Watashitachi No Ai escrita por Miruku Carol


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ^-^



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-Você que pediu. – disse puxando-a grosseiramente pra perto dele, ela parou grudada em seu tórax, peito a peito. Suas bocas a centímetros de distância, os olhos dela estavam confusos, o que ele queria afinal? Brincar com ela? Depois que se divertisse iria jogá-la fora como um objeto descartável? Aqueles pensamentos fizeram sua raiva aumentar ela estava preparada para dar-lhe um tapa, sua mão mal esperava pra encontrar o rosto dele e começou a tomar distância para ganhar velocidade, mas antes que os cinco dedos o atingissem ele segurou seu pulso e num ato de distração dela ele lhe roubou um beijo. E não foi qualquer beijo, foi carinhoso, fofo, delicado, de um jeito que ela nunca imaginou que fosse o beijo dele, os olhos dela se arregalaram de susto, mas sua língua sentiu necessidade de responder.

Ela o empurrou com todas as forças, não queria beijá-lo, mas ao mesmo tempo sentiu prazer em fazê-lo, estava cansada pela luta interna entre "ceder ou não ceder", estava ofegante. Ele a olhava com doçura, mas seus lábios se curvaram num sorriso vitorioso.

-Venci. – disse saindo do apartamento, provavelmente para trabalhar, deixando uma Tenten confusa encostada na parede, ela deslizou para o chão e ficou lá, pensando no que acabara de acontecer.

...

A semana voou, logo era sexta. Hinata estava cheia de trabalho pra fazer, Tenten estava a mil, só falta um dia para a exposição, ela havia levado seus artigos pra casa de Deidara, ele ia ajudá-la a levar. Os médicos e Naruto estavam nos últimos preparativos da viagem, iriam naquele mesmo dia.

-Mãe, aqui está o exame da Hana. – disse o rapaz entregando o envelope à mãe – A gente tinha razão, o bebê que ela está esperando não é de Itachi. Quando ele chegar pode contar a verdade.

-Onde seu irmão foi se meter...? –lamentou-se. Mikoto criara os filhos para serem cavalheiros, Fugaku os educara para terem honra e humildade, sempre foram controlados para não passarem dos limites e hoje são bem sucedidos graças a criação dos pais.

-Eu espero que ele arrume uma que preste agora.

-Quando seu pai souber vai ter um troço...

-Infelizmente eu não estarei aqui para assistir a inédita cena de Itachi levando um sermão do nosso pai sobre "Eu te avisei que ela não prestava".

-Vai mesmo viajar agora, querido?

-Vou buscar o pessoal e a gente vai.

-Tome cuidado. Ainda acho que deveriam ir de avião, é mais seguro.

-Que besteira... Não vai acontecer nada. Quando eu voltar ainda tenho um mestrado pra fazer.

-Bom menino. Boa viagem, querido. – disse dando-lhe um beijo na testa.

-Obrigado.

...

-Poxa, Deida... Eu queria tanto ver a exposição... – choramingou a moça sentando-se em sua mala azul-piscina de rodinhas.

-Ano que vem tem mais.

-Pelo menos a mamãe vai registrar tudo, como sempre! – ela ainda se comportava feito uma adolescente em casa, talvez por ser mimada, cresceu em família rica, cercada de atenções e chamegos, ainda mora com os pais e o irmão na casa estilo européia em que crescera.

-Sabe quem vai estar lá esse ano?

-Quem?

-Tenten.

-Não brinca!

-Sério! O Sasori indicou-a e ela foi aceita.

-Não acredito que vou perder a primeira exposição da Tenten!

-Vou registrar tudo pra você.

-Acho bom. Ainda tenho que chamá-la pra sair, a gente nem conversou direito... Tem tanto tempo que não nos falamos...

-Vocês pararam de se falar por causa de uma briga.

-Que tivemos quando tínhamos 5 anos! Nem lembro mais que besteira foi!

-Meninas...

-Olha quem fala, vive brigando com o Sasori!

-Mas é diferente! Ele sempre me perdoa!

-Quem disse que a Tenten não me perdoou?

-Quem sabe...

...

-Não tá esquecendo nada, né, Shikamaru? – perguntou Temari, eles já moravam juntos há 4 meses, ele saiu da casa dos pais logo que completou 18 anos, arrumou um emprego e começou a dividir a mensalidade da faculdade com o pai até poder pagar toda sozinho, então Temari foi morar com ele após um mês de namoro, mas ela sempre ia pra casa dos pais, afinal, seus irmãos ainda moravam por lá. Ele só ia à casa dos pais aos domingos, sua mãe fazia questão que ele almoçasse lá.

-Não, está tudo aqui.

-Lembre-se: é um mês, não uma semana.

-Eu sei, Temari, eu sei...

-Vou sentir tua falta, meu preguiçoso. – disse abraçando-o.

-Também vou sentir a sua, minha problemática. – disse beijando-lhe.

-Tomem cuidado com essa viajem, viu?

