nossas testas juntas.

– Katniss, você confia em mim?

– Sim, por quê? – ela passou as mãos em meus cabelos.

– Só confia.

Voltei a beijá-la. A vontade dentro de mim crescia a cada beijo que dava nela e comecei a me empolgar. Subi em cima dela que nem no inicio, com cuidado para não pesar meu corpo no dela. Senti a respiração de Katniss acelerada que nem a minha. Ela parou de me beijar e deixou um espaço entre nós. Desci minhas mãos até a barra do casaco dela o tirando. Beijei seu pescoço e o senti o arrepio dela em meus lábios.

Observei Katniss por um tempo e não consegui conter um sorriso com a imagem. Comecei a sentir uns calafrios subindo pelo meu pescoço quando ela tocou minha nuca com os dedos, mas ignorei. Procurei a alça da blusa de seu pijama e tirei. Parei de beijá-la mais uma vez e a olhei nos olhos acinzentados e dilatados.

– É a minha primeira vez... – ela cochichou.

– Katniss... – tentei parar para não machuca-la.

– Shhhhh – ela colocou os dedos em meus lábios não me deixando falar. – Mas eu quero. – Katniss tirou os dedos dos meus lábios, passando por minhas bochechas e colocando os braços em volta do meu pescoço. Fui com as mãos em suas costas procurando o feixe do sutiã para finalmente abrir. A partir desse momento não consegui pensar em mais nada. Ajudei ela a puxar o lençol para nos cobrir sentindo suas mãos descerem até meu calção, tirando. Desci os beijos até sua barriga quente e arrepiada.

Deslizei sobre ela para pegar um pacotinho no chão e fiquei segurando em minha mão. Mais uma vez, desci beijando sua barriga até chegar no elástico de sua calcinha. Hesitei em tirar, mas por fim, acabei tirando. Abri o pacotinho e coloquei a camisinha. Fui com as mãos em suas coxas, as puxando e entrelaçando-as em minha cintura. Penetrei em Katniss. A sensação de ter Katniss assim era muito boa. Chamavam ela de Garota Quente, mas só eu sei realmente o quanto ela é quente.

– Peeta... – ela disse baixinho no meu ouvido. Nunca percebi, mas meu nome soava um tanto sexy saindo da boca de Katniss.

Não consegui emitir som nenhum, só depois que senti as unhas de Katniss encravarem em minhas costas, mas ignorei a dor. Minha respiração acelerava cada vez que a sentia mais perto. O tempo que ficamos nisso? Não sei, mas depois que paramos, vi quanto o tempo passou rápido.

Desabei na cama ao seu lado e fechei os olhos. Me senti suado, cansado e totalmente ofegante. Quando abri os olhos, vi Katniss indo até uma das minhas gavetas e vestindo uma de minhas camisetas que ficaram enormes nela, depois os fecho de novo. Senti ela deitando com a cabeça sobre meu peito. Pude sentir sua respiração ainda acelerada também.

– Isso foi... – tentei falar, mas não consegui.

– É, eu sei... – disse ela passando os dedos na minha barriga.

Ainda com os olhos fechados, Katniss me beijou.

– Boa noite Peeta.

– Boa noite Katniss. – foi a única coisa que consegui dizer depois de beijá-la na testa e me apagar totalmente.

Senti Katniss se mexer, mas não abri os olhos. Escutei a porta do banheiro bater. Estava feliz. Acordado e feliz. Descobri que a garota que sempre fui apaixonado gosta de mim. Depois de tantos anos com essa paixão secreta, descobri que ela sente o mesmo. Passei um tempo deitado, escutei alguém bater na porta e Katniss saindo em disparada do banheiro para abrir. Vi que está bem claro.

– Katniss, o que você está fazendo aqui? – escutei a voz de Haymitch.

– É... Nada, só vim ver se Peeta precisava de ajuda. – ela mentiu.

– E por que você está com a camiseta dele? – ele perguntou desconfiado.

– Porque estava no meu quarto e resolvi usar. – ela mentiu de novo.

Me levantei da cama e parei atrás de Katniss.

– O que ele tá fazendo aqui? – apontei para Haymitch.

– Por que você está de cueca? – Haymitch perguntou e me toco que esqueci de colocar meu calção.

– Porque eu estava me trocando. – menti.

– Mentira. – Haymitch não acreditou.

– Porque ele ia tomar banh... – Katniss ia tentar mentir de novo, mas Haymitch interrompeu.

