Only An Investigation escrita por AnjinhaPipocas


Capítulo 9
Uma Morte Inesperada


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, desculpa a demora. É que faço outra fic, que inclusive está no final e acabei me empolgando demais com ela. Desculpa mesmo, ok? Espero que curtam o cap e ignorem qualquer erro ortográfico existente.



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Era engraçado, como aquele moleque cuidava de mim. Como se eu fosse um precioso cristal, o que de fato me deixou bastante confusa. Afinal, para um delinquentezinho que odeia o “poder”, está preocupado demais cuidando de uma C.S.I.

Ainda pensava em que argumentos ele se baseou para conseguir ser liberado pelo promotor. Ele é uma ameaça a população de Vegas, apesar de ter as feições de um anjo.

Se bem que, eu não sentia medo dele. Mas sim, estava imprecionada com a capacidade desse moquele. Estava mais do que claro que ele me acha muito bonita, não é muito difícil de se adivinhar, a questão é... O que ele quer com isso? Se formos encarar os fatos, porque ele ajudaria uma pessoa que quase o deixou atrás das grades? Uma pessoa que representa a lei e a ordem?

Achar alguém bonito é uma coisa, porém as coisas mudam quando essas pessoas “bonitas” tentam algo contra você. A raiva é natural, não posso culpá-lo. Porém, explodir pessoas inocentes por causa do jeito que Ralph foi tratado é uma completa loucura. O que me faz pensar, o que esse garoto tem na cabeça? A única conclusão é que ele precisa descobrir alguma coisa. Mas a questão, é o que ele quer descobrir.

- certo, como se sente? – perguntou ele.

Sentando a minha frente na cama. Para que tenham uma ideia melhor, ele deu banho na minha cachorrinha, e cuidou de mim. Além de ter limpado o apartamento. O problema, é que guardo coisas importantes em um cofre. Fora papeis de casos arquivados que eu trazia para casa para analisar com mais calma.

Eu sabia que teria que organizar a casa quando ele for embora. E não, eu não confio totalmente nesse moleque. Me sertificar de que ele não pos nenhuma bomba, ou até mesmo uma camera escondida não faria mal, estou certa?

- um pouco melhor, obrigada. – respodi simples.

O que de fato era verdade. Passei três dias com uma babá de dezesseis anos cuidando de mim. Suspirei, acariciando minha cadelinha que dormia tranquila no meu colo.

- não precisa agradeçer. – rebateu ele.

- certo, mas, será que posso fazer uma pergunta? Porquê está me ajudando? Pensei que odiasse os execultores da lei e da ordem. – insisti. Ele bufou, me olhando.

- eu já disse, eu odeio os outros mas não você. – respondeu.

- e porquê não a mim? hum? Eu matei o seu irmão, no mínimo deveria estar furioso comigo. Ou até tentar me matar, porém... – eu mentia nas primeiras palavras, até me enterromper perdendo pouco a pouco a fala.

- olha, eu não vou explodir você, deixa de paranoia. Além do mais, eu sei que você está protegendo alguém. Para que saiba o porque de eu estar ajudando, é porque sei que você é diferente, e de alguma forma eu gosto de você. Era isso que queria ouvir? Ótimo, ouviu. Agora vou embora, já que percebi que não sou bem vindo. Até mais ver, Bllue. – respondeu o moleque, firme. Levantando da cama, sumindo do meu campo de visão. Bufei. Mas que droga.

(....)

Sai do closet já devidamente vestida, enquanto Lilly latia animada caminhando junto comigo.http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_197/set?id=51598998&.locale=pt-br  Ela balançava a caldinha, segurando na boca sua bolinha predileta. Com toda a certeza, queria brincar. Ri comigo mesma a pegando nos braços. Pegando as chaves do carro pondo-as no bolso. Sai da casa com certa pressa, deixando a minha pequena com a senhora simpática da frente. Após me despedir da minha cadelinha, sai do prédio apressada.  Entrando no carro, catando pneus.