-Não se preocupe. Cuide bem das coisas por aqui.

-Pode deixar. Vou auxiliar bem seu substituto!

-Eu sei que vai.

...

-Estou indo, tio! – avisou Naruto da porta.

-Mande um "oi" pra Kushina e pro Minato! – disse Jiraya.

-Pode deixar! Nos vemos em um mês!

-Vê se aprende direito, moleque, não me volte aqui do mesmo jeito! Se não quiser que a Tsunade lhe mate.

-Ela não faria isso comigo.

-Acredite, a irmã é minha eu a conheço melhor que você. – avisou.

-Hm... – murmurou com certo medo. Uma buzina cantou do lado de fora – Ah! O Sasuke chegou! Tchau, tio!

-Tchau Naruto, se cuida!

-Pode deixar!

...

-Estou nervosa, Hina! É amanhã! E se não gostarem das minhas obras? Pior! E se a Misaki-san não gostar? – ela andava de um lado a outro.

-Ela não já olhou?

-Foram fotos que enviei pra ela pelo computador! Se ao vivo não tiverem ficado boas?

-Estão ótimas! Eu vi! E adorei. Né, Neji-nii-san?

-É... Dá pra levar. – respondeu quanto lia um livro deitado no sofá.

-Neji! – berrou Tenten jogando uma almofada nele.

-Só falei a verdade!

-Tá vendo, Hina? É disso que eu tenho medo!

-Neji não é nenhum critico de arte! Não fique assim! – nas costas da amiga ela disse um "colabore" mudo pra ele que apenas deu de ombros como se dissesse que não podia fazer nada – Deidara-sensei e Sasori-sensei estarão lá! E eu também!

-E mais um monte de gente...

-Tenten... Você não é insegura assim. Anda convivendo demais com a Hinata.

-Neji! – arfou Hinata incrédula.

Ele deu um suspiro, marcou a página do livro e o deixou sobre o sofá levantando-se.

-Escute, Tenten, eu também estarei lá, então você só precisa relaxar. – a ultima frase foi dita bem perto da boca dela, ela sentiu seu hálito quente batendo em seus lábios e sentiu o gostoso cheiro de menta, o rosto dela automaticamente, assumiu uma leve coloração avermelhada e ela sentiu a pele arder.

-Saia daqui! – disse empurrando-o, queria disfarçar, mas não podia negar a si mesma que estava louca por outro beijo.

Ele pegou o livro e saiu com um sorrisinho de canto, entrou em seu quarto e trancou-se.

-Eu perdi alguma coisa?

-De jeito nenhum! Ele só está sendo o mesmo Neji chato e arrogante de sempre! – respondeu nervosa.

...

-Vamos pra uma exposição de arte amanhã! – disse prendendo o telefone entre a orelha e o ombro, estava preparando algo pra comer. Sempre gostara de cozinhar, mas nunca tivera muita afinidade com as panelas, foi aprendendo aos poucos quando decidiu morar sozinha.

-Não sei não... Estou pra baixo...

-Justamente por isso! Pra você se animar!

-Meu namorado me abandonou! E minha chefa foi junto! E eles são ex-namorados! Não vou sobreviver a isso durante um mês!

-Karin... Ele não te abandonou, você sabe que não tiveram escolha... Mas em relação à Ino talvez você devesse mesmo estar preocupada...

-Sakura! Isso não ajuda!

-Brincadeira, brincadeira! Amanhã eu passo aí pra te buscar, é perto daqui! Não sei se você já viu, é um museu de artes no centro.

-Não vou a pé pro centro!

-Eu vou passar aí de táxi, Karin! – falou como se fosse obvio – Meu "namorado" estará lá, depois vamos direto pra casa dos meus pais.

-Não quero ir... Não quero ver vocês sendo felizes! – choramingou – Quero meu namorado!

-Pára de birra, garota. Eu e Kiba nem estamos namorando de verdade, é só pra enganar meus pais!

-Não vai ter mãozinhas dadas...?

-Não.

-Nem selinho romântico?

-Não...

-Nem alisa-alisa de cabelo?

-Chega, Karin! Já estou começando a me sentir solitária!

-Só pra ter certeza, não vai rolar clima nenhum entre vocês, né?

-Não! – berrou no telefone – Vai ser o dia todo lá, passou aí umas três da tarde, tá?

-Ok

...

-Itachi, precisamos conversar, meu filho. – disse a mulher assim que o homem entrou em casa, ele estava acompanhado da noiva.

-Mãe? O que faz aqui? – perguntou assustando-se, como ela tinha entrado no apartamento deles?

-Eu e seu pai precisamos conversar com você. – Fugaku estava com ela, havia saído mais cedo do trabalho a pedido dela, então ficou sabendo de toda a história.

-Sobre o que? - perguntou assustando-se, a mulher ao seu lado tremeu, ela sabia o que era, e não queria acreditar.

-Sobre isso. – disse entregando-lhe o grande envelope enquanto encarava Hana.

