Bring Me To Life escrita por GabiCullenRock


Capítulo 14
Capítulo 13 - Divisão de sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoal! Quase nem deu tempo de eu postar esse cap., mas consegui. Me desculpem pela demora e por não responder aos ultimos reviews, mas não se preocupem que eu leio todos e estou amando! Aí está o cap!



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Pov. Bella

        Acordei no dia seguinte ainda pensando no aluno novo que eu nem sequer sabia o nome, mas já nutria sentimentos fortes. Vesti-me com as roupas largas de sempre e penteei meu cabelo. Estava bonito e eu me senti bela. Pela primeira vez na vida. Passei um gloss claro e fui pra escola. Era cedo e Ângela ainda nem tinha levantado, mas eu não queria encontrá-la, estava muito magoada pelo jeito que ela me tratou. Por maias que fosse verdade eu ainda achava que ela tinha sido muito grosseira.

        Peguei o ônibus e fiquei na frente da escola esperando a hora da aula. Estava frio e eu comecei a tremer, logo eu vi o novo aluno chegando.

        -Olá! – ele me cumprimentou sorridente.

        -Oi... O que faz aqui tão cedo? – perguntei batendo os dentes.

        -Eu não sabia a hora da aula... mas e você?

        -Queria ficar um pouco sozinha – respondi.

        -Estou incomodando? – perguntou sem parecer ofendido.

        -Imagina! Claro que não – falei e então ele se sentou ao meu lado no banco.

        -Parece com frio – ele observou.

        -Pois é, você não está?

        -Não, estou bem. Toma pega o meu casaco – ele falou me entregando o casaco. Vesti e me senti aquecida e inebriada pelo cheiro bom do rapaz.

        -Me desculpe, mas qual o seu nome? – perguntei tímida.

         -Riley, e o seu?

         -Isabella, mas pode me chamar de Bella – respondi sorrindo.

         -Combina com você. Prazer Bella – ele disse gentil e me estendeu a mão. Apertei, mas ele a levou até os lábios macios e deu um beijo.

          -Então, à quanto tempo está na escola? É legal aqui?

          -Estudo aqui desde a primeira série. É uma boa escola, a maioria dos alunos gosta – respondi.

          -E você gosta? – ele perguntou.

           Meneei a cabeça levemente em sinal de mais ou menos.

           -Por quê? Professores chatos?

           -Não, todos são ótimos professores e muito gentis. Acho que o problema são os alunos.

           -Por quê? Foram todos tão legais comigo ontem.

           -Com você – respondi irônica sacudindo a cabeça. Eu ainda não entendia qual o problema comigo para ser tão rejeitada por todos.

           -Eles não são legais com você?

           Balancei a cabeça em sinal negativo e ri sem achar graça.

           -Mas por quê?

          -É o que me pergunto todo dia.

          -Tá, mas me explica melhor. O que eles te fazem? – Riley pedia e parecia interessado. Mas porque ele estava tão interessado nos meus problemas?

          Eu não devia confiar nele, ele logo podia me abandonar e se juntar ao grupo do Edward, mas por algum motivo eu confiava nele. Talvez fosse pelo olhar gentil e inocente que lançava pra mim, talvez pelos seus atos bondosos. Eu não sabia bem, só sei que contei tudo pra ele. Todos os anos que se passaram nesse colégio e todos os xingamentos e deboches que recebi. Contei do Edward e sua gangue e depois acabei até falando de meus sentimentos por Edward pra ele. Eu contei pro Riley tudo o que aconteceu nos últimos dias. Até o acontecimento na sexta feira. Algo que eu não tinha contado a ninguém, nem a Ângela. Nem mesmo Edward se lembrava. Era algo só meu e dele, mas acabei contando, mesmo que depois me arrependesse disso.

        Agora a escola já estava cheia de gente, mas todos me ignoravam, pelo menos não me xingavam já que Riley estava comigo.

        -Sabe esse Edward e esses amigos. Quero que me mostre quem são, vou dar um jeito de eles não mexerem mais com você. Devem ser uns idiotas.

       -Eu só nunca entendi por que me maltratam tanto! – falei rapidamente, pois por um momento temi por Edward. Riley parecia determinado a me ajudar, mas parecia sentir raiva de Edward e eu não queria o mal para ele.

       -Por que são uns idiotas! – ele concluiu rindo e eu não pude evitar, ri também. Quando eu estava com Riley eu me sentia leve, sem precisar medir meus atos. Era diferente de quando eu estava com Edward. Eu sempre me sentia acuada e assustada. Com medo de dizer algo errado e despertar o monstro dentro dele. Mas ainda assim... O que eu sentia por Edward era forte demais, de um jeito que eu jamais sentiria por Riley.

       -Não liga pra eles. Agora você tem um amigo que sempre vai estar aqui para te proteger desses trogloditas – Riley falou com carinho e eu sorri e ele passou o braço pelos meus ombros. Foi nesse momento que eu percebi que Riley estava sentindo por mim algo diferente do que eu sentia por ele. Ele me olhava com carinho demais, algo diferente do jeito de um amigo olhar pra o outro. Era o jeito que eu olhava para Edward quando ele não estava me vendo.

       Logo bateu o sinal e fomos para a aula. Riley sentou perto de mim e Ângela me ignorou. Porque ela não olhava mais pra mim? Senti-me irritada por minha amiga estar me tratando assim.

      As aulas passaram normalmente e eu nunca tinha me sentido tão... normal. E isso era tão bom! Ninguém debochava de mim, nem mesmo Edward. Por um momento eu o peguei olhando para mim afetuosamente, mas logo ele desviou o olhar. Com Riley perto de mim as pessoas não queriam me incomodar.

