Angel Being Pampered [Hiato] escrita por biazacha


Capítulo 36
Tempo para Franqueza


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!!

Enfim férias!! *chora* acredita que não me deixaram emendar sexta como todo ser humano normal, porque tive que ir até a facul entregar o trabalho? Detalhe: fico bem uma hora pra ir e outra pra voltar... só pra entregar e dizer "adeus, até Agosto".

Mereço. (u.u)'

No cap passado estava ansiosa pra postar assim que o Nyah! voltasse e nossa eu fui dar uma olhada e deixar passar umas coisas muito bestas!! Como esse já estava escrito há tempos, revisei com mais cuidado... mas se acharem algo me avisem, que vergonha!!

Sem mais delongas, boa leitura!!



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–Então você é mesmo uma garota. – perguntou Lenalee, após ouvir um breve relato de como os três tinham aparecido ali naquela hora da noite.

–Ei, eu já tinha contado isso! – disse Allen indignado.

–Coma calado moyashi. – retrucou Kanda, sem nem olhar na direção do outro.

–Algum problema com comer e participar da conversa? Talvez também quisesse se alimentar se tivesse passado a tarde todo amordaçado!

–Qual é cara, já pedimos desculpas. – retrucou Lavi, esparramado em um sofá. Foi totalmente ignorado pelo amigo, que continuou a comer porções inteiras e tamanho família.

–Sim eu sou uma mulher, biologicamente falando. – retrucou Haruhi; agora conseguia ter plena consciência de como era bom que quase ninguém no Ouran soubesse disso, pois além de perder a única forma segura de pagar a dívida, ainda teria de aguentar muito falatório e perguntas bestas como aquelas.

–Mais importante, se você é uma Bookmen, sem dúvidas tem informações valiosas para nós sobre esse século. – disse o exorcista japonês, atravessando a sala do canto isolado onde estava até encarar a garota de frente.

–Não sei muito mais do que vocês, mas vou ajudar no que puder. – respondeu firme e não se deixando intimidar – Com apenas uma condição.

–Qual? – quis saber Allen.

–Ele – disse ela, apontando para o caolho – deve ir embora imediatamente para sua própria segurança.

–Isso não é justo, acabei de chegar!! – chiou ele.

–Ótimo, agora vá embora. – murmurou Yuu o pegando pelo braço.

–Vamos nos acalmar por favor? – sugeriu um Finder timidamente.

–Sim vamos – concordou o ruivo, se soltando e voltando a se jogar no sofá – ninguém vai embora por enquanto. – ele pegou um pacote de batatinhas da mesinha de centro e provou uma, curioso com o sabor. Aparentemente gostou, pois começou a ataca-lo e ignorar o olhar raivoso que a outra Bookmen lhe lançava.

Haruhi bufou; para o albino era engraçado ver aquela garota tão inexpressiva mudar tanto nas últimas horas. Ninguém se pronunciava, cada um sem dúvidas mergulhado em seus próprios pensamentos e argumentos para lidar com aquela situação inesperada.

Tudo que ele conseguia pensar era que seja lá o que Lavi havia feito entre os Bookmen, era algo muito importante para deixa-la naquele estado.

–Bom, temos de colocar em ordem tudo que descobrimos até agora. – sugeriu Allen, quando o silêncio ameaçava ficar realmente constrangedor.

–Todos os principais dados da Ordem, bem como possivelmente os exorcistas estão num QG em Paris, sob a liderança da mãe de Tamaki Suou e amante de seu pai, aparentemente um dos atuais líderes da Ordem Negra. – começou a chinesa.

–É mais ou menos isso. – corrigiu a outra – A localização e identidade dos exorcistas se tornou um segredo absoluto desde dois eventos chamados de Guerras Mundiais, pois a quantidade de Akumas criados em ambos os casos foi absurda e foi necessário separa-los do QG para não se tornarem alvo-fácil, bem como suas Innocences, medida essa que segue até hoje.

–Então o que tem em Paris? – perguntou Lavi.

–Cientistas, alguns figurões e alojamentos em casos realmente emergenciais. E diferente do que vocês acham, o líder da sucursal oriental não é Yuzuru Suou, mas sim Shizue, mãe dele e avó de Tamaki. Dada sua origem bastarda os dois não se dão nem um pouco bem e por isso duvido muito que ele tenha uma ideia geral do ramo mais elementar de sua família. As famílias de todos os membros do Host Club são parte importante da Ordem e até onde sei apenas Hani-sempai e Mori-sempai conhecem esse lado, pois estão prestes a se formar e passaram recentementes a serem tratados como adultos.

