Vas Happenin London! escrita por Line and Gabs


Capítulo 13
Não uma opção, mas sim a nossa escolha


Notas iniciais do capítulo

Heeeey pessoal! Espero que gostem, estamos caminhando para o final... @LoveSickFor1D :)



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Quando saímos do quarto olhei pelo corredor, espiando, para ver se meus pais estavam por ali. A casa estava silenciosa, porém ouvi um barulho vindo da cozinha e presumi que eles estivessem tomando café da manhã. Puxei Harry para fora do quarto e sussurrei:

- O que vamos fazer agora?

- Suas malas! Você vai voltar comigo...

- Tô falando sério! Sim vou voltar, mas como vou contar isso pra eles?

- Eu posso falar por você?

- Como assim? O que você vai dizer?

- Só fica tranqüila e deixa comigo ok? – ele me deu um selinho enquanto eu ainda o olhava sem entender. Ele me pegou pela mão e começou a me puxar sem ter noção nenhuma de para onde estava indo.

- Hey! A cozinha fica por aqui!

- Ah, ok! Você é uma péssima anfitriã, nem me mostrou a casa...

- Como se você tivesse me dado a oportunidade de fazer isso ontem a noite, né?!

- É, tem razão... Eu estava com muita saudade. – Ele me pegou pela cintura e me beijou novamente.

- Ta, agora vem. – eu disse o puxando dessa vez.

Entramos na cozinha e mamãe e papai estavam sentados conversando, já haviam acabado de tomar café e eu de repente fiquei sem saber o que fazer. Como explicar que até ontem estava numa melancolia enorme por causa de Harry e agora estava aqui, de mãos dadas com ele, prestes a dizer que estava voltando para Londres. Eles nos olharam e minha mãe sorriu para Harry, enquanto papai ficou totalmente sem expressão, apenas sério, e nos olhando sem quase piscar.

- Bom dia pai, bom dia mãe.

- Bom dia, querida – disse mamãe.

- Bom dia – disse Harry. De repente senti o suor da mão dele na minha, ele estava começando a ficar nervoso.

- Precisamos conversar – eu disse.

- Também acho. – disse meu pai.

- Na verdade, eu preciso primeiro me esclarecer. – disse Harry.

- Melhor ainda, - disse papai novamente – sente-se.

Ele apontou a cadeira para Harry, ele se sentou e eu me sentei ao lado dele. Harry começou bem pelo princípio de tudo mesmo. De como ele se sentiu quando me viu pela primeira vez, de como ele foi se apaixonando, de como ele ficou totalmente desnorteado quando pensou que ia me perder e de como de repente tudo perdeu o sentido quando ele se viu sem mim aquele dia no aeroporto. Eu o interrompi e contei como ele havia chegado ontem à noite e dispensei as partes que aconteceram em meu quarto, é claro. Então depois de todos os fatos, Harry disse:

- É por isso que eu preciso estar ao lado dela. Vim até aqui com o propósito de levá-la de volta, para ficar comigo para sempre, no que depender de mim. Sei que ela quer a mesma coisa. Sei também que para vocês isso não deve ser nem um pouco fácil, afinal ela é filha de vocês, mas eu prometo que vou fazê-la muito feliz, aliás, desde que a conheci vivo para isso. Falo tudo isso agora com minhas pernas tremendo de tanto medo de vocês a proibirem de vir comigo, porque não vou suportar ter que me despedir mais uma vez dela. – ele fez uma pausa olhou para mim como quem dissesse que já não sabe mais o que falar, mas então ele continuou – Me dêem uma chance, por favor. Eu sei que vocês podem pensar que eu a fiz sofrer, mas eu juro que se eu pudesse voltar no tempo e impedir que acontecesse tudo de ruim que a fiz passar, eu faria. Mas eu quero esquecer isso, e quero cuidar dela ainda melhor, porque eu a amo, de verdade e preciso muito dela, pode parecer egoísta, mas eu preciso. Só eu sei o quanto ela me faz bem e o quanto ela significa para mim.

