Saint Seiya Oh My God! escrita por Chiisana Hana


Capítulo 4
Capítulo 4




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Os personagens de Saint Seiya e Saint Seiya Omega pertencem ao preguiçoso do tio Kurumada e é ele quem leva a grana.

Saint Seiya OH MY GOD!

Chiisana Hana

Beta-Reader: Nina Neviani

Capítulo 4

Na hora combinada, Shiryu chegou à mansão Kido em seu carro, uma Besta, com a família inteira: Shunrei e mais sete filhos, com idades entre dezoito e dois anos. O quarto episódio do novo anime tinha virado um evento para a família Suiyama e eles tinham deixado de ir à praia naquela manhã de domingo porque todos queriam ver o 'filho fictício' do casal, o tal de Ryuhou.

Seiya recebeu a turma e cumprimentou Shiryu:

– Aê, mano! Seja bem-vindo! – e ao ver Shunrei: – Pô, vem mais filho aí, cara?

– Pois é – Shiryu disse e apontou a barriguinha levemente saliente de Shunrei. – Mas esse vai ser o último. Vou fazer vasectomia esse ano, se Deus quiser.

– Vasec-o-quê?

– Vasectomia. Uma cirurgia para não ter mais filhos.

– Como é isso? Corta o pinto?

– Claro que não, né, Seiya?

– Ah, bom, pensei que você ia ficar “despintado”.

– Seiya, me poupe.

Shun desceu a escadaria da mansão. Ele estava usando uma camiseta com a imagem do Kouga e a frase “Go, Pegasus!” e carregando um bonequinho do cavaleiro.

– Shiryu! Amigooooooooooo! – ele gritou de forma estridente ao ver seu antigo companheiro chegar.

– Ainda com isso? – reclamou Shiryu. – Você sabe que essa frase virou piada na internet, né?

– Desculpa, é o hábito – ele disse, mas logo sua atenção se voltou à filha mais nova de Shiryu, Yumiko: – Ouuuuuuuuuun! Que meninoca mais linda, vem cá com o titio, vem.

Shun pegou a garotinha no colo e os demais foram se acomodando como dava, nos sofás e no chão. Shunrei tinha trazido sacolas de comida e bebida e começou a servir os quitutes, para a alegria de Seiya, que andava meio enjoado da tradicional pipoquinha. A casa, que já estava cheia, recebeu mais visitantes: Ban e Geki chegaram, trazendo seus colegas cavaleiros menores Nachi, Ichi e Jabu, todos empolgados com a posição de destaque que Geki conseguira no novo desenho e claramente esperando conseguirem o mesmo.

– Pensei que você não se interessasse por animes – provocou Shiryu

– Isso é coisa de criança e viadinho, mas eu quero ver quando vou aparecer nessa porra. Além do mais, venho logo de uma vez para evitar que o Shun fique dando grito idiota pra me chamar.

A música de abertura começou a tocar.

– Agora vamos nos acomodar, que tá começando – Shun pediu, ainda com Yumiko no colo e dando a ela o bonequinho do Kouga.

– Neco feio, tio Sun – a garotinha disse. – Bebelo vemeio repiado.

– Ounnn! Ele é o protagonista, e os protagonistas são assim mesmo. Só os coadjuvantes são bonitos.

A garotinha se intriga com as palavras novas:

– Nista? Vante?

– Protagonista e coadjuvante... Depois o tio explica. Shhhhhh...

O anime começou com Kouga tentando fugir da Palaestra, mas apareceu um garotinho que é A CARA da Shunrei para impedi-lo. A família Suiyama vibrou:

– Olha, pai! Ele é tão lindinho! – exclamou Michi, filha de treze anos de Shiryu e Shunrei.

– Ele é bem bonitinho mesmo – Shunrei concordou. – Fizeram-no parecido comigo.

– OWN! Ele solta bolhinhas de água! – Shun se empolgou, os olhinhos brilhando de emoção.

Michi também ficou encantada:

– NHA! COISA MAIS LINDA E FOFA!

Enquanto Shun e Michi se derretiam por Ryuhou, alguém conhecido apareceu na tela.

– Olha lá o Ichi! – animou-se Nachi.

