No dia seguinte fui para o laboratório mais feliz que criança quando ganha um doce, fui direto para minha sala, onde me tranquei, pois minha mesa estava com algumas pastas e não queria ser incomodada. Passei uma hora vendo aqueles relatórios e outros papéis, quando finalmente meu telefone toca, na mensagem dizia: “Me encontre no estacionamento agora.” Não reconheci o número, mas o que poderia acontecer no estacionamento do laboratório? Muita coisa é claro, mas não devia ser nada de mais. Fechei a pasta e fui em direção ao estacionamento, mas a pergunta era: Qual estacionamento, o coberto ou o aberto? Fui primeiro no aberto, nada, então voltei para dentro do laboratório e me direcionei ao elevador. Quando saltei do elevador para dentro do estacionamento, havia uma pessoa encostada em um carro distante de todos os outros, e não consegui reconhecer.

- Foi você quem me chamou? – continuei indo em sua direção, mas a pessoa não respondeu. Quando finalmente consegui ver seu rosto, não deu tempo de falar nada, ele apenas me puxou para perto de si e falou ao pé do meu ouvido.

- Não conseguia parar de pensar em você! Precisava te ver longe de tudo e todos. – ele começou a plantar beijos no meu ouvido e assim descendo para o meu pescoço. Quem diria que Conrad Ecklie quebraria toda e qualquer regra do laboratório! Quando ele ia chegar à minha boca, nós ouvimos um barulho de carro, nos separamos rapidamente, o automóvel passou por nós, nem nos viu provavelmente. Quando dei por mim, ele estava novamente beijando o meu pescoço, não pude conter um leve gemido quando ele mordeu de leve, nos virou e me prensou contra o carro. Ainda não acreditava que estava com Conrad Ecklie aos beijos e no estacionamento do laboratório. Sua mão escorregou pela minha coxa até chegar a minha bunda, onde ele deu um leve aperto, não pude conter uma leve risada e pude ouvir a dele. Seus dedos brincavam com o cós da minha calça insinuando que as abaixariam. Com a sua mão livre ele colocou seus dedos dentre meus cabelos e iniciou um beijo quente e voraz, sua boca estava sedenta por um beijo. Conrad Ecklie sabia exatamente como excitar uma mulher, começou a falar coisas ao meu ouvido que nunca imaginei vir da boca dele, e de certa forma aquilo me deixava mais e mais excitada. Ele estava me deixando louca, mais louca do que já era por ele, precisava dele urgente, precisava senti-lo em mim, e precisava ser agora. Mas aquilo não poderia ocorrer quando meu celular começa a tocar, ecoando por todo o estacionamento, me separo dele rapidamente.

- Willows! – falei em meio a um suspiro tentado me recompor. Continuei ouvindo o que Nick estava falando. – Ok, estarei ai em vinte minutos.

Após desligar o telefone olho para Ecklie que estava encostado no carro me observando, passei a mão em meus cabelos, suspirei novamente, quando fui abrir a boca para começar a falar ele começa primeiro.

- Bom, acho que você tem uma cena. Vemo-nos mais tarde. – ele simplesmente passou por mim sem ao menos um beijo de despedida.

Fui para minha cena, não conseguia me concentrar, meus pensamentos estavam ainda em Conrad.

- Catherine? Catherine? – Nick tentava chamar a minha atenção para a pessoa que estava cortada em duas a nossa frente.

- Sim? – o olhei tentando dispersar meus pensamentos.

- O que você acha disso? – ele falou apontando para a cena sórdida que estava s mostra.

- Érr... bom, ela esta partida em dois... – isso é obvio Catherine Willows, concentre-se!

- Você esta bem Catherine? – não consegui pensar em outra resposta.

- Não! Não acordei bem... Ando um pouco enjoada, deve ser algo que eu comi!

