As Quatro Casas De Hogwarts - Ano 2 escrita por Larissa M


Capítulo 7
Capítulo 7 - Sonserina Querida


Notas iniciais do capítulo

AE, no dia certinho! *-* adorei escrever esse capítulo, ficam tão bom! Ah, e o título se refere à alguém, não à casas da Sonserina em si. Só pra constar, mas vocês vão ver q não é...



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Margaret Norien sentava-se relaxada na sala dedicada apenas a professores, em que ela geralmente passava certos tempos livres entre as aulas. Não ficava longe das masmorras, logo no primeiro andar. Margaret havia acabado de dar dois tempos de aula para o segundo ano, algo um tanto cansativo, e dali a alguns minutos estaria na hora de ela assumir a turma de terceiro ano da Corvinal. Margaret era uma das professoras mais novas dali, embora já lecionasse havia certo tempo. Seus cabelos eram negros e curtos, com pequenos cachos. Ela conhecia tanto Hunnigan quanto Stuart, e estivera no mesmo tempo em Hogwarts.

A porta da sala se abriu, e por ela passou Hunnigan, na pressa corriqueira.

– Margaret. – ele falou, um tanto aliviado por ser apenas ela quem estava ali dentro.

– Charles, por onde andava? – Margaret perguntou.

– Aulas. Preenchem todo nosso tempo. – ele falou sem olhá-la, buscando por um suco de abóbora.

– Não dê desculpas. Você nunca mais aparece no Salão Principal para comer. – ela falou, num tom de quem exige respostas. – Qual o problema?

– Maggie, não me encare como se você não estivesse ciente da resposta. – ele retrucou, tomando uma poltrona, com um copo de suco de abóbora em mãos.

Ela suspirou, colocando a mão na testa.

– Eu não acredito que você e Scott ainda não resolveram isso.

– Você sabe muito bem do porquê, não venha jogando a culpa em mim. – disse Hunnigan. – Além do mais, estamos indo ao Três Vassouras no próximo fim de semana dos alunos em Hogsmeade.

Maggie olhou para Charles em surpresa.

– Não soube dos rumores? – Hunnigan lhe perguntou. – Está se espalhando pela escola como fogo em palha. – ele lhe contou, soando contente. – Eu convidaria você, Maggie, mas o combinado foi tomar um uísque de fogo com Scott, e, é claro, exigir respostas dele.

– Charlie, você não fez isso... – ela falou suspirando outra vez. – E você confia nele por acaso? Acreditou mesmo que alguém como ele fosse lhe dar respostas?

– Senão, qual o máximo que ele pode fazer? – Hunnigan retrucou. – Não o temo, Margaret. No máximo iremos beber no Três Vassouras como se fôssemos velhos amigos... É claro que Rosmerta não vai engolir nem metade daquilo. Quem vai engolir vão ser os alunos, e que os deixe pensar assim.

– E no próximo momento em que você estiver quase travando um duelo com Scott, você dirá o que, querido?

– Não pretendo mais ficar injuriado com a vinda de Scott para Hogwarts, Maggie. Agora, se ele quiser jogar sujo, é problema dele. Não vou mais me mexer para causar qualquer desconforto nele, se é isso que pensa. Eu vou é ficar no meu canto, assim como você sempre fez.

Margaret sorriu para Hunnigan, mas logo depois fechou o rosto.

– Foi o que eu lhe disse para fazer desde o início... – ela tomou mais um gole de seu chá, terminando-o. – Mas o bom é que você ao menos está determinado em fazer certo. Mas sabe, Charles, eu bem gostaria de um uísque de fogo no Três Vassouras com você. Para relembrar os velhos tempos.

– Assim que eu me livrar de Scott iremos, Maggie. Agora me dê licença, preciso ir ao campo de Quadribol.

Ela lhe lançou um olhar significativo, como um aviso silencioso.

– Não se preocupe, é meu time que irá jogar. Temos que testar as novas Thunderbolts.

– Ah, vocês nunca esquecem Quadribol? – ela perguntou, cansada, mas de certo modo aliviada.



