Paramos de rir, ele me olhava, aquele olhar me deixava muito desconfortável, ele deu um meio sorriso e se aproximou do meu rosto.

- Não sei se estou indo rápido de mais, mas... – ele me beijou, pela primeira vez me senti insegura em o que fazer, coloquei minha mão em sua nuca, ele logo pediu espaço para a sua língua, não hesitei em deixar, o beijo dele era inexplicável, muito melhor do que meus sonhos, suas mãos pousaram em minha cintura, ele se aproximou mais de mim, mas logo parou, evitei abrir os olhos, queria manter aquilo para sempre, podia sentir que ele me olhava, quando finalmente o olhei, estava com um sorriso no rosto, um incrível sorriso bobo, minha vontade era de sentir seu gosto novamente, mas não poderia ser tão “atirada”.

- Catherine... eu... – ele parecia mais desconfortável do que eu depois daquilo.

- Tudo bem... você pode me levar para casa? – eu não sabia o que exatamente fazer.

- Claro... – ele se levantou.

O caminho até o carro foi em completo silencio. Ele novamente abriu a porta para mim, quando deu partida o carro falhou duas vezes, até que ligou e fomos. Durante o caminho ele ligou o radio, deixou em um volume agradável, a música que tocava era romântica e muito agradável, deixei minha mão ao lado do meu corpo, olhava para frente, lembrando-se do que acabara de ocorrer, desperto quando sinto outra mão em cima da minha. Minha mão “involuntariamente” começou a acariciar a dele. Ele me olhou e sorriu.

Quando chegamos, acho que ficamos alguns minutos parados, parecíamos dois adolescentes no primeiro encontro, não sabíamos o que falar ou fazer, ele parecia completamente inexperiente com mulheres, ou seria eu? Falamos ao mesmo tempo.

- A noite foi ótima. – rimos.

- Catherine, sobre mais cedo... – ele me olhava, gesticulava com as mãos tentando procurar palavras, mas não sei o que deu em mim, apenas me curvei e o beijei novamente. Coloquei minha mão em seu rosto, foi um beijo simples, mas demorado, ele me puxou para mais perto, mas não teve sucesso, o cinto de segurança impossibilitou. Não pensei duas vezes, a não ser solta-lo, cheguei mais perto dele. Paramos, nossos olhos se encontravam, a luz da rua possibilitava a visão de seus olhos, eles eram lindos. Não sei o que me deu, mas apenas falei.

- Eu tenho que ir. – me afastei dele, mas lhe dei um ultimo beijo, abri a porta, antes de fechá-la falei. – Tchau... Até amanha.

- Tchau...

Não sei se era impressão minha, mas minhas pernas estavam correndo em direção à porta? Antes de entrar abanei para ele, partiu antes que pudesse terminar de abrir a porta. Comecei a tentar processar tudo o que havia acontecido. Sai para jantar com Conrad Ecklie, vi que ele é uma ótima pessoa, e eu o beijei. Isso esta certo? Fui dormir, precisava ter uma conversa de perto com meu travesseiro.