– Cara, esse anime tá fenomenal para nós! – Jabu exclamou. – Finalmente estamos conseguindo um lugar de destaque!

Mas logo Souma explicou que Ichi não era professor, era aluno... Ele se revoltou:

– EU SOU ALUNO?!

– Que humilhação!!!!!!!!!!! – Geki disse, mas sem controlar as risadas. O pobre cavaleiro de Hydra era humilhado desde o anime clássico e nem no novo tinha conseguido destaque.

Todos rolavam de rir do coitado e Ikki completou a zombaria:

– E você ainda conseguiu a proeza de ficar mais feio nesse traço novo!! Parabéns!

Ryuhou tornou a aparecer, agora com o uniforme da Palaestra.

– OUN!! Ele é tão lindo e popular! – derreteu-se Michi.

– Ah, pai, queria que ele fosse nosso irmão de verdade! – Nobuo, filho de dez anos de Shiryu, disse.

– Nem a pau – Hironobu protestou. Seu irmão gêmeo, Hirotaka, fez coro com ele:

– É, nem a pau! Ele é muito viadinho, pai!

– E o que tem? – censurou Shiryu, que já tinha notado alguma tendência mais afeminada no filho de dez anos. – Não tem problema nenhum. A pessoa tem que ser honrada, justa e boa. O resto não importa.

– Isso mesmo – Shunrei assentiu. Internamente Nobuo rejubilou-se com a postura dos pais.

– Ai, ele fica tão bem de uniforme! Já encontrei meu preferido! – Shun disse, tirando o colar de Kouga e entregando a Yumiko. – Amanhã mesmo vou mandar fazer uma camisa com a foto dele! Aposto que ele vai ser parecido comigo, fofo, gentil, não vai gostar de lutar, vai ser o Shun da nova geração!  

– Contanto que ele não se esfregue publicamente em ninguém – Shiryu disse. – Tudo bem ser gay, contanto que deixe pra fazer as coisas entre quatro paredes.

– MAS EU JÁ DISSE QUE EU NÃO SOU GAY! – Shun protestou.

– Tá, Shun, tá.

– “Lendário cavaleiro de bronze”. Ouviu isso, pai?  – Shingo, o filho mais velho,

perguntou.

– Que bom ter algum reconhecimento depois de ter me arrebentado tanto, né, filho?

– Ah, não gostei não! – Seiya emburrou-se. – Pensei que só eu era lendário.

– Ih, mãe, parece que ele é doente – Michi disse.

– Coitado! – Shunrei exclamou. – Por que fizeram ele doente?

– Alguma coisa errada ele tinha que ter, né, Shunrei? Não se lembra como sempre ferravam com a gente? Acha que iam deixar o moleque de boa?

– É, tem razão. Eles sempre ferravam com a gente...

Enquanto isso, na tela, os moleques entraram numa sala de treinos para ficar tacando os elementos uns nos outros. Ikki não gostou:

– Que baboseira é essa de ficar treinando com colunas de sei-lá-que-merda? Cadê a porrada de verdade?

Logo em seguida, Ryuhou derrubou uma menina com um golpe mais forte do que o esperado e correu para ajudá-la.

Shun e Michi tornaram a se derreter:

– Ainnnn, ele é tão forte e tão gentil, pai! Me apaixonei!

– Não é, Michi? Também estou apaixonado... digo, virei fã, muito fã.

– As armaduras se fundiram e viraram essas Clothstones? – indagou Hyoga, ignorando o comentário de Shun. – Palhaçada, né?

Ikki tinha uma teoria:

– Deve ser pra vender essas bijuterias de merda aos panacas.

Noutra cena, Ryuhou encontrou Kouga e começou a lembrar-se dos pais...

– Pai, mãe! Olha vocês na tevê!! – empolgaram-se os gêmeos.

Shiryu e Shunrei olharam-se perplexos. Todos acharam que ela ia ficar feliz com a aparição, mas foi justamente o contrário:

– Ah, não! Ah, não! Palhaçada isso, Shiryu! Com a mesma roupa? O mesmo cabelo? Eu não mereço!

