Os Weasley - Victoire escrita por Harley K


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, estou tão feliz por minha criatividade ter retornado e com força total! xD
Sinto a inspiração vindo da diva da Miller. *-*
Beeem, fim de domingo e aqui estou com mais um capítulo para vocês.
Confesso que gostei muito de escrever esse. Nós sempre somos tomados por dúvidas e quase sempre temos tanto medo de encarar a verdade que fingimos não entender o que está acontecendo conosco, não é assim? Ao menos é assim comigo!
Espero sinceramente que vocês gostem do capítulo. ;)
Boa leitura.



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Dois meses depois...

Victoire sempre gostou bem mais do final do ano, do que do seu inicio.

Os tempos de festas sempre a deixavam um pouco sentimental e ‘bem mais humana’, como diziam seus dois irmãos mais novos.

Sempre adorou ganhar presentes e a proximidade do Natal a fazia pensar em renovação e em família. A expectativa a dominava, deixando-a um tanto elétrica.

Sentia falta de Louis, seu irmão caçula. Pensou nisso enquanto admirava um dos vários porta-retratos no console da lareira, que continha fotos dos três irmãos. Ela e Dominique não eram parecidas, nem fisicamente como também não em gênio e afinidade. Quanto a Louis, a situação era diferente. Ambos eram loiros como a mãe. Amavam o mundo glamoroso ao qual tinham acesso graças ao meio em que nasceram e ambos sabiam utilizar-se desse mundo para seus próprios benefícios, fosse para o trabalho ou para sua vida particular.

Victoire sabia que para muitos, eles eram apenas dois irmãos meio fúteis, muito vaidosos e que tinham um imenso amor próprio, chegando às portas do egoísmo.

Quantas vezes já não ouvira pessoas sussurrarem pelos cantos que ela era muito egoísta e narcisista para se dar o trabalho de reparar nos outros ao seu redor?

Depois de um tempo, ela se negara a sentir-se triste e incomodada com aqueles comentários.

Sabia ser chata muitas vezes e também intratável em certos assuntos, mas seu amor por sua família não podia ser posto a provam muito menos contestado. Ela não admitia que duvidassem de seu apreço por cada Weasley e Potter, que formava sua excêntrica família.

Ultimamente ela passara ouvir pelos corredores da Weasley S. A., que estava diferente. Mais suave e menos egoísta.

Era obrigada a concordar com todos aqueles buchichos e se perguntava o porquê da tal mudança em si mesma.

Talvez Teddy tivesse algo a ver com aquilo, conjecturou.

O homem a fizera desacelerar o ritmo de trabalho. Fazia com que ela passeasse nos finais de semana e também que ligasse, eventualmente, para alguns de seus primos só para “saber das novidades”.

Torceu o nariz, ao imaginar que logo os rumores seriam de que Victoire Weasley agora era uma mexeriqueira, isso sim.

Por que ela se permitia acatar as ideias do Lupin?

Por Deus, por que ainda continuavam a se encontrarem e a se entregarem a uma paixão, que muito distante de arrefecer parecia só crescer?

Estava se sentindo confusa, nos últimos meses.

Teddy passara a dormir em seu apartamento algumas noites, mas a maioria das vezes era ela quem dormia na casa dele. Já até tinha roupas no closet dele!

Pensativa, se aproximou um pouco mais da lareira. O fogo estava baixo, e ela adicionou lenha, obser­vando os violentos estalos. Talvez suas emoções estivessem assim, brandas e cuidadosas até que Teddy entrara em sua vida. Agora sabia como era se sentir em chamas, ser tomada por um calor ardente.

Aquilo a assustava. Teddy tinha a habilidade de fazê-la deseja-lo com uma paixão desinibida e irrestrita. O poder de fazê-la pensar nele nos momentos mais estranhos e inoportunos. A cada hora que passava ela se pegava direcionando seus pensamentos para aquele homem incrivelmente irritante e... Delicioso.

Sorriu ao lembrar-se da “aventura” da ultima noite. Ela nunca havia tido relações sexuais dentro de um carro, mas na noite passada aquele homem a convencera a isso. Estavam os dois na casa dele e o homem a seduzira a ir até a garagem, entrar no carro dele e a... Bem, a fazer aquilo.

Victoire afastou-se da lareira e se aproximou da janela. Ela precisava entender o que estava acontecendo com suas emoções. Ela estava aterrorizada com seus sentimentos, essa era a verdade.

Não era para haver sentimentos, droga. Era só um caso. Aquilo que tantos outros chamavam por sexo casual.

A regra era apenas se divertir, usufruir e não se ligar a pessoa com a qual estava dormindo, mas é claro que com ela tudo tinha que se complicar não é? Nada podia ser como devia ser. A equação tinha que se tornar a cada momento mais difícil, com maiores desafios a serem encarados e solucionados.

Ela não gostava da ideia de que pudesse estar...

- Querida, no que tanto está pensando? – Fleur Weasley perguntou a filha, enquanto envolvia seus braços na cintura dela, fazendo com que Vic interrompesse seus pensamentos. – Parece perdida em reflexões...

Victoire inspirou o bom e reconfortante perfume da mãe.

Era tão bom estar em casa. Sim, ela considerava ainda nos dias de hoje, aquele pequeno e charmoso chalé como sua casa. Crescera ali, brincara em cada cômodo com seus irmãos. Aguentara os eventuais castigos na infância e chorara no colo dos pais quando se machucara. Sorrira contente em noites de inverno, enfrente a lareira com uma xícara de chocolate quente nas mãos, enquanto ouvia histórias mágicas contadas pelo pai.

