As Quatro Casas De Hogwarts - Ano 2 escrita por Larissa M


Capítulo 4
Capítulo 4 - Um Velho Amigo


Notas iniciais do capítulo

yay, mais um capitulo pra vcs! Nem demorei, mas não sei se vou conseguir pra semana que vem. Talvez um pouquinho atrasado, mas como tem o feriado do Rio +20, vai dar pra escrever tranquilo ;D



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Era, mais uma vez, hora dos seis amigos reencontrarem a maquinaria vermelha que os levaria de volta para o lugar que aguardavam por semanas. O Expresso de Hogwarts os levaria para longe de casa, mas ao mesmo tempo para onde eles se sentiam mais a vontade. Era certamente um alívio estar rodeado de bruxos, para alguns deles, e também rodeados dia e noite por seus amigos. Havia pontos negativos na volta, e problemas com os quais se preocuparem, mas não era o que passava pela cabeça de qualquer um dos seis enquanto eles se aproximavam cada vez mais do castelo.

 A chegada em Hogwarts surtiu um efeito diferente neles se comparada a primeira vez, no ano passado. Agora não mais seguiriam de barco para o castelo, e não mais estavam quase sozinhos naquela jornada. Relembrando o ano passado, Daniel observou atentamente enquanto o meio-gigante chamava os alunos do primeiro ano para o acompanharem para o lago. Pegara o mesmo barco que Ellen, Ryan e Alice.

- Eu tenho certeza que eu não era tão pequeno assim ano passado. Olha só agora garotinho! – Daniel indicou um dos recém-chegados alunos, que andava com um passo apertado, suas vestes longas demais para si.

- Era sim. – Ellen respondeu. – Todos nós éramos. – Franzindo as sobrancelhas, olhou de novo para o garotinho, e se espantou ao reconhecê-lo. – Aquele não pode ser quem eu estou pensando que é.

Daniel de virou novamente para tentar avistar o garoto, mas este já sumira em meio aos outros alunos.

- Quem? Aquele que eu apontei pra você?

- Esse mesmo.

- Você o conhece? – perguntou Ryan, se juntando a eles na conversa. Estivera receoso em deixar que Elfort fosse levado sozinho para o castelo, mas eram as normas.

- Creio que sim. – ela respondeu. – Se parece muito com um trouxa que era meu amigo... Não pode ser.

- Talvez seja um trouxa. – disse Alice. – Você não sabia que era bruxa até ano passado.

Ellen não parava de olhar para o mesmo canto, onde vira o garoto pela última vez. Tinha cabelos loiros iguais os de Ryan, porém eram lisos e cheios. Ela apenas o vira de perfil, e a alguns metros de distância, mas tinha quase certeza de sua identidade. De qualquer forma, poderia confirmar suas suspeitas logo depois, na cerimônia de seleção.

Acelerando o passo para acompanhar o grupo, Ellen só os alcançou quando já haviam pego uma carruagem, e estavam prestes a partir. Com todos ali, incluindo Erick, o veículo partiu com um tranco, sobressaltando os garotos. Aparentemente se movia sozinho, mas, para bruxos, isso não era novidade.

- As carruagens são magicamente enfeitiçadas? – perguntando Ryan, olhando intrigado para o espaço vazio a frente da carruagem.

- Mas é claro que não. – respondeu Nathan, encarando o amigo.

- Você estuda nessa escola há um ano e não sabe nada sobre ela. – Alice suspirou, e continuou – As carruagens não são enfeitiçadas, são apenas puxadas por Trestálios...

- Tres... que? – perguntou Ryan.

- Trestálios. Comumente confundidos com sinais de mau agouro, os Trestálios na verdade são semelhantes a cavalos, porém com finas asas negras. Não são bem vistos pelos bruxos, mas são dóceis e podem vir a ser úteis. Hogwarts sempre os usou para puxarem as carruagens que levam os alunos.

- Da próxima vez que eu precisar do significado de alguma palavra, vou me lembrar que não preciso abrir o dicionário. – comentou Erick, sorrindo.

- Então como é que eu não estou vendo nenhum cavalo logo ali? – perguntou Ryan.