– Não! Não posso acreditar! Vocês não fizeram o que eu estou pensando... – uma coisa me dizia que Haymitch já sabia – Katniss, o que é isso em seu pescoço? – ele perguntou chegando perto de Katniss e olhando a mancha roxa em seu pescoço. A mancha que eu deixei. Uma mancha roxa avermelhada abaixo da orelha direita, bem grande.


POV Katniss


– O que você está pensado que a gente fez? – bati em seu obro e sorri para descontrair.

– Você acha mesmo que eu nasci ontem, não é queridinha? – ele me lançou um olhar que me deixou com medo.

– Não! – me afastei. - Eu sei que você nasceu faz muito tempo. – resmunguei baixinho.

– Como é que é? Você só pode estar brincando com a minha cara. Vamos ter uma conversinha. – ele empurrou eu e Peeta para dentro do quarto fechando a porta. – Por quê?

– Por que o quê? – Peeta perguntou.

– Primeiro você coloca isso. – Haymitch pegou o calção do chão com a ponta dos dedos e esticou para Peeta. – Segundo, por que vocês fizeram isso?

– Porque sim... Deu vontade... Não sei! Não tem como explicar o porquê disso! – disse Peeta colocando o calção.

– Deu vontade? Vocês não sabem o que é vontade até entrarem na arena... E olha, ISSO É HOJE! – Haymitch explodiu.

– A gente sabe que é hoje... – disse tentando acalmá-lo.

– Então... Vocês estão prontos? – ele perguntou.

– Sim. – Peeta respondeu.

– Você, queridinha, vem aqui. – Haymitch me puxou pelo braço até o banheiro de Peeta.

– Ai! – ele apertou meu braço.

Haymitch foi freneticamente vasculhando as gavetas do banheiro até achar um potinho com um creme dentro.

– Isso vai melhorar esse roxo. – ele abriu o pote passando o creme que tinha dentro no meu pescoço. – E você, tenta ser menos selvagem da próxima vez... – disse ele olhando para Peeta.

– Menos selvagem! Que tipo de pessoa é você? – Peeta perguntou indignado com o comentário de Haymitch.

– Não sei pra quê isso! Não sei pra que deixar marcas nela! – Haymitch ficava cada vez mais nervoso.

– Ah, desculpa, não foi intencional! – disse Peeta ficando nervoso também.

– Vem comigo. – Haymitch me puxou pelo braço e Peeta veio atrás. – Você fica. – Haymitch parou e deixou Peeta.

– Onde você está me levando? – perguntei. – Haymitch, você está me machucando. – disse e ele realmente estava apertando meu braço com muita força.

– Você entra aí e coloca a roupa que Effie separou pra você. – Haymitch me empurrou para dentro do meu quarto, me trancando sozinha.

Agora o nervoso de antes da arena começou a tomar conta de mim. Senti minhas mãos tremendo e engoli o seco que estava preso na minha garganta. Vi a roupa em perfeito estado em cima da minha cama, observei por um tempo e a vesti. Uma calça parecida com as de exército e uma blusa preta, isso era tudo. As botas pretas e diferentes das outras incomodavam um pouco enquanto não me acostumava com elas. Depois de pronta, prendi meu cabelo com uma trança, respirei fundo e rezei.

“Peço proteção hoje e nos dias que eu conseguir ficar na arena. Proteção para mim, para Peeta, Annie, Gale e Finnick que por algum motivo, me importo com ele. Quero pedir forças e agilidade. E desculpa se eu matar alguma pessoa lá. Vai ser para sobreviver. Obrigada. Amém.”

O medo não saia de mim. Fui para a sala e Haymitch me esperava em silêncio.

– Onde estão os outros? – perguntei por que não via nenhum dos tributos do meu distrito na sala.

– Annie foi com Effie, Peeta com Cinna e Gale com Octavia. Vocês não podem se comunicar com tributos no mesmo distrito antes da arena. – Haymitch me levava para o elevador.

– Quer dizer que não posso me despedir?

– Não. – a porta do elevador fechou e fomos para o térreo.

Chegamos e entramos em um carro que nos levou para um lugar aberto e enorme com uns quatro aerodeslizadores estacionados. Haymitch me levou até o último.

– Escuta queridinha. Chegando lá, você vai ser selecionada para entrar em um tubo. Espera a contagem acabar. São 60 segundos. Se sair antes disso, você vai explodir. – Haymitch disse com as mãos em meus ombros.

Estava prestes a chorar, o nervoso era tão grande e o medo maior ainda.

