Hate To Love escrita por Yukime


Capítulo 9
Kevin é louco


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo!



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9º Capítulo – Kevin é louco

Era sábado, o meu dia favorito da semana, sem dúvidas. Me levantei, me sentindo feliz pela noite passada. Tomei um banho e arrumei o meu cabelo, que parecia uma palha. Fui até a cozinha, onde meus pais estavam.

- Bom dia – disse sorrindo.

- Bom dia, filha – disseram eles ao mesmo tempo.

- O que temos hoje? – perguntei com a barriga roncando.

- Temos bolo – sorriu minha mãe.

- Hmm – disse colocando um pedaço no meu prato.

- Como foi a festa ontem? – perguntou meu pai.

- Foi ótima! – sorri.

- E quem era o garoto que te levou? – perguntou minha mãe, com um sorriso malicioso.

- Mãe! – disse rindo – Era o Tom.

- Nunca tinha visto ele – comentou meu pai.

- Ele é novo no colégio – disse – Se mudou para cá há umas três semanas.

- Bom saber – disse minha mãe olhando para o meu pai, sorrindo.

- Vocês pensam que não estou vendo a comunicação pelo olhar de vocês? – disse rindo.

- É, pensávamos – riu meu pai.

Quando terminei de tomar o café, minha mãe pediu para eu colocar o lixo para fora, então obedeci.

- Oi, Carter – disse Tom aparecendo em seu portão.

- Oi, Tom – sorri – Como você está?

- Ótimo, e você?

- Melhor impossível!

- Gostou da noite? – disse ele atravessando a rua com um sorriso de lado.

- E ainda pergunta? – disse sorrindo.

- Oi, casal – disse Kevin aparecendo de repente.

- Ah, Kevin – disse me separando um pouco de Tom.

- Oi, Tom – disse ele.

- Oi, Kevin – disse Tom.

- Não sabia que morava nessa rua – disse Kevin.

- Pois é, agora já sabe – disse Tom.

- Quer entrar, Tom? – perguntei querendo me afastar de Kevin, que parecia ter certo desafeto por Tom.

- Claro – sorriu ele e entramos.

- Oi, Tom! – disse minha mãe ao vê-lo.

- Oi... – disse Tom tentando saber seu nome.

- Sally – sorriu minha mãe.

- Dona Sally – Tom sorriu.

- Vem aqui que eu quero conversar com você – disse minha mãe.

- Mãe... – disse preocupada.

- Calma, Carter, só quero saber as intenções de Tom com você – disse minha mãe.

- Só quero fazer sua filha feliz – disse Tom me olhando e sorrindo.

- Ótimo, estou gostando de você – apareceu meu pai rindo.

- Vamos, Tom – disse o puxando para ir até o meu quarto.

Deixei a porta entreaberta para não pensarem que estou fazendo coisas a mais com Tom – o que eles pensariam com certeza.

- O que é? – perguntou Tom apontando para o meu caderno.

- Ah, é, um caderno – respondi.

- Posso ver? – perguntou ele.

- É, que, hã... Acho que, não sei – disse confusa.

Tom me olhou confuso.

- Pode – respondi por fim.

Ele abriu, lendo o que eu havia escrito. Me sentei na cama, esperando-o terminar, constrangida.

- E então? – perguntei.

- Você é muito boa! – disse Tom me olhando.

- Boa? O que quer dizer “boa”? – perguntei ainda mais confusa.

- Você devia escrever um livro – sorriu ele.

- Ah, não... – disse corando.

- Acredite mais em si mesma – disse ele passando a mão no meu cabelo – Você é boa.

Então o beijei. Tom estava sendo ótimo comigo. Estava feliz por tê-lo ao meu lado, era o único que não me fazia pensar nos problemas.

- Você estava passando por tempos muito difíceis, não é? – perguntou ele se sentando ao meu lado.

- É, infelizmente – respondi – Queria que você tivesse conhecido Louise.

- Quem? – perguntou ele.

