As coisas rodeavam a cabeça de Draco, tudo parecia mais confuso do que qualque outra coisa. Narcisa fechava a porta, enquanto Lúcio sentava-se na beira da cama, com um olhar tão demoniaco quanto de qualquer outro. 

- As coisas, não são tão fáceis, meu filho.

- Não me diga. - ele engoliu a angustia e foi como se estivesse comendo espinhos.

- Fale logo, Lucio. - ordenou Narcisa caminhando lentamente e parando na janela.

Draco sentou-se também e fitou o teto do seu quarto escuro, ele sentia vontade de acabar consigo mesmo. 

- Nunca quis ser um comensal da morte... Nunca foi meu desejo.

- Isso vindo de você, é chocante. - disse Draco ironicamente. 

- Pare com isso.! - falou sua mãe com olhos cheios de lágrimas.

Agora o silencio habitava o quarto sombrio, seu pai finalmente falou:

- Há muito tempo, bem antes de você nascer. Já era temido como um Lorde do poder, ele a maioria das vezes usava as pessoas depois as matava. Foi uma época horrivel, se não fosse pela sua mãe, Draco eu não teria conseguido continuar com tudo. 

- Com tudo, o que?

- A mesma coisa que ele fez com você, fez comigo Draco. 

- Obrigou você a se tonar um deles? 

- Sim, ele usou as lembranças que eu tinha da sua mãe, usou isso para me chantagear e me obrigar a fazer essas... essas coisas horriveis. 

Draco não respondeu ele sentiu o desespero na sua voz. 

- Mas permanecemos juntos, pois eu disse que também queria ser uma comensal. - sua mãe falou. - Então ele deixou o seu pai em paz, e parou de tortura-lo com aquilo. - ela olhou para o horizonte. 

- Eu tinha medo que acontecesse alguma coisa parecida com você, jamais quis esse destino pra você...

- Eu lhe avisei Draco, eu disse para manter sua mente limpa sem lembranças de nada que ele pudesse usar contra você.

- Eu não sabia...

- Eu sei disso, mas não tive coragem de lhe falar. - sua mãe estava arrasada. - não sou uma comensal, apenos finjo ser. 

Draco estava rodeado de informações.

- Quero que me ouça agora.

seu pai agora estava com olhos vermelhos e dsitantes, mal o reconhecia com as olheiras e a pele muito pálida. 

- Gosta dessa garota? 

- Daria minha vida por ela.

- Então você tem que deixa-la ir, é esse o destino que quer para ela? Que ela se torne algo como você? ou piro, que ele a destrua? Sabe do que ele é capaz, vocÊ sabe.

Agora estava tudo acabo. Então era isso que tinha que ser feito, não é? Draco deveria deixa-la para não a perder. 

- Eu não posso deixa-la, eu não posso... é ela entende? é a Luna.

- É você que decide, se gosta mesmo dela, vai saber o que fazer.

Agora nada mais importava, a não ser a sua decisão.

As coisas que seu pai lhe falou, fez sentindo depois de um certo tempo, a noite ja estava ali e ele só conseguia pensar no sacrificio de todos. Seu pai, sua mãe, se sacrificaram pra ficarem juntos, mas ele não podia fazer isso com a Luna, era loucura e ele a amava demais para ve-la partir de tal forma. Agora tudo dependia do que ele iria fazer. Pior do que se tornar um deles, era perder a Luna então era óbvio o que deveria ser feito. Como fazer, é que era a questão. 

Uma noite sem sonhos bons, apenas com as lembranças da Luna morta e seus pais sendo torturados, parecia que estava em um pesadelo e não tinha como escapar, acordou de manhã e desejou com toda a sua alma que aquilo tudo não passasse de um sonho ruim, mas não. Lá estava ele com o sofrimento egasgado no seu pescoço. Sabia que voltaria para Hogwarts naquela tarde, e sabia mais do que ninguém que era doloroso voltar para lá e saber o que viria depois. 

Já estava organizando suas coisas, agora era só voltar para Hogsmeade e entrar em Hogwarts e tentar não sofrer mais. Ia ser doloroso, mais do que qualquer coisa, mas ele tinha que liberta-la ele precisava fazer isso.