Accidentally In Love escrita por MissLerman


Capítulo 13
Capítulo 13 Não direi que é amor


Notas iniciais do capítulo

Boooa tarde lindos da minha vida. Gente, tive que fazer uma redação na aula de Português hoje sobre o que significa o amor para mim. Vou postar o começo dela, porque acabei me empolgando e ela ficou "meio" grande HUEHUEHEUHU aqui vai o capítulo (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/223571/chapter/13

Amor, por que essa palavra tão pequena consegue suportar um sentimento tão grande? Amor, um sentimento confuso, estranho, e ao mesmo tempo maravilhoso. Novo para uns, antigo para outro. É fácil notar quando está apaixonado. Coração bate mais forte, as mãos tremem por coisas banais, você está em meio a tanta gente e só tem uma pessoa a quem você procura: aquele, ou aquela, a qual seu coração pertence.

Pode ser um antigo amigo, ou alguém você conheceu ao acaso. Acasos? Talvez não. Destino, isso sim. Dizem que Deus escreve certo por linhas tortas. Para tudo há um propósito. Mesmo você não o vendo, você sabe que sua única necessidade é, no mínimo conversar, com aquela pessoa. O amor é como o vento, você não pode vê-lo, mas pode sentí-lo. É algo irracional, que começa não sei onde e termina não sei quando. E pega todos de surpresa.

Amar não é apenas o amor em si, envolve amizade, companheirismo, compromisso, e tantos outros sentimentos. Amar alguém é querer ver a pessoa feliz, não importando onde, e com quem, ela esteja.

Quem consegue explicar o que é esse sentimento? Talvez ninguém, talvez todo mundo. O que importa é que alguém está muito perto de descobrir o que, ou melhor quem, seu coração realmente quer.


POV Annabeth

Se eu dissesse que dormi o resto da tarde e acordei disposta a assistir a uma autópsia de noite, eu estaria mentindo descaradamente. Assim que Percy e eu almoçamos, ele me trouxe para casa. Queria ficar sozinha. Ele insistiu para me fazer companhia, mas preferi colocar meus pensamentos em ordem sozinha.

Tinha sido difícil ver Thalia naquelas condições, mas agradeci por ter Percy ao meu lado. Ele era realmente incrível. Me fazia rir, tirava sarro de mim quase sempre, me aconcelhava. Era simplesmente a melhor coisa que já havia acontecido comigo. E pensar que o conheci ao acaso.

Ele era o cara novo da escola. Não falava com ninguém, a menos que falássem com ele. Num dia, ele acabou virando meu parceiro de laboratório. No outro, já ríamos juntos de coisas banais. Depois disso, nunca mais nos separamos.

Meu estômago revirou. Ele andava muito agitado por esses tempos. Eu não sabia exatamente o que era isso. Hoje, mais cedo, Percy me deu um beijo no rosto. Meu estômago quase virou do avesso. Já tinha lido vários livros onde as personagens descreviam que sentiam "borboletas no estômago" quando estavam apaixonadas. Me recusei a pensar nisso.

Eu? Annabeth Chase, apaixonada por seu único amigo? "Quer morrer sozinha?" murmurei para mim mesma. Não poderia perder Percy. Meu único amigo, meu único companheiro.

Suspirei e me levantei da cama, sabia que não dormiria mesmo. Olhei o relógio e vi que eram quase 6h. Coloquei uma blusa e fui até a sala esperar Percy passar aqui. Não me surpreendi ao ver um simpático bilhete rosa perto da porta. O peguei e li as delicadas palavras ali escritas:

"Você não está sozinha, juntos nós estaremos. Estarei ao seu lado e você sabe que segurarei sua mão. Quando ficar frio e parecer o fim, não há para onde ir, você sabe que eu não cederei.

Continue aguentando firme, porque você sabe que conseguiremos. Apenas seja forte, porque você sabe que eu estou aqui por você. Não há nada que você possa dizer, nada que você possa fazer. Não há outro jeito quando se trata da verdade. Então continue agüentando firme, porque você sabe que conseguiremos.

Não soltarei sua mão, Annabeth, nem na pior das tempestades.

