Saint Seiya Oh My God! escrita por Chiisana Hana


Capítulo 5
Capítulo 5




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Os personagens de Saint Seiya e Saint Seiya Omega pertencem ao preguiçoso do tio Kurumada e é ele quem leva a grana.

Saint Seiya OH MY GOD!

Chiisana Hana

Beta-Reader: Nina Neviani


Capítulo 5

Como vinham fazendo desde a estreia, os cavaleiros reuniram-se na mansão Kido para assistir o quinto episódio de Saint Seiya Omega. Novamente, a família Suiyama compareceu, e dessa vez Shunrei até reforçou os lanchinhos. Geki estava lá, orgulhoso de sua imensa participação no novo anime. Ichi, porém, desistiu de ver sua humilhação na tevê e foi espairecer na praia.

Shun estava a postos, vestindo uma camisa do Ryuhou, e tinha sacolas com camisas iguais para distribuir para a família Suiyama. Tinha inclusive mandado fazer uma pequenina para Yumiko e ninguém sabia onde, mas ele arrumou um boneco de pano do Ryuhou, que Yumiko adorou.

– Esse neco é munito, tio Sun. Yumi gosta.

– Não é, bebezoca? Tio também gosta. Ele é tão fofooooo!

– Acho que devíamos contratar o Shun de babá... – Shiryu disse a Shunrei.

– Se ele topar, por mim tudo bem – Shunrei assentiu, enquanto arrumava as comidinhas na mesa.

Seiya se aproximou do casal, querendo saber o porquê de Hironobu estar com um esparadrapo na boca.

– A Shunrei colocou para ele aprender a não falar besteira – ele disse.

– Aaaaah, poxa, coitado do moleque – apiedou-se Seiya, beliscando um dos salgadinhos que Shunrei acabara de colocar na mesa.

Hyoga também se aproximou deles.

– Mas Shiryu – ele disse –, me esclareça uma coisa: como você sustenta essa filharada toda? A mixaria que a Fundação nos paga mal dá pra um solteiro viver.

– Eu me viro, cara – Shiryu respondeu e corou um pouco, mas os outros dois não perceberam. – Eu me viro.

– Se vira como? – Seiya perguntou, enfiando outro salgadinho na boca.

– Conhecendo o Shiryu como conheço – Ikki disse, aproximando-se –, só pode ser tirando a roupa.

Seiya e Hyoga olharam intrigados para Shiryu e dispararam:

– É?

– Bom, um pouco... – admitiu Shiryu.

– Um pouco como? – Seiya perguntou. – Ninguém tira a roupa "um pouco". Ou tira ou não tira.

Hyoga concordou:

– É – ele disse. – O que você faz exatamente?

– Eu faço o que aparece, pessoal.

– Tipo o quê? – Ikki insistiu. – Seja claro.

– Ah, sou modelo vivo de pintor, faço strip-tease em festa de despedida de solteiro, propaganda de cueca, essas coisas. O que aparecer, eu faço. Criança custa caro, pô!

Ikki deu uma gargalhada:

– Eu não disse que ele ganhava a vida tirando a roupa?

– Cada um ganha a vida com o que tem, né? – disse um Shiryu constrangidíssimo.

– E a Shunrei não tem ciúmes? – Seiya quis saber.

– Na verdade, ela até me ajuda...

Ikki, Seiya e Hyoga quase se engasgaram com a comida.

– Ajuda como? – Seiya perguntou, temendo a resposta.

Shiryu ficou terrivelmente vermelho, mas respondeu:

– Bom, se precisarem de casal, ela tira a roupa junto, saca? E também se precisarem que eu fique... erh... animado... ela me dá um help... Qual é o problema, gente? – ele disse, ao ver as caras estupefatas.

– Ok, o mundo já pode oficialmente acabar – Hyoga disse.

Na tevê, a música de abertura de Saint Seiya Omega começava.

– Gente, vamos fazer silêncio agora, sim? – Shun gritou. – Ainnnn, espero que o Ryuhou apareça! Ele é tão lind... legal! Tão legal!

– Ô pai, o tio Shun é viado, né? – Hirotaka perguntou.

– Fica quieto, menino, senão sua mãe taca um esparadrapo na sua boca também.

Já nos primeiros minutos de episódio, Ikki começou a reclamação:

– Mas que porra é essa de Acampamento Infernal?

– Teste de Seleção? – Hyoga prosseguiu. – Pelo amor de Deus!

– Eita, não pensei que fosse piorar... – Shiryu disse.

– Porra – reclamou Seiya –, a gente não teve treinamento específico para subir as doze casas. Chegamos lá com nossas caras de tontos e já foram metendo a porrada na gente, sem lição, sem dicas, sem nada. Isso é muito injusto!

– Não me inclua no rol dos tontos – Ikki corrigiu. – Isso é pra vocês quatro. E provinha de resistência? Vai se foder né? Bota esses moleque pra se comerem na porrada e quem ficar em pé por último ganha, pô!

Shun relembra um episódio do anime clássico:

– Nós passamos por provinhas na casa de Sagitário, vocês lembram?

– Mas estávamos invadindo o Santuário, não na escolinha do Professor Raimundo! – Hyoga disse, revoltado.

– Não tô nem aí para essa prova de resistência idiota – Geki disse. – O importante é que esse é mais um episódio em que eu apareço bastante! Que maravilha!