-O que é isso, mãe? – perguntou desconfiando pegando-o das mãos dela.

-Olhe. – disse Fugaku. O rapaz abriu o envelope e tirou os papeis que estavam lá dentro, eram fotos da ultra-sonografia e o exame de paternidade.

-Uma criança? De quem é essa ultra-sonografia?

-Da sua noiva. – respondeu Fugaku mostrando nome dela impresso na foto.

-Como assim? Hana, você está grávida? – perguntou confuso – Nós não...

-Eu posso explicar, querido!

-Acho bom que possa. – disse ainda tentando entender o que estava acontecendo.

-N-naquele dia, sabe... Do nosso noivado... Você bebeu um pouco demais... Ficou todo assanhadinho... Eu também estava meio alegre...

-Eu lembro disso. Mas não estava tão bêbado, lembro claramente que o Sasuke me trouxe pra casa e eu fui dormir.

-Você não foi dormir, eu vim aqui e a gente, bem... Você sabe... Mas você não lembra!

-Você cínica, Hana... – disse Mikoto – Olhe a data, Itachi. Essa criança já tem três meses e meio. – ela indicou o local onde estava claro isso.

-Nós mal temos dois meses de noivado, Hana... Como pôde?

-Eu disse que ela era esse tipo de mulher. – disse Fugaku.

-Não, Itachi meu amor, acredite.

-Não me chame de "meu amor". Quem é o pai dessa criança, Hana?

-Eu...

-QUEM É?

-Eu não sei... – disse começando a chorar.

-É claro que sabe!

-Foi um dos meus antigos namorados...

-Nós já estávamos namorando há 2 anos antes de noivarmos... Eu confiava em você...

-Eu não tive culpa, amor!

-"Amor"? Não me chame mais assim. Você me decepcionou, Hana. E muito.

-Eu saí com uns antigos colegas da faculdade, ele estava lá... A gente bebeu um pouco demais... Foi só isso.

-O "só isso" deixou uma criança na sua barriga. Nunca será "só isso".

-Eu tiro! Eu mato essa criança se for pra ficar com você! Não quero ela mesmo.

-Essa menina não tem culpa de nada... Ela não tem culpa da burrada que a mãe dela fez! Não merece pagar por um erro seu.

-Eu não quero ela...

-Por isso você encheu a cara na casa festa da Konan e do Yahiko, não foi? Estava tentando abortar! Como teve coragem?

-Eu odeio essa menina. Não preciso dela! Ela só estragou minha vida! Se nunca tivesse existido eu ainda estaria com você!

-Fingindo que me ama? Olha, Hana, se você despreza tanto essa menina, não tem problema, eu crio ela, o pai deve ser outro imbecil também, ela é inocente nessa história, não merece sofrer.

-Se vai criá-la podemos ser felizes juntos!

-Nunca. Quando ela nascer você vai me entregá-la e nunca mais aparecer na minha frente.

-Não termine comigo, Itachi! Por favor. Eu te amo!

-Se me amasse não transaria com outro!

-Quer saber? Você demorou demais! Que tipo de homem só transa quando casa? Acredite, eu sempre achei que você não era de nada.

-Vadia! – berrou Mikoto dando um tapa no rosto dela – Você não sabe o que um homem! Vagabunda! Suma daqui! Se não quiser que eu destrua sua cara!

-Pare, mãe. – pediu afastando-as – Hana é o tipo de mulher que só pega canalha, até porque é o que ela merece. – disse olhando-a – Vá embora. – algumas lágrimas se acumularam na beirada de seus olhos.

-Não meu amor eu falei demais, eu não queria ter dito isso!

-Você surda, garota? Vá embora! – disse Fugaku empurrando-a pra fora.

...

-Está começando a escurecer... – comentou a loira olhando pela janela do carro, estava entediada. Shikamaru dormia no meio e na outra ponta estava a oncologista ela lia um livro, Sasuke estava dirigindo e Naruto estava no banco do carona tagarelando Não está cansado, Sasuke? Estamos na estrada o dia todo...

-Não. – disse esfregando os olhos.

-Está sim. Deixe-me dirigir, venha descansar um pouco.

-Quando pararmos num posto de gasolina eu troco com você.

-Tá bom então...

-Cara... Sei não... É melhor eu trocar com você. – disse Naruto.

-Tanto faz... – respondeu o moreno.

-Ótimo, era só o que faltava. Está começando a chover! – ironizou a loira.

-Tome cuidado com a pista, Sasuke. – avisou a outra médica.

Logo toda a pista estava molhada, não haviam outros carros na rua, estava tudo escuro, só os faróis do carro iluminavam a estrada.

-Cuidado, Sasuke! – berrou Naruto.

Havia passado um animal correndo pela pista, na tentativa de desviar o carro acabou por derrapar e descer por uma ribanceira, batendo diretamente num antigo carvalho.


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Notas finais do capítulo

reviews?*-*
Kissus
Miruku-chan