- Se você quiser, eu posso cuidar disso aqui sozinho. Não quero ninguém vomitando na cena do crime. – ele falou rindo. Meu Deus, eu estava mentindo para Nick? Eu precisava tomar um banho gelado, tinha que tirar Conrad da minha cabeça.

- Muito obrigada Nick, mas não vou sair do caso. Você só cuida da cena que eu te ajudo no laboratório.

- Pode deixar. – sai dali e fui em direção ao laboratório. Quando cheguei fui direto para o banheiro, onde tomei um banho rápido e gelado, “consegui” tirar Conrad da minha cabeça, mas não por muito tempo. Fui para minha sala ver se tinha mais relatórios, não havia nada, eu havia começado há dois dias, não iria ter muitas coisas para eu resolver.  O que para mim durou horas intermináveis dentro da minha sala, durou apenas quinze minutos para quem me observava da porta. Quando ele chamou minha atenção, desenterrei de minhas mãos meu rosto e olhei para a porta.

- Hey! – sorri para ele.

- Hey! – ele entrou e se sentou a minha frente. – Me desculpe por mais cedo, realmente não sei o que deu em mim.

- Oh! Tudo bem... aquilo foi bom. – sorri, provavelmente fiquei corada, mas não estava me importando. Seu rosto teve uma expressão de surpresa e alegria.

- Bom... você gostaria de tomar alguma coisa comigo após o turno? – tomar um drink? De jantar fomos para drink, eu gosto de beber e muito, mas essa noite eu tenho que me controlar.

- Adoraria! – sorri para ele, quando noto a presença de Warrick na porta.

- Chefe! – ele riu. – Cath preciso que você veja uma coisa.

- Claro Warrick. O que é?

- O projetil encontrado na minha vitima tem relação com um caso seu que ficou em aberto.

Fomos resolver isso, agora estava em dois casos, mas foi coisa muito rápida, conseguimos pegar o assassino, duas horas antes de terminar o turno, só o meu caso e de Nick que estava um pouco complicado, mas conseguimos fechá-lo antes do termino do turno.

Estávamos no vestiário terminando de nos arrumarmos para sair quando Nick pergunta.

- E o jantar? – quando notei que foi para mim o olhei.

- O que?

- É Catherine... e o jantar com Ecklie? – Warrick perguntou enquanto fechava o armário e esperava pela minha resposta.

- Foi bom, apenas isso.

- Rum... sei. Vou indo, até amanhã. – Warrick saiu dali sabendo que eu estava escondendo alguma coisa. Quando fechei meu armário, havia um Nick me olhando.

- O que foi?

- O que aconteceu ontem Catherine?

- Nada de mais, nós só jantamos.

- Catherine, nós somos amigos... o que custa?

- Não vou falar da minha vida pessoal com você Nicholas. Você é meu amigo, meu melhor amigo, mas não vou te contar.  Virei para ir embora, quando estava saindo ele grita.

- Vocês se beijaram, não foi?

Sai dali, como Nick podia saber? Ele é treinado para observar as pessoas Catherine, assim como você. Meu celular toca, era outra mensagem: “Estou te esperando no meu carro se ainda estiver de pé o nosso drink.” Fui para o estacionamento coberto, e lá estava ele novamente recostado em seu carro. Apenas o olhei e ele entendeu meu recado, iriamos em carros separados para ninguém desconfiar de nada. Ele saiu na frente, o segui até o local. Era um bar em qualquer lugar em Vegas, sentamos no bar, pedi uma Marguerita e ele pediu Scott. Começamos a beber, conversar, rir, flertar, e eu comecei a pisar na bola, comecei a beber além da minha conta, meu pequeno problema, se deixassem e eu estivesse relaxada eu bebia até não me aguentar em pé. Quando dei por mim, estava sendo carregada por Ecklie para fora do bar rindo igual a uma palhaça. Essa noite não iria acabar bem, quando eu estou bêbada, invento de relembrar meu passado de dançarina e me apresentar para quem quiser ver.