Podia jurar que meu pai havia dado um pequeno sorriso, acho que todo esse discurso do Harry havia amolecido ele um pouco. Minha mãe então quebrou o silêncio e começou a dizer:

- Dá pra ver nos seus olhos que você está falando a verdade. E pra um cantor super famoso, largar tudo e simplesmente vir pra outro país atrás de uma garota, sem se importar com tudo o que vão dizer sobre ele em sites, revistas e tudo mais, é uma grande prova de amor. Sei que minha filha já é bem grandinha e sabe se cuidar. Aliás, tem a Tia dela lá que pode te dar uns puxões de orelha por mim se você fizer algo errado com ela. Só peço que, por favor, não a tire de mim desse jeito. Vou sempre querer notícias sobre ela, e não quero passar anos sem a ver, por favor!

- Mas é claro que não! Eu prometo – disse Harry.

- E se lembre de que ela pode estar seja aonde for, nós nunca vamos a esquecer. Ela é nossa filha e esse amor ninguém pode superar também. – disse meu pai. – Se ela quer voltar com você, não sou eu quem a vai proibir. Mas é bom você cumprir com sua promessa, garoto.

- O senhor pode apostar que vou.

- Filha, - disse meu pai se levantando e pegando pela minha mão, me colocando de pé também e me dando um abraço – eu te amo muito.

- Eu também te amo, pai. – Meus olhos se encheram de lágrimas e não pude evitar. Senti os braços de minha mãe me envolvendo por trás e comecei a pensar no quanto eu era grata a eles. Eles eram os melhores pais do mundo. Eles estavam abrindo mão de me ter ali ao lado deles todos os dias para me ver feliz. Eles iriam sentir minha falta, mas sabendo que do outro lado do mundo eu estaria com um sorriso no rosto. Sei que nada, jamais, irá apagar o amor que tenho pelos meus pais. E isso é forte o bastante para durar por toda a eternidade.

•••

Harry estava fazendo umas ligações e comprando nossas passagens de volta, enquanto eu arrumava minhas malas. Dessa vez eu estaria indo para ficar então estava levando o dobro de coisas. Me despedi de meu quarto e de minha casa. Sabe-se lá quando eu estaria de volta, esperava que breve, mas mesmo assim senti um vazio. Eu amava o Brasil, só agora eu percebia o quanto. O lugar onde nasci, minha família, amigos, tudo. Antes de ir, fiz uns telefonemas para as pessoas mais especiais que não daria tempo de me despedir. Quando finalmente estava pronta, sentei em minha cama apenas para absorver tudo por uns instantes. Harry sentou-se na minha poltrona, de frente para mim, pegou em minhas mãos, olhou em meus olhos e disse:

- Eu tenho noção do que estou te pedindo. Sei a saudade que você vai sentir e o tanto que tudo aqui vai te fazer falta.

- Mas eu estou tomando essa decisão junto com você.

- Sim, eu sei. Mas eu não estou abrindo a mão de nada, enquanto você está perdendo tudo.

- Não estou perdendo. Vou levar tudo isso comigo, para sempre. Isso ninguém pode mudar. O que vivi aqui, faz parte de mim.

- Só quero que você nunca se arrependa.

- Isso depende de você.

- Tem razão, depende de mim. Então eu prometo que não vou deixar você se arrepender. Cada dia ao teu lado vai ser um novo dia da minha missão, um novo dia para te fazer feliz. Eu te amo minha pequena... Vamos ficar juntos para sempre. – Dizendo isso ele me abraçou. E era o que eu precisava naquela hora. Sem beijos, sem paixão ou aquele calor envolvente. Apenas um abraço significando o carinho que ele tem por mim. Aquele gesto mais do que qualquer outro me mostrou o quanto ele se importava comigo.

Chamamos um táxi para que nos levasse até o aeroporto. Dei um abraço demorado em meus pais e minha mãe começou a chorar, como eu esperava.

