Vas Happenin London! escrita por Line and Gabs


Capítulo 12
Love Is a Fight


Notas iniciais do capítulo

oooooi gente! Desculpa a demora! Mas aqui está mais um capitulo!



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  Eu entrei no avião com os olhos cheios de lagrimas, me sentei no meu lugar e graças a Deus eu tive a sorte de ir sozinha, ninguém do meu lado. Cobri meu rosto com as mãos e desabei a chorar, não era possível que eu tinha desistido tão fácil. Eu me sentia péssima, agora eu estava a caminho de casa e não podia mais voltar para Londres, para os braços do Harry, e isso me deixava com mais vontade de chorar. Depois de tanto protestar eu cansei de lutar contra o sono e dormir. Foi uma péssima ideia, pois eu sonhei com ele.

  Não foi um sonho calmo, eu estava chorando desesperadamente e ele me abraçava o mais forte que conseguia, mas não era o suficiente. Nós sabíamos que não seria fácil, por mais que tentássemos. Quando eu finalmente olhei para ele, eu vi as lágrimas que ele segurava, eu não sabia o que dizer minha voz saiu rouca e falha “Our time is running out. And our time is running out. You can't push it underground. We can't stop it screaming out”. Ele me olhou um pouco confuso, mas eu o ignorei, o puxei para mais perto de mim e o beijei. Quando finalmente parti nosso beijo, mais uma vez minha voz saiu falha: I tried to give you up, but I'm addicted. Now that you know I'm trapped”.

  Eu acordei assustada e tentei acostumar meus olhos a claridade que vinha da janela do avião, uma aeromoça passou por mim e eu perguntei quanto demoraríamos, ela me informou que em menos de duas horas estaríamos em São Paulo. Meu coração doía intensamente, eu havia dormido a viajem toda, o que foi muito bom, mas eu tinha sonhado com ele e não me ajudava muito. Peguei meu Ipod dentro da bolsa e coloquei a música do meu sonho. Nosso tempo havia acabado e eu sabia que isso estava acabando não só comigo, mas com ele também. Agente tinha se deixado envolver de uma forma muito intensa e agora estava mos separados. Eu havia me entregado a um amor cheio de incertezas, como na maldita música dizia eu estava asfixiada com todo esse sentimento. Minha mente estava atordoada com tanta coisa, era muito para mim, eu estava prestes a enlouquecer.

●●●

  Assim que peguei minha bagagem e caminhei em direção a saída, avistei papai e mamãe, corri até eles e pulei para uma abraço com a minha mãe. Era tão bom estar de volta. Abracei papai, foi um abraço demorado até “Vai ficar tudo bem” ele sussurrou para mim, e eu agradeci por saber que eles estavam comigo. No caminho de volta para casa foi silencioso, e eu mais uma vez agradeci mentalmente por isso. Quando chegamos em casa eu me sentei no sofá e fiquei encarando a casa que eu havia deixado a um mês atrás, a casa que tinha lembranças tão boas. Minha mãe apareceu e puxou a poltrona que ficava perto do sofá ficando de frente para mim.

- Minha querida... – ela começou a dizer pegando na minha mão – eu senti tanto sua falta, você não imagina o quanto. Essa casa sem você não é a mesma coisa.

- Eu também senti sua falta mãe – eu falei quase em um sussurro.

- Eu sei que seu coração e sua mente não estão aqui, mas eu preciso ter essa conversa com você o mais rápido possível, ela não pode esperar. – ela disse tentando achar as palavras certas, eu olhei-a e ela estava quase chorando e aquilo fez meu coração doer mais ainda.

- Eu não sei o quanto você gosta desse garoto, o quanto ele gosta de você, mas eu posso ver pelo seu olhar que o que você está sentido é verdadeiro e eu não vou impedir que você sinta isso, seria meu pior erro. Eu fiquei muito preocupada quando sua tia me ligou contando do seu acidente com aquelas meninas, isso é o que mais me preocupa, mas eu não consigo suportar ver sua dor. Então se você acha que vale a pena lutar para ficar com ele, lute! Mas nunca se esqueça que eu amo você, seu pai me apoia, nós queremos sua felicidade.

  Ouvir aquelas palavras da minha mãe, fez com que meus olhos já inchados de tanto chorar trazerem mais lagrimas à tona. Eu não sabia o que responder, as palavras estavam perdidas dentro de mim e eu sabia que não conseguiria dizer nada com nexo, então eu apenas a abracei em resposta. Ela começou a chorar e sussurrou “Minha pequena, você já é bem crescidinha, já sabe tomar suas próprias decisões. E eu sei que você vai escolher o melhor para você”.

- Obrigada mãe.

●●●

  Nos dias que se passaram, alguns amigos e familiares foram me ver, perguntaram sobre a tia Meg, Jared e como era Londres, mas sempre tinha um que acabava com tudo e me perguntava sobre o Harry, eu não conseguia me controlar e sempre lágrimas teimosas surgiam denunciando minha dor.  Não estava sendo fácil e algumas pessoas não entendiam ainda a minha ligação com o Harry, eles não entendiam que ele havia se tornado meu mundo, e que eu estava sofrendo intensamente por não estar com ele. Eu tentei algumas vezes falar com ele sem muito sucesso, mandei mensagens, mas nada, entrei em alguns sites e fiquei sabendo que eles estavam fazendo uma pequena turnê pelo Reino Unido, isso explicava o por que de eu não ter respostas dele. Mas isso não acalmou meu coração.

Lentamente fui retomando minha vida monótona que eu tinha antes de ir para Londres, eu até fui ao cinema com algumas amigas! Já haviam se passado quase uma semana e meia, desde que eu retornei e a falta de contato co o Harry estava me irritando, eu tentava falar com ele, mas eu nunca conseguia e ele não dava sinais de que estava me procurado.