Alguns segundos depois, eu senti que o transito de Vegas estava lento. O que era estranho, já que ultimamente os carros trafegavam pelas estradas cada vez mais rápido. Sem mais alternativas, parei o carro a frente do sinal vermelho. Liguei o rádio tentando descontrair o clima tedioso que se instalou. Pensando novamente nas palavras do moleque. O jovem McCann. Seu tom era ofendido, e talvez triste. Chateado com minhas perguntas e desconfianças a seu respeito.

Eu não sentia medo, e sim curiosidade. Afinal, se a intensão dele fosse me matar já teria feito. Afinal, oportinudades para isso não faltaram, além de ter um motivo para execultar o crime. Mas não. Ele não o fez. Ele cuidou de mim carinhosamente. Um carinho que eu reconhecia de longe.

Eu não sei ao certo, afinal não posso saber o que ele pensa, mas, talvez eu seja uma paxonite pra ele. Pelo jeito que me olha, e fala comigo. Pode ser esse o motivo para ter cuidado de mim, ou até o mais óbivio que foi o beijo. Mas... Céus que barulho é esse? Pensei interrompendo os outros pensamentos que rondavam minha mente.

Quando vi pelo parabrisa dois carros em alta velocidade, vindo de ruas diferentes se chocarem com tamanha força que um dos motoristas de um dos carros foi arremessado para fora do mesmo.

Sai do carro no mesmo instante, batendo a porta do carro com força. Caminhando com certa rapidez em direção a mulher que dirigia o velículo. Com o dedo indicador medindo seu pulso. Morta. Para não mecher mais na cena, tentei manter as pessoas longe, seguindo caminho em direção a outra pessoa ferida.

Desta vez um homem, caucasiano e estatura média e bastante ferido. Me ajoelhei ao seu lado. O homem permaneceu com os olhos abertos, porém parecia querer fecha-los. Respiri fundo, tomando em mãos o rádio que estava preso a minha cintura.

- Central, aqui é agente Bllue, falando da Av. Central de Las Vegas Nevada. Tragam uma ambulancia urguente. – falei ao radio. Enquanto o numero de curiosos aumentava em uma propoção assustadora.

- encaminhando ajuda. Estimativa de chegada, cinco minutos. – falou a voz eletrônica do outro lado.

Observei mais uma vez o homem no chão. Fechando pouco a pouco os olhos. Sem outra escolha, pus um dos dedos em seu pescoço tentando achar algum pulso. Já não havia mais saída. Ele está morto.

(....)

- soube que teve um dia e tanto. – comentou Nick, quando viramos em um corredor.

- é. Mas já virou rotina ver pessoas morrerem, sem eu poder fazer nada. – dei de ombros.

- você está realmente bem? – perguntou ele. Preocupado. Dei de ombros.

- não precisa ficar preocupado, eu estou bem. – respondi sua pergunta, encarando Nick.

- gente, tenho mais notícias do cara encontrado no lixo. – falava Sara, parando a nossa frente quando dobramos mais um corredor. Agora, caminhávamos os três juntos em direção a sala do doutor legista.

- quais são as novidades? – perguntei curiosa.

- encontramos indícios que que o corpo foi desovado. O nome do cara é Tay James, tem 45 anos não é casado e serviu ao exército.

- e não serve mais?- perguntou Nick.

- não. Foi expluso por ser suspeito de um abuso infantil, aos 37 anos e desde então permaneceu desempregado. Pelo que soube, o cara foi parar no hospital por ser suspeito de ter estuprado uma garotinha de 3 anos. O irmão mais velho dela, bateu pra valer no cara. Se a polícia não houvesse chegado a tempo, Tay James estaria morto.  – continuou Sara.

- e sabe o nome dessa garotinha? – perguntei.

- Molli Kinus. Mora com os pais e irmão, e por conhecidência ou não, o nosso “cara do lixão” mora a poucas quadras da casa da garotinha. – respondeu ela.

- bom, pelo que pude perceber, talvez seja um crime de vingança. Algum parente de Molli não satisfeito de bater nele, resolveu acertar as contas de uma vez. – comentei enquanto parávamos juntos em frente a sala da autópcia.