- E lá vamos nós... – disse Erick, enquanto Alice tomava fôlego para responder, ignorando-o.

- Bem, essa é a explicação pela qual eles são considerados mau agouro... Nós apenas os enxergamos se já tivermos visto a morte alguma vez em nossas vidas. Visto alguém morrer a nossa frente.

Ryan começou a encarar o espaço vazio a frente das carruagens com o desejo de que nunca visse realmente o que estava ali.

- Mas que assunto desanimador, logo agora. – disse Daniel. – Olhem ao redor, já estamos chegando em Hogwarts.

Assim como Daniel dissera, não tardou para os garotos encontrarem os grandes portões de ferro, ladeados por dois javalis alados. Logo em seguida eles desceram da carruagem, maravilhados novamente com a visão do castelo.

- Ah, eu senti falta desse lugar! – exclamou Daniel.

A visão que tiveram do castelo no ano passado fora decerto mais encantadora, mas isso não reduzia o bom sentimento que era rever o castelo. A subida dos terrenos de Hogwarts estava banhada pelo luar, assim como o castelo em si. Uma Lua cheia se formava no céu estrelado e límpido, dando a claridade que precisavam. De dentro do castelo vinham luzes já prometendo o que eles encontrariam lá dentro: o banquete de boas-vindas, seguidos de suas camas em cada um dos dormitórios. Não haviam muitos luzes acesas pelo castelo, mas apenas as janelinhas do Salão Principal já faziam uma bela visão.

Juntando-se a massa cada vez maior de alunos, os seis se dirigiram ao Salão Principal, dando uma olhada, ao passar pelo Saguão de Entrada, nas ampulhetas que marcavam os pontos, ainda vazias, a espera da constante perda e ganho de pontos.

Infelizmente para os amigos, tiveram que se separar a entrada no Salão. Cada qual seguiu para a mesa correspondente, acompanhado de outro ou sozinho. Ellen logo achou Holy, já sentada na mesa, e tomou o lugar ao seu lado.

O diretor Oliver Lavoisier, após ter esperado todos os alunos terem se acomodado em seus respectivos lugares, iniciou seu discurso de boas-vindas, terminando com os mesmo avisos de sempre, já conhecidos por todos: não entrar na floresta proibida, não realizar feitiços ou azarações nos corredores e os avisos dos testes de Quadribol (os quais tanto Daniel quanto Ellen estavam animados e ansiosos) e terminou anunciando a chegada dos alunos do primeiro ano.

Como sempre, entraram separadamente os alunos recém-chegados ao castelo, e se enfileiraram defronte a todos na escola. O Prof. Longbottom, encarregado de comandar a seleção, colocou o banquinho ao lado do palco e, por cima, o Chapéu Seletor. Sobressaltando a todos, o Chapéu abriu largamente sua “boca” e iniciou sua música anual:

Jovens alunos

Que chegaram por agora

Me ouçam quietos

Mas me ouçam decerto

O ensinamento que lhes trago

Não é qualquer um

Merece atenção

De cada um

Quisera eu que a paz não fosse uma utopia

Pois tudo o que fazem

Afeta a mim e a esta moradia

São bruxos; são bruxas

Poderes carregam consigo

Que não conseguem imaginar

Pois tratem de ouvir o velho chapéu!

Trabalhem para a harmonia alcançar

Após uma rodada de aplausos (os amigos, depois do aviso que receberam no ano anterior, estavam agora absorvendo cada palavra do velho chapéu) o Chapéu Seletor continuou, com sua habitual descrição das casas:

Ousado recém-chegado

Que trás no coração a bravura

Venha falar em alto brado:

Sou da Grifinória!

Pois ali encontrará o que procura.

Queridos alunos bondosos

Os que são justos, leais, e natos curiosos

Podem tomar o amarelo da Lufa-Lufa para si

Decerto sua família estará ali

Se enigmas souber desvendar

Se sua vontade de aprender for certa

E se sua mente for rápida e esperta

Saiba que a Corvinal é onde irá morar

Para sua fundadora orgulhar

Carregando consigo a astúcia,

União, ambição em minúcias,

Seguirá para a casa da serpente

E para Sonserina irá orgulhosamente

Todos aplaudiram com entusiasmo, e o Chapéu agradeceu educadamente. Era hora de desempenhar seu trabalho de cada ano. Era hora da Seleção das Casas.