Na tela, Yuna sugere fazer dupla com Ryuhou.

– Olha, pai, esse mano postiço tem é sorte – manifestou-se Shingo. – A garota mais bonita tá se chegando nele!

Seiji concordou:

– Pois é, mané fazer dupla com os 'ômi'? Ele vai logo é com a guria mais bonita! Mano entende das coisas!

– Sou obrigado a concordar – Ikki disse, babando. – Realmente Shiryu, o moleque tem bom gosto, catou logo a guria da chave de pernas.

– Puxou ao pai – Shiryu disse, orgulhoso como se Ryuhou fosse mesmo seu filho.

– Bom, se ele tiver puxado mesmo a você – Seiya disse –, em alguma hora ele vai acabar tirando a roupa.

– Ou ficando cego – completou Hyoga.

– Ou se esvaindo em sangue – Geki disse.

– Ou deixando o cabelo crescer até a bunda – Shun disse.

– Ou ficar só olhando a mocinha sem pegar – Ikki arrematou.

– Tá, já entendi! – Shiryu interrompeu. – E quanto a pegar, já falei que não podia! Cláusula 678, lembram?

Todos assentiram com tristeza. Sim, havia a maldita cláusula 678...

– Tô nem aí pro seu filho, Shiryu – Ikki prosseguiu. – Bom mesmo seria se a guria tirasse a roupa!

– Deixa de ser pedófilo! – Shun censurou. – Ela é só uma menina!

– Olhar não arranca pedaço, pô!

– Por falar em pedaço, olha lá o Ryuhou passando a mão na guria! – Hyoga disse. Shun não conseguiu esconder seu choque.

– OH MY GOD! – ele exclamou, e completou em pensamento: "Ain, não, ele é hétero, gentem? Non pode ser! Que decepção!".

– É, o guri aparece com essa história de ser doente – Ikki disse –, mas já vai tirando uma casquinha, hein? Shiryu, teu moleque não perde tempo!

Shiryu exibiu outra vez seu sorriso orgulhoso.

– E pelo visto – ele disse –, dessa vez não teve cláusula 678 no contrato deles. É muita sorte mesmo desses moleques!

Enquanto isso na tela, Kouga e Souma desentendem-se com Argo.

– Argo do quê, gente? – intrigou-se Seiya. – Que tanto cavaleiro esquisito é esse, mano? Desde quando tem uma constelação de Volans?

– Tem sim – Shiryu disse.

– Tem?

– Você está entendido de constelações, hein, Seiya?

– Acho que eu faltei nessa aula...

– Só nessa? Tem certeza?

Seiya o ignorou e mudou de assunto:

– Ah, não engoli ainda esse moleque que solta fogo pelos dedos.

– Eu acho ele legal – Geki disse.

– Claro, você tem que defender sua classe de cavaleiro menor.

– Pode ser, Seiya – Geki respondeu, com ar de superioridade. – Mas eu sou professor no anime novo, já apareci e falei bastante, enquanto vocês... . Você só aparece no primeiro episódio. O Shiryu, coitado, apareceu por cinco segundos e estava tão ativo e falante quanto um pepino. E os outros três os roteiristas nem se deram ao trabalho de colocarem em uma mísera cena até agora! Hahahahahahahahahahaha!

– Fica rindo, mané, fica rindo – Seiya disse. – Mas o protagonista é quem mesmo? O cavaleiro de Pégasus.

– Pois é, tô vendo – Geki disse. – Inclusive até já começou o protecionismo. O guri de Leão Menor se sacrificando para o Conga-la-Conga chegar ao final da competição? Já vi essa história antes...

Os demais concordaram.

– É, parece que vai ser sempre aquela coisa de Kouga e os outros, né? – Hyoga disse.

– Igualzinho como era conosco – Shun concordou. – Era sempre Seiya e os outros, Seiya e os outros, Seiya e os outros.

– Como se esse pangaré fizesse alguma coisa sozinho – Ikki disse. – Sempre era eu quem chegava para definir as paradas.

– Fazer o quê, se estava no contrato, gente? – argumentou Shiryu. Ikki impacientou-se:

– Ah, Shiryu, só você leu essa merda de contrato!

– O normal é ter lido mesmo! Se vocês assinaram sem ler, não é problema meu!

O episódio chegou ao fim com o anúncio do primeiro colocado na seleção, um tal de Éden de Órion, que lembrou muito alguém...

– Aê, Ikki, tem certeza que esse Éden não é seu filho? – Hyoga perguntou.

– É a sua cara, maninho querido – Shun concordou, já pensando em como faria seu gritinho clássico para chamar o suposto sobrinho, que ele tinha achado lindo e maravilhoso.

– Sei lá – Ikki respondeu com displicência. – Quem é a mãe dele? De repente eu me lembro se já comi ou não...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Terminei na pressa e Nina ainda não revisou. Então qualquer erro é só meu, galera.
Eu sei, povo, capítulo atrasadíssimo! Tive uma semana complicada, cheia de compromissos, depois fiquei doente e sem ânimo para nada. Ainda estou me recuperando, mas já deu pra desenrolar o cap e começar a tentar fazer o sexto. Quero terminá-lo ainda nesse fim de semana! Força na peruca! Até já!