Assinado: Aquele mesmo cara, que está completamente apaixonado por você"

Senti uma pequena lágrima escorrer por meu rosto. Esse meu admirador sempre conseguia me mandar a música perfeita para o momento. Era como se ele fosse um Oráculo. Passei a mão por meu rosto e limpei a pequena lágrima. Percy chegaria logo, não queria que ele me visse chorando novamente. Guardei o bilhete ao lado dos outros que eu já recebera, e fiquei pensando em qual música meu admirador me mandaria amanhã.

A campainha tocou me tirando do transe. Corri para a porta e tentei não ficar decepcionada ao ver Luke parado em frente a minha porta, e não Percy.

– Hã... Oi Luke. - eu disse.

Ele sorriu.

– Oi Annie. Olha, eu só vim ver como você estava. Eu tava correndo mais cedo, perto do Central Park, e vi você saindo com o Jackson. Você estava tão branca, pensei que tivesse passado mal, ou algo do tipo. - ele disse cossando a nuca.

Sorri da maneira mais simpática que consegui.

– É muita bondade sua, Luke. Eu passei mal mais cedo, mas já estou bem melhor. - eu disse e logo avisto um Camaro preto parar em frente a minha casa.

Um belo jovem de cabelos pretos e olhos verdes me fuzilava ao notar que Luke fora me fazer uma visita.

– Tenho que ir, Luke. Percy está me esperando. - digo trancando a porta de casa.

Luke me segurou por um minuto e me entregou um cartão. Nele estava escrito seu nome e seu celular. Eu provavelmente destruiria aquele cartão mais tarde, mas o peguei apenas para parecer educada. O guardei no bolso e fui na direção do carro de Percy.

– Qualquer coisa, me ligue. - ele disse enquanto eu me afastava.

Apenas lhe lancei um sorriso e entrei no carro com Percy. Ele me encarava de maneira que até mesmo o Hulk ficaria com medo. Belisquei suas bochechas. Sabia que ele odiava isso, só fazia para provocar.

– Você disse que não se envolveria novamente com ele. - Percy disse ligando o carro,

Revirei os olhos. Percy as vezes era mais chato do que qualquer pai de Nova Iorque. Seguimos o nosso caminho. Apesar de estar um tanto nervosa com aquela autópsia, tentei parecer o mais calma possível. Mas não seria uma autópsia qualquer, de um desconhecido que havia morrido por um motivo banal, eu estaria indo examinar a minha amiga. Não teria como não ficar nervosa em uma situação como essa.

– Sabe, Annie... lembra de Silena? - Percy disse. Provavelmente estava apenas querendo quebrar o gelo.

– Sua ex-namorada que agora namora com Charles? Lembro sim. - digo, só depois notando o quanto aquela frase soou... bom, ciumenta.

Percy deu uma risadinha.

– Essa mesmo. Então, ela irá dar uma festa amanhã, e me convidou. Ela disse que eu poderia levar alguém... então eu pensei... que talvez... você quisesse ir comigo.

Senti meu rosto esquentar assim que Percy disse aquilo. Silena amava festas desde os tempos de escola. Ela era sempre a anfitriã. "Mais festa" pensei. Mas por alguma razão aquela não me pareceu uma má ideia. Percy estava indo e...

Merda, o que raios estava acontecendo comigo? Eu nunca gostei de festas assim, nunca! Se eu fosse, eu iria com Percy, mas e dai? O que tem o fato de eu ir com ele? Era isso, eu iria com ele. Foi isso que me deixou mais animada. Meu estômago revirou novamente. Me recusei a pensar novamente que aquilo poderia ser mais do que simples reviravoltas.

Estava começando a ficar com dor de cabeça de tanto pensar no assunto. Então, acabei fazendo a última coisa que eu faria.

– Claro, Percy, eu vou. - digo torcendo para que ele não reparasse o quanto eu estava vermelha.

Depois desta conversa, seguimos nosso caminho em silêncio. Até chegármos no endereço que Zeus havia passado para Percy. Era um laboratório enorme. Grover ficaria emocionado se visse tudo isso.

Descemos do carro e vi uma figura para ao lado da porta. Era um homem de cabelos e barba escura. Ele usava um jaleco branco e tinha algumas luvas descartáveis nos bolsos. Deduzi ser o médico legista. Nos aproximamos e Percy se adiantou:

– Olá, sou Percy Jackson e esta é Annabeth Chase, somos contratadosde Zeus.