Conhecendo a esposa como conhecia, Shiryu pressentiu o que viria a seguir:

– Crianças, tapem os ouvidos porque agora a mamãe vai xingar muito.

– Isso é vingança desses putos! – exasperou-se Shunrei. – Porra, caralho, eu passei o anime inteiro usando essa roupa e eu ODEIO ela!!! Agora fazem um anime novo e me colocam com essa roupa de NOVO! Shiryu, você se lembra da confusão que deu quando eu me revoltei e fiquei pelada, né?

– Ô, se lembro...  Só não cortaram a cena porque, sabe como é, mulher pelada dá audiência.

– E nem adiantou nada! – ela continuou. – No outro dia, me colocaram com a mesma roupa de novo! Que ódio!!

– Eu também tentei me rebelar usando aquela camisa azul no episódio 35, mas falaram que se eu mudasse de novo de roupa não iam deixar mais eu arrancar a armadura com aquele efeito massa de virar de costas, balançar o cabelo e mostrar a tatuagem. Ai não dava, né? Esse era meu maior trunfo. Foi assim que eu consegui ser mais querido que o protagonista.

– Quem disse isso? – protestou Seiya.

– Os fãs, ué?

– É verdade, Seiya – Hyoga concordou. – A maioria do pessoal acha você chato, burro e feio.

Shun completou:

– A verdade é que oficialmente você era o protagonista, mas nós é que éramos e ainda somos os queridinhos da galera.

Ikki derrubou ainda mais a autoestima de Seiya:

– Também, quem iria gostar de um nanico broxa? Só as mulheres loucas do anime, né?

– Broxa nada!! – Seiya protestou. – Estava no contrato, né, Shiryu?

– De certa forma estava...

– Contrato? Sei... – Ikki disse.

– Bom – Shiryu continuou –, o que importa é que como nossas tentativas de mudar de roupa não deram certo, resolvemos nos aquietar e seguir estritamente o que dizia no contrato, inclusive a parte de não chegar muito perto um do outro, por causa daquela bosta de cláusula 678.

Shunrei continuou muito irritada:

– Humpf! Aquele contrato era uma arbitrariedade! Eu passei o anime inteiro querendo dar pro Shi e não podia!

– Em compensação – disse Ikki, com uma risadinha maliciosa – depois que o contrato acabou você deu loucamente, né? Basta olhar a quantidade de filho que vocês tiveram.

– Claro! – ela concordou e Shiryu completou:

– Foi para compensar os anos de sofrimento, onde eu tive de ficar na mão... literalmente.

Os filhos mais velhos deram risadinhas, enquanto os mais novos não entenderam o que o pai quis dizer. Seiya entendeu alguns minutos depois...

– E, claro – Shunrei prosseguiu –, tinham que ferrar com a gente nesse anime novo também. Deixar o Shi cego eu já estava acostumada. Surdo e mudo, ok, eu poderia lidar. Mas poxa, tirar o tato!? Como é que você vai cumprir suas obrigações de marido se não sente nada?

– Não quero nem imaginar...

– Não gostei, não gostei!! Não quero mais ver esse anime revoltante!! Vamos embora, crianças!

– Calma, mãe! – pediu Seiji, o segundo filho.

– É, mãe! – Shingo disse – O nosso mano postiço ainda vai lutar.

Shunrei cedeu:

– Está bem, eu espero até o fim. Mas que perseguição comigo! Me dão um filho fofo, mas que é doente, um marido lindo, mas que ficou sem os cinco sentidos. OS CINCO. E ainda me deixam com a mesma roupa e o mesmo cabelo! Isso é preconceito porque sou chinesa!! Só pode ser. Esse bando de japonês preconceituoso!

No anime, Ryuhou e Kouga descumpriram uma regra da Palaestra e o Dragãozinho sugeriu trocar a punição por um duelo com Kouga.

– Ih, o guri de vocês chamou o Kouga pro pau! – Hyoga disse.

– Shun, quebrou-se a teoria de que ele seria como você – Ikki falou quando Ryuhou avisou que não ia pegar leve. – Ele vai bater!

– Que menino de ouro! – Shiryu exclamou embevecido quando o moleque mencionou a luta dele com Seiya na Guerra Galática. – Quer vingar aquela derrota que eu sofri naquela porcaria.

