A Nightmare escrita por nsilvac


Capítulo 7
A Entrevista - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Outra fic com Myprerrogative: http://www.fanfiction.com.br/historia/249857/You_Got_Me



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Me agachei no chão terminando de enrolar o curativo.

– Sabia! Sabia que você gostava dele! – Annie vibrou.

– Annie, isso não tem graça! Eu falo que gosto dele e você não fala nada! – senti uma lágrima escorrer por minha bochecha.

– Eu sei que o amor dói Katniss. – ela passou a mão no meu rosto secando a lágrima. – Mas tem uma solução.

– Que solução Annie, pelo amor de Deus? – coloquei os cotovelos nos joelhos e as mãos na cabeça.

– Depois dessa coisa toda de entrevista, quando todos estiverem dormindo, vai conversar com ele.

– E o que eu falo? – perguntei levantando a cabeça.

– Fala o que você sente. – Annie sorriu.

– Mas esse é o problema! – coloquei as mãos no rosto. – Não quero me envolver demais com ele por causa da arena amanhã!

– Tarde de mais... Você já gosta dele... – Annie me ajudou a levantar. – Katniss, escuta, o que tiver que acontecer, vai acontecer...

– Eu sei que sim, mas eu estou com medo mesmo assim!

– Não fica, só aproveita o tempo que você tem com ele. – ela sorriu.

– Katniss, é a sua vez, vamos, vamos! – uma mulher apareceu me puxando para a entrada do palco.

– Obrigada Annie. – disse enquanto me afastava.

– Obrigado Peeta e boa sorte! – Caesar sorriu. Olhei pela última vez para a TV e vi Peeta se levantando.

Fui até a entrada do palco e Peeta vinha em minha direção.

– Katniss, o que houve com sua mão? – perguntou ele já fora do palco.

Ignorei Peeta e entrei quando Caesar anunciou meu nome. Caminhei até a poltrona, Caesar deu um beijo em minha mão e me sentei.

– Você está linda Katniss, parabéns! Quem é seu estilista? – perguntou com o sorriso que nunca tira do rosto.

– Cinna. – respondi sem sorriso nenhum. – Ele é demais. – mexi no curativo.

– O que aconteceu aí, bonitinha? – Caesar pegou na minha mão.

– Cortei com um vaso... – disse relembrando do que Peeta disse.

– E é assim que você desconta sua raiva? – ele começou a gargalhar.

– Sim. – respirei fundo. – Às vezes as pessoas nos decepcionam, não é mesmo?

– Sim Katniss. – ele fechou a cara, mas voltou a sorrir logo. – Vamos mudar de assunto... Você está preparada para o Massacre?

– Estou. Preparadíssima, treinei bastante e estou bem confiante. – forcei um sorriso.

– Assim que é bom. – não sei como as bochechas dele não se cansavam de tanto sorrir. – E toda aquela coisa da faca na cadeira do nosso presidente, é verdade?

– Sim, é verdade. – respondi sem me importar de Snow estar assistindo. – Ele me irritou quando disse que eu ter mostrado minha habilidade não foi impressionante.

– E então você atacou a faca?

– Sim, e fiquei mais brava ainda quando ninguém estava prestando atenção em mim. – dei um sorriso.

– Mas agora eles sabem quem você é! – ele abriu outro sorriso, pegou minha mão e me levantou. – Essa é a Katniss Everdeen, a Garota Quente! – todos me aplaudiram de pé.

Fui a última a ser entrevistada. Sai do palco e fiz questão de ser a primeira a subir para tirar esse vestido, tomar banho e esperar todos dormirem para ir até o quarto de Peeta. O tempo demorou para passar e deu pra eu dormir. Acordei no meio da noite e olhei no relógio. 02h57. Não me importava a hora, coloquei um casaco em cima da blusa do pijama e fui até o quarto de Peeta. Bati na porta até meus dedos começarem e doer e nada. Resolvi voltar e dormir, mas escutei a porta finalmente abrindo.

– O que você quer Katniss? – perguntou ele esfregando os olhos.

– Preciso falar com você. – cheguei mais perto da porta.

– Tem que ser agora? Já vai dar 3 horas da manhã! – ele bocejou. – Você não quer espe...

– Não Peeta, não quero esperar até amanhã de manhã. – interrompi ele. – Vai me deixar entrar ou não?

