Mônica – S-será?

Mônica começou a reparar nas duas crianças. Realmente, a garota era parecida com ela. Mas o garoto...

Magali – Eu não tenho certeza, mas ela se parece.

Cascão – Perai! Se a Mônica for a mãe, que será que é o pai?

Cebola – E por que a pergunta?

Cascão – É que o Guilherme não é nada parecido com você ou com a Mônica.

Cebola começou a entrar em estado de pânico, e se eles forem mesmo filhos dela? E se eles não tiveram filhos juntos? E se...

Cascão – Acha que a gente deveria perguntar?

Magali – Ficou maluco Cascão? A gente não pode chegar lá e perguntar quem são os pais deles!

Cebola – Se bem que... Não é má idéia...

Mônica – O que? Você não esta mesmo pensando em perguntar se eles são meus filhos não é?

Cebola – Claro que não! Mas se eles forem mesmo, a gente pode ir até os pais deles, que pode ser alguém da turma, e pedir para que eles nos ajudem a voltar pra casa! E ai? O que acham?

Cebola olhou pra todos com aquela cara de ‘plano infalível’.

Cascão – Essa não... Mais um plano infalível! Tô fora!

Cebola – Ah qual é Cascão! Você quer ou não voltar pro nosso tempo?

Cascão – Quero, mas...

Cascão não tinha muita escolha, ou aceitava o plano doido do Cebola e torcer pra dar certo, ou ficar naquele tempo sem poder voltar e poder até causar algum dano no tempo.

Cascão – Ah! Ta bem! Vamos!

Eles caminharam até onde estavam as crianças e logo tentaram puxar assunto.

Magali – Ahn... Oi Guilherme...

Guilherme – Oi.

Cascão – Pode parar de enrolação! Agora você vai ter que nos responder umas perguntinhas!

Guilherme – Perguntas?

Cascão – É isso ai! Primeiro: Quem são seus pais?

Guilherme – Bem... Eu...

Antes que Guilherme respondesse alguma coisa daquela cena idiota do Cascão, Cebola tapou mais que depressa a boca dele com a mão para que ele não estragasse o plano. Logo as meninas tentaram reverter essa situação.

Mônica – Não liga pra ele não... Ele faz isso ás vezes quando toma suco de graviola demais.

Guilherme – Ahn, ok... Mas o que vocês querem?

Magali – Nada demais, é que a gente não ta fazendo nada e pensou se não poderíamos brincar um pouco com você e sua irmãzinha...

Guilherme – Bem...

Lisa – Oba! Eles vão jogar também?

Guilherme – Parece que sim. Desculpe, mas eu ainda não sei o nome de vocês.

Mônica – Meu nome é Mônica, e esses são Magali, Cebola e Cascão.

Guilherme – Muito prazer e... Ai!

Guilherme acabou sendo atingido pela bola que Lisa estava segurando.

Lisa – Hahaha!

Guilherme – Lisa! Sua pestinha! Agora você vai ver!

Guilherme correu atrás da menina, que estava se divertindo muito. Ele á alcançou e fez cócegas nela como troco pela bolada. A turma achou graça da brincadeira e resolveram entrar nela.

Cascão – Hei Maga...

Magali – O que... Ahhh!

Cascão a pegou no colo e começou á fazer cócegas nela.

Magali – Não!Hahaha! Cas! Hahaha! Para! Hahaha!

Cascão – Ta bem...

Cascão largou Magali, fazendo a mesma cair no chão.

Cascão – Hahaha!

Magali – Agora você vai ver!

Magali correu atrás de Cascão, que não parava de rir. Mônica teve uma idéia, pegou a bola e...

Mônica – Ei Cebola! Pensa rápido!

Mônica jogou a bola em Cebola com certa força, que fez o mesmo cair no chão. Ela se desespera ao ver o que tinha feito com o amigo. O mesmo estava desacordado... Ou não?

Mônica – Ce! Ai meus Deus! Fala comigo você ta bem?

Cebola – Não...

Ele pegou a bola e jogou na cara de Mônica.

Cebola –... Estou ótimo! Hahaha!

Mônica – Grrrr! Agora você vai ver seu peste!

Os dois começaram a tacar a bola um no outro. Os outros viram a brincadeira e resolveram fazer uma guerra (Que mundinho violento. Né não?). E foi bola pra tudo que é lado. Meninos X Meninas. (Tipo queimada. Saca?)

Cascão – Cuidado! Elas vão atacar!

