Life Is Unexpected escrita por WaalPomps


Capítulo 10
Seguindo em frente


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooi caras de boi. Eu quero agradecer as meninas que mandaram sugestões e ainda espero mais ok? Só esse capítulo por hoje e talvez por amanhã também :s faculdade está matando-me! Aproveitem babys ;@



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Santana P.O.V

Sábado deveria ser o dia para acordar tarde. Mas não hoje, nããããão... Hoje, temos uma festa de três anos para planejar. Com tema de fadas. E duas crianças organizando. Quinn é a pior das crianças.

_ 600 rosas, 400 margaridas, 250 lírios, 320 girassóis e mais 700 flores do campo variadas. – eu disse lendo a nota fiscal – Pirou Quinn?

_ Não, o jardim de casa tem que ficar um verdadeiro paraíso das fadas... – disse ela, carregando para o jardim lanternas coloridas – O homem do castelo inflável já deve estar chegando, então o mande para o fundo. E quando o Noah chegar, diga para ele colocar as coisas ali e comece a arrumar. Mas peça para ele levar a caixa de fadas e borboletas para o jardim.

Finn estava em cima da escada na frente de casa, colocando alguns enfeites, enquanto Rachel coordenava a cozinha e Anna estava com Quinn nos fundos, fazendo sabe Deus o que. Então eu comecei a encher as bexigas.

_ To entrando. – francamente, seis dias de relacionamento e a Quinn já deixou a cópia da chave com o Puck. Não sei pra que, se nem sexo eles fazem ainda. Mas bom, nenhuma de nós realmente liga, já que ele se mostrou tão ou mais prestativo e carinhoso para Anna do que Finn. Agora que os treinos do Finn começarão a ficar mais puxados, Anna passará as tardes com ele na loja. Idéia essa que ela amou.

_ Hey Puckerman. – eu disse, parando de soprar a bexiga – Quinn pediu pra você levar as fadas e borboletas pro jardim e deixar o resto ai.

_ Ok. – disse ele colocando as caixas no chão e dispensando os funcionários. Apanhou uma das maiores, enquanto puxava uma bombinha de outra – Enche a bexiga mais rápido assim Lopez.

Comecei a resmungar, enquanto ele saia rindo. Logo Finn entrou, xingando a mãe de quem pudesse, porque tinha cortado o dedão com o alicate. Não sou fã de sangue, então deixei passar. Rach saberia o que fazer... Acho.

Quase vinte minutos se passaram antes de eu perceber que alguém me encarava. Finn deixara a porta aberta, e alguém se encostava ao batente, me observando.

_ Sam! – eu grito, largando tudo e correndo até ele. Ele abre os braços e me envolve, apertando firmemente minha cintura. Após alguns segundos, quebrei o silêncio – Eu não esperava que você voltasse tão rápido.

Mentira, esperava sim. No dia seguinte aquilo, Anne ligou desmarcando o casamento. Estava em lágrimas, gritando e se esgoelando, enquanto dizia que seu noivo era um cafajeste. O que ela pensaria se soubesse que ele a largou por mim? Provavelmente exigiria o reembolso total, e não apenas de 25% especificados no contrato.

_ Eu terminei o noivado no outro dia de manhã, e logo depois, meu pai foi demitido. A bolada do fundo foi maior que o esperado, e a queima de estoque do atelier foi um sucesso. Eles já alugaram um espaço bom aqui, e pediram uma reunião com vocês assim que possível.

_ Segunda as 8h minha secretária estará em contato. – lhe asseguro sorrindo – Eu estou feliz de você ter voltado.

_ Eu estou feliz de estar novamente ao seu lado... – disse ele, segurando meu rosto – Eu te amo Santana.

E nos beijamos. Aquela mesma sensação do beijo atrás da arquibancada fez meu mundo parar e tremer, como em um terremoto, enquanto eu pensava em como sentia falta daquilo, daqueles lábios enormes...

_ Boca de truta. – eu sussurro, com nossas testas coladas e ele ri.

Quinn P.O.V

Eu estava colocando as últimas borboletas na macieira do jardim quando eu vi Santana sair de dentro de casa, de mãos dadas a Sam Evans.

_ Sam! – eu gritei, pulando para o chão e quase matando o Puck do coração (de susto e de medo por eu ter pulado de dois metros do chão). Sam largou a mão da Sant e correu até mim, me pegando e rodando.

_ Estava com saudades Quinn. – disse ele e eu senti meus olhos molhados. Deus sabe a falta que meu melhor amigo fez nesses últimos anos.

_ Também! – disse, beijando-lhe no rosto. Sant sorria como idiota, mas eu senti Puck fechar a cara e sorri – Sammy, quero te apresentar meu namorado, Puck.

Eles já se conheciam na verdade, mas ainda sim Sam estendeu a mão e apertou a de Puck, comentando que eu havia afinado conquistado o coração do meu amor de colegial. Eu corei e vi Noah abrir um sorriso, mas não deixei por menos.