O homem nos estudou por um minuto e em seguida estendeu a mão direita.

– Meu nome é Quíron, e eu sou o médico legista. Estava quase começando a autópsia. Entrem, por favor. - ele disse.

Percy foi o primeiro a apertar sua mão. Logo em seguida foi a minha vez. Ele então entrou e nós o seguimos. Vestimos a roupa própria por cima das nossas, luvas e óculos. Prendi meu cabelo. Nada poderia interferir no momento do exame.

Quíron estava parado em frente a porta onde estava escrito "Autópsia". Meu peito apertou, senti aquela onda de frio novamente. Minhas mãos começaram a formigar e eu tive certeza de uma coisa: não conseguiria terminar de examinar Thalia. Assim que minha visão começou a se escurecer, me sentei na cadeira que ficava ao lado da sala. Senti que alguém segurou meu ombro. Pude ver de uma forma não muito nítida que era Percy.

– Acho melhor você ficar aqui, Annie. - ele disse.

Assenti apenas. Eu mal consegui olhar para Thalia mais cedo, quando ela estava inteira, imagine agora, quando estavam prestes a abrí-la? Escutei a porta ao meu lado se fechar. Eles haviam entrado.



Os minutos seguintes pareciam não passar nunca. Permaneci sentada, com medo de que minha pressão pudesse cair novamente. Não sei ao certo quanto tempo esperei, mas quase pulei de alegria assim que Percy abriu a porta. Ele já estava sem luvas e sem óculos. Sorri de leve e ele retribuiu. Sentou-se ao meu lado e me encarou por um minuto, Sabia que ele já estava ciente de como Thalia havia morrido.

– Então, o que descobriram? - perguntei.

Percy suspirou e depois disse:

– A encontraram debaixo d'água, mas não havia água nos pulmões. O que quer dizer que ela já estava morta antes mesmo de jogarem-na no rio. Só havia uma marca roxa no pescoço, mas era superficial. Nenhum sinal de abuso. Nenhum sêmen, fio de cabelo, ou qualquer outra substância que pudesse entregar o culpado. Mas seu pulmão estava duro como pedra, Quíron deduziu que ela havia morrido de parada respiratória.

Encarei meus pés por um momento. Eu encontraria o culpado. Aliás, eu não. Percy e eu. Nós dois, como um time.

– Zeus disse que queria enterrá-la amanhã. Então Quíron está dando uma arrumada, para que as marcas da autópsia não fiquem tão evidentes. E ele disse também que queria que nós fôssemos. Principalmente você. - Percy disse, eu ainda encarava o chão.

Ver Thalia morta doeu em meu peito. Vê-la sendo enterrada seria muito pior. Mas eu não deixaria minha amiga na mão. Não depois de tudo o que ela fez por mim. Sim, eu iria. E sei que Percy estava disposto a ir comigo. Seria menos pior se ele estivesse por perto.

Levantei a cabeça e o encarei.

– Promete para mim que iremos encontrar quem fez isso com Thalia e puní-lo? Promete? - eu disse sentindo a tristeza e as lágrimas voltarem para meus olhos.

Percy passou o braço em volta de meus ombros e me aconcheguei em seu ombro.

– Eu prometo, Sabidinha. Irêmos encontrar o culpado.

Agarrei sua camiseta e a enxarquei com minhas lágrimas. Não eram apenas lágrimas, eram lágrimas de dor. Tudo que eu estava sentindo com a perda de Thalia, descia junto com elas. Me mantive forte por muito tempo. Segurei este meu choro por tempo demais. Sempre tentei passar uma imagem de uma garota forte, que nunca desaba. Mas no fundo, sou exatamente o oposto. Sempre tive vergonha de chorar na frente dos outros, me sentia fraca. Mas chorar não quer dizer necessariamente que você é fraca, quer dizer que você já vem sendo forte a muito tempo. E ninguém consegue s manter forte pela vida toda, alguma hora você desaba.

Continuei abraçada com Percy. Ele era uma das poucas pessoas que eu não queria perder nunca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente, por hoje é isso. Não ficou grande, e nem tão bom quanto eu pensei que ficaria, maaaaaas... O próximo será caprichado, prometo. Até mais NHAC ;3