Capitulo quatro.

Escutei o despertador tocar bem lá no fundo e não queria levantar, mas era preciso. Fiz tudo o que tinha que fazer me troquei e desci para tomar o café.

- Filha, hoje a família do Nick vão vir jantar em casa, esteja aqui a tempo para se arrumar. – disse minha mãe. Meu pai nunca se manifestava, ele odiava a ideia de eu ter um namorado.

- Tudo bem mãe. – falei sem animação.

Tentei terminar de comer o mais rápido possível para aquele conversa não se prolongar, sai e sentei na sala esperando a Abby dar sinal de vida. Eu iria com ela para a escola e ela viria me buscar, meu celular começou a tocar.

- NIAAAAAAAL. – gritei. – Já pensei que estivesse me esquecido.

- Nunca meu amor.  – ele disse e um sorriso surgiu no meu rosto. – Então como eu prometi estou te ligando para te desejar sorte, vai dar tudo certo pequena, pode ter certeza que esse será o melhor ano de sua vida, assim como foi o meu. – Aquelas palavras me acalmavam um pouco.

- Obrigada maninho, você realmente me conforta.

- É muito bom ouvir isso de você. – Escutei a buzina, Abby tinha chego, e o nervosismo tomou conta de mim de novo.

- Ni, a Abby chegou, tenho que ir.

- Tudo bem amor, vai lá. Boa sorte de novo, e manda um beijo pra Abby.

- Obrigada de novo. Eu mando o beijo. Beijos te amo!

- Também te amo pequena.

Dei tchau para os meus pais e sai de casa, o motorista de Abby abriu a porta para mim e a gente se cumprimentou. Fomos conversando o caminho inteiro até a escola, que não era muito longe.

- Estão entregues meninas. – disse o motorista. – Boa sorte.

- Obrigada John. – disse Abby e eu fiz o mesmo.

O carro saiu, e a gente ficou ali parada sem fazer nada e olhando as pessoas que passavam e nos encaravam, isto me incomodava, mas Niall me avisou que seria normal, éramos alunas novas.  Virei-me para Abby  que me deu um sorriso nervoso.

- Vamos entrar? Temos que ver o horário das aulas. -  Ela assentiu, mas continuamos ali.

- Será que teremos algumas aulas juntas?

- Espero que sim Abby. – Nesse momento eu ia colocando meu pé para dar o primeiro passo, mas fui interrompida por um menino que esbarrou em mim e derrubou todo meu material.

- Nossa! Me desculpe, não foi de propósito, eu estava distraído. – disse se abaixando e me ajudando com o material. Eu conhecia aquela voz de algum lugar, quando ele falou, algumas memórias queriam voltar ao meu pensamento.

- Da próxima vez preste atenção. – disse Abby, não acredito que ela disse isso ele tinha pedido desculpa.

- Abby. – disse a reprimindo. – Não tem problema, essas coisas acontecem. – falei ao menino, ele não levantava a cabeça.

Faltava um livro e eu tinha me levantado e ele se levantou com o ultimo livro na mão, ele me olhou e pronto, foi ai que eu percebi que aqueles olhos eram inconfundíveis, ele era o menino que tinha sido tão gentil comigo.

- Obri... obrig... obrigada. – consegui falar finalmente.

- Não precisa agradecer, eu que estou errado. – ele sorriu para mim. – preciso ir, tchau! – Não respondi, só assenti com um sorriso.

- O que deu em você? – Disse Abby. – Não te vejo agir assim desde... desde.. Max. – Max era uma antiga paixão minha, mas isso está no passado.

- É ele Abby.

- Ele quem Emily Horan?

- O menino que eu te falei, de ontem... da chuva, lembra? – eu falava com meus olhos brilhando.

- É ele? Nossa... Ele realmente é muito bonito.- ela disse-  E o jeito que ele olha pra você, nossa...

- O que? Que jeito ele olha pra mim? – perguntei curiosa.

- Você não vê? Os olhos deles brilham, assim como o seu. – Sentir me ficar vermelha.

- Isso é coisa da sua cabeça Abby, vamos entrar.