_ E você a sua não é Evans? – ele e Sant riram, dando as mãos – Mas a história de vocês foi mais emocionante... Teve até rompimento de noivado! Puck, trate de arranjar um jeito de compensar isso!

Nós três começamos a rir, enquanto ele me abraçava e beijava o topo da minha cabeça. Em poucos minutos, Sam já estava com as mãos atarefadas, nos ajudando a pendurar as bexigas dentro da casa.

_ Er... Eu perdi alguma coisa? – perguntou alguém, parado na porta da cozinha. Rachel, Finn e Annie nos olhavam, surpresos pela aparição de Sam. Após alguns instantes e a história explicada, minha afilhada já se deliciava com a companhia do novo tio, que agora ajudava meu namorado a arrumar a mesa para as comidas com flores, fadas e borboletas.

Finn pareceu enciumado por alguns minutos, mas logo deu de ombros, operando a bomba de ar, já que sua mão estava enfaixada pelo corte de alicate. Eu e Sant dávamos os últimos retoques quando percebemos a falta de Rachel.

_ Ela deve estar na cozinha. – disse Sant dando de ombros e eu pensei em ir lá olhá-la, mas Puck veio sorrindo com uma fadinha rosa nas mãos.

_ Annie disse que quando uma fada rosa passa sobre a cabeça de um homem e uma mulher eles devem se beijar. – disse ele, me segurando pela cintura e colocando a fada sobre ambos.

_ Ora, então vamos obedecê-la não? – eu disse, beijando-o enquanto minha afilhada ria.

Duas horas depois, eu estava em frente ao meu espelho, arrumando minha roupa. Era um corpete rosa, todo bordado e uma saia de tule pink, combinando com as sapatilhas. Meu cabelo estava trançado e adornado com pequenas orquídeas e Sant tinha acabado de me maquiar e agora se maquiava em seu próprio quarto, usando uma roupa semelhante a minha, mas lilás.

Annie, adorável Annie, havia decidido se vestir de fada, mas queria que nós, sua mãe, madrinha e tia preferidas, usássemos um figurino parecido. Com todas as graças, conseguimos convencê-la a liberar Finn e Puck desse mico. Quer dizer, mais ou menos.

_ Eu não acredito que eu estou fantasiado de Peter Pan! – resmungou Puck – Achei que ela já tinha tido sua festa desse tema.

_ Sim, e foi quando Finn usou a fantasia. – eu respondi – Por isso dessa vez, quem usará é você. Finn ficou com a de John que Dave usou e Sam vai se virar com a de Michael, de Kurt. – ele fez bico e eu ri me aproximando, arrumando sua camisa de folhas – Se serve de consolo, você ficou mais bonito que o Finn.

Ele riu, me beijando. Foi quando eu percebi: estávamos sozinhos, no meu quarto, de portas fechadas. Ele com apenas um shorts e uma pseudo-camiseta, eu com uma saia curta e um corpete. E ele me beijava um pouco, intensamente demais, digamos.

_ Puck, eu não to pronta pra isso! – eu disse, corando logo depois. Ele se afastou e me encarou, se questionando do que diabos eu estava falando. Quando percebeu, quem corou foi ele.

_ Ai meu Deus, desculpe Q. – disse, enfiando as mãos onde deveriam ser os bolsos, mas não achando nada – Digo, não era minha intenção. É só que é meio que natural pra mim.

_ Eu sei e entendo Puck. É só que eu não to pronta pra isso ainda. – é, essa sou eu, a virgem de 22 anos. Deveria ter um filme sobre isso. Ah não, esquece. Já tem o virgem de 40 anos.

_ Eu não tenho a menor pressa Quinn. Quer dizer, até tenho, porque banho frio é meio chato. Mas eu não vou te forçar a nada. – eu sorri e o beijei, pegando sua mão.

_ Vamos, que a pirralhada está chegando. – e descemos de mãos dadas, a tempo de abrir a porta para os primeiros convidados.

Rachel P.O.V

Mudanças são algo positivo, algo a ser encorajado. Mas não sei como me portar nesse caso. Digo, eu deveria estar feliz certo?

Quinn e Santana circulam pela festa com os namorados. Os pais de ambas se mostraram largamente satisfeitos com os relacionamentos das filhas, assim como todos os nossos amigos. Ann está encantada com a ideia de dois novos tios e já me pediu se eles podem nos acompanhar na mesa do bolo. Eu, é claro, não tive como recusar.

Finn está silencioso, conversando educadamente com todos, mas se mantendo distante. Kurt levou um papo com ele agora a pouco, e eu creio tê-lo visto chorar, enquanto entrava em casa. E ele ainda não voltou.

_ Finn? – eu entrei chamando-o. Ele estava na sala, rodando a cartola de sua fantasia entre os dedos, os olhos perdidos nas diversas fotografias semi-encobertas nas paredes e lareira.

_ Hey estrela. – disse ele, sorrindo e levantando os olhos avermelhados – A decoração ficou ótima hein?