- agora, veremos se sua teoria se encaixa nas evidencias. Vou com o Greg a casa de Tay James para ver se encontro alguma coisa. – falou Sara.

- e eu e Nick veremos o corpo. Deixaremos você a par de tudo. – falei. Ela acentiu com um pequeno sorrisinho.

Caminhando na direção contrária. Até sumir do meu campo de visão. Suspirei, vestindo o meu jaleco e minhas luvas de látex em seguida. Entrando na sala, junto a Nick. Encarando o doutor Robbins  que observava atentamente o corpo gélido a cima da mesa.

- então doutor Robbins, pode nos dizer as novidades. – falou Nick.

(....)

- foi um caso e tanto. – comentou Nick, enquanto caminhávamos juntos em direção ao estacionamento. Suspirei rindo fraquinho. Sentindo o vento bater em meus cabelos.

- tem razão. Ainda não consigo acreditar que as pessoas podem ser tão crueis umas com as outras. Ela é apenas uma criança indefesa e inocente. Eu não entendo.

- caras como Tay James são maníacos, que por mais que tenham não se sentem satisfeitos no ato sexual, até concretizar sua fantasia com a pesoa desejada. – comentou ele.

- Não acho justo. Tay James e sua obseção terminaram por matá-lo. Não só ele, como Molli sofreu com isso. Há tantas mulheres lindas em Vegas, e foi justamente uma criança de três anos que ele se apaixonou.

-  mulheres lindas como você? – perguntou Nick. Com um leve sorisinho no rosto. Mudando o rumo da nossa conversa. Dei de ombros.

- se você acha. – rebati desanimada.

-olha só, o pessoal está indo a uma festa. Bem, para ser mais exato vamos a uma boate para relembrar os velhos tempos, em que nos divertíamos em equipe. Depois iremos ao restaurante que sempre vamos, lembra? – perguntou ele risonho.

Ri lembramdo dos nossos altos papos, e de como meus colegas de trabalho eram divertidos tanto dentro e fora de campo.

- eu não sei, Nick. Estou cansada, e além disso tenho uma cadelinha de cinco meses para cuidar. Ela sente minha falta. – argumentei suspirante. Quando paramos em frente ao meu carro.

- qual é, Kate. Venha será divertido, você precisa de um pouco de distração. Na verdade todos nós precisamos de distrações quando se trabalha com cenas de crime. – suspirei, ouvindo mais uma vez sua argumentação.

- eu não quero forçar você a nada, mas, se quiser ir aqui está o endereço estaremos lá as 21:00pm. Espero que venha, garanto que não irá se arrepender. Pense bem. – concluiu ele.

Deixando um doce e agradável beijinho em minha bochecha direita. Caminhando na deireção de seu carro.  Suspirei guardando o endereço no bolso da calça em seguida. Entrando no carro.

Logo os pneus deslizavam pelas pistas de Vegas. A noite, a cidade ganhava um brilho especial. O glamur dos cassinos, as pessoas caminhando pelas ruas maravilhadas pelas cores e músicas. O encanto de Las Vegas. Conhecida mundialmente, como a Cidade Do Pecado.

Mas que bobagem. Pecado. Pecado, era as terríveis mortes que eu investigo diariamente. A impressão que se tinha é que, quanto mais pessoas vão para a cadeia, mais morrem. A estatística era assustadora, por mais que os C.S.I se esforcem.

Em uma das pesquisas que li, noticiava que em menos de alguns anos, o laboratório de Las Vegas já não seria o suficiente para suprir a quantidade enorme de crimes. Isso era assustador de fato, o que me fazia querer dar o máximo de mim para que isso não viesse a ser um triste fato para Vegas.

Parei o carro em frente a um dos muitos parques da cidade. Vendo ao longe, na pista de skate, um dos delinquentes. Jason. Jason McCann, se divertindo com os amigos. Livre. Eu sabia que ele era muito jovem para ter um conhecimento tão avançado com bombas, porém, eu tinha certeza que ele tinha ajudado o irmão a fabricar as bombas. Já que confesou ter comprado os aviões.