– Calma, calma. Antes de terminar os 60 segundos, visualize bem a cornucópia e seus adversários. Não se exalte. – Haymitch passou as mãos em meu rosto em um gesto de carinho. – Quando o tempo acabar, não saia correndo para a cornucópia, vai ser um banho de sangue e você vai morrer. E vá atrás de água. Sem água você vai morrer também. Ela vai ser sua nova melhor amiga, então, quando sair correndo, vá atrás de água e encha o que puder. – ele me deu um beijo na bochecha, coisa que nunca imaginei Haymitch fazendo. – Boa sorte e fique viva queridinha. – ele sorriu e eu entrei para o aerodeslizador.

Me sentei num dos assentos e uma mulher veio até mim me prender com vários cintos e travas. A mesma mulher veio com uma agulha gigante e injetou em meu braço, um rastreador. No mesmo aerodeslizador que eu, os que reconhecia, estava Cato, Rue, do distrito de Finnick e uma garota ruiva com cara de raposa do Distrito 5 que já tinha falado nos treinamentos e os outros não conheço. Senti o aerodeslizador começar a subir. A viagem até o lugar onde subimos para a arena durou mais ou menos 40 minutos. Quando chegamos, fui guiada por um pacificador para a parte subterrânea da arena, onde recebi os toques finais. Fiquei um tempo sentada no sofá branco que tinha na sala. Vi Cinna passando pelo corredor e atravessando a porta com uma jaqueta nas mãos.

– Está tudo bem? – ele chegou perto de mim me levantando do sofá.

– Sim... – falei com a voz tremula e com medo.

– Peeta mandou te dar isso... Estava no bolso do seu casaco que ficou no quarto dele. – Cinna prendeu o tordo de Peeta na minha blusa e colocou uma jaqueta em mim.

– O que... – tentei perguntar, mas o nervoso não deixava.

– Shhh... – ele faez o gesto para eu fazer silêncio. – É uma jaqueta térmica, vai te aquecer quando estiver com frio e refrescar quando estiver com calor. – ele fechou o zíper da jaqueta.

Faltam 30 minutos para as onze horas e o medo não termina nunca. Fiquei sentada esperando junto a Cinna.

– 1 minuto. – a voz de uma mulher avisou e eu me levantei.

Cinna me acompanhou até meu tubo e entrei. Uma parede de vidro subiu e não podia mais escutá-lo, mas conseguia ler seus lábios que falaram “boa sorte”.

Senti o tubo começar a subir e o nervoso me faez tremer e suar. Uma grande fresta de luz apareceu logo acima de mim e não consegui enxergar, me fazendo automaticamente fechar os olhos. Depois que senti o tubo parado, abri os olhos para me acostumar com a luz e observar o lugar. Muitas torres, pontes, portões... Logo imagino estar numa fortaleza cercada por uma floresta. A contagem regressiva começa nos 60 segundos. Olhei para a cornucópia que estava bem no meio de um pátio gigantesco com nossas plataformas ligadas à ela por uma linha preta riscada no chão e visualizo várias armas. Facas, arcos, flechas, machados, bombas, comida, mochilas, barracas e mais uma infinidade de coisas que não conseguia ver o que era. Olhei para os tributos. Cato estava do meu lado direito e Clove do esquerdo, o que me deixava um pouco mais nervosa que o normal. Glimmer estava a doze tributos de distância de mim sem parar de me encarar. Logo avistei Peeta que estava do lado de Finnick, Annie ao lado de Tresh e Gale numa linha reta a minha frente. Annie chamou minha atenção para mostrar que meu pé estava a pouco de sair da plataforma. Arrumei meu pé e a voz contando os segundos me deixava cada vez mais nervosa. Estava ma pilha.

– 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1... – a voz parou de contar.

O tempo acabou e meu impulso foi correr para a cornucópia. Cato saiu disparado na minha frente e pegou um facão. Cada tributo que chegava perto, ele matava. Ele era ágil, rápido e frio. Com sorte, consegui alcançar uma mochila, duas facas e o arco com algumas flechas. Voltei correndo e procurei o caminho para sair da fortaleza o mais rápido que consegui. Na minha frente, Prim corria com pressa e vi que estava sem armas. Glimmer apareceu em sua frente com uma espada enorme e sangue nos olhos.

A única coisa que vejo, é Prim caindo no chão com um corte enorme no pescoço que espirrava sangue. Fiquei em choque e paralisada. Glimmer se aproximou de mim com aqueles olhos azuis penetrados nos meus, com fome de sangue, logo pensei que ia morrer, mas quando ela ia atacar, alguma coisa a fez cair no chão. Uma faca certeira em seu coração.



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Notas finais do capítulo

Outra fic com Myprerrogative: http://www.fanfiction.com.br/historia/249857/You_Got_Me



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