No carro, Harry não soltou minha mão nem por um minuto. Quando chegamos, levei um susto, porém eu deveria ter imaginado. Logo na entrada do aeroporto havia milhares de fotógrafos e pessoas querendo falar conosco. Fãs histéricas gritando por Harry e é claro, me xingando. Havia um mar de gente em volta de nós, e então apareceram vários seguranças nos cercando e apontando uma direção para que pudéssemos passar. Senti alguém puxando meu cabelo, porém foi muito rápido e nem consegui ver quem era. Aquilo era apenas o começo, mas nada me abalaria dessa vez. Não ia voltar atrás. E que se dane! Eu era mesmo a namorada de Harry Styles e não ia perdê-lo nunca mais.

Quando finalmente entramos no avião toda aquela adrenalina havia sumido. Ele segurou em minha mão e eu apoiei minha cabeça em seu ombro e ele começou a dizer:

- Imagina como vamos ser felizes agora... Nada de despedidas, nada de incertezas. Nada mais vai te machucar porque eu não vou permitir que isso aconteça. Eu nunca mais vou falhar contigo, eu prometo...

- Mas aquilo com as fãs, não foi sua culp... – ele colocou o dedo em meus lábios e fez “shiu” para que eu não o interrompesse.

- De certa forma foi sim. Porque você teve de sofrer por quem eu sou. Infelizmente eu sempre vou ser visto como o Harry da One Direction, mas isso não impede que eu seja outro cara, o cara que eu verdadeiramente quero ser ao seu lado. Eu quero ser o seu Harry, o namorado protetor, carinhoso, ciumento e insaciável... E você sabe o que eu quero dizer com isso!

- Safado! – Ele riu e eu também não conseguir conter o riso.

- Bom, deixando a parte física de lado, na qual por acaso a gente se dá SUPER bem, eu quero me imaginar ao seu lado daqui a 10, 20, 30, 40, 50 anos... E fazer isso se tornar realidade, porque eu sei que eu nasci pra você assim como você nasceu pra mim.

Levantei de seu ombro para que eu pudesse o olhar nos olhos. A luz que entrava pela janela do avião os fazia brilhar ainda mais, seus lábios fechados sem mostrar seu belo sorriso o deixavam levemente sério, ao mesmo tempo em que me enlouquecia de vontade de beijá-lo. Ele levou uma de suas mãos até minha bochecha e deslizou levemente até minha nuca, chegou bem perto e disse baixinho:

- Você vai ser minha pra sempre?

- Para todo o sempre. – e então eu parti para o beijo. É claro que ainda não tínhamos matado totalmente aquela falta que um sentiu do outro durante o tempo em que ficamos separados, então pra variar, o beijo foi se intensificando e ele levantou o braço da poltrona do avião que nos separava e foi me encostando na janela, me beijando cada vez mais agressivamente, senti sua mão em minha barriga passando até minhas costas, e nesse momento ouvi alguém forçar um pigarro e dizer:

- Com licença... – paramos de nos beijar e me lembrei de onde estávamos. A aeromoça nos encarou e disse:

- Precisam de alguma coisa?

- Privacidade talvez. – Brincou Harry e eu não pude segurar um riso baixinho, mas a aeromoça estava com uma cara de “não estou pra brincadeiras, otário” que eu me arrumei e dei uma cotovelada em Harry para ele fazer o mesmo, e ele fez, mas de má vontade.

- Desculpe – eu disse. – Não precisamos de nada no momento, obrigada.

Ela deu uma encarada final na direção de Harry e continuou andando pelo corredor.

- Mas que droga!

- Relaxa amor, vamos ter muito tempo pra ficarmos juntinhos – dei um selinho nele.

- Sim, na nossa casa. – ele disse, sério.

- Nossa casa?

- Tenta dormir um pouco agora e eu vou fazer o mesmo, porque estou cansado, esse fuso-horário me deixa confuso.

Agora foi a vez dele de apoiar a cabeça no meu ombro, ele fechou os olhos e mesmo querendo explicações sobre aquilo, decidi tentar dormir um pouco também.

•••

Desembarcamos e Harry pegou seu carro já que haviam deixado no estacionamento do aeroporto antes de ontem.

