Pov's Mathew

Eu tinha feito tudo errado outra vez. Será que eu não consigo fazer nada certo? Droga. Quando bateu o sinal, fui direto pra casa da Amy, mesmo sabendo que ela ia odiar me ver e que eu só poderia piorar as coisas. Bati na porta duas vezes, respirando fundo.

- Ahn, oi Math! - A mãe de Amy atendeu a porta.

- Oi. - Sorri sem graça.

- A Amy ainda não chegou, mas se você quiser subir e esperar ela...

- Pode ser. Obrigado. - Agradeci e subi para o quarto da Amy.

Pov's Amy

Cheguei em casa cansada, acho que não tinha forças nem para respirar direito. O dia foi uma droga. Entrei em casa sem falar nada e subi para o meu quarto.

- Mathew? - Disse enquanto jogava a mochila no chão.

- Ei, a gente pode conversar? - Ele perguntou.

- Não, eu não tenho nada pra falar com você...

- Mas eu tenho, pequena.

- O que eu disse sobre me chamar de "pequena" ? Mathew, se conforma, nós não estamos mais juntos! - Eu disse com uma voz falha.

- Então vai acabar assim? Sem ao menos você me ouvir?

- Vai sim...  O que eu tinha pra escutar, eu escutei, eu aguentei. Agora já deu! - Me joguei na cama.

- Ok, mesmo você não querendo me ouvir, eu vou falar. - Ele deu uma pausa e se sentou numa cadeira. - Você vai me achar ridículo mas eu realmente não ligo, eu só quero você. Há dias eu não consigo dormir por causa disso e mesmo eu tentando explicar o que aconteceu, você não deixa! Não aconteceu exatamente nada entre eu e a Anne... Lembra no dia em que você pediu para que eu vinhesse aqui para ficar com você? Então, eu estava com ela sim, mas eu só estava conversando, pedindo desculpas por ter traido ela... - Math abaixou a voz na última parte. - O que ela mais queria era ter perdido a virgindade comigo, mas não aconteceu. Por isso ela espalhou isso pra escola inteira, porque eu recusei. Acredita em mim agora?

- Math, eu... 

- Tá, eu sei que você quer ficar sozinha agora, então... - Mathew se levantou e foi em direção a porta.

- Não, espera! - Gritei.

Ele se virou e abriu um sorriso.

- Math, eu não sei se eu tô fazendo a coisa certa, mas... Eu acredito em você!

- Lógico que tá fazendo a coisa certa, mô! - Mathew me abraçou forte. - Agora posso te chamar de "pequena", né?!

- Pode... - Respondi e ri.

Math me beijou.

- Eu tava com muita saudade disso... - Eu sussurei.

- Eu estava mais... Com certeza! - Mathew respondeu.

- Eu te amo, meu feio! 

- Eu não sou feio... - Ele me deu língua. - Eu amo mais, bem mais.