– Entra. – entrei e sentei na cama. Ele ascendeu a luz e vi que estava sem camisa, por um momento me perdi contando seus 8 gominhos muito bem definidos na barriga. “Katniss, desconcentra da barriga dele!” pensei. - Katniss? – ele chamou minha atenção. – Fala logo!

– Desculpa, desc, desculpa. – gaguejei. – Não devia ter vindo aqui. – comecei a ficar nervosa.

– Agora que você está aqui, fala. – ele sentou do meu lado olhando para minha mão machucada. – Mas antes, me fala, o que foi isso na sua mão?

Ótimo, oportunidade perfeita para eu dizer tudo o que tinha pra dizer.

– Foi quando eu joguei o vaso no chão mais cedo. – olhei em seus olhos.

– E por quê? – ele pegou na minha mão.

– Porque fiquei com raiva.

– Raiva de quê? – ele me olhou com aqueles olhos azuis.

– Você é bem curioso hein... – sorri, não tem como falar séria com ele, não consigo ficar com raiva dele. – Foi quando você falou aquela coisa toda da Prim. – falei rápido como tirar um curativo.

– Você ficou com ciúmes de mim? – seus olhos brilharam. – Mas aquilo foi ideia do Haymitch.

– Como ideia do Haymitch? – senti minhas bochechas queimarem.

– Ele disse que seria bom pros patrocinadores verem que tem um “triângulo amoroso” no Massacre, com isso, a gente consegue mais coisas, remédios, suprimentos e até comida! – ele sorriu.

– Ele teve essa ideia?

– Mas a outra parte da ideia era escolher você ao invés da Prim. – ele se aproximou.

– É, eu já estava achando estranho...

– Mas agora admite, você ficou com ciúmes!

– Mais ou menos. – sorri.

– Então você gostou do beijo no elevador? – ele fez cara de convencido.

– Eu não disse isso. Aquele foi um momento de fraqueza, como eu já disse. – ele encostou sua testa na minha.

– Posso te beijar agora ou vai ser fraqueza de novo? – ele perguntou passando a mão em meu rosto.

– Não... – brinquei e fiz que sim com a cabeça.

Peeta me beijou. A sensação era ainda melhor do que a do elevador. Peeta parecia estar mais quente e feroz. Me empurrou para deitar na cama e ficou sobre mim. Acariciei suas costas enquanto ele beijava meu pescoço. Consegui sentir seu cheiro e era tão bom. De repente lembrei de que vamos para a arena amanhã e não queria me envolver totalmente com ele. Um impulso me fez colocar a mão em seu peito e o afastar.

– O que foi Katniss? – ele olhou em meus olhos e passou os dedos em minha bochecha.

– É que eu estou com medo de amanhã... – disse passando a mão em seu rosto.

– Não fica. Eu vou estar com você e você vai estar comigo.

– É que eu tenho medo de outra coisa...

– De quê?

– No pesadelo que eu tive você morria, o Snow te matava... – lembrei do pesadelo. - E eu não quero que isso aconteça na vida real.

Peeta e eu ficamos em silêncio, ele saiu de cima de mim e deitou do meu lado. Me apoiei em seu peito e o olhei nos olhos.

– O que foi? – vi uma lagrima escorrer por sua bochecha.

– Nada... Deixa pra lá... – ele sentou.

– Você lembrou da sua mãe, não foi? – sentei em sua frente e passei a mão em seu rosto para secar a lagrima.

– Sim...

– Pensa assim, não importa o lugar que você estiver, ela vai estar com você aqui. – coloquei o dedo no lugar onde fica o coração. Ele sorriu pra mim.

– Obrigado Katniss.

– Obrigado pelo quê?

– Por ser minha amiga. – ele sorriu pra mim.

– De nada. – sorri e o beijei.

Não sei por que, mas os beijos de Peeta estavam ficando cada vez melhores e não estavam me satisfazendo. Começou de novo, a mesma coisa do início. Ele parou de beijar deixando nossas testas juntas.

– Katniss, você confia em mim?

– Sim, por quê? – acariciei seus cabelos.

– Só confia.

Ele voltou a me beijar. Peeta parecia estar com fome de algo e começou a se empolgar voltando a ficar em cima de mim. Minha respiração começou a acelerar e senti que a dele também. Parei de beijá-lo deixando um espaço mínimo entre nós. Ele foi com as mãos até a barra do meu casaco e o tirou começando a beijar meu pescoço que me deixou arrepiada.