No dia seguinte, Ellen acordou cedo, transtornada pela noite mal dormida. Seus sonhos não haviam sido agradáveis. A garota se sentou na cama, cruzando as pernas, sem saber se já se levantava de uma vez ou aguardava acordada um horário mais avançado. O quarto estava em completo silêncio, e lá fora, pela janela de seu quarto, Ellen via as águas do lago, próximas da superfície, em que a luz do sol nascente entrava, iluminando a tudo numa estranha tonalidade um tanto ofuscada pelas águas. Era uma visão bonita.

Todavia, quando Ellen voltou seu olhar para dentro do quarto, e se deparou com a cama de Holy, ao seu lado, viu que ela, ao contrário das outras, não dormia; Holy se recostava em sua cama, ainda debaixo dar cobertas, e entre suas mãos segurava um livro. Nem pareceu perceber a movimentação de Ellen na cama ao lado.

– Holy? – ela perguntou, aos sussurros – O que faz acordada?

Holy se sobressaltou no lugar, deixando o livro cair em seu colo.

– Ellen! – ela respondeu, também sussurrando. Recolheu o livro de seu colo, marcou-o e fechou. Ajeitando a franja preta que lhe caia por sobre o rosto, ela continuou: – Você me assustou.

– O que faz acordada? – Ellen perguntou.

– Estou lendo. Gosto do silêncio pela manhã.

– Lendo. – Ellen repetiu. – Desculpe por te interromper e assustar... O que você estava lendo?

Orgulho e Preconceito. [n/a homenagem a Jane Austen, que agora eu não consigo tirar da cabeça que ela seja igual a Anne Hathaway... Droga de filme.]

– Daquela autora trouxa? – Ellen perguntou. Já ouvira falar de Jane Austen.

– Isso não a faz ser pior do que qualquer bruxa. – retrucou Holy, achando o comentário de Ellen depreciativo como outros tantos que recebera ao saberem qual livro ela estava lendo.

– Eu sei disso, Holy, não quis ofendê-la. Também nasci trouxa...

– É verdade, desculpe. O pessoal aqui costuma julgar muito esses livros trouxas que trago para cá... Mas o que posso fazer se eu gosto?

– Não se deixe levar por esses comentários, Holy. – Ellen falou, observando a capa do livro que Holy segurava. – Por acaso você poderia me emprestar algum dia, quando terminar?

Holy pareceu espantada com o pedido. A maioria dos Sonserinos eram puros-sangues, e mesmo quando eram mestiços, assim como Holy, a maior parte era mais voltada para o lado bruxo da família. Sorrindo para Ellen, ela respondeu:

– Mas é claro.

– Você não é a única que gosta de livros trouxas. Acho especialmente os romances maravilhosos. Não importa se são lidos por bruxos ou trouxas; fazem sentido para ambos.

– Esta certa. – disse Holy. – Tenho lá meus autores favoritos, mas talvez tenha um romance qualquer parado por aqui, se você quiser...

– Sim, eu gostaria. – Ellen respondeu.

Enquanto a garota buscava o tal livro dentro de seu malão, Ellen se ocupava ajeitando o cabelo, usando um espelhinho de mão quase sempre pousado na cabeceira.

– Você sempre lê cedo de manhã?

– Quase sempre. – Holy respondeu, ainda mexendo em suas coisas. Ela parou de repente. De dentro puxou o livro que procurava, e estendeu-o a Ellen, ao mesmo tempo em que perguntava: - Porque você acordou agora? Maus sonhos?

Suspirando e tomando o livro em suas mãos, ela respondeu:

– Dan. – isso bastou para Holy compreender.

– Eu ouvi rumores... Mas não estava presente no salão. Não precisa contar se não quiser – ela se apressou em dizer. – Mas foi muito sério?

– Foi algo infundado, espontâneo, inesperado, impensado, e com uma dose de palavras erradas na hora errada. – ela tomou ar. – Eu preciso pedir desculpas, mas segundo Aaron a culpa não foi toda minha; Alice diz a mesma coisa, e ainda completou dizendo que vai falar com Dan.

– E a última coisa que você quer agora é que eu lhe encha com mais uma opinião...

– Na verdade, sinta-se livre para falar.

– Eu não tenho nada a acrescentar, Ellen. Só acho que amigos, quando são realmente verdadeiros, uma hora ou outra vão voltar a se falar. Assim como pessoas que se amam, não importa quando, como, nem em quais condições, vão voltar e ficar juntas...

