Hate To Love escrita por Yukime
Notas iniciais do capítulo
Estou fazendo capítulos pequenos, né? Mas mesmo assim estou gostando deles e espero que vocês também!
10º Capítulo – O beijo
Estava confusa demais. Não sabia como reagir e nem o que pensar. Resolvi ver se Kevin estava em seu quarto.
– Kevin? – chamei através da janela.
Ele apareceu, mas sem dizer nem uma palavra.
– Alguma explicação a me dar? – perguntei.
– Não sei como nunca percebeu. Desde a 1ª série. Eu te perseguia e...
– E...? – perguntei ansiosa pelo resto.
– E eu sempre gostei de você, Carter – terminou ele.
– Então por que se uniu a Megan?
– Eu... Eu não sei – ele abaixou a cabeça – Eu não sei.
– Entendi tudo – disse sendo irônica.
Abaixei a cabeça. Pensamentos e mais pensamentos invadiram a minha cabeça. Lembrei-me do dia em que vi Kevin e Megan se beijando. Eu me senti trocada, não sei por quê. E o fato de achar estranho Kevin ter parado de me perseguir por um tempo. Quando ele me olhava estranho e eu me sentia mal por isso. Meu coração acelerou só pelo fato de pensar em gostar de Kevin.
– Você está bem? – perguntou-me ele.
– Não – respondi sinceramente. Estava agindo totalmente por impulso. Agia como se pudesse confiar em Kevin e como se ele fosse um grande amigo.
– Hm – ele olhou para baixo.
– Kevin – chamei sua atenção e ele olhou para mim – Quando começou a gostar de mim?
– Desde a primeira vez que te vi – disse ele – E como você era durona e fechada, percebi que o único jeito de me aproximar de você era assim.
– Nossa – disse confusa.
– Eu quero saber... Esquece – desistiu ele.
– Fala – pedi.
– Quero saber o que você sente por mim – disse ele com o olhar distante.
O que eu sinto por Kevin? Essa é difícil. Sentia ódio. Isso, sentia. Não sei mais o que sinto por ele. Mas algo me diz que é um sentimento... Forte, por mais que me doa admitir. Quando olhava Kevin e Megan sentia algo diferente... Não sei descrever ao certo, acho que nomeiam isso como ciúmes. E o que ciúmes quer dizer? Ok, eu sei o que quer dizer ciúmes. Mas a ficha ainda não caiu. Eu gosto de Kevin, afinal? Eu ainda não sei. Eu ainda não sei o que sinto por Kevin, pois são tantas coisas juntas... Ciúmes, raiva, irritação, amor... Amor? Deus, eu disse amor? Eu estou louca, mais louca que Kevin, com certeza.
Fechei a janela, incapaz de respondê-lo. Escorreguei pela parede, sentando no chão, perplexa por meus pensamentos. O que eu falaria para Tom? E o quê eu sentia por Tom? Eu estou tão confusa que não sei nem o que pensar. Meu pensamento se voltou para Kevin. Veio à minha mente seus cabelos bagunçados e seus sorrisos de lado que me irritavam toda manhã. Me irritavam de verdade ou eu ficava irritada por Kevin conseguir me encantar tão facilmente?
– Não! – gritei – Não, não e não!
Peguei meu celular, digitando o mais rapidamente o número de Louise.
– Oi, Car... – não a deixei terminar.
– Eu gosto de Kevin, socorro! – disse me jogando na cama, com um travesseiro no rosto.
– Disso eu sempre soube – disse Louise com naturalidade.
– O QUÊ? – gritei – Louise, eu estou desesperada!
– Eu vou para aí amanhã, ok? – disse ela.
– Sério? – disse animada e logo me lembrei de Kevin – Louise, estou com medo.
– Medo de quê? – perguntou ela.
– De me entregar para Kevin e ele me machucar – disse tristemente.