–Por isso que você entrou no Host Club, para ficar de olho neles? – quis saber Lenalee.

–Minha ideia inicial era agir como cliente, mas o destino me deu uma posição muito mais proveitosa. – disse ela tranquilamente Aquilo chocou um pouco Allen; sempre tão à vontade entre os membros do Host Club, era difícil pensar que ela estava lá propositalmente para observar... mas Lavi era outro que dificilmente colocava um muro de distância entre eles com a questão, o que tornava tudo pior.

Não gostaria de ter de pensar em ambos como cínicos, mas era difícil.

–Sobre a Innocence que procuramos, nenhuma informação? – insistiu um Finder.

–Todos já foram avisados sobre ela – murmurou pensativa – o exorcista dotado de grande poder e que parece agir por meio de sombras. Tenho certeza de que nem mesmo a Ordem conhece sua identidade, ele realmente é um grande mistério. Não é meu trabalho investiga-lo, mas se tivesse que apostar diria que tenho certeza que ele é do nosso colégio. – todos voltaram a mergulhar na quietude e com a exceção do caolho sem dúvidas buscavam possíveis candidatos baseados no que sabiam sobre seus hábitos e famílias.

Uma Innocence não escolhe status, mas muitas vezes a pessoa dá indícios de que a possui.

–E a família da mãe? – quis saber Kanda repentinamente.

–Os Grantaine? Pertencem a um ramo muito inferior na escala de importância da Ordem, pois atualmente não rendem cientistas, capital, candidatos a exorcistas ou algo assim... Anne-Sophie só tem a posição que tem pois foi a forma que Shizue encontrou de afasta-la do filho e do neto, que mesmo a contragosto ainda é o único herdeiro dos Suou.

–Não tem nenhuma informação mesmo sobre exorcistas? Ajuda seria bem vinda agora. – murmurou Allen cabisbaixo.

–Tsc! – reclamou o outro.

–Nem vem Kanda, até você com essa cabeça que só tem espaço pra esse cabelo todo sabe muito bem que estamos na pior por aqui.

–Falou o que do meu cabelo?!

–Não comecem. – retrucou Lena cansada.

Quando eles iam retrucar a campainha tocou, deixando todos subitamente tensos; não havia modo algum do pai de Haruhi saber que ela estava ali e não havia ninguém do QG improvisado fora, de modo que eles só podiam esperar o pior daquela visita inesperada.

Em situações normais seu olho já teria lhe alertado sobre algum perigo, mas atualmente tudo andava bagunçado e sem sentido. A mansão possuía diversos sensores para Matéria Negra, mas ainda assim o Conde era uma pessoa cheia de truques e até mesmo um dos Noahs podia estar ali pronto para acabar com eles.

Finders pegaram em armas e os exorcistas se colocaram em posição de ataque – menos tempo ali e portanto menos exposto aos efeitos desastrosos nas habilidades, foi Lavi quem checou a câmera de segurança na entrada.

–É um cara com o uniforme de vocês. – murmurou ele.

–Descreva-o. – disse Haruhi num tom autoritário que o fez olhar pra ela de cara feia antes de obedecer.

–Alto, moreno, de óculos, com um gato preto no colo e uma cara de irritado cada vez pior.

Os outros se olharam surpresos; o que exatamente Kyoya Ootori estava fazendo ali?

–De todos do Host Club ele é o mais próximo do meu pai, talvez esteja me procurando. – arriscou Haruhi.

–Bom, só vamos saber se deixa-lo entrar. – murmurou a outra garota.

Todos se prepararam ; fosse para ataca-lo ou para esconder as armas e recebe-lo como um ilustre convidado – por sorte os Finders se vestiam todos como criadagem, o que facilitava e muito como agir o mais “normal” possível em momentos como aquele.

Por outro lado tanto Allen quanto Lavi ainda estavam sujos e meios arrebentados do encontro com os Akumas mais cedo, principalmente o primeiro e se ele perguntasse seria complicado encontrar uma resposta.

–Você é Lavi Walker, um primo de Allen que está aqui à visita e pensa seriamente em estudar no Japão – disse Haruhi rapidamente, enquanto um Finder se ajeitava para abrir a porta – seu olho é resultado de um acidente durante uma caçada.