- Minha melhor amiga – respondi – Ela teve que se mudar daqui.

- Sinto muito – disse ele realmente arrependido.

- Tudo bem, estamos bem, nos falamos quase todo dia por telefone – disse sorrindo.

- Que bom – sorriu ele – Que barulho é esse?

- Aposto que é Kevin – respondi.

- Kevin? – disse ele confuso.

- É, tenho a infelicidade de ter a minha janela na mesma direção da janela do quarto dele – respondi – Vai lá.

Tom foi até a janela a abrindo e vendo Kevin.

- Ah, Tom – disse Kevin nada surpreso.

- Quer falar com a Carter? – perguntou ele.

- Não – respondeu Kevin.

- Então por que chamou? – perguntou ele.

- Por nada – respondeu Kevin.

- É assim todo dia, acostume-se – disse aparecendo na janela – Tudo bem, tchau Kevin.

Fechei a janela e Tom me olhou.

- Ele tem alguma coisa – disse Tom.

- Como assim? – perguntei.

- Esquece – disse Tom – Quer sair?

- Claro! – respondi.

Resolvemos ir ao shopping mesmo. Andávamos distraídos quando topei com alguém.

- Carter – disse Megan.

- Megan – disse.

- Oi – disse Tom.

- Tom, está saindo com a minha irmãzinha? – perguntou Megan.

- Irmã? – disse Tom confuso.

- Longa história, te conto depois – respondi.

- Hum, ok – comentou ele.

- Então, tchauzinho – disse Megan se retirando.

Percebi que estava prendendo a respiração e a soltei. Megan não estava normal, ela só podia estar aprontando mais uma.

Tom e eu, depois de andar bastante, resolvemos comer alguma coisa e então fomos para a praça de alimentação. Deixei Tom sentado e fui comprar uma pizza. Quando olhei para trás, Tom estava conversando com Kevin. O que Kevin estava fazendo ali? Argh. Peguei a senha e voltei para lá, na mesma hora que Kevin deu um soco no rosto de Tom tão forte que ele caiu, inconsciente. Atravessei toda a multidão que se formava em volta dos dois correndo.

- Você é louco?! – gritei para Kevin.

- Sou! – gritou Kevin de volta – Louco por você!

Prendi a respiração. Por um momento ouvia apenas as batidas do meu coração. Ele era louco... Por mim? O que isso queria dizer, exatamente? O encarava. Kevin se apoiava na mesa. Acordei do meu “transe” e ajudei Tom, que havia acordado e estava com o lábio sangrando. Me afastei de Kevin, levando Tom para um banheiro, onde entramos, mesmo sendo feminino. O ajudei a limpar o sangue, mas não parava de pensar nas palavras de Kevin. Louco por você!, as palavras rodavam minha mente, me deixando tonta. Me apoiei na pia, onde Tom lavava o rosto.

- Ele é louco – disse Tom.

- Concordo com você – disse numa espécie de sussurro.

Voltei até a pizzaria com Tom, onde pedi para colocarem a pizza para viagem. Chamei um táxi e entramos no mesmo, voltando para casa. Minha mente estava totalmente longe. Kevin era louco por mim. Mas em que sentido? Estava me achando burra por não entender isso.

Quando chegamos, acompanhei Tom até sua casa.

- Me desculpe – pedi.

- Não foi culpa sua – disse ele.

Mordi os lábios.

- Você está bem?

- Talvez – respondeu ele.

- Como “talvez”?

- Eu ouvi Kevin dizer que é louco por você – disse Tom olhando para baixo.

- Ei, nós vamos resolver isso, ok?

- Tudo bem.

- Fica bem e coloca gelo – sorri.

- Obrigado – disse Tom e saí de sua casa.

Fui para o meu quarto, onde liguei na mesma hora para Louise, que me disse suas famosas palavras consoladoras. Me senti melhor assim que ouvi sua voz. Agora, não sabia mais o que fazer a não ser pensar nas palavras de Kevin.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Como Carter vai reagir à confissão de Kevin?