As coisas em relação ao Mathew estavam bastante complicadas, pois ele estava me deixando cada dia mais confusa. Eu já não sei se ele quer só amizade ou algo além disso. 

- Oi Amy! - Ele me abraçou.

- Oi. - Suspirei.

- O que foi? Tá tudo bem?

- Tá sim! - Forcei um sorriso e menti.

- Ahn, quer ir lá pra casa hoje depois da aula pra gente assistir um filme?

- Mas e a Anne? - Perguntei.

- O que tem ela? - Mathew passou a mão na cabeça.

- Nada... Só acho que ela não vai gostar!

- E por que não? Ela sabe que você é minha melhor amiga e que sempre fazemos esse tipo de coisas juntos!

- Então tá...

- Te vejo às 18:00 horas? - Ele sorriu.

- Vê sim! - Sai.

Hoje as aulas passaram correndo. Eu estava animada com a possibilidade de estar sozinha novamente com Mathew. Cheguei em casa 17:00, então tive tempo suficiente pra me arrumar. Joguei a mochila na cama, tomei banho e coloquei um short e uma blusa folgada, peguei meu celular e sai. Nossas casas são bem próximas uma das outras, então cheguei bem rápido. Bati na porta e Mathew a abriu muito rápido.

- Oi! - Me abraçou apertado.

Não havia tanto tempo que faziamos esse tipo de coisas juntos, mas eu já estava com muita saudade de tudo isso.

- Oi Math! - Apertei suas bochechas de leve.

Sentei no sofá e ele veio atrás.

- Então, o que a gente vai assistir? - Perguntei.

- Filme de terror! - Ele balançou o filme que estava em suas mãos.

Nunca gostei muito de filmes de terror, mas não reclamei, até porque eu poderia usar como pretexto para segurar a mão de Math durante o filme inteiro.

- Eu vou lá fazer a pipoca, tá bom? - Me levantei.

- Eu vou te ajudar! - Mathew foi atrás.

Depois que fizemos tudo, fomos para a sala e Math colocou o filme no DVD. 

- Pronto! - Ele se jogou ao meu lado.

O filme mal tinha começado e eu já estava com medo. Mathew segurou a minha mão.

- Você tá suando! - Ele riu. - Não precisa ficar com medo, eu tô aqui... - Ele me abraçou de lado.

Sim, eu estava adorando tudo isso, e nem tinha do que reclamar.

- Quer deitar aqui no meu colo? - Ele perguntou.

Assenti e deitei.

Ele ficou fazendo carinho no meu cabelo, confesso que quase dormi, mas não podia, queria passar mais tempo com ele.  

- Acabou! Você gostou? - Math perguntou se levantando.

- Gostei.

Ele guardou o filme e se jogou em cima de mim, fazendo nossos rostos ficarem bem próximos. Ele fez carinho no meu rosto e me beijou.

- Você acha que isso é certo, Math? - Perguntei depois do beijo.

Ele suspirou.

- Por que você sempre questiona tudo, heim?

- Não sei. - Eu ri. - Desculpa.

- Tá tudo bem. - Ele me beijou na testa e me ajudou a levantar.

- Então eu já vou.

- Poxa Amy, hoje era pra gente ficar juntos! - Ele fez biquinho.

- Tá, seu chato. Eu fico mais!

- Como se fosse um grande esforço pra você! - Ele disse baixo.

Verdade, não era nenhum esforço ficar perto do Math. Nunca foi. 

- Metido! - Dei de ombros.

- Vem cá. - Ele me puxou para o quarto dele.

- O que a gente tá fazendo aqui? - Perguntei.

Ele riu.

- Senta aí. - Ele apontou pra cama. - Você pode dormir aqui hoje, Amy?

- Talvez...

- Por favor, sua chata!

- Tá, tá... - Revirei os olhos. 

Eu e o Math sempre dormiamos juntos, mas depois dos beijos, seria diferente.

- Eu vou tomar um banho e você espera aqui, tá?  - Mathew disse.

- Espero sim...

Ele entrou no banheiro e minutos depois, saiu com uma cueca box preta e o cabelo molhado. Fiquei o encarando por um tempo.

- O que foi? - Ele riu.

- Nada... - Olhei para o chão.

- Nada, é?! Sei...

- É, não é nada! - Deitei na cama. - Acho que já vou dormir...

- Já?

- Sim.

Mathew se deitou ao meu lado e ficou fazendo carinho em mim. Se aproximou e começou a me beijar lentamente e depois foi aumentando o ritmo. Quando percebi, ele já estava em cima de mim. Passei minhas mão pelas costas de Mathew e que com certeza ficariam as marcas das minhas unhas ali. Ele já me beijava com vontade. Arrancou minha blusa rapidamente.

- Não podemos! Isso é traição! - Sussurei em seu ouvido.

Ele ignorou e continuou a me beijar. Lentamente ele tirou meu short e o jogou bem longe. As nossas respirações estavam ofegantes e descompassadas.

- Você quer fazer isso? Não vou te obrigar a nada! - Mathew perguntou mordendo o lábio inferior.

Eu já não sabia se queria ou não. Com certeza não era a primeira vez de Mathew, apesar de ele não ter me contado nada sobre, mas já deveria ter feito. Eu não queria assim, talvez ainda não estivesse pronta,  mas eu confio muito nele.

- Eu quero!

Ele riu e continuou.

Passou a mão pela minha coxa, enquanto mordia minha orelha.

- Math... - Sussurei.

- Calma, eu vou devagar...

- Eu confio em você! - Eu disse, fazendo ele sorrir.