Capitulo três.

Acordei com o insuportável barulho do meu despertador no meu ouvido, quis desliga –lo e voltar a dormir, mas lembrei de que veria os meninos hoje. Me levantei e logo Niall estava em meu quarto me desejando Bom dia, como todos os dias.

– Hey Niall, posso chamar a Abby? – perguntei antes que ele saísse. Ele voltou e olhou para mim.

– Lógico que pode. – ele riu. Meu irmão tinha uma leve queda pela Abby, bom ele nunca me contou, mais eu podia perceber, era tão fofinho como ele ficava corado quando ela falava com ele.

Liguei correndo para Abby que topou na hora, ela também estava com saudades dos meninos e de mim óbvio, não nos vimos as férias inteira porque ela foi viajar, e amanhã já começaríamos as aulas juntas.

Era nove e meia, já estava pronta e desci pra encontrar Niall na sala , nem tomaríamos café, iriamos comer no Starbucks mesmo. Despedimos – nos de nossos pais e fomos a pé mesmo, odiávamos ficar andando de motorista para lá e para cá e não era tão longe assim, só ficava a vinte minutos andando.
Estávamos chegando e avistamos os dois na porta esperando, quando do nada eles saíram correndo e simplesmente me esmagaram com seus abraços.

– Eu... tenho... que... respirar... – disse totalmente sem folego, que saudades que eu estava disso, eles me soltaram e cumprimentaram Niall, e enquanto faziam isso Abby chegou.

Sai correndo em direção e antes mesmo que ela abrisse a porta do carro eu a abri.

– ABBYYYYYY. – gritei e a esmaguei.

– Calma! Calma amiga, eu quero continuar viva. – como sempre a mais dramática, mas foi só ela sair do carro, para os meninos fazerem o mesmo.

– Fazem dois anos e eu ainda não me acostumei com o abraços de vocês. – disse Abby sorrindo.

– Abby, tenho tanta coisa para dizer para você. – falei.

– Só para Abby, Emi? – disse Louis com ciúmes.

– Foi modo de dizer Lou, tenho muita coisa para contar para todos vocês. – eu o abracei.

Entramos na Starbucks e comecei a falar sem parar, e todos fizeram o mesmo e nem percebemos o tempo passar.

– Nossa já está tarde, minhas aulas começam amanhã, tenho que ir embora. – disse.

– Maninha, eu vou dormir na casa do Louis hoje com os meninos. – falou. – Tudo bem voltar sozinha?

– Sim maninho. Não tem problema nenhum. – assenti. – Só que você não vai estar lá para me desejar sorte na escola?

– Eu te ligarei antes de você ir, não se preocupe, você é minha prioridade. – Meu irmão era um fofo.

– Eu vou com você Emi. – disse Abby. – Meu motorista não vai poder vir e como é caminho eu te acompanho e eu também tenho aula amanhã, esqueceu que vamos estudar juntas? – ela riu.

Nos despedimos de todos e fomos andando, a casa de Abby era um pouco antes da minha, então entreguei ela e continuei andando. Eu era muito lerda para andar e o tempo estava fechando, e ficando escuro, de repetente um raio corta e céu e em seguida um trovão muito alto, logo começou a chover.

– QUE MERDA! - Gritei – Eu sou muito azarada.

Estava sozinha, correndo da chuva, o que não adiantou muito, estava ficando encharcada, e avistei um lugar coberto onde tinha uma pessoa também se abrigando da chuva. Saí correndo e me juntei a ele. Estava tremendo de frio e batendo os queixos que faziam barulho suficiente para a pessoa que estava do meu lado ouvir.

– Você está bem? – aquele voz doce e grave ao mesmo tempo tomou conta de meu ouvidos. Olhei para a pessoa, e aquela imensidão profunda nos olhos deles estava encarando meu rosto, e eu simplesmente não disse nada. – Tudo bem? – ele insistiu.

– S..sim. – merda gaguejei, o que estava acontecendo comigo?

– Você está com frio? Quer minha blusa? – Colocou suas mãos em meus ombros, isso arrepiou meu corpo inteiro. Ele estava sendo muito gentil, e eu mal sabia seu nome, eu só não conseguia tirar meus olhos dos dele.

– Não precisa, tenho que ir. – Saí correndo na chuva e não olhei para trás.

O que deu em mim? Não consegui nem agradecer aquele menino que tinha sido tão gentil e se preocupado comigo, isso porque ele nem me conhecia.
Eu não parava de correr, não sei o motivo de eu estar correndo. Cheguei em casa em poucos minutos toda molhada, abri a porta correndo e parei atrás dela encostando minha costa e olhando para o nada.

– Filha, o que aconteceu? Vai trocar de roupa. – Era minha mãe, nem havia percebido que ela estava ali. Nem respondi ela e sai correndo para o meu quarto. Entrei tirando toda a roupa e enchendo a banheira de agua.

A banheira já estava pronta e eu entrei , a única coisa que se passava na minha cabeça era os olhos daquele menino. Como pode tomar todo o meu pensamento assim em tão pouco tempo? Aqueles olhos... ah aqueles olhos, eles me diziam mais do que algumas palavras, eles sorriam para mim, e isso era incrível. Eu estava encantada com aqueles olhos e aquela voz que por alguma maneira me passou uma segurança, e eu provavelmente nunca mais o veria. Tomei um banho muito demorado e fui interrompida pelo meu celular tocando.

– Alô?

– Oi Emi.

– Oi Abby, o que devo a sua ligação?

– Você tomou aquela chuva amiga? Nossa eu fiquei tão preocupada. – disse com uma voz realmente de preocupação.

– Sim amiga eu tomei. – disse sem ânimo.

– O que aconteceu? Você está tão desaminada.

– Ai amiga, preciso te contar uma coisa que aconteceu no caminho de casa. – Eu comecei a contar, detalhes por detalhes, e Abby me ajudou, e até me deu uma esperança de que eu poderia encontrar ele outra vez.

Desligamos o telefone e eu sai do banho, ainda enrolada na toalha por preguiça de colocar uma roupa fui arrumar minha coisas da escola, escolhi minha roupa para não me atrasar, coloquei um pijama, saí do quarto dei boa noite aos meus pais e dormi.