“Estou com medo! O que faço agora?” pensei realmente com um medo, só que bom. “Coragem Katniss.”. Nunca senti essa coisa antes, parecia que meu coração ia sair pela boca. “Só aproveita o tempo que você tem com ele”, resolvi fazer o que Annie me falou.

Peeta voltou a me beijar indo com as mãos na alça da blusa do meu pijama e tirando. Ele parou de me beijar e me olhou nos olhos. Nunca vi seus olhos tão brilhantes e dilatados.

– É a minha primeira vez... – sorri para ele.

– Katniss...

– Shhhhh – disse colocando o dedo em seus lábios. – Mas eu quero. – coloquei meus braços em volta de seu pescoço. Ele colocou as mãos nas minhas costas até chegar no feixe do meu sutiã e abriu.

“Minhas bochechas estão queimando.” não consiguia parar de pensar no quanto minhas bochechas deviam estar vermelhas. Procurei na cama até achar a ponta do lençol para nos cobrir. Venci minha vergonha e desci as mãos até seu calção o tirando. Peeta desceu os beijos até minha barriga fazendo cócegas.

Peeta deslizou sobre mim, pegando um pacotinho que julgo estar no chão e fica segurando na mão. Voltou e foi até o elástico da minha calcinha e a tirou. Fiz o mesmo com sua cueca. Ele abriu o pacote que estava em sua mão e colocou em seu membro. Puxou minhas pernas entrelaçando em sua cintura e por fim penetrou em mim.

Doeu. A única reação que tive foi arranhar as costas dele. Peeta mordiscava minha orelha e pescoço. Suas mãos desceram até minha cintura e estavam quentes.

– Peeta... – gemi baixinho em seu ouvido.

Não consigui escutar nada além da respiração acelerada de Peeta. Senti uma coisa descendo por dentro de mim quando Peeta penetrava mais forte me fazendo gemer mais alto. Não sei quanto tempo ficamos nisso, mas depois de um longo tempo, ele saiu de dentro de mim.

Tentei falar, mas nada saiu da minha boca. Peeta desabou ao meu lado, ofegante. Me enrolei do lençol, fui até uma das gavetas dele, peguei uma camisa e vesti. Voltei a deitar sobre seu peito e podia escutar seu coração bem acelerado.

– Isso foi... – ele tentou falar.

– É, eu sei... – disse passando os dedos na sua barriga definida.

Olhei para Peeta e o beijei de novo. Abri os olhos e admirei Peeta que estava suado e de olhos fechados. Dei um sorriso, porque estava realmente feliz.

– Boa noite Peeta.

– Boa noite Katniss. – ele me deu um beijo na testa e adormeci.

Acordei com a claridade no quarto e vi que Peeta ainda dormia, me levantei com cuidado para não acordá-lo e vi nossas roupas jogadas no chão. Tentei conter o sorriso, mas foi inevitável. Fui até o banheiro e me tranquei lá. Me olhei no espelho, comecei a lembrar da noite passada e dei um sorriso antes de perceber que estava com uma mancha roxa no pescoço abaixo da orelha. Em seguida, alguém bateu na porta. Sai do banheiro para abrir.

– Katniss, o que você está fazendo aqui? – perguntou Haymitch.

– É... nada, só vim ver se Peeta precisava de ajuda. – menti colocando a mão no pescoço para disfarçar a mancha.

– E por que você está com uma camiseta dele? – ele perguntou desconfiado.

– Porque estava no meu quarto e resolvi usar. – menti de novo.

Peeta apareceu atrás de mim de cueca.

– O que ele tá fazendo aqui? – Peeta apontou para Haymitch com cara de surpresa.

– Por que você está de cueca? - Haymitch fez cara de pensamento.

– Porque eu estava me trocando. - Peeta me ajudou a mentir.

– Mentira. - acusou Haymitch.

– Porque ele ia tomar banh... - tirei a mão do pescoço.

– Não! Não posso acreditar! Vocês não fizeram o que eu estou pensando... – Haymitch me interrompeu... acho que ele descobriu. – Katniss, o que é isso em seu pescoço? – disse ele sem me deixar explicar.



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Notas finais do capítulo

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