O Prof. Longbottom se postou no canto da fila de alunos, e deu as instruções a eles assim como fizera por muitos anos. O primeiro nome a ser chamado era desconhecido por todos os amigos, assim como seu dono. Assim se seguiu a seleção das casas: um nome era chamado, sua casa anunciada após certo tempo, e a criança era recebida com todo o entusiasmo pelos seus novos companheiros em Hogwarts.

Quando já haviam sido chamados alguns nomes, e ido ao menos dois para cada casa de Hogwarts, Ellen viu o garoto que supostamente conhecida, o loiro que vira na estação de Hogsmeade, se aproximar com passos incertos para o Chapéu, enquanto seu nome era anunciado claramente pelo Prof. Longbottom:

- Fisher, Aaron.

Ellen estava certa da identidade do garoto. Agora o via com clareza, quando este se aproximava do banco, a vista de toda a escola, e punha o Chapéu por sobre sua cabeça. Aaron Fisher não era apenas um conhecido de Ellen, mas já fora seu amigo no passado. Ellen o conhecera enquanto ainda não sabia nada – enquanto ambos não sabiam nada – sobre serem bruxos. Agora que o via ali, estava estupefata por sua verdadeira identidade. Será que Aaron era na verdade mestiço, e que escondera a real verdade sobre seu pai ou sua mãe? Ellen se perguntava. Será que ele se lembrará de mim? Outras perguntas e lembranças passavam pela cabeça da garota, enquanto ela assistia a seleção de Aaron.

Ela se lembrou de que, apesar de ser um ano mais novo do que ela, Aaron sempre estivera presente em sua vida, e mais tarde em sua escola. Moravam na mesma rua de uma mesma cidade trouxa. Conheceram-se do modo simples como crianças se conhecem: entrando numa mesma brincadeira, e logo se tornando parceiros, para depois concluírem a relação numa amizade. Ellen certamente pensara em Aaron no momento em que se expressara para Alice quanto a suas dúvidas de ser nascida trouxa. Ela não abrira a boca, e nem podia, para Aaron, até reencontrá-lo no castelo. Estava feliz em vê-lo ali, e esperava que o garoto fosse selecionado para a Sonserina.

A espera foi angustiante tanto para ela quanto para ele. Aaron não sabia qual seria a sua casa, muito menos Ellen. Quando o Chapéu finalmente anunciou, foi uma surpresa e um alívio:

- Sonserina! – disse o Chapéu.

Aaron Fisher saiu do banco, aliviado, e foi se sentar na extrema esquerda do Salão, na mesa da Sonserina. Recebeu uma rodada de aplausos, assim como seus colegas. Sentou-se na mesa da Sonserina sem avistar Ellen.

- Porque você está olhando tanto para aquele loirinho? – sussurrou Holy para Ellen. A garota, embaraçada, desviou o olhar de Aaron, e explicou a situação a Holy. Ela assentiu, dizendo que entendera, e falou para a outra chamá-lo para perto. Ele não estava muito longe, e poderia trocar de lugar com outra pessoa discretamente.

Assim foi feito. Quando Aaron primeiro viu Ellen, sua surpresa foi tanta que primeiro pensou que a estivesse confundindo com outra pessoa. Depois, se deu conta da realidade, e tomou o lugar em frente a Ellen e Holy. Ao longe, Daniel tentava ver a cena por entre as dezenas de cabeças entre ele e a mesa da Sonserina. Conseguir discernir apenas que o garoto loiro (ele não sabia exatamente a quem Ellen se referira na estação, por isso não guardara o nome de ninguém) havia se sentado em frente a ela, tapando sua visão, já delimitada.

Na mesa da Sonserina, se seguia o seguinte diálogo:

- Ellen! O que você está fazendo aqui? – ele perguntou, ainda assombrado pela presença da garota ali.

- Eu estudo aqui, Aaron. Eu sou bruxa, igual a você.

- Ah, bem, foi realmente uma pergunta um pouco idiota. – ele disse, rindo, seguido por Ellen e Holy.