Suspirou nostálgica. Em certos momentos desejava ardentemente poder voltar a ser criança.

 - Mamãe, como é estar apaixonada? – perguntou a queima roupa.

Fleur levantou a cabeça do ombro da filha e encarou o perfil dela, piscou umas duas vezes e então perguntou:

- Apaixonada?

Victoire assentiu e permaneceu olhando pela janela.

- É maravilhoso, querida. – sorriu. – É também aterrador.

Victoire virou-se para encarar os olhos maternos, engolindo em seco.

- E como se tem certeza de que está?

- Certeza, Victoire? A certeza está no sentir. – Fleur levantou uma mão e a pousou no peito da filha. – Aqui está toda a confirmação. Se tentarmos racionalizar, acabaremos gerando certas duvidas. – sorriu. – Quando olho para o seu pai, por exemplo, sinto que estou segura. Sinto, Vic, que sou amada. É sentir, entende? Não há como definir os sintomas, não é uma doença ou um vírus. É uma dádiva.

Victoire assentiu. Ela imaginava que a resposta seria algo daquele tipo, mas a questão era que tinha problemas em entender exatamente o que sentia por aquele homem que estava mudando sua vida.

O que estava acontecendo com ela poderia ser chamado de amor?

- Estou me sentindo de ponta cabeça, mãe. – reclamou e deitou a cabeça no ombro de sua genitora.

Fleur sorriu encantada. Sua menininha estava mesmo apaixonada pelo Lupin. Sorte Bill já conhecer o rapaz desde seu nascimento, assim não poderia reclamar que um estranho roubava-lhe uma de suas joias.

- Bem vida ao amor, Vic. – saudou delicadamente e puxou a filha para um apertado abraço.

-*-

Teddy estava louco de vontade de pegar o telefone, discar o número dela só para ouvir sua voz, o que era ridículo dissera a si mesmo umas cinquenta vezes na ultima meia hora.

Eles concordaram em diminuir o ritmo, para ver se aquela necessidade física passava.

Realmente já não estava tão apelativa como no inicio do relacionamento ele percebera. Em compensação a necessidade gritante de apenas falar com ela, ouvir sua voz o estava pondo louco.

O que era aquilo afinal de contas, uh?

Alguma síndrome de Victoire que desenvolvera nos últimos meses de convivência?

Por Deus no céu, ele ia até o quarto, ao closet apenas para abri-lo e sentir o perfume das roupas dela. Ridículo!

Se James descobrisse aquilo nunca mais o deixaria em paz, pensou se obrigando a caminhar para fora do quarto pela quarta vez naquele dia.

Ela estava bem. Estava com os pais.

Ambos concordaram ora, em se manter um pouco afastados não foi? Então por que aquela maldita ânsia por ela?

Será que ele estava viciado em Victoire Weasley?

Dirigiu-se para sala e ligou a televisão de cinquenta polegadas que comprara, quando decorara a casa.

Victoire dissera que ele não precisava de tudo aquilo, já que quase nunca assistia televisão. O que ele preferira ignorar.

A casa era dele, o dinheiro também e então ele comprava aquilo o que quisesse. Sem ela perturbar-lhe as ideias.

Mais que droga!, praguejou se levantando do sofá. Será que ele não podia passar uma porcaria de hora sem pensar naquela loira irritantemente linda e doida?

O que é que estava acontecendo com ele? Só podia ser a proximidade do fim do ano. Ele sempre tinha crises na adolescência nesse período.

Analistas disseram a sua avó que era por conta da falta emocional que tinha dos pais.

Bah!

Baboseiras, sempre pensara. Entretanto naquele momento, ali sozinho em sua enorme casa que parecia a cada minuto mais vazia e silenciosa sem o riso daquela loira e sem sua presença, ele começava a acreditar naquele mar de analistas amalucados.

Que outra resposta poderia haver? Ele tinha necessidade de companhia, de afeto. E ele nutria afeto por aquela mulher, mas não estava apaixonado por ela.

Não. É claro que não, afirmou a si mesmo.

Ele era esperto o suficiente para acreditar que não era estúpido ao ponto de se apaixonar por aquela mulher.

Apaixonado? De forma alguma!

Apenas tinha que entender como se tornar livre do vício que passara a ter por ela. Apenas isso e mais nada, pois logo que entendesse isso poderia arranjar uma forma adulta e responsável de por um ponto final naquele relacionamento. Sim por que, e ele tinha certeza, nem Victoire e nem ele queriam ou precisavam complicar uma situação como aquela dos dois, tão irracional.

Sem mais cinemas, sem jantares a luz de velas. Sem sexo em lugares estranhos e sem fantasias também.

Acabariam as coversas de travesseiro, o café da manhã tão espirituoso com uma Victoire Weasley de mau humor matinal... Acabaria aquele perfume delicioso por flutuar pela casa.

Acabaria tudo aquilo. Era aquilo o que ambos queriam, ele estava certo disso.

Então, mesmo com todas aquelas certezas, por que se sentia perdido? Por que o pavor de não mais ter nada daquilo tudo?

Teddy ficou ali, olhando para sua sala de Tv fazia e silenciosa e pensando...


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Meio parado eu sei, mas como disse lá em cima, as dúvidas nos tomam sempre. ^^
Deixem um review na caixinha ai embaixo, please, para que eu possa saber o que vocês estão achando. *-*
Até o próximo (que eu ainda não sei quando sai. :/ )
Beijos



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