Pegamos os horários e tínhamos bastantes aulas juntas  principalmente a primeira, só que era aula de biologia, e eu amava tanto biologia, que a minha vontade era de sair correndo dai mesmo naquele instante, só Abby gostava de biologia.

As três primeiras aulas passaram rápido e para a nossa alegria todas as aulas foram juntas, só que depois do almoço iriamos nos separar. O sinal tocou avisando o fim da aula, e eu e Abby fomos andar pelo pátio, procurei o menino na escola inteira mais não o vi, eu queria pelo menos saber seu nome, mas eu não conseguia pronunciar uma palavra quando ele estava por perto.  Acabou o horário do almoço e seguimos em direção opostas, entrei na sala e era aula de matemática, outra paixão minha.

Assim como as outras essas também passaram rápido, e o sinal tocou avisando o tão incrível fim do primeiro dia. Encontrei com Abby na porta e seguimos a pé embora.

Zayn POV.

Eu tinha matado todas as aulas aquele dia, me sentei um pouco longe da escola e um pouco perto de casa, na verdade na metade do caminho, estava sentado em baixo de uma árvore, e a imagem daquela menina não saia de minha cabeça. Eu realmente achei que depois de ontem e do jeito que ela saiu correndo eu nunca mais a veria. Ela tinha lindos olhos verdes e um cabelo cor de ouro que pareciam ser tão macios, mas hoje eu acabara de descobrir que ela estuda na mesma escola que eu, e eu nunca a tinha visto, talvez seja porque ela era nova. Estava distraído com meus pensamentos, quando escuto duas vozes e elas estavam rindo muito, me inclinei para frente com a intenção de escutar melhor, e conforme iam se aproximando eu conseguia identificar o que estavam falando.

- Mentira Abby? Não acredito que você falou isso na aula de matemática? – E continuava a rir.

- Eu falei amiga, mas é que eu estava completamente boiando, e toda a sala riu de mim. – a outra pessoa respondeu.

- Você não existe. – E elas começaram a rir de novo.

Consegui avista –las, mas não conseguia reconhecer quem era.

- Bom, eu fico por aqui. – uma delas disse.

- Tudo bem amiga, nos vemos amanhã? Eu venho te buscar desta vez.

- Sim, tudo bem, nos vemos amanhã então.  – elas se despediram – se e a outra seguiu seu caminho.

Eu estava vidrado naquela menina que estava indo embora, a reconhecia de algum lugar, ela sem querer derrubou seu ipod no chão e se virou para pegar. Era ela... A menina que não saia de meus pensamentos, fiquei olhando para onde ela estava indo e resolvi segui –la.
Ela andou uns cinco minutos e entrou em uma casa, eu me escondi atrás de uma árvore que tinha em frente. Ela pegou as chaves e foi tentar abrir, mas alguém abriu antes e a recebeu com a maior alegria.

- Maninhaaaaaaaaaaa! – pegou ela no colo e a rodou, pelo “maninha” ele era seu irmão. – Como foi seu primeiro dia? – ele perguntou.

- Foi ótimo, e cansativo. – Eles ainda estava na porta. – Mas vamos entrar que eu quero te contar detalhadamente. – E então eu não vi mais nada.

Fiquei parado ali por um bom tempo e não estava nem ligando para que horas eram e vi que escureceu, quando vi um carro se aproximando me escondi, era um casal e um menino, foram recebidos por uma mulher, certamente a mãe dela. A curiosidade tomou conta de mim e fiquei ali esperando mais alguma coisa. Minutos depois ouvi vozes e passos e percebi que tinha alguém no jardim da casa.
 Era ela andado pelo jardim com o ... menino. Ah como eu sou idiota, é lógico que ele era o namorado dela, é lógico que ela tinha um namorado, porque não teria? Era tão linda e tão... tão... não sei nem que palavras usar.
Eu tinha ficado bravo ao ver aquela cena, mas por quê? Eu não deveria, eu nunca falei com ela a não ser as duas vezes que nos encontramos sem querer, e nem foi uma conversa para falar a verdade, eu nem sabia seu nome ainda.  Saí irritado de lá e acabei tropeçando em uma pedra, eu cai no meio de uma moita e fez barulho, me escondi para me certificar de que ninguém tinha visto e depois sai correndo.