Pov's Mathew

– Vem logo, Math! - Anne me puxou para dentro do quarto.

– Eu não acredito que eu tô fazendo isso! - Sussurei para mim mesmo.

– E nem eu acredito que eu vou te ter agora, Mathew... - Anne colou em mim e disse em meu ouvido.

Me jogou na cama, e logo depois se jogou em cima de mim me beijando.

– Anne... - Parei o beijo.

– Não Mathew! Mas que droga, vamos continuar sim... - Anne respondeu irritada, arrancando os botões da minha blusa.

Eu não tive nenhuma ação em tirar a roupa de Anne, pois eu realmente não queria muito aquilo. Talvez no fundo, eu estivesse gostando, só estava com a consciência pesada, por achar que eu estava traindo a Amy, mas ainda não estavamos juntos, então...

– Vai ficar aí paradão, Math? Vem cá! - Anne me puxou para perto dela e arrancou suas roupas num puxão. - Me dá sua mão? - Anne pediu.

Por um momento fiquei parado, Anne revirou os olhos e pegou minha mão colocando em seus seios. Apertei devagar.

– Isso Math... Tá aprendendo! - Anne piscou.

– Puft, como se eu já não soubesse... - Dei de ombros.

Anne riu.

Senti meu celular vibrando dentro do bolso da calça.

– Desliga isso, poxa! - Anne pediu miando.

– Espera aí! - Sai da cama e fui para a varanda.

Era a Amy. Atendi:

– Oi bebê...

– Oi mô! - Amy respondeu animada. - Você tá muito ocupado?

– Não, pode falar! - Gaguejei um pouco.

– Eu queria que você vinhesse comigo para a praça, sei lá... Vamos fazer alguma coisa! Eu quero passar o dia com você.

Vi Anne dentro do quarto fazendo sinal para que eu desligasse e voltasse para lá.

–Vou sim, amor. - Respondi.

– Então, 14:00 você passa aqui?

– Sim! Beijo, eu te amo muito...

– Eu amo mais, meu lindo! - Amy disse desligando.

Voltei para o quarto e peguei minha blusa do chão, vestindo-a novamente.

– Por que tá colocando a blusa? - Anne me encarou.

– Já vou embora e eu não podia ir sem blusa, né... - Disse sarcástico.

– Porra Mathew, mas a gente nem tinha começado!

– E nem vamos terminar, Anne... Desculpa!

– Só por causa daquela coisinha esquisita que você quer ter como namorada? Tenho certeza que sou bem melhor que ela... - Anne se jogou para cima de mim.

– Não, não é... A Amy é única, minha pequena, minha princesa! Vou cuidar dela, até quando estivermos bem velhinhos... Sabe por que? Porque ela sim vale a pena, ela sim merece o meu amor e eu a amo demais! Ela me respeita, me entende. Me aguenta desde que tinhamos sete anos. Nunca cobrou nada de mim, diferente de você! - Tirei Anne de cima de mim e sai.

Eram 10:30 da manhã, quando cheguei em casa. Fui para o meu quarto, tomei um banho e cai na cama. Ainda não tinha caido a ficha que eu quase fiz uma besteira: Eu ia transar com a Anne e ia me arrepender muito depois, até porque já estou arrependido desde o momento em que eu aceitei.

Pov's Amy

Hoje finalmente, vou passar o dia com o Math! Já estava com saudades dessas coisas. Agora me lembrei de quando nos beijamos pela primeira vez, tinha um gosto doce. Ainda tem. Isso parece mesmo um sonho.

Tomei um banho e vesti um short e uma blusa de ombro caido. Arrumei o cabelo e comi uma maçã, ainda eram 13:30. Eu tenho vários planos para hoje. Com certeza vai ser especial, aliás toda vez que eu e o Math estamos juntos, é especial. Não vejo a hora de namorarmos oficialmente. Tomara que não demore muito. Coloquei os fones de ouvido, me deitei no sofá e relaxei. Lembrei de tudo que aconteceu desde o dia da praça, quando eu tinha sete anos, até agora. Não tinha como não me apaixonar por Math, ele sempre foi tão fofo comigo, cuidava de mim o tempo todo. Até pareciamos irmãos, mas desde os dez anos, não era isso que eu queria...

Acho que fiquei muito tempo perdida nos meus pensamentos, porque Math já estava batendo na porta. Fui abrir.

– Oi mô! - O abracei.

– Oi minha linda! - Math retribuiu o abraço, praticamente me esmagando.

– Aí! - Sussurei.

– Desculpa pequena, mas eu precisava mesmo disso! Te ver, te abraçar, tudo! - Math me beijou na testa.

Abri um sorriso enorme com cada palavra dele.

– Acho que vai chover, amor. Não quer ficar aqui, assistindo um filme comigo, ou alguma coisa do tipo? É que tá frio lá fora! - Math disse sentando no sofá.

– Pode ser. Desde que você esteja comigo... - Sentei em seu colo.

– Ótimo, pequena! Eu também preciso passar o dia com você! Senti tua falta...

Sorri novamente lhe dando um selinho.