      O sinal para o intervalo tocou e eu e Riley saímos da aula e fomos pra um banco no pátio. Riley começou a me contar como era sua antiga escola. Ele parecia gostar. Ele me disse que os pais se mudavam muito de cidade, por isso ele tinha vindo para Forks. Em um momento da conversa Riley pegou minha mão e a beijou. Eu sabia que havia fortes sentimentos por trás daquele beijo e que eu devia cortar isso antes que ele se apaixonasse e sofresse, mas ele me deixou tão encantada com seus atos gentis que eu não conseguia faze-lo parar. Não queria fazê-lo parar.

     Nem tive tempo de fazer nada, pois logo Edward apareceu falando as palavras que tanto me machucavam.

          -Riley, você sabia que está perto demais da Swan piolhenta? Cuidado que ela pode te passar os piolhos e as pulgas – ele falou rindo maldoso. Riley levantou e olhou Edward com raiva. Eu só observei sem saber o que fazer.

          -Lave a sua boca suja para falar da Bella – ele respondeu bravamente. Me senti feliz por pelo menos uma vez na vida ter alguém que se importasse comigo e me protegesse das maldades do Edward.

          -Não sabe com quem está se metendo! Eu sou Edward Cullen o cara mais popular da escola e se mexer comigo vai pagar. Eu tenho muito din... – Edward berrava nervoso, mas parecia perdido. Parecia não querer dizer o que dizia. Ele nem conseguiu terminar a frase, pois foi interrompido por Riley que falou as palavras que com certeza feriram e mataram o que tinha sobrado do coração de Edward.

          -Eu não ligo pra quem você é seu imbecil e muito menos pra merda do seu dinheiro! Eu não me importo com o que vai fazer comigo, mas deixe a Bella em paz. Ela não tem nada a ver com seus distúrbios mentais e sua agressividade infeliz. Desconte em alguém do seu tamanho e não numa menina inocente.

           Edward parecia perdido, mas Riley continuou e piorou a situação.

           -A Bella me contou sobre os seus pais, ela parece sentir pena de você. E eu tenho certeza que você não gosta do que os seus pais fazem, te ignoram, maltratam, sei lá e que você não gosta de ser infeliz, então não passe sua infelicidade para os outros, seu egoísta! E eu pensei muito no que eu sinto por você, mas é exatamente o que a Swan diz. Você merece pena. Pena! Eu tenho pena de você!

         Edward parecia estar explodindo de raiva e dor, seu rosto estava vermelho e seus olhos carregavam ódio e sofrimento. Eu me senti uma traidora. Eu havia sido a única com que ele havia compartilhado pelo menos um pouco de e seus sentimentos. De certa forma ele havia confiado em mim e eu havia contado seus segredos e sua tristeza para Riley. Um sentimento de culpa me assolou. Alem de tudo eu não concordava com as palavras de Riley. Eu não sentia pena de Edward. Sentia muito mais que isso. Sentia carinho, afeição e... amor? Eu não sabia direito o que eu sentia, mas era algo muito maior que pena.

       De repente eu vi a mão de Edward indo e direção ao rosto de Edward e um estalo alto. Ele devia ter quebrado o nariz, mas Riley nem hesitou e devolveu um soco no olho de Edward. Eles começaram uma luta violenta que me assustava, pois eu não queria que nenhum dos dois se ferisse. Edward era o mais violento e determinado a vencer, deferia socos e chutes enquanto Riley se defendia e tentava atingir Edward também, mas ele não tinha chance. Edward estava em cima dele e não parava de socá-lo. Eu estava nervosa e confusa e sem saber bem o que fazer. Comecei a bater em Edward para que ele saísse de cima de Riley.

       -Deixe-o em paz! Deixe o Riley, Edward! Você o está machucando seu monstro! – berrei. Ele se virou para mim por um momento e me olhou com um olhar ferido que me machucou. Eu não suportava vê-lo assim, mas ele merecia ver o que era ser humilhado em publico. Eu nunca pensei em fazer para alguém o mesmo que faziam em mim, mas Edward teria que ver o que era ser desprezado. Eu gostava dele e ele sempre me desprezava, porque eu não podia despreza-lo também?

        Foi um momento de distração dele e Riley se recuperou e começou a socá-lo e ficou em cima dele. Edward não conseguia se defender, além disso, parecia não querer fazer nada. Como se gostasse de apanhar. Eu não me importava que ele queria apanhar. Eu não queria vê-lo sendo machucado, então puxei o braço de Riley e tentei falar em tom indiferente.

       -Deixa ele. Não vale a pena se encrencar por causa dele.

       Riley obedeceu e se afastou de Edward. Veio pra perto de mim e Edward se levantou lentamente. Por um momento meu olhar se encontrou com o dele. E eu vi toda a dor que ele trazia era muito maior que a raiva que ele sentia. Eu vi que ele queria chorar. Queria alguém que o consolasse. Eu queria dizer pra ele que estava tudo bem, que eu sempre ficaria do lado dele, mas... eu só queria, pois não faria nada disso. Ele não me queria por perto e eu não iria impor minha presença só para ele me enxotar. Fui até Riley e olhei os seus machucados, mas o que eu mais queria era ver os de Edward. Eu estava preocupada com ele.  Eu gostava de Riley, mas o que eu sentia por Edward era maior que tudo. Ele não ficou nem mais um segundo na escola, virou as costas e foi embora. Eu queria ir atrás dele e consola-lo, cuidar dele. Mas não fiz nada disso e me contentei em cuidar de Riley e imaginar que era Edward.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Espero reviews e vou tentar responder a esses. E quem sabe recomendações??? rsrs
Bem, é isso pessoal. VOu tentar postar mais rapido, mas é dificl estou realmente sem tempo. Se tiver algum erro de gramatica me avisem que não deu tempo de revisar. Bem, até o prox. cap bjos