Shunrei continuou reclamando:

– Humpf... você só perdeu porque o Seiya era o queridinho do autor e o roteiro dizia que eu tinha de ir lá contar aquela mentira idiota, Shiryu.

Foi a vez de Shun irritar-se:

– Aiiiiiiiiiiin, gente! Calem a boca!!! Eu quero ouvir o que o fofo diz!!

A luta entre o Pégasus e o Dragão começou. Ryuhou desviou-se dos golpes de Kouga com facilidade e em seguida desferiu uma sequência de golpes nele. A família Suiyama vibrou como se fosse gol em final de campeonato.

– A mãozinha foi suspeita, mas ele bate forte – admirou-se Ikki.

– Vamos, Kouga! – Seiya gritou. – Levanta! Vai apanhar do Dragão?

Ryuhou continuou batendo em Kouga. Lançou até mesmo um golpe muito parecido com a Excalibur.

– Uma coisa nós temos que reconhecer – Shiryu disse para Shunrei –: apesar de toda a maldade que fizeram conosco, o moleque é bom.

– Ele é ótimo, mas é doentinho... Que pena! Se ele fosse meu filho de verdade eu ia lá cuidar dele.

Ryuhou levou um golpe no escudo. Shiryu levantou-se da poltrona empolgado:

– O escudo dele não quebrou!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – ele gritou, com os olhos brilhando. – ALELUIA! Finalmente fizeram um escudo resistente de verdade!

Ikki cortou seu barato:

– Não quebrou porque deve ser de borracha, né?

– Além do mais esse Pégaso não dá pra levar em conta... – Hyoga completou. – É um bocó fracote. O Seiya pelo menos era só bocó...

Nessa hora, Kouga desferiu um golpe forte, que derrubou Ryuhou:

– Ooooooooooooooooooooooooooooooh! Nãooooooooooo! – a família Suiyama exclamou. Mas logo o moleque se levantou e disse que agora ia lutar seriamente.

– Agora ele vai fazer igual ao pai e tirar a roupa? – Michi perguntou.

– Silêncio! – Shiryu pediu com ar grave. – Ele vai dar um Rozan Shoryu Ha.

Como Shiryu previu, Ryuhou mandou um Cólera do Dragão que deixou a família Suiyama inteira gritando enlouquecida.

– Ha! Que moleque é esse?! – Shiryu berrou, socando o ar. – Orgulho do meu herdeiro postiço!!

– Poxa, o moleque humilhou o Kouga – lamentou-se Seiya.

Hyoga provocou:

– É como o cara disse: a armadura de Pégasus está chorando.

– Isso ela está há muito tempo – Ikki disse. – Desde que o Seiya pegou a pobre.

– Ikki, que perseguição comigo! Estou começando a ficar magoado.

– Problema seu.

Ryuhou foi declarado oficialmente vencedor e a família Suiyama vibrou com a vitória. Já tinham adotado Ryuhou como parte da família e agora queriam camisas iguais às que Shun mandaria fazer.

– Aê!! O mano arrebentou! – Shingo disse.

– Muito style! – Seiji exclamou.

– O mano é tão lindo! – derreteu-se Michi. Nobuo quis dizer que concordava, mas se conteve.

– Adorei essa luta! – Hirotaka falou.

– Ele botou pra foder! – Hironobu disse, para horror da mãe.

– Hironobu! Isso são modos? Shunrei censurou. – Mamãe não lhe ensinou a falar assim.

– Como não? Uma vez eu ouvi a senhora dizendo que o papai botou pra foder com um tal de Máscara da Morte!

Continua...


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Notas finais do capítulo

OWN! EU amei tanto o Ryuhou! Já o amava antes mesmo de ele aparecer, agora então, vish!!! Meu chuchuzinho! O sonho de todas as ShiShuzettes realizado! Kkkk Todas as frases que a Michi falou são as que eu berrei quando ele apareceu! Hehe!
E acredito que quem realmente é entendido de Saint Seiya vai reconhecer todos os nomes dos sete filhos de Shiryu...
É isso, pessoal!
Até semana que vem!