Holy apanhou Orgulho e Preconceito de sua cama, olhando para ele. O marcador já estava no finzinho do livro, com no máximo alguns capítulos restantes. Certamente Elizabeth já estava com Sr. Darcy.




Ryan se sentava no Salão Principal, nervoso. Estava junto de Daniel na mesa da Grifinória, a espera de Mattew. Não vira sinal de Ellen nem Alice, mas avisara à ambas da sua pretensão de se encontrar com o irmão mais velho. Dan apenas se sentava ali de companhia, comendo seu café da manhã. Alice não chegara a trocar nenhuma palavra com ele, ao contrário do combinado. Não se encontravam desde o dia passado, e desde então Daniel não tivera notícias de Ellen. Ryan insistira em se manter imparcial, para não acabar ele também entrando na briga.

– Ah, por que Mattew não chega de uma vez? Sempre atrasado... – murmurou Ryan, reclamando.

– Relaxa, ele já está chegando.

Ryan olhou para Daniel com certa distância; o outro comia vorazmente, e não parecia muito sensitivo para os problemas de Ryan. Ele nunca prestava total atenção quando estava comendo.

Ryan suspirou, desviando o olhar novamente para a entrada do Salão Principal. Era ainda cedo de manhã, por isso nenhuma das mesas do local estava muito cheia. Eles teriam certa privacidade.

Não tardou tanto, Mattew apareceu na entrada do Salão, e se dirigiu a mesa da Grifinória; mais precisamente, ao lugar defronte Ryan. Discretamente, Ryan cutucou Daniel para ele sair dali. O outro garoto saiu do seu lugar, de mau humor, mas desejou a Ryan boa sorte ali.

– Olá, Ryan. – cumprimentou Mattew, sem qualquer esboço de sorriso. – Finalmente nos encontramos.

– Só se passaram alguns dias, Matt. – Ryan falou. – Eu estava ocupado.

– Eu também. – ele suspirou. – Ser capitão do time não é fácil... Você vai fazer os testes?

Ryan ergueu uma sobrancelha, na suspeita de sarcasmo. Como não encontrou nenhum, deu sua resposta normalmente, embora não tivesse largado completamente suas suspeitas.

– Não. Você sabe que Quadribol para mim é só a distância.

– Verdade. Nunca conseguiu se equilibrar numa vassoura, é? – pronto, aí estava. Ryan tinha uma certeza de que Mattew não resistiria a alguns minutos sem fazer piada. Porém seu tom não era de deboche; era de mera brincadeira. Até o sorriso em seu rosto passava uma impressão diferente.

– Você deve ter se esquecido de que eu fui eu quem primeiro voou numa vassoura, está lembrado? – de fato fora Ryan, e Mattew teve que admitir isso.

– É verdade... Mas não durou um segundo. – ele falou, com o mesmo sorriso de volta no rosto. – Bem, chega de brincadeiras... Não vim aqui para ficar falando de vassouras ou Quadribol.

– Eu vim aqui a pedido seu, Mattew. – Ryan se justificou, esperando pelo o que ele havia a dizer.

– Eu sei. E espero que atenda a outro pedido meu: me ouça até o fim sem me julgar, e tome o tempo que quiser para vir com uma resposta a mim.

Ryan confirmou com a cabeça, dando permissão para ele continuar falando.

– Rachel me fez ver melhor as coisas. Rachel me fez ver que essa mentalidade que eu vinha carregando era algo meramente herdado de nossos pais, algo errôneo que eles vinham carregando durante os anos, e que, propositalmente ou não, isso já não sei dizer, passou para mim. Não quer dizer que eu não tenho culpa. Eu tive minha parcela de culpa, sim, mas você sabe que sempre fomos implicantes um com o outro. – ele deu um sorrisinho – E não tenho como evitar ser um pouco debochado, sinto muito.

– Todos nós temos defeitos. Infelizmente o seu é esse. – comentou Ryan, sem retribuir nenhum tipo de sorriso.

– É verdade... Mas se minhas palavras não contarem, atitudes podem, não é? Acho que foi só depois de ver como Rachel era tão linda, maravilhosa, e não falo apenas de aparência, e sendo da casa que era que eu fui perceber que eu tinha sido muito idiota.

– Um completo idiota. – acrescentou Ryan.