_ Por Deus Hudson, não sou burra! O que aconteceu? – eu perguntei, sentando ao seu lado. Ele não respondeu, apenas terminou o que foi interrompido outro dia e me beijou. Eu tentei, Deus sabe o quanto eu tentei me afastar, mas eu sentia falta de beijos como aqueles, que nós trocávamos enquanto namorávamos. Eu não era beijada assim, desde que Jesse se fora. Jesse.

_ Finn, eu... – eu comecei assim que o ar se tornou necessário e nós nos afastamos.

_ Não Rachel. – disse ele firme, se levantando – Chega de desculpas, por favor.

_ Eu ainda amo o Jesse, Finn.

_ Mas também me ama Rachel. Não negue, isso está na sua cara. – gritou ele – E eu estou aqui Rachel, tenho estado nos últimos três anos.

_ E eu te agradeço Finn. – eu respondi, as lágrimas escorrendo – E eu te amo, Deus sabe disso, mas eu amo o Jesse e eu me sinto traindo...

_ Traindo Rachel? – ele riu – O JESSE ESTÁ MORTO RACHEL, ELE MORREU, ENTENDA ISSO! VOCÊ NÃO PODE PASSAR O RESTO DA SUA VIDA SOZINHA, APEGADA A LEMBRANÇA DE UM FANTASMA!

_ Tem razão Finn, isso não é trair. – eu disse, fria – Trair foi o que você fez comigo. Isso se chama respeito. Eu jurei perante Deus ser fiel ao meu marido, e assim pretendo cumprir.

_ “Até que a morte os separe” Rachel. É assim que termina a promessa. – disse ele, secando os olhos – Mas você é quem sabe. Só não acredite que eu ficarei para sempre aqui esperando.

Ele saiu, enquanto Ann aparecia correndo e pulava em meus braços, me chamando para cortar o bolo. Eu lavei meu rosto rapidamente, enquanto Quinn e Sant colocavam as velas no bolo, alheias a minha situação.

_ Sam, pega as asas dela pra mim, por favor. – pediu Sant e ele saiu buscar as ditas. O vestidinho de Ann era rosa, com a saia de tule vermelho (como minha roupa), roxo e rosa. Quinn trancara seus cabelos e colocara uma coroa com flores e strass em sua cabeça. E agora, Sant amarrava em suas costas as asas que Sam trouxe.

_ Tio Finn, você vai me segurar na frente do bolo? – perguntou minha filha, os olhos brilhando. Ele sorriu, mas negou com a cabeça.

_ Não estou conseguindo segurar nada meu amor. Minha mão está doendo muito, e o braço doendo também. Depois vou ao médico, ver se foi algo mais sério. Você se importa se o tio Puck te segurar? – ela negou, preocupada com a mão dele – Tudo bem pra você Puck?

_ Claro. – disse ele sorrindo – Afinal, o Peter é o príncipe das fadas não?

E assim, lá estávamos nós, em frente ao bolo. Quinn e Sant uma de cada lado, como sempre, pois elas quem carregavam o bolo até a mesa. Mas ao lado de Quinn, entre eu e ela, quem segurava Ann era Puck e não Finn como sempre.

Ele segurava minha filha com um braço e tinha o outro ao redor da cintura de Quinn. Sam envolvia Sant com os dois braços e Finn estava ao lado de Quinn, batendo palmas com certa dificuldade forçada.

Ann apagou as velas com a ajuda de seis cabeças e gargalhou quando nos acotovelamos para beijar-lhe. O pai de Quinn estava tirando as fotos como sempre, mas dessa vez tudo parecia diferente. Ao invés da usual com nós quatro, com os padrinhos, comigo e as duas tias, e comigo e Finn, Ann tirou com os padrinhos, com Q e Puck, com Sam e Sant, com Finn, comigo.

Finn se despediu não muito depois, junto de Kurt e Blaine, que o levariam ao hospital. Logo, todos os nossos amigos e em pouco tempo, todos os amiguinhos de Ann. Os últimos a sair foram Sam e Puck, que foram embora juntos, já que até achar algo, Sam moraria com Noah.

Minha filha dormia pesadamente no sofá e eu agradeci a isso, pois teria tempo para conversar com Q e Sant sobre os acontecimentos do dia. Mas elas só sabiam falar sobre os namorados e eu ouvi, esperando que se cansassem para que eu pudesse falar.

Mas isso não foi possível. Após um tempo, os brigadeiros fizeram efeito em Quinn e ela saiu correndo para o banheiro, o que a deixaria inacessível por algum tempo. Eu ia falar com Sant, mas seu celular tocou e era Dave, se desculpando por não ir à festa. Pela primeira vez desde que ele se fora, Sant sorria falar com ele, contando sobre a festa e sobre a volta de Sam, e perguntando sobre o casamento dele.

Com isso, eu apanhei minha filha do sofá e subi, deitando-a em sua cama e indo para a minha. Eu nunca havia me sentido tão sozinha em toda minha vida.


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Notas finais do capítulo

Sem querer matar a Rach ok? Reviews? HUAHAUHUA ;@