Amor e orgulho escrita por Karmen Bennett


Capítulo 13
Capítulo 13: Projeto Benson 2


Notas iniciais do capítulo

Hei! To no corre pra terminar logo! É que logo vão recomeçar minhas aulas e duas fics abertas sei q não darei conta!! Fora q a outra é meio complicada de escrever, mas acreditem a dedicação é a mesma e triplica a cada dia! Bem, nesse cap, uma descoberta pra la de chocante.



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Chega a ser assustador como as vezes as pessoas acreditam que suas famílias se comprazem em envergonha-las frente a seus amigos e afins quando na verdade tudo o que os entes queridos desejam é serem corteses para com as visitas uns dos outros. Mas daqui até que se descubra...

Mas o motivo do desespero no rosto de Freddie já estava mais do que claro para Sam. Não eram as anedotas familiares que o preocupava, não eram as histórias ridículas.

Até por que, mesmo que os parentes de Freddie contassem que ele era um lendário Cavaleiro do Zodíaco, ou um guerreiro Z, Sam o acharia ridículo e tiraria sarro com ele. Para ela, alias, bastava olhar para ele que já lhe vinha uma serie de apelidos na mente. Era a coisa que mais lhe dava prazer na vida: Irritar Freddie. Um típico comportamento de mulheres apaixonadas que acreditam ser desprezadas.

A preocupação de Freddie era outra.

–Sam! –A voz saiu fraca e cautelosa. –Que surpresa não esperava te encontrar aqui.

Freddie se aproximou e lhe deu um beijo na face que foi graciosamente repetido por Sam.

–Me desculpe ter te deixado esperando, não pensei que a Kelly estivesse falando serio, ela adora pregar peças.

–Tudo bem. –Sam continuava a sorrir. –Estive muito bem acompanhada!

Sam olhou para o grupo ainda sentado a mesa e sorriu ainda mais largamente.

À mesa estavam: Tio Malcolm, Dois primos de Freddie que estavam com ele na pescaria, e Kelly sorrindo triunfante.

Sam chegou no local por volta das duas da tarde.

Após muito Kelly insistir, Sam resolveu acompanha-la até a casa da avó em vez de voltar para o hotel. Uma família humilde, mas extremamente agradável. Humilde na nova perspectiva de uma executiva tal como Sam era agora. O Rancho Benson era enorme, dividido igualmente entre cada um dos cinco filhos do casal Benson.

Eles compraram as terras após se aposentarem e atualmente só Malcolm e Fernanda ainda viviam com eles. Os demais estavam espalhados pelo país e o pai de Freddie fora um desses, até sua morte prematura. Malcolm tinha dois filhos, Jeremias e Jessica mais ou menos da mesma idade de Freddie. Fernanda era mãe de Kelly, mas estava viajando com o marido, pai da garota. Era comum deixar a filha sob os cuidados da avó enquanto curtia o dinheiro do rico fazendeiro Bill.

Sam estranhou o interesse dos avós de Freddie nela e o modo acolhedor como a tratavam. Em todas as suas tentativas de ir embora, era gentilmente convidada a ficar mais um pouco. A mulher pedia de um jeito tão bondoso e veemente, que ela se sentia obrigada a ficar. Pareciam que a doce senhora tentava segura-la para o neto. “Não, é só impressão”.

O avo, senhor Ferdinand Benson, embora gentil e educado, era um pouco mais taciturno e só falava o essencial. Como comprara a propriedade, o propósito e outras coisas que Sam não deu tanta importância. A avó, Catharina Benson, tagarelava sem parar, evitava falar do neto para na cometer nenhum deslize, e não permitiu que Sam fosse embora. Na verdade parabenizara e muito a neta com o olhar por te-la trazido, principalmente após Sam se identificar.

Mas o que chamara mesmo a atenção de Sam, foi quando por volta das quatro horas, a avó deixara Kelly sozinha com Sam para ir aplicar a injeção no marido. Ele tomava remédio para controlar a pressão depois ia dormir. A menina propôs algo para elas se distraírem enquanto estavam a sós. A inocência de Kelly não permitiu perceber o que Sam viu na Tv quando ela colocou a tal distração.