- Mas... Você também é nascido trouxa? Porque eu sempre falei com você, e todo esse tempo em nem sequer suspeitava...

- Sim, sou nascido trouxa. Descobri há pouco tempo atrás da minha verdadeira identidade.

- O mesmo aconteceu comigo!

- E você nunca me disse nada! – ele exclamou, mas em tom de brincadeira. Sabia que deveria se manter segredo sobre o mundo bruxos para trouxas, e, até então, era o que Ellen deveria fazer.

- Como se eu pudesse. – ela retrucou. – Acredite, eu queria.

- Deve ser angustiante viver em meio a trouxas e não poder dizer nada. – disse Holy. Ela era mestiça, portanto não partilhava da mesma sensação que Aaron e Ellen estavam sentindo.

- É mesmo. – Ellen respondeu, suspirando. – Tenho que me reprimir...

- Mas veja pelo lado bom: você passa a maior parte do tempo aqui em Hogwarts, entre iguais. – Holy falou, para animá-la.

- E agora tem a mim lá em casa. – disse Aaron, com um sorriso. Em meio à conversa, ele se maravilhava com o banquete, assim como todos os recém-chegados. Nunca vira algo tão esplendorosamente apetitoso em tudo sua vida. Perguntava-se se a mesma qualidade de comida continuaria por todo o ano. Porém, esse não era nem o maior de seus questionamentos. Assim como todos que acabavam de chegar a Hogwarts, e em sua maioria nascidos trouxas, havia todo um mundo bruxo o qual se explorar, se aprender.

Ellen sorriu em resposta, e continuou a trocar ideias com Aaron.

Falaram de tudo o que queriam ter dito um para o outro. Expressaram-se sobre a surpresa de descobrirem que eram na verdade bruxos e, após isto, Ellen lhe disse como ficara chateada de não poder partilhar a informação com ninguém que ela conhecesse anteriormente a Hogwarts, pois todos, claro, eram trouxas. Todos exceto Aaron. Ele lhe falou da carta de Hogwarts, e de como seus pais reagiram a tal coisa. Fora realmente um alívio para ele quando viu que Ellen estava ali também. Passar por isso sozinho traz certa dificuldade.

Das outras mesas, os outros amigos passavam o banquete alegremente. Todo tinham companhias próprias em suas mesas, então não estavam completamente sozinhos. Ryan e Nathan tinham um ao outro, assim como Alice e Erick, sem contar com os outros amigos de Erick, mais velhos. Daniel geralmente se sentava com Albus ou Rose, mas por hoje não haviam lugares vagos por perto, então tomara o lugar do lado ao seus companheiros de quarto. Nunca fora muito chegado a eles, mas se davam bem. Quando parou de observar Ellen, passou a notar a presença de Mattew, não muito longe dele próprio. O garoto se sentava sozinho, distante por muito de seus outros amigos. Estava calado, e aparentava querer estar daquele jeito. Daniel o encarou por tanto tempo que acabou chamando a atenção: assim que Mattew virou o encarou de volta, este retribuiu apenas por alguns segundos, para depois se virar para o outro lado.

- Daniel. – ele ouviu a voz do irmão de Ryan. Apenas a duas cadeiras de distância, era fácil conversar. – Diga a Ryan que... Que nós precisamos nos falar, ok? Faria isso por mim, como um favor?

Daniel o olhou de volta, tentando ver a verdade em seus olhos.

- Mas é claro. – ele respondeu, educadamente. – Mas não vou ficar funcionando como intermédio entre vocês dois. Entregarei apenas essa mensagem, nada mais.

- Entendo. – Mattew respondeu, acenando com a cabeça. – Não lhe quero mal, só para que saiba.

- Não é o que parecia ano passado. – Daniel respondeu, seco.

Mattew suspirou, e deu uma olhadela para a mesa da Lufa-Lufa. Ele focava em Rachel, não em seu irmão.

- As coisas mudaram. – ele disse. – Espero que também mudem entre a gente.

Pensando por um tempo antes de responder, Daniel falou:

- Eu também. Ryan é meu amigo, e gostaria que ele pusesse logo um fim nisso. Nesses problemas familiares, se você me entende.