Mas como as provas contra ele eram insuficientes, ele está em liberdade. Livre para matar pessoas inocentes novamente. E devo admitir que isso me aborreçe. Abri o vidro escuro do carro, ainda observando atentamente os movimentos que ele fazia sobre o skate. Quando parou, fazendo nossos olhares se encontrarem. Bufei fechando o vidro, catando pneus. Nick tem razão. Preciso de uma distração. Urgentemente.

(....)

Desci do caro, deixando as chaves com um simpático rapaz que levou meu carro até o estacionamento do local. Entrei no cassino observando tudo o que podia. Tentando me manter firme nos saltos que a pouco não usava. Pondo as mãos nos bolsos do sobretudo branco.  http://www.polyvore.com/kate_bllue/set?id=52213454

 A medida que caminhava comprimentava alguns conhecidos que lá estavam, até finalmente entrar na boate. Pondo as mãos nos olhos, os progetendo da claridade intensa que os atingiu por alguns segundos. Para minha surpresa, a música que tocava era calma. Ao que eu sabia, parecia ser Jazz. Continuei caminhando até finalmente avistar Nick. Que sorriu para mim, enquanto o resto da equipe dançava separadamente.

- eu sabia que viria. – falou ele. Abraçando meu corpo, quando finalmente cheguei ao balcão onde o mesmo se encontrava.

- é você tem razão, eu preciso me divertir um pouco. – respondi partindo o abraço em seguida. Retirando o sobretudo do corpo deixando-o sobre o balcão junto a bolsa.

- nossa, Kate. Você está absolutamente linda. – comentou olhando-me de cima a baixo. Deixando-me completamente envergonhada. Não deveria vir com este vestido.

- não diga isso. Me deixa envergonhada. – admiti completamente corada. Ele riu, ficando a minha frente.

- não deveria, você é linda. Mas, o que acha? Quer dançar comigo? – perguntou ele ainda risonho. Era bom ver o sorriso de Nick, ele possui um lindo sorriso. O que por sua vez, me motivou a fazer o mesmo aceitando assim, seu pedido.

http://www.youtube.com/watch?v=3nl1B1FJAJg

Uma musica suave tocou, mudando completamente o estilo de música Jazz para o R&B e/ou Pop. Ele segurou em minha cintura, enquanto eu apoiava minhas mãos em seus ombros. Sentindo Nick me guiar com calma pela pista de dança.

Nos olhávamos a todo tempo, sobe a conversa boba e baixa. Assuntos fúteis saiam de nossas bocas com uma incrível facilidade, conversas que nunca tive com ele. E devo admitir que, era de fato relaxante, não estar no DP (departamento de polícia) e abrindo pessoas mortas junto ao legista. Ou estar em uma troca de tiros, entre a vida e a morte.

Deitei minha cabeça sobre o ombro largo e musculoso do meu companheiro de trabalho, sentindo seu perfume invadir minhas narinas. Devo admitir também que gostei do seu cheiro, já que era costume não usar perfume no trabalho, para que o oufato não fosse prejudicado. Era suave, doce com uma pitada de algo a mais.

Era uma sensação boa sentir os braços de um homem, abraçando meu corpo em meio a uma dança. Mesmo sendo os braços fortes do meu grande amigo, Nick.

Reconfortante e agradável, admito eu. Porém tuda a tranquilidade da dança terminou quando tiros foram disparados possivelmente do lado de fora da boate. No susto da troca de tiros, Nick abraçou meu corpo com mais força na tentativa de me proteger. Porém com rapidez detatei o abraço correndo em direção a porta dos fundos do lugar, empurrando a mesma com os pés.

Vendo o largo beco pouco enluminado. Com um corpo estirado ao chão. Sangrando. Arregalei os olhos, vendo quem eu menos esperava tentando ajudar o homem ensanguentado.

- Jason? Jason McCann? – perguntei receosa.


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Notas finais do capítulo

Então, vocês gostaram? Será que alguem notou que o Nick tem uma queda pela Kate? Hum? Hehehe
Beijos e até o proximo, espero que o cap tenha agradado.
:3 xoxo



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