Nem mesmo quando o tio Malcolm e os dois filhos vieram conhecê-la como se ela fosse uma celebridade, ela conseguiu perceber algo de “diferente” no jeito daquelas pessoas. Não percebeu nem quando o primo Jeremias disse “O Freddie não mentiu”. O que Kelly lhe mostrara lhe deixara tão perturbada quanto a própria carta que a levara até aquele lugar.

Ficaram jogando cartas no quintal das cinco até as seis, eram pessoas muito divertidas, e de fato não pareciam querer deixa-la ir embora antes do “dono vir pegar”.

Agora Sam sentia Freddie puxar seu braço de leve. Ele realmente queria tira-la dali. Mal sabia que já era tarde de mais.

Ele agradeceu gentilmente a família por ter recebido tão bem sua amiga e se despediu. Sam fez o mesmo e o acompanhou, já importunara demais aquela família. Seguiram em silencio até a casa de Freddie. O caminho de poucos metros pareceu uma eternidade.

–Lugar bonito.

–Obrigada.

O que não dizer era a pergunta a fazer. Pois palavras eram as que não faltavam em suas mentes. Mas morriam antes de atravessar os lábios de ambos. Quando perceberam, já estavam em frente ao carro de Sam. Deviam ser quase sete horas.

–Vem, entra. Você deve estar cansada. –Ele repirava alto.

Sam assentiu em silencio. Por onde começar?

Dentro da casa, Sam sentou no sofá e observou Freddie ascender as luzes. Ele evitava olha-la. Mas parecia feliz por ela esta ali. Na verdade parecia não acreditar.

Freddie sentou no centro em frente ao sofá que Sam estava exatamente como ela fizera em seu apartamento.

–Sei que quer conversar. Mas você viajou, por horas, esta cansada. Eu sugiro que vá dormir e amanhã a gente converse. Pode ser?

O silencio de Sam se devia ao fato de não fazer ideia de por onde começar. De fato estava cansada, acabou escolhendo as palavras que não planejara durante a viagem.

–Então era por isso que fazia tanta questão de manter seu projeto em sigilo? –Disse com a voz pesada de sono.

Freddie empalideceu.

–A Kelly me mostrou o protótipo do seu jogo. É bem legal. Divertido. Já pensou em como vai pagar minha indenização?

Freddie a o olhou rancoroso. Então foi pra isso que ela foi até la? Para espiona-lo e lhe arrancar dinheiro? Sam soltou um sorrio cansado.

–Você vai mesmo me deixar dormir aqui ou eu vou ter que voltar pro hotel?

–O que a Kelly te mostrou?-Freddie se mantinha calmo.

–Eu estou cansada. –Bocejou. -Quero dormir.

–Sam aquilo é o jogo inicial. Depois desenvolverei outros, e retirarei aquele do mercado. E ninguém vai saber que...

–Freddie, eu quero dormir. –Disse cortando-o impaciente. Ele realmente acreditava que ela estava brava com isso?

Freddie assentiu confuso e levantou-se. Foi até o quarto e Sam o seguiu. Se voltou para ela da porta do cômodo e encarou seus olhos azuis:

–Você dorme aqui. –Ele tentava se manter sereno.

–E você?

–Tem um quarto de hospedes.

–Então eu durmo la.

–Esse é mais confortável. –Ele estava impassível. -Tem suíte e é maior. Você dorme aqui.

Sam sentiu ódio. Freddie sabia como seduzi-la. Seus olhos castanhos, suas gentilezas, seus malditos e amados lábios macios. Entrou no quarto lhe dando as costas antes que pulasse em seu pescoço.

–Como quiser. –Ela virou-se quando estava a uma boa distancia. –Amanhã conversamos.