– Olha, vou te dizer uma coisa: Kevin jamais te machucaria. Desde quando ele gosta de você mesmo? 1ª série? Carter, acorda. Ele te ama há 10 anos, você sabe o que isso significa? E até hoje ele não desistiu de você. Dê pelo menos uma chance a ele – disse Louise determinada.
– Mas Louise...
– Carter, ele não lutaria por você à toa. Ele te ama mesmo, de verdade, entendeu? E você também o ama, eu vejo pelo jeito que você o olha, mas você luta para esconder essa verdade – disse Louise.
– Será? – perguntei confusa.
– Amanhã a gente conversa mais sobre isso, ok? – disse Louise – Estou muito animada para vê-la novamente!
– Eu também! – disse sorrindo.
Depois de conversarmos um pouco, desliguei. Pensei que seria nada mais que justo conversar com Tom.
Fui até a sua casa, onde toquei sua campainha. Tom abriu.
– Tom, precisamos conversar – fui direto ao ponto.
– Tudo bem, senta aqui – disse ele e nos sentamos na calçada.
– Tom, o que o Kevin te disse antes de te socar? – perguntei.
– Ele me disse para nunca machucá-la e que se eu estivesse determinado a ficar com você eu deveria cuidar de você e disse que se acontecesse algo com você ele faria aquilo comigo, que foi o soco – disse Tom.
Olhei para baixo.
– Tom – disse quase sussurrando – Sinto muito, mas eu acho que...
– Você gosta dele – continuou Tom como se lesse minha mente – Sem problemas – ele deu um sorriso torto.
– Obrigada – o abracei – Você é um ótimo amigo, sabia?
– Você também, e dê mais valor a si mesma – disse ele.
– Pode deixar – sorri nos separando e voltando à minha casa.
Era noite e fui dormir, só que ansiosa por amanhã eu rever Louise.
***
– Louise! – a abracei forte ao vê-la no aeroporto.
– Carter, que saudades! – disse Louise me abraçando.
– Vem, vamos, temos muito que conversar! – disse a puxando para irmos logo para casa.
Quando chegamos, fomos para o meu quarto e ajudei Louise a arrumar suas roupas em uma gaveta.
– Me conta como está esse seu coração – disse Louise se sentando na cama ao meu lado.
– Batendo – disse rindo.
– E Kevin? – perguntou ela.
– Ah, Kevin... Eu acho que gosto dele.
– Acha? Carter, seja sincera, você o ama – disse Louise – Repita comigo: Eu amo Kevin e isso é um fato.
– Eu amo Kevin e isso é um fato – relutante, repeti.
– Bom começo – sorriu Louise.
Eu e Louise fizemos muitas coisas durante o dia. Entre elas, conversamos, vimos filmes, comemos pipoca com brigadeiro e andamos por aí. Contei a ela sobre como estava me sentindo com relação ao meu “novo pai” e minha “nova irmã”, péssima. Foi realmente muito bom rever Louise.
– Ei, ei, olha – disse Louise apontando pela janela da sala – Kevin está na rua, vá falar com ele, agora!
Louise me empurrou até fora de casa. Kevin me olhou.
– Ér, oi – disse sem jeito.
– Oi – sorriu ele. Ah, aquele sorriso, argh.
– Lembra ontem quando... Você me perguntou o que eu sentia por você? – disse me aproximando dele, que estava bem longe.
– Lembro – respondeu ele.
– Eu já tenho uma resposta – sorri.
– Estou ouvindo – disse ele.
– Kevin, eu... – nossos olhos se encontraram e eu não consegui dizer nada, pois Kevin me calou com um beijo.
Kevin envolveu minha cintura com suas mãos firmes e coloquei as minhas em sua nuca. O beijo que eu sempre esperei e nunca soube. O beijo foi perdendo a intensidade, e Kevin acariciou meu rosto.
– Eu te amo – sussurrou ele em meu ouvido.
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E então, satisfeitos?