- Está na hora de ambos colocarmos um fim nisso. – Mattew falou, colocando um fim no assunto, e deixando uma boa impressão para trás, com Daniel.

Não muito longe dali, na mesa da Lufa-Lufa, outro par travava uma conversa que dizia interesse a Mattew.

- Ryan, como foi que as coisas ficaram com Mattew? – foi a pergunta que Rachel lhe fez naquela noite. – Ele não  me disse nada o que aconteceu depois que você seguiu para casa com Nathan; não sei ao menos se ele sabe de alguma coisa.

- Bem, nós fechamos uma trégua antes das férias, você viu. – ele respondeu, em meio a garfadas de um delicioso pudim de chocolate. – Mas não sei o que será agora.

- Ele me disse que você não se falavam nas férias...

- Rachel, você conhece nosso histórico. – ele retrucou. – não como se fossemos pegar um balde de pipoca e assistir a um filme lado a lado. – ele ironizou, fazendo Nathan rir.

- Desculpe, mas não consigo imaginar essa cena. – ele respondeu diante do olhar que Ryan lhe lançou.

- Bem, qualquer coisa eu estou aqui. – Rachel falou. – Não tomo partidos, apesar de namorar Mattew. – ela suspirou. – Não sei se vocês me entendem, mas... Estou aqui se quiser, Ryan. Eu sigo o que eu acho melhor.

- Eu compreendo, Rachel. Obrigado. – Ryan respondeu. – É bom ter alguém da mesma casa ao meu lado.

Rachel sorriu para o garoto, e foi se juntou na conversa com seus amigos novamente. Acabou introduzindo o par para eles, que facilmente gostaram dos garotos mais novos, e incluíram ambos naquele grupo.

Na mesa da Corvinal, porém, não era uma conversa agradável que se ouvia. Alice e Erick seguiam na normalidade de sua amizade, porém os rumores que corriam ao seu redor não eram dos mais agradáveis. Diziam respeito ao professor que representava aquela casa.

- Ouvi dizer que ele encomendou vassouras... Sabe se foi para nosso time? – comentou um garoto do ano de Erick, para o mesmo. – Isso é verdade?

- Não tenho como lhe dizer a verdade; não sei! – ele respondeu, já vezes seguidas.

- Oras, você é o neto do diretor, sem contar que é o artilheiro mais comentado da escola...

- Isso não faz de mim uma pessoa informada. – ele respondeu, um tanto seco. Alice sabia que se estressar não era do feitio de Erick. Na verdade, o garoto sempre fora o mais gentil e mais educado o possível, mas agora ela via que ele estava, aos poucos, perdendo sua grande paciência. Com o máximo de delicadeza que pôde, ela tentou dar um fim aquelas perguntas, e melhorar a situação para Erick. Não causou exatamente uma boa impressão de si para os outros, mas não estava ligando. O que não queria ver era Erick raivoso. Uma pessoa paciente, quando se descontrola, pode ser até pior do que algum pavio curto.

- Erick. Vamos deixar para discutir isso com os outros mais tarde. – ela sugeriu, aos sussurros. – Agora apenas ouvimos os comentários; mas tarde a gente tira as conclusões...

- Isso. Ótima ideia. Se eles me deixarem em paz...

A situação na mesa da Corvinal continuou parecida, enquanto o banquete tomava continuidade.

Por fim o diretor se ergueu mais uma vez de sua cadeira, encerrando por completo o banquete, para dar os avisos finais. Esses foram rápidos e os mesmo de sempre. Todos foram logo liberados para subir ou descer aos seus dormitórios.

No corre-corre que se seguiu para se chegar ao destino certo, os seis não conseguiriam se reunir, e deixaram para o dia seguinte. Afinal, apesar de cada um ter novidades para partilhar, cada um também estava se sentindo cansado.

Junto de amigos, Daniel, Ellen, Ryan, Alice, Erick, Holy, e agora Aaron, acompanhado de Ellen, seguiriam cada um para seu dormitório.


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Notas finais do capítulo

E então? Reviews? Se gostarem ou não, pf deixem sua opinião!