Freddie saiu fechando a porta. Sam olhou em volta. O quarto era espaçoso e confortável. Tirou a roupa e entrou no chuveiro quente. Saiu enrolada no roupão que Freddie lhe deixara em cima da cama, aparentemente antes de ir busca-la na casa da avó. Penteou os cabelos e vestiu um pijama dele que lhe ficou muito grande. Mas era confortável. E tinha o seu inconfundível cheiro.

Se jogou na cama exausta e dormiu. Só conseguia pensar no que a prima de Freddie lhe revelara.

Flash back on

–Sam, quer jogar comigo?-Pergunto sentando ao seu lado com uma caixa assim que a avó saiu.

–Claro! O que exatamente?

–É um jogo só que as instruções tão em Frances, e eu não entendo. Foi o Freddie quem fez na época ele estudava em Paris e o bobão não traduziu.

–Deixa eu ver. -Sam começou a ler as instruções do jogo. Não era possível.

Em busca da Princesa P. era o nome do jogo.

Pediu para Kelly rodar o jogo no modo demonstração e a garotinha assentiu. Sam lhe indicou o ícone: “montrer”. Enquanto o narrador, o próprio Freddie falava em Frances, Sam ia traduzindo mecanicamente.

Um jogo com gráficos avançadíssimos, suporte para Ps2 e Xbox. Mas apenas na fase de teste, era essa fase que Kelly possuía em casa. A primeira caixa do jogo Freddie deu a ela. O jogo começava contando a história que consistia em um garoto na escola. Então ele recebia uma mensagem de que uma princesa fora raptada e só ele podia salva-la, pois era o único possuidor da chave do portal onde a aprisionaram-na. O que era a chave só era revelado no fim do jogo.

Até la, o rapaz tinha que enfrentar sérios perigos em 24 fases cheias de surpresa. A cada três fazes, ele deveria encontrar um diamante roxo que ficava dentro do portal. Mas para pega-lo, passava dentro do portal por testes de conhecimentos gerais. Era aparte educativa do jogo.

Ou nerd.

O jogador poderia escolher ir adiante sem os diamantes mas iria perder de qualquer forma.

Sam reparou que os lugares onde os diamantes apareciam, após o herói entrar no portal, eram todos idênticos a saída de incêndio do Bushwell. E de la ele descia para aproxima fase.

Em cada uma das fase, monstros, uma princesa impostora que quando descoberta se transformava numa hidra, e diversas outros seres mitológicos que foram transformados em vilões assustadores.

Na ultima fase, ele encontrava a princesa no portal, (por sinal loira com longos cachos)mas só conseguia abrir se estivesse com os 8 diamantes roxos. Se não estivesse, a princesa saia do portal e era teletransportada para um avião onde ia embora. Game Over. O jogo recomeçava. Se estivesse, eles entravam juntos no portal e ele se fechava com os dois se beijando. Game Winner.

Sam observou que quando o portal se fechou com os dois dentro, o portal era na verdade um elevador. E que antes do elevador se fechar, eles diziam alguma coisa um ao outro. Só duas pessoas no mundo inteiro poderiam saber com certeza o que era.

Fim do jogo.

Sam olhou atormentada para a tela e só conseguiu se recuperar meia hora depois. A garotinha percebeu sua perturbação e guardou o jogo após agradecer pela tradução robótica e chocada da loira ao seu lado.

Flash back off

Sam sorria na cama. Freddie provavelmente era muito melhor programador que ela. Mais criatividade, mais talento, e realmente amava o que fazia. Só agora entendia o que ele quis dizer na carta: “Minha grande inspiração”. Mas como iriam recomeçar o jogo? A vida não é um veideo game, com Start, Game Winner, Game over, Restart... Ou é? Vejamos as traduções: Iniciar, Vencer Perder, Recomeçar.

Recomeçar.

Não é fácil, mas só se torna impossível se não tentar.


Continua...



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Notas finais do capítulo

Se vcs relerem o cap dois,vão perceber essa pista solta na conversa dele com o senhor Gregori, caso não estejam lembrados! No prx cap, a conversa!! Vou dormir pfv deixem reviews pra eu saber o q acharam, sim?? Bjokas!!