As meninas começaram a tacar bolas neles (É isso ai, elas estavam armadas com várias bolas que vieram num sei da onde).

Mônica – Droga! Eles foram pra trás das arvores!

Lisa – Eu tenho uma idéia!

Magali – Qual?

Lisa – Peguem aquelas bolas e me sigam!

Do outro lado, os meninos repararam que elas pararam de ‘atirar’, então saíram de trás das arvores.

Cebola – Onde elas estão?

Guilherme – Não sei, mas fica esperto, ela podem...

Lisa – Já!

Meninos – Ahhh!

Os meninos foram surpreendidos pelas meninas, que chegaram de mancinho atrás deles. Elas começaram á jogar bolas neles, até que...

Mônica – Droga! Acabou a munição!

Cebola – Ah é? Que boa noticia...

Os meninos já planejavam a vingança deles e as meninas perceberam.

Magali – Nem pensem nisso!

Guilherme – Tarde demais!

Eles literalmente as atacaram, mas com cócegas. E nisso elas pediam desesperadamente para que parassem.

Mônica – Hahaha! Ce! Hahaha! P-para... Hahaha, por favor! Eu não to... Hahaha! Agüentando mais!

Cebola – Vocês se rendem?

Magali – Sim! Hahaha! Por favor! Hahaha! Parem!

Os meninos pararam, pois também haviam ficado um pouco cansados com a brincadeira.

Guilherme – Hahaha... Até que vocês são legais.

Cascão – É a gente faz o que pode.

Cebola – Mas me diz ai Guilherme, onde você mora?

Guilherme – Eu moro á umas duas quadras daqui, se vocês quiserem, a gente pode ir lá em casa, a mamãe deve estar preparando uns biscoitos.

Magali – Oba! Vamos?

Mônica – Claro... Seria bem legal (Assim aproveitamos pra saber quem são os pais deles... Ai meu Deus, será mesmo que a mãe deles sou eu?).

A turma vai em direção á casa de Guilherme. Em quanto isso, em um Estádio de Futebol, estava ocorrendo um final de campeonato. E a decisão era acirrada, os dois times empatados, e quem fizessem o gol de desempate iria ganhar o prêmio de primeiro lugar.

Narrador – O camisa 16 passa a bola pro camisa 02, que vai direto pro gol! Tentar fazer o gol da vitória!

Camisa 02 – Hahaha! Esse campeonato ta no papo e...

De repente alguém rouba a bola dele.

Narrador – Não é possível! O Cascão, o nosso querido camisa 10, acaba de roubar a bola! E parece que ele não quer saber de rodeios! Ele esta indo direto pro gol!

Treinador – Pra direita! Não! Pra direita seu burro!

Cascão começa a chegar perto do gol.

Cascão – He, he... Agora é só...

Cascão olha pra frente e vê dois jogadores do time adversário.

Cascão – Vish!

Ele para de correr, e os jogadores vão pra cima dele.

Narrador – Agora é a decisão! Faltando um minuto pra terminar o jogo, Cascão tem a chance de fazer um gol!

Cascão por um segundo se encontrou sem saída, mas logo teve uma idéia. Ele driblou o primeiro jogador, que acabou escorregando e caiu no chão. Ele foi em direção ao segundo, mas ao invés de cair matando, começou a fazer embaixadinhas com a bola, o cara tentou pegar a bola, mas Cascão mais rápido e acabou dando um chapéu nele (Olé!).

Narrador – Agora é agora da verdade! Faltando apenas poucos segundos pra terminar o jogo!

Cascão se posiciona na frente do gol, e olhando com um olhar ameaçador pro goleiro, conseguiu fazer um gol.

Narrador – Goooooooooooooooooooooool!!! É do Cascão! Eles são os campeões!

Depois de muita algazarra e gritaria por causa do gol e do campeonato, os jogadores foram para o vestiário.

Treinador – E ai está meu campeão!

Cascão – Oi treinador!

Treinador – Devo confessar meu caro... Jogou muito bem hoje, todos aqui foram excelentes! Meus parabéns!

Cascão – Valeu treinador, mas agora eu tenho que ir, a patroa me chama...

Treinador – Tudo bem! Te vejo segunda na entrevista certo?

Cascão – Claro! Até mais!

Cascão saiu do vestiário, em direção ao estacionamento, mas antes que pudesse chegar lá, foi puxado pra dentro de uma sala.

Cascão – Mas o que...

Ele não pôde dizer mais nada, pois sentiu uma dor forte na cabeça e desmaiou.