Acostumado a adotar papéis e guardar informações, o outro apenas respondeu com um leve aceno de cabeça, sem dúvidas pronto para ser um jovem e rico inglês com uma infância um tanto quanto trágica.

O homem abriu e permitiu a entrada de Kyoya, provavelmente dando uma reverência enquanto dizia:

–Jovem Senhor, perdoe a demora. Nossos patrões estão com uma visita inesperada e as coisas estão agitadas.

–Que padrão mais baixo – chiou ele no mesmo tom que usava quando queria explicar para Haruhi que algo era plebeu demais para o Host Club – eu quase congelei aqui fora. – o gato deu um miado sofrido, como se quisesse fortalecer o argumento do dono.

–Por favor acompanhe-me até sala onde serviremos um chá quente.

Instantes depois um Finder claramente rabugento e um Ootori com seu habitual olhar letal adentravam o recinto. O jovem parou e correu os olhos de leve primeiro para a presença de Haruhi, passado pelo estado lamentável de Allen (ele ergueu uma sobrancelha, mas não fez nenhum comentário) e por fim parando em Lavi, que agora se esforçava para sentar com modos e agir como alguém de criação abastada.

–Desculpe-me por atrapalhar. – disse ele polidamente, magicamente com uma máscara agradável para o ruivo – Me chamo Ootori Kyoya e tenho assuntos um tanto quanto urgentes a tratar com meus amigos. Espero não ser rude.

–De modo algum, eu sou Lavi, Lavi Walker. – disse ele no mesmo tom falsamente gentil, se levantando e trocando um aperto de mãos; mais atlético do que aparenta, o moreno não fez feio e nem teve cerimônias na hora de colocar força, fazendo o caolho segurar uma careta.

–Ah um parente de Allen! – o modo como ele parecia surpreso e vorazmente curioso sugeria que provavelmente já havia tentando investigar a falsa vida no século XXI criada pela Ordem.

–Sim, é meu primo. – interveio o albino, antes que as apresentações se tornassem mais sarcásticas que amigáveis.

–Ele chegou do nada enquanto eu e Allen estudávamos. – acrescentou Haruhi como quem não quer nada; o outro a olhou por uns instantes, sem dúvidas decidindo se acreditava ou não se aquele era o motivo para ela estar ali. Decidiu ignorar o fato e focar no visitante.

–E o que o traz ao Japão num período tão incomum? Em alguns meses as cerejeiras estarão floridas. – perguntou sem esconder a curiosidade enquanto se sentava na poltrona oferecida.

–Estou cogitando estudar aqui e nada melhor que conhecer o lugar antes de ficar abarrotado de turistas não é mesmo? – respondeu Lavi, voltando a se sentar em seu lugar no sofá e cruzando as pernas com um sorriso esnobe no rosto.

–Sim essa é uma verdade inegável. – Kyoya ajeitou os óculos e sorriu, conseguindo parecer ainda mais insuportavelmente metido que o “primo de Allen”.

A troca de gracejos se seguiu por mais alguns instantes, deixando Allen e Lenalee temendo algum problema; Haruhi parecia encantada em ver as habilidades de Lavi em entrar num personagem em ação e Kanda estava de braços cruzados, cada vez mais impaciente – até que perdeu a paciência e cortou o ruivo na metade de uma frase para reclamar:

–E aí? O que exatamente você quer a essa hora? – todos levaram um leve susto. Kyoya sem dúvidas já conhecia a fama de taciturno do outro e já tivera oportunidades de atesta-la, de modo que se ficou irritado com o gesto, não demonstrou.

–Sim, disse que tinha algo importante a tratar com meu primo e amigos – completou o ruivo - por favor não se sinta desencorajado por minha visita, posso me retirar por alguns instantes. – os outros imediatamente se perguntaram com que velocidade ele correria para a sala de vigia ver e ouvir o que o outro tinha a dizer.

–Na verdade. – respondeu Kyoya, arrumando sua armação mais uma vez – Quem quer falar não sou eu.... é ele. – disse, apontando o gato negro.


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Notas finais do capítulo

Lavi e Kyoya no mesmo ambiente... tá aí uma combinação que imagino cada vez mais explosiva!

Me digam o que acharam viu? Reviews são sempre bons .... :'(

Beijos!! (*--*)//



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