Ficamos conversando bastante, mas de repente me dei conta de que não estávamos fazendo o caminho até o condomínio da casa dele e de Tia Meg.

- Você tem que passar em algum lugar?

- Como assim?

- É que você está fazendo um caminho diferente... Pensei que estivéssemos indo para sua casa.

- E estamos.

- Hã? Quer me explicar, por favor?

- Você vai ver... Aliás, vai ver agora, porque já chegamos.

Ele estacionou em frente a uma casa que tinha uma fachada simplesmente maravilhosa! Tinha três andares contando com a garagem, tinha um jardim lindo na frente e a porta de entrada era muito chamativa. As sacadas lá em cima com certeza dariam para uma vista de um belo bairro, já que todas as casas ao redor seguiam o mesmo padrão.

- Que lugar é esse? – Ele desceu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim, e só então respondeu:

- Minha nova casa... Ou melhor, nossa.

Fiquei abismada.

- Deixa eu ver se entendi... Você se mudou?

- Sim.

- E está me convidando para morar com você?

- Sim. E considerando que você não tem casa aqui, nem preciso fazer o pedido oficial porque a sua resposta inevitavelmente será “sim”.

- Idiota – dei um tapa nele, do qual ele se desviou. – eu posso dizer não e ir morar com a minha tia... Ou melhor, voltar para o Brasil. O que acha?

- Nunca mais repita isso! – ele me puxou pela cintura e me beijou.

- Ta, agora é sério, - disse ele – lembra que na primeira vez em que você foi até minha casa eu disse que eu e Louis estávamos de mudança? Que tínhamos concordado em que cada um teria seu próprio lugar agora?

- Sim, e daí?

- E daí que tanto ele quanto eu encontramos os lugares perfeitos para cada um, e no meu caso, para mim e para você.

- É sério isso? Nós vamos morar juntos?

- Algum problema? Você não quer?

- Quero! Mas é que... É muito rápido!

- Meu amor, com a gente tudo foi muito rápido! Nos apaixonamos muito rápido e nem por isso significa que não foi bom... Pelo menos pra mim foi a melhor coisa que já me aconteceu. E aí, topa? – Pensei no que ele disse e ele tinha toda a razão.

- Preciso conhecer a casa primeiro – cruzei os braços e banquei a difícil.

- Claro, madame!6

Ele pegou em minha mão e me puxou para a entrada, quando ele abriu a porta, ele me pegou no colo e entrou desse jeito comigo, como se fossemos recém-casados. Entrei em cada cômodo e tudo parecia um sonho! Era a casa perfeita! Comecei a me imaginar ali com ele, em cada espaço... E tudo ficava ainda mais perfeito na minha cabeça. Quando chegamos no quarto que seria nosso, com tudo perfeitamente mobiliado, vi que em cima da nossa cama estava uma caixinha pequena com um laço.

- O que é aquilo? – perguntei. Ele deu de ombros.

- Por que você não abre? – ele colocou as mãos no bolso, piscou e esperou que eu fosse até lá ver. Me joguei na cama de bruços e peguei a caixinha. Quando abri tinha um anel de prata, simples e lindo. Então percebi que dentro, tinha uma frase gravada: “Nunca desistiremos de nós”. Olhei para ele e ele mostrou a mão dele com um anel igual.

- O que significa isso?

- Isso? – disse ele também se deitando de bruços ao meu lado. – é um anel de compromisso.

- É lindo!

- Os garotos disseram que você ia gostar...

- Os garotos?

- É. Liam, Zayn, Niall e Louis foram comigo comprar antes de eu correr para o Brasil.

- E por que você não levou o anel pra mim no Brasil?

- Porque a intenção era fazer você vir buscá-lo e ficar aqui permanentemente.

- E se eu não viesse?

- Na minha cabeça nunca existiu essa opção. Não costumo perder o que é importante pra mim.

- E eu sou assim tão importante pra você?

- Mais do que imagina. – Dizendo isso, ele me beijou.


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