– É, dá quase no mesmo... Idiota. Mas foi essa garota chamada Rachel Clarke que me fez notar isso, Ryan.

– Compreendo. Ela é realmente incrível.

– Sim. – Mattew concordou.

– Mas não estamos aqui para falar dela, não é mesmo? – Ryan perguntou, sentindo que Mattew ainda não terminara o que tinha para dizer.

– Verdade. Agora nossos pais são um problema. – sentenciou Mattew, tendo aprovação instantânea de Ryan.

Sem refletir tanto quanto normalmente faria, Ryan decidiu contar a conversa que entreouvira de seus pais, há semanas atrás, ainda nas férias. A conversa em que Allyson e Robert tratavam de certa “verdade” que contariam ou não aos filhos e que, segundo Robert, seria digno eles ao menos saberem. O irmão mais novo contou tudo o que havia ouvido ao mais velho, confiando-lhe uma cega confiança, mas que Ryan sentia, e não sabia explicar o porquê, que ele deveria dá-la ao seu irmão mais velho.

– Não creio que eles estavam escondendo uma coisa desse patamar da gente! Do modo como você me disse que eles estavam conversando, é de certo modo quase fato que seja algo importante.

– Não discordo de você. É por isso mesmo que eu resolvi escrever uma carta a eles.

– O que? – Mattew se espantou. Não esperava essa novidade vinda de Ryan.

– Isso mesmo, Matt. – disse Ryan – Mas eu não a enviei. – Colocando a mão no bolso do casaco, Ryan retirou de lá dentro um longo pedaço de pergaminho, dobrado com cuidado, mas fora de um envelope. Era a carta que ele havia escrito com Nathan logo no seu primeiro dia em Hogwarts.

– Posso lê-la? – ele perguntou, já estendendo a mão. Ryan reteve a sua por alguns segundos. Depois, pensando melhor, cedeu-a a Mattew. Não havia nada ali que Ryan não diria para ele, de qualquer modo.

Matt a leu em silêncio, de cenho franzido, estudando as palavras de Ryan e qual poderia ser o efeito causado nos pais de ambos. Em meio tempo a isso, Rachel chegou no Salão Principal, e se sentou ao lado de Mattew.

– Por favor, me diga que vocês se resolveram.

– Rachel, não pressione. – disse Mattew, sem tirar os olhos da carta.

– Resolvemos. – disse Ryan, com uma certeza notável. Em rápidas palavras, ele explicou a situação dos Cooper para ela. Poderia não transparecer no momento, mas Ryan certamente se sentia aliviado por ter por fim resolvido aquilo. Ele não teria tanta certeza se não fosse por Rachel; sabia o quanto a garota era boa, e não pecava quando se tratava de intelecto. Deveria se ter muito certeza e capacidade de perdoar para namorar um garoto como Mattew.




Daniel estava cansado de ter aulas. Em especial aula de Feitiços com Prof. Stuart. Como já matara a aula de Prof.ª Norien no dia passado, dissera a si mesmo que não iria mais faltar a nenhuma aula aquela semana, o que estava sendo uma promessa um tanto difícil de cumprir. Apenas as matérias que ele mais gostava é que ele não se sentia tão entediado, nem se deixava absorver por pensamentos mediantes a recentes conflitos e preocupações, ao mesmo se deixar levar pelo deleite de sonhar acordado ao invés de cumprir sua primordial tarefa como estudante de magia.

Daniel preferiu a escolha de um lugar mais afastado do Prof. Stuart, ao fundo de sua sala, e de encontro à janela, o que fizera o mesmo se arrepender da escolha daquele lugar. Todas as distrações provenientes do colorido e da atividade que ocorria nos terrenos da escola, sem contar com os movimentos de jogadores de Quadribol flagrados aqui ou ali pelo olhar atento de Daniel, proporcionavam a ele uma errada distração, porém mais bem-vinda aos olhos dele do que a monótona e desinteressante aula de Stuart.

Ele deu um longo suspiro, retornando seu olhar para dentro do aposento, e seguindo os movimentos lentos e ao acaso que o professor fazia ao dar a explicação da matéria a ser aprendida.

