Meu Melhor Amigo... escrita por Julie S
Notas iniciais do capítulo
Segundo capitulo! Obrigado pelos reviews (: Ajudou muito e me deu mais vontade de escrever, continuem assim! Esse vai ser maior (: Ah, e obrigado aliceenery pelas idéias pra esse capitulo.
Mathew saiu em disparada pela rua, não pensei duas vezes antes de ir atrás dele.
– Ei, Math! - Corri o mais rápido que pude.
Mathew pisava fundo.
– Caralho, por que isso tudo, heim? - Perguntei ofegante.
– Ah, nada. Só fui rejeitado pela minha melhor amiga! - Ele respondeu sarcástico.
– Para Mathew! Não foi assim, porra!
– Não? - Ele ergueu a sobrancelha.
– Eu... É o que eu mais quero, tá! - Falei sem pensar.
Mathew chegou perto devagar, passou um braço pela minha cintura e me beijou. O beijo foi calmo, o mais perfeito de todos. Me afastei lentamente e ele sorriu.
– Perfeito. - Ele mordeu o lábio inferior.
Ele beijou a ponta do meu nariz e seguiu seu caminho mais leve.
No outro dia, me levantei mais feliz e não parava de pensar no que havia acontecido ontem. Fui para o chuveiro, tomei um banho demorado, vesti o uniforme, peguei a mochila e sai. Quando cheguei na escola, vi a mochila de Math em cima da mesa, mas ele não estava lá. Deixei minha mochila na cadeira em frente a dele e fui procura-lo. Me arrependi de ter ido atrás dele. Quando vi, ele estava no corredor, apoiado na parede com a ex namorada dele - que agora mais parecia namorada - brincando com o cabelo dele. Meus olhos já estavam marejados, quando Mathew se virou e me viu. Sem nem pensar, sai correndo em direção ao banheiro e Mathew atrás de mim. Não estava raciocinando direito, a dor no peito era maior que tudo e eu estava muito mal. Me tranquei em uma das cabines do banheiro.
– Abre! - Mathew bateu na porta ofegante.
– Sai daqui...
– Só quando você abrir essa droga de porta!
– Pra quê você quer falar comigo?
– A gente precisa conversar! Sobre tudo... - Mathew alterava a voz.
– Não precisamos! Eu já vi o que você tinha pra explicar.
– Poxa Amy, não é assim! Por favor...
– Sai agora, caralho! Eu não tô brincando. - Ordenei.
Ele saiu sem questionar mais nada.
Passamos o dia todo um longe do outro, ele me encarando e meus olhos pesando. Eu queria chorar, mas não ali. Fui pra casa com o coração apertado. E se a gente nunca mais se falasse? Eu amo tanto ele.
Joguei a mochila na cama e fui pro banheiro. Vi uma lâmina jogada na pia. Peguei-a e encostei a ponta no meu pulso, fechei os olhos e...
– Para agora! - Mathew me olhava assustado segurando a porta do banheiro. - Você enlouqueceu? Acha que tá fazendo o quê?
– Eu só... Dizem que alivia a dor!
– Que dor, caralho? Você é doida? Isso doeu muito mais em mim do que em você, acredite!
– Mas eu nem fiz nada! - Reclamei.
– Ia fazer se eu não chegasse.
– Você não se importa, então foda-se! - Me joguei na cama.
– Não me importo? - Ele suspirou. - Você tá me deixando louco, sabia? Nunca pensei que teria que cuidar de você, bebezão! Fica aí fazendo besteira...
– Mathew, onde tá querendo chegar? - Perguntei irritada.
– Olha, eu vim te pedir desculpas pelo beijo de ontem... Não era pra ter acontecido! - Ele passou a mão na cabeça.
– Depois eu que não queria... - Revirei os olhos e fingi nem me importar, mas no fundo, aquilo veio como um tiro.
Ele sentou na cama e passou a mão pelo meu cabelo.
– Eu e a Anne voltamos...
Suspirei e uma lágrima desceu, mas virei o rosto para que Math não percebesse.
– Tudo bem? - Ele perguntou.
– Você faz o que quiser da sua vida! - Dei de ombros.
– Eu deveria cuidar de você agora, né?!
– Não... Pode ir embora! Eu não ligo. - Menti.
Ele levantou, pegou a lâmina do chão e foi embora, a levando com ele.
Meu Deus, o que foi isso agora? Muita coisa de uma vez só! A tela do celular piscou.
" Não faz nenhuma besteira, por favor! Eu te amo demais, não quero te ver machucada por minha causa."
Cara, o que é isso que eu estou sentindo? Realmente eu não sei. Acho que é mais uma confusão de sentimentos aqui dentro. Respondi:
" Mathew, esquece isso que aconteceu aqui. Aliás, esquece tudo! O beijo, as conversas, tudo..."
Talvez eu estivesse sendo meio precipitada, mas tava doendo tanto que era melhor eu ficar afastada dele por um tempo. Minutos depois o celular toca e eu sentia uma necessidade enorme de atender.
- Oi... - Atendi fingindo desisteresse.
- Quer mesmo isso? - Mathew disse com uma voz de choro.
- Não quero Math, mas vai ser melhor!
- Melhor pra quem, porra? Você não pensa em mim, não? - Ele já estava gritando.
- Math...
- Só me escuta agora, tá bom? Não diz nada! - Mathew pediu.
- Tá.
- Lembra quando a gente se conheceu? Na praça aqui perto... Você tava toda suja de sorvete e eu todo bagunçado e suado. A gente brigou porque só tinha um lugar no balanço e eu queria ir primeiro, aí depois disso, você virou minha bebê, minha melhor amiga! Já passamos por tantas coisas juntos! Lembro quando você veio desesperada me contar o seu primeiro beijo, que infelizmente não foi comigo! - Ele deu uma pausa. - Era a coisa que eu mais queria e lembro também que eu fiquei chateado com isso, mas ao mesmo tempo feliz por você! Lembro que a gente treinava beijo no braço com uns 11 anos. Lembro de tudo, Amy! Ainda quer desistir de mim? Da nossa amizade?
- Não, eu não quero! Eu nunca quis desistir, Math! - Limpei os olhos cheios de lágrimas.
- Não me imagino sem você, Amy! - Ele suspirou.
- Nem eu sem você, Math! Desculpa.
- Tudo bem... Sonha com os anjos, tá?
" Vou sonhar com você!" Pensei.
- Pode deixar... Tchau, eu te amo.
- Eu também. - Ele desligou.
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