- Filha você tem certeza de que não quer ir conosco? – minha mãe ainda perguntava pela centésima vez se eu não queria ir ao jantar de aniversario do meu tio.

- Mãe, eu já disse e quero fica em casa. Por favor.

- Tudo bem querida, eu só fico preocupada. Mas se você não quer ir, tudo bem.

- Obrigado mãe.

  Na verdade, eu evitava sempre qualquer tipo de reunião em família, eles sempre me tiravam do sério, e agora mais ainda! Mas eu também não fui uma total desconsiderada, eu liguei para o meu tio desejando parabéns e disse que estava doente e que não poderia ir, minha mãe não ouviu isso.

- Já estamos indo querida, qualquer coisa meu celular ficara ligado. E eu deixei um dinheiro para você em cima do balcão da cozinha caso você queira pedir algo para comer. – papai disse e eu estava tão sonolenta jogada no sofá que apenas levantei a mão e disse um “obrigado” que nem eu mesmo entendi.

 Maravilha, agora eu estava sozinha em casa, e poderia dormir até meus pais chegarem, eu sabia que meu iria me carregar até meu quarto, ele sempre fazia isso. Eu reuni um pouco se coragem e peguei o controle remoto da TV e fui mudando de canal, até ouvir alguém bater a porta. Pera! Bater na porta? Me levantei do sofá num pulo e peguei uma almofada, e sei que se fosse um bandido me defender com uma almofada não iria ajudar, mas enfim.

  Fui até a porta, tremendo de medo.

- Quem é? – péssimo! E isso por que eu sempre jugo as garotas dos filmes de terror.

- Eu acho que se você abrir a porta seria mais gentil.

  Meu coração quase saiu pela boca quando eu ouvi aquela voz, eu conhecia muito bem de quem era.

- Harry! – eu destranquei a porta em meio ao meu desespero, e lá estava ele. Com uma bolsa nos ombros, jeans e com a camiseta do Ramones e com o meu sorriso preferido no rosto.

Eu não sabia o que falar, apenais fui em sua direção e o abracei o mais forte que eu podia, finalmente meu coração parava de doer, eu tinha minha razão de viver nos meu braços novamente.

- Eu senti tanto a sua falta – ele sussurrou no meu ouvido – Você não imagina o quanto.

- Eu também senti sua falta, eu pensei que você tinha desistido – eu sussurrei com a voz baixa.

- Eu nunca iria desistir, eu te fiz uma promessa.

  Eu o larguei por um momento e olhei nos seus olhos, que tinha um brilho que eu tinha certeza que o meu olhar também tinha. Ficamos nos encarando por um momento absorvendo tudo aquilo, a sensação de ter ele de volta me fazia querer sair gritando pela rua. Depois de um tempo ele me puxou pela cintura e logo meus lábios estavam colados ao dele, nossos beijos sempre foram mais intensos, mas esse eu sentia a urgência, a saudade que nos tínhamos um do outro. Eu o puxei para dentro de casa sem parar de beija-lo. Ele largou a bolsa e me puxou para mais perto dele. Obrigado mãe e pai por não estarem em casa.

  Eu estava quase sem fôlego, mas eu não parti nosso beijo. Eu ainda tentava formular alguma frase quando chegamos ao meu quarto. Eu me sentia cada vez mais feliz por ter ele comigo, nada mais importava. Seu beijo, seu perfume, o calor que nossos corpos irradiavam me davam a certeza de que ele seria para sempre meu. Ele parou de me beijar por um instante.

- Eu te amo. – Harry sussurrou pra mim.

●●●

  Na manhã seguinte era clara a bagunça que eu e o Harry fizemos no meu quarto. Mas eu não estava em ai, eu percebi que ele não estava ao meu lado, o que me fez ficar um pouco desesperada, será que tinha sido um sonho? Eu me sentei na cama e percebi que eu ainda não tinha ficado totalmente louca, ele estava em pé perto do meu mural olhando minhas fotos.

- Bom dia – eu disse me levantando da cama e indo até ele.

- Bom dia. – ele passou o braço pela minha cintura e me deu um beijo na testa.

- O que foi? – eu perguntei curiosa

- Você parece muito feliz em todas essas fotos. E isso me faz pensar que nos não temos nenhum foto juntos.

- Temos sim! Se você não se lembra tem uma foto nossa bem grande estampada em um jornal, primeira capa Harry!

- Engraçadinha você. Mas você entendeu o que eu quis dizer. – eu comecei a rir dele e ele me calou com um beijo.

- Certo, eu vou tomar um banho e dar um jeito no meu cabelo de depois tiramos quantas fotos você quiser.

- Você podia me convidar. – ele disse me fazendo ficar de frente pra ele

- Convidar?

- Pra tomar banho com você.

  Eu apenas sorri e o puxei para o meu banheiro. Acho que nem quando eu era criança eu ri tanto enquanto eu tomava banho, e eu percebi que ele me fazia rir até com as pequenas coisas, eu era feliz apenas por ter ele comigo. Depois de tempo, ficamos apenas abraçados enquanto a água caia sobre nos. Ele acariciava minha costas e eu ficava arrepiada com cada toque dele.

- Your body is a wonderland. Damn baby! You frustrate me. I know you're mine all mine all mine.  – ele sussurrou para mim.

Eu olhei para ele e comecei a beija-lo.  Eu já sabia qual era minha decisão, eu iria ficar com ele para o resto da minha vida. Eu o amava e tudo o que os estávamos sentindo era verdadeiro.


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Notas finais do capítulo

As músicas que eu citei são "Time Is Running Out - Muse" e "Your Body Is A Wonderland - John Mayer". Comentem e nós digam o que acharam! Beeijos :) xx (@ZaynBed)