Hate To Love escrita por Yukime


Capítulo 27
A conversa


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo!



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27º Capítulo – A conversa

No final da aula, Megan estava bufando. Pelo menos ela não ousou se aproximar de nós, mas o que mais me preocupou foi Louise, que viu Luke.

- Tudo bem? – perguntei a ela.

- Nem um pouco – ela respondeu.

Não tinha o que falar, então decidi que era melhor eu ficar mesmo quieta. Voltamos para casa todos juntos, como faríamos de agora em diante. Tom ia entrar na sua casa quando o chamei.

- Oi – ele me disse.

- Então, Tom – disse – Como vai você e a Louise?

- Vamos bem, por quê? – ele disse.

- Por nada, é que eu me lembrei daquela nossa conversa na praia, queria saber como vocês estão – comentei.

- Estamos bem, pelo menos da minha parte – ele disse – Obrigado.

- De nada – sorri, entrando na minha casa.

Louise estava sentada no sofá, esperando por mim. Ela se levantou e me olhou, esperando que eu falasse tudo o que aconteceu.

- Pelo o que ele disse, ele ainda não percebeu nada – disse.

Ela suspirou aliviada.

- O Kevin está na cozinha com a sua mãe, tentando aprender a fazer uma lasanha – ela riu.

- Não posso perder isso – disse animada, indo para a cozinha.

Ao chegar, minha mãe e Kevin estavam rindo.

- Ei, rindo sem mim? – disse fingindo indignação.

- Pois é, seu namorado não é muito bom de cozinha não, filha – minha mãe riu.

- Eu estou aqui, sabia? – disse Kevin.

- Kevin, é melhor você e Louise irem para a sala que eu ajudo a minha mãe aqui – disse.

- Obrigado por confirmar minha incompetência – disse Kevin rindo e indo para a sala, puxando Louise.

- Como está a Megan? – perguntou minha mãe.

- A gente decidiu que vamos ignorá-la e já está funcionando – disse – Kevin deu um “fora” nela no meio de todo o colégio.

- Entendi – disse ela – Tenho um dó da Megan, parece que ela nunca vai ficar boa.

- Também, mas o que nós podemos fazer? – disse.

- Nada, só ignorar mesmo – ela disse, colocando a lasanha no forno – Vai lá pra sala com eles, obrigada pela ajuda.

- De nada – disse lavando minha mão e indo para a sala.

Lá, Kevin e Louise conversavam.

- E então, sobre o que estão falando? – perguntei me sentando no sofá.

- Megan – disse Louise.

- Caso perdido – encostei no sofá.

- Talvez não – disse Louise.

- Como assim? – perguntei.

- Temos um plano – disse Kevin.

- Plano? Mais um plano? – suspirei.

- Dessa vez vai dar certo – disse Louise – Tem que dar certo.

- Quero só ver – disse.

- É o seguinte – disse Kevin – Nós vamos ter uma conversa séria com ela. Vamos marcar em algum lugar e todos nós vamos conversar com ela.

- E no que isso vai levar? – perguntei.

- É a nossa última chance – disse Kevin – Se ela não mudar nessa conversa, não vai ser nunca mais.

Pensei. Talvez desse certo, mas tinha minhas dúvidas quanto a isso. Megan não era fácil e muito menos de se deixar levar pela conversa dos outros. Ela poderia muito bem fazer como da última vez: fingir que mudou e no final se revelar. Acho que no assunto “Megan”, a única pessoa que me entendia era Tom. Deixei Kevin e Louise, dizendo que ia andar um pouco. Saindo de casa, vi que Tom fazia o mesmo.

- Tom – o chamei.

- Oi de novo – ele disse.

- Eles estão querendo fazer outro plano – disse.

- Com a Megan? – ele perguntou.

- É – assenti.

- Qual? – ele perguntou, atravessando a rua para andarmos juntos

Expliquei tudo a ele, que me olhou incrédulo, assim como eu fiz ao receber a notícia.

- Fiz a mesma cara, acho loucura – disse.

- Eu também – ele concordou.

- Mas, como ninguém segura aqueles dois, vamos ter que concordar – disse.

- Fazer o quê, né? – ele sorriu.

- Pois é – ri – Vou voltar pra casa, quer vir?

- Pode ser – ele disse.

Ao entrar em casa, todos estavam comendo a lasanha.

- Você sumiu e não levou o celular – disse minha mãe.

- Trouxe alguém pra almoçar – disse e Tom entrou.

- Sentem-se – sorriu ela.

Nos sentamos na mesa e fiquei ao lado de Kevin.

- Sabia que tenho ciúmes de você com o Tom? – ele sussurrou para mim.

- Por quê? – perguntei.

- Trauma do baile – ele disse e eu sorri, lhe dando um beijo.

- Não precisa, não vai acontecer nada entre nós, e sabe por quê? – disse.

- Por quê? – ele disse.

- Porque eu te amo – sorri.

- Eu também – ele disse.

- Também o quê? Também se ama? – perguntei, rindo.

- Também te amo, boba! – ele riu.

- Podem parar com isso? – disse minha mãe. Eu estava com Kevin e Louise com Tom e ela sozinha, já que meu pai estava trabalhando – Estão me deprimindo.

- Desculpe – disse me separando de Kevin, rindo, e colocando um pedaço de lasanha no meu prato.

O resto do dia foi legal. Conversamos, jogados vídeo game (coisa que eu era péssima) e conversamos mais um pouco. Ao anoitecer, eu e Louise fomos dormir.

- Você acha que o plano vai dar certo? – Louise me perguntou.

- Quem sabe? – disse e me virei, querendo encerrar essa conversa.

No colégio, recrutamos Megan para uma mesa no recreio para falarmos todos com ela. Relutante, ela foi.

- O que vocês querem? – ela olhou um por um.

- Conversar – disse.

- Sobre? – ela perguntou.

- Você – disse Louise.

- Sobre mim? – ela disse – Ah, ótimo.

- Por que você tem que ser assim? Tão... Invejosa? – perguntou Kevin.

Megan foi pega de surpresa. Ela não olhou nos olhos de ninguém.

- Ok, vou falar – ela disse – Carter, é o seguinte: Sim, eu tenho inveja de você. É isso que vocês queriam? Agora eu posso ir?

- Não – disse Louise.

- Megan, você ainda pode mudar, você ainda não se estragou por completo – disse Kevin.

Tom não falava nada, e eu estava o acompanhando nisso.

- Megan, pensa: Isso não vai te levar a nada. Você e a Carter são irmãs, se você quiser, vocês podem se dar bem – disse Louise.

Eu? Me dar bem com a Megan? Louise estava com a cabeça em outro mundo.

Megan fechou os olhos.

- Eu sou assim, aceitem – ela disse.

- Você não é assim, você quer ser assim – disse Louise.

- Então me deixem ser assim! – ela quase gritou.

- Não! Porque você não é assim! – impaciente, gritei – E eu estou cansada de você infernizando a minha vida!

Me levantei de lá, com raiva demais para falar ou ouvir mais alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

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