– ...Como vocês podem observar, o feitiço a ser feito não é dos mais difíceis, e o necessário é focar no movimento, não no efeito ou nas palavras em si. E lembrem-se de mais uma coisa: apenas com a prática será alcançada execução com primazia do Expelliarmus. Pode ser um dos feitiços considerados mais clichês e simples realizados por bruxos, mas tenham certeza do que digo: a maior parte não sabe nem realizar um desses que venha a jogar minha varinha a centímetros de distância!

“Agora, por favor, gostaria que vocês se juntassem aos pares e praticassem esse feitiço com o seu colega, alternando os turnos.”

Daniel se mexeu em sua cadeira, saindo do torpor de antes, e seguindo as instruções de Stuart. Só conseguira captar suas últimas palavras, mas o suficiente para perceber o dever que lhe era designado. À convite de um amigo que se sentava ao seu lado, Sean Crowley, Daniel fez par com ele, e ambos se puseram a praticar o feitiço. Stuart ia e vinha de um lado a outro, observando cada aluno, dando dicas ou repreendendo os que erravam.

Daniel ia de mal a pior ao fazer o feitiço designado. Seu Expelliarmus nunca saía como o esperado, e por vezes errava tanto o alvo quanto a intensidade e precisão do feitiço. Ele não conseguia colocar a quantidade necessária de concentração no ato de realizar, e por conta disso não acertara Sean uma vez sequer. Quando Stuart se aproximou para observá-los, mais uma fez Dan falhou tanto na concentração tanto pela pressão de ser observado pelo professor.

Expelliarmus! – ele falou. O raio vermelho seguiu direto para o chão em frente aos pés de Sean, com força aquém da essencial. Ricocheteou e foi para o teto da sala de aula.

– Sr. Potter, não está fazendo os movimentos de mão necessários para que o feitiço saia de modo correto. Algum problema em compreendê-los?

– Nenhum, Prof. Stuart, não sou idiota. – Daniel respondeu com um quê de amargura mal intencionado na voz.

– Não estava sugerindo tal coisa. Se for preciso, mostro-lhe de novo o modo correto em realizar o feitiço...

– Se assim desejar. – cortou-o Daniel, querendo que o professor se afastasse.

– Algum problema, Sr. Potter? – perguntou o professor, estranhando o comportamento do aluno. – Não deveria deixar sua vida pessoal interferir no sua vida escolar... – o professor insinuou.

– E o que é que o senhor sabe sobre minha vida pessoal? – contra-atacou Daniel. – Creio que esta dica também é válida para o senhor, levando em conta que parece estar ciente de muito mais do que lhe é respeito, além de outras implicações...

– Potter! – ele exclamou. – Esta dica pode ser válida para a minha pessoa, e a acolho com toda a certificação de que a porei em prática posteriormente. Agora não coloca certeza de que você e seus amigos de diferentes... Hm, origens em Hogwarts o irão fazer também. Mas me perdoe se usei mal o uso do termo “amigo”, Sr. Potter. Não é aconselhável ficar se relacionando com tais indivíduos cujas características talvez sejam referentes à origem de sua casa, no que decerto poderá resultar e sua insatisfação e traição, Sr. Potter.

As palavras que se seguiram para fora da boca de Daniel foram proferidas com máxima insolência, coragem e ao mesmo tempo incomparável lealdade para seus conseguintes:

– Não se refira aos meus amigos de tal modo, professor. O senhor pode até achar isso de seus companheiros aqui em Hogwarts, e pode até serem coisas trazidas de muito tempo, do seu passado, mas nunca, e eu enfatizo: nunca o senhor me venha falar de meus amigos desse modo, especialmente de minha sonserina querida!

Daniel Potter encarava o professor de frente, sem medo de sua pessoa ou sequer de seu olhar. Após dizer tais palavras, e completamente ciente de que captara a atenção de todos ali presentes, Daniel se retirou de sala sem qualquer outro escrúpulo, o que, em sua posição, não era algo demasiadamente ousado a se fazer, dado o recente ocorrido.

Porém, no furor de recolher suas coisas e sair dali o mais rápido possível, ainda com a mente agitada, tudo o que ele conseguiu discernir Stuart dizer foi:

– Potter, detenção, sábado, às onze horas.

Daniel só foi perceber com o que o horário marcado pelo professor coincidia quando já estava muito longe dali.



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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Gostaram da Maggie? ela entrou tão repentinamente, mas saibam q ela vai ser importante... reviews?