Amor Proibido escrita por NatyAiya


Capítulo 29
Capítulo 29 - O Melhor Presente de Natal


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo e espero que vocês também gostem.

Boa leitura.



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Capítulo 29 - O Melhor Presente de Natal

POV Annabelle

Acordei na manhã seguinte assustada. Tudo parecia ter sido um sonho, um sonho muito bom.

Foi então que percebi braços fortes ao meu redor e a respiração calma de Apolo abaixo de mim. Me mexi sobre ele tentando levantar, mas seus braços apenas se estreitaram mais ao meu redor.

Virei para o outro lado da cama e vi que já eram quase oito horas da manhã.

– Apolo, querido, acorde. - eu falei passando os dedos pelo seu rosto. - Bom dia. - sorri quando ele abriu os olhos.

– Bom dia. - respondeu ele. - Feliz Natal.

– Feliz Natal. - deixei que seus lábios tocassem os meus. - Nós precisamos levantar. Já são quase oito horas.

– Não podemos ficar aqui mais um pouco? - ele pediu me abraçando mais forte.

– Temos que ir buscar as crianças e chamar os outros, o café da manhã já deve estar quase pronto.

– Muito bem. Vá se trocar então, Annabelle. - ele me soltou e deixou que eu me levantasse.

Fui para o meu closet e peguei uma roupa qualquer indo para o banheiro me trocar.

– Eu trouxe uma coisa para você e para as crianças. - ele falou alto para que eu pudesse escutar através da porta fechada. - Não acho que Angel e Nicholas ficarão satisfeitos com o que eu trouxe, mas foi no que eu consegui pensar e trazer.

– Aposto que Angel e Nicholas vão gostar. Afinal, é o primeiro presente que eles ganharão de você. - eu respondi. - E você não tinha a obrigação de trazer nada para nós.

Assim que eu saí, fomos juntos até o quarto das crianças, onde Perséfone já tinha acordado Angel e Nicholas e os dois já estavam prontos.

– Os outros semideuses já estão acordados e já estão a caminho da Sala dos Tronos, querida. - minha mãe falou com um sorriso nos lábios fantasmagóricos, olhando de mim para Apolo.

– Obrigada, mãe. - agradeci com Angel no colo.

– Vamos poder abrir os presentes, mamãe? - Nicholas perguntou do colo de Apolo.

– Vão sim, meu amor.

– Aí estão vocês! - Clarisse gritou assim que entramos na Sala dos Tronos. - Pensamos que ficariam na cama pelo resto do dia. - ela e todos os outros tinham sorrisos maliciosos nos lábios.

– E perder a manhã de Natal? - eu fingi que não compreendi e coloquei Angel no chão. - Bem, vamos aos presentes! Pai, quer entregar os seus primeiro?

– Claro! - ele se levantou e veio na direção da árvore de Natal. - Esse é para você, minha querida. - ele me entregou um embrulho fino e escuro. - Esse é para você, meu amor. - ele se virou para Perséfone e entregou um embrulho parecido com o meu. - Esses são para as crianças mais adoráveis que eu já conheci. - disse ele entregando embrulhos idênticos para Angel e Nicholas. - Esse é para você, Nico. Faça bom aproveito. - ele entregou uma caixa simples, sem embrulhar para meu irmão que fez uma cara decepcionada.

– Pai... Esse presente é nosso! - eu falei brava. - Meu, do papai, da Perséfone e das crianças para você, maninho.

– Isso é sério, Belle? - ele praticamente gritou abrindo a caixa e tirando duas chaves de dentro dela.

– É sim. - sorri para ele. - Essa é da moto e, essa é a do carro. Fale com o Quíron quando voltar para o Acampamento.

– Valeu pai! Valeu Belle! - ele pulou sobre nós dois nos esmagando em um abraço. - Hã... Obrigado Perséfone!

– Não foi nada, Nico. - e ela mesma o puxou para um abraço.

Depois da cena constrangedora que foi o abraço entre Perséfone e Nico, a distribuição dos presentes continuou.

Apolo entregou uma caixinha de veludo vermelho para Angel e outra azul para Nicholas.

– É lindo, papai. - Angel falou observando atentamente a pulseira de ouro que havia ali.

– Já vimos isso antes. - Nicholas falou puxando a pulseira pela rosa negra. - A mamãe tem uma. Mas a dela está em um colar.

– Pode por, mamãe? - Angel pediu estendendo o braço para mim e colocando a pulseira na palma de minha mão.

– Em mim também. - Nicholas pediu.

– O seu eu entrego quando estivermos sozinhos. - Apolo falou quando eu me levantei depois de colocar as pulseiras em Angel e Nicholas.

– Tudo bem. - eu respondi dando de ombros.

Depois que todos os presentes já tinham sido abertos, todos estavam alimentados, Angel e Nicholas ficaram no chão da Sala dos Tronos brincando com os novos brinquedos enquanto eram observados pelos outros.

– Podemos escapar um pouco? - Apolo perguntou baixo apenas para que eu ouvisse.

– Claro. - concordei e o puxei para fora da Sala dos Tronos.



POV Hades

Era bom ver o brilho de vida nos olhos de Annabelle novamente. Era frustrante mas a verdade era que ela precisava de Apolo. Eu queria ter certeza que ela estava bem e que seria feliz com ele agora, que não iria se machucar novamente. Mas era óbvio que eu não tinha como saber o que aconteceria entre os dois daqui para frente, mas eu esperava que eles se acertassem corretamente antes que ela voltasse para o mundo mortal.

– Eles foram para o jardim de Perséfone. - Deméter falou me afastando dos meus pensamentos.

– Eles ainda precisam conversar muito. - falei olhando feio para ela.

– Você está irritado porque sabe que Annabelle só poderá ser feliz ao lado dele. - ela falou rindo. - Sabe, acho que agora você pode entender como eu me senti quando você pegou minha filha.

– As coisas são um pouco diferentes, Deméter. - eu falei revirando os olhos.

– Realmente são Hades. Mas ficar entre o amor que existe entre os dois não é o certo, você sabe bem disso. - ela me censurou. - Aceite tudo isso e deixe a menina ser feliz. - e dizendo isso ela me deixou novamente sozinho com meus pensamentos, indo se juntar a Perséfone.

– Talvez eu devesse mesmo aceitar. E então talvez tudo voltasse para o seu devido lugar. - murmurei olhando para Angel e Nicholas brincando ao redor da Árvore de Natal.


POV Annabelle

– Você acha que eles gostaram? - ele perguntou para mim assim que chegamos ao jardim de Perséfone.

– Eles adoraram, Apolo. - respondi com um sorriso. - Mas, por favor, me diga que aquilo não eram armas.

– Não são armas. - ele me garantiu. - E aqui está o seu. - ele tirou algo de dentro do bolso e antes que eu pudesse ver o que era, ele ficou atrás de mim e passou algo ao redor do meu pescoço. - Obrigado por ainda me amar. - ele sussurrou em meu ouvido enquanto colocava o colar em meu pescoço.

– Obrigada, Apolo. - eu falei puxando o pingente para ver. - Um coração? Qual o significado?

– Meu coração, eternamente seu. - ele respondeu com um sorriso.

E eu o conhecia o suficiente para saber que havia mais alguma coisa por trás daquilo, mas não falei nada.

– Obrigada.

Fiquei na ponta dos pés para selar nossos lábios. Um beijo carinhoso e cheio de gratidão, evoluiu para algo mais quente. Apolo me empurrou até que eu ficasse com as costas apoiadas em uma árvore.

– Annabelle. - ele sussurrou acariciando meu rosto. - Estou me perguntando como eu consegui viver por dois anos sem você, e sinceramente ainda não acredito que você esteja realmente aqui comigo e que nós temos dois filhos lindos. - seus olhos queimavam a minha pele, tamanha era a intensidade com que ele me olhava. - Eu tenho medo de que isso seja apenas um sonho e se eu acordar tudo isso se transforme em cinzas.

– Bom, se isso é um sonho, acho que vou querer dormir para sempre. - sussurrei.

– Ah, Anna... - ele me abraçou com força.

– Não me faça sofrer novamente, Apolo. - pedi.

– Não. Nunca mais. - ele sussurrou contra meus cabelos.

A dor que tomara conta de meu peito se tornava insuportável naquele momento. As lágrimas rolavam por minha face e molhavam sua camisa, eu me agarrei a ele com todas as minhas forças, estava novamente completamente entregue a ele. Meu corpo tremia por conta dos soluços involuntários que saiam de minha boca e aos poucos a dor diminuía, cedendo lugar ao calor que me aquecia. Eu sentia lágrimas quentes em minha pele também e, os braços de Apolo se estreitavam cada vez mais ao meu redor, deixando claro que ele tinha tanto medo quanto eu. Medo de nos separarmos novamente.

– Annabelle, eu nunca mais vou perdê-la de vista. - ele falou se afastando de mim e secando as lágrimas de meu rosto. - Não chore, minha querida.

– Não deixe que eu faça coisas estúpidas, está bem? - pedi com um sorriso fraco.

– Com coisas estúpidas você quer dizer me deixar? - ele perguntou. Assenti. - Eu prometo. - e ele voltou a selar nossos lábios.

– Eu te amo. - sussurrei contra seus lábios.

– Eu também amo você, Annabelle Liwener.

Ficamos em silêncio por algum tempo apenas aproveitando a presença um do outro, até que ele quebrou o silêncio.

– Annabelle, você disse que voltaria para o mundo mortal. - eu concordei. - Mas não disse quando.

– Hoje. - respondi. - Meu pai vai mandar as coisas pelas sombras para o chalé de Hades no Acampamento. E eu preciso falar com você sobre as crianças...

– Shhh... - ele me silenciou. - Angel e Nicholas podem ficar com você no chalé de Hades, se ele permitir isso, é claro.

– Ele permitiu. Obrigada. - agradeci.

– É o melhor presente de Natal que eu poderia ganhar, Anna. - ele riu.

– Como assim?

– Ter você de volta, você de volta ao mundo mortal junto com as crianças. - ele explicou. - E você me dizendo que me ama e que desculpa por tudo... Você é maravilhosa.

– Obrigada, mas eu sei disso. - pisquei para ele. - Mas agora, nós precisamos voltar.

– Tudo bem. Só de saber que você estará de volta ao mundo mortal ainda essa noite... Bom, eu não tenho do que reclamar.

– Angel e Nicholas nunca estiveram fora do Mundo Inferior. - eu falei. - Sei que eles vão se acostumar rápido no mundo mortal, mas não posso negar que estou preocupada com eles.

– Angel e Nicholas vão adorar o mundo lá em cima, e vão adorar o Acampamento. - Apolo falou firmemente. - Eu sei do que eu falo, Anna. Não precisa se preocupar tanto com isso. E você não está sozinha com eles. - eu assenti concordando e voltamos para a Sala dos Tronos.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Nos vemos